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OPINIÃO
Tempos bicudos e tristes
Custo global da crise pode chegar a mais de US$ 3 trilhões.
Ou seja, estamos perdendo o ano de 2020
Adriano Pires (*)
No Brasil e no mundo
parece estarmos vivendo
o cenário do
apocalipse de um filme
de ficção de Hollywood ou,
então, uma terceira guerra
mundial. Países fechando as
fronteiras, as Bolsas quebrando,
o barril do petróleo abaixo
dos US$ 30, falta de mercadoria
nas prateleiras dos supermercados,
a saúde colapsando
e policiais nas ruas impedindo
aglomerações.
As projeções de crescimento
econômico mundial são da ordem
de 1,5% e o preço do barril
em torno de US$ 35, na
média, para 2020 e 2021. É
bom lembrar que no início de
2020 o Brent no mercado futuro
era precificado a US$ 66.
O custo global da crise pode
chegar a mais de US$ 3 trilhões.
Ou seja, estamos perdendo
o ano de 2020. No caso
da América Latina, a combinação
de queda dos preços do
petróleo, colapso da moeda e
coronavírus vai manter o crescimento
abaixo dos 2% em
2020.
O fato é que as consequências
ainda são muito incertas. Até o
momento, o que se pode ver é
uma total desorganização dos
mercados financeiros e produtivos,
alcançando custos tão gigantes
e sem precedentes que
é impossível prever qualquer
resultado. O problema não é
mais preço nem o valor das
empresas. É falta total de liquidez.
Ninguém compra - ao
contrário, vende. Todos passaram
a querer estocar desde alimentos
até dinheiro.
Estamos distantes de ter a capacidade
de responder qual será
o novo patamar de preço do
petróleo, quando devemos voltar
a comprar ações, quanto
tempo teremos de crise econômica
e quando chegará a vacina
do coronavírus. Ou seja,
muitas dúvidas e poucas certezas.
Este clima de histeria e de pânico
com as lideranças nacionais
e mundiais contaminadas
pelo vírus da mediocridade só
traz o caos aos mercados e à
sociedade, criando um vírus
econômico que pode levar a
uma terceira guerra. É inacreditável
que, diante deste cenário
de guerra, não seja convocada
uma reunião do chamado G-8.
O que os grandes líderes mundiais
estão pensando? Lamentavelmente,
não temos mais
um Churchill e um Eisenhower.
E, com isso, o vírus econômico
já está promovendo uma crise
sem precedentes, que vai causar
estragos na economia mundial
de proporções incalculáveis
e que exigirá prazos mais longos
de recuperação do que os
provocados pelo coronavírus.
Resta aos investidores buscar
empresas com balanço sólido o
suficiente para atravessar a crise.
E esperar os bancos centrais
darem assistência à liquidez.
O petróleo continua sendo a
principal fonte de energia do
mundo. Um barril do produto
abaixo dos US$ 30 vai tornar
os veículos elétricos menos
atrativos para os consumidores.
Os preços baixos podem
adiar o timing da chamada transição
energética.
A atual crise do petróleo poderá
levar a mudanças nas políticas
dos governos em relação às
fontes renováveis de energia.
Por outro lado, preços muito
baixos do barril podem levar
várias empresas americanas
de óleo de xisto a um estresse
financeiro.
Dos aproximadamente 13 trilhões
de títulos corporativos
Este clima de histeria e pânico com lideranças nacionais
e mundiais contaminadas pelo vírus da mediocridade só
traz o caos aos mercados e à sociedade, criando um vírus
econômico que pode levar a uma terceira guerra
(Corporate Bonds) emitidos por
empresas americanas, 20%
são de empresas de óleo de
xisto. Com um preço do barril
inferior a US$ 35, é enorme a
possibilidade de essas empresas
sofrerem um downgrade
em seus ratings de crédito, levando
a problemas de liquidez
e mesmo a um default. É bom
lembrar que estamos em ano
de eleições americanas e o governo
Trump vai ter de reagir
promovendo políticas de tempos
de guerra.
Enquanto isso, no Brasil, o governo
demorou a reagir. Não
estamos vendo o governo mobilizando
a sociedade e criando
saídas em conjunto com o Legislativo,
governadores e prefeitos.
Só pronunciamentos patéticos,
que não apresentam
soluções de curto prazo para
os diferentes setores da economia
em tempos de guerra. Isso
assusta e preocupa.
No setor de petróleo, a crise
pode pôr em xeque o calendário
dos leilões de petróleo e
da abertura do mercado de
downstream. Tempos bicudos
e tristes com a conjugação
de três vírus: o coronavírus,
o econômico e o da
mediocridade, que atingiu já
faz tempo a maioria de nossos
líderes políticos no Brasil
e no mundo.
(*) Diretor do CBIE – Centro
Brasileiro de Infraestrutura.
2
Jornal Paraná
SAFRA
Colheita avança,
mas mercado preocupa
A pandemia causada pelo avanço do coronavírus não têm atrapalhado o ritmo
das atividades no campo, mas pode levar a danos graves à economia do setor
Como as usinas e destilarias
sucroenergéticas
já costumam
trabalhar com situações
de contingência, por conta
de chuvas ou outros problemas,
a pandemia causada
pelo avanço do coronavírus no
Brasil não afetou o ritmo de
colheita, mas pode levar a
danos graves à economia do
setor.
As indústrias, segundo o presidente
da Alcopar, Miguel Tranin,
têm tomado todos os
cuidados seguindo as recomendações
do Ministério da
Saúde para prevenir contaminações.
“O pessoal administrativo,
sempre que possível,
está em home office, as pessoas
que apresentam maior
risco de contágio estão em
isolamento em casa, e todos
têm tomado os cuidados com
o distanciamento e a higiene,
os ônibus circulam com meia
lotação, há escalonamento no
almoço e segue-se as demais
recomendações”, afirma.
Com a retomada da moagem
de cana no Estado do Paraná
por seis unidades produtivas, a
produção realizada até o dia 16
de março ainda na safra 2019/
20, foi de 33.542.896 toneladas
de cana, no acumulado. Comparando
com as 34.935.547
toneladas registradas no mesmo
período do ano safra 2018/
19, houve uma redução de 4%.
Os dados de colheita ainda são
contabilizados como da safra
anterior até o dia 30 de março,
mas iniciou-se desde 1 de abril
a safra 2020/21.
A produção de açúcar totalizou
até o dia 16 de março
1,971 milhão de toneladas e a
de etanol 1,585 bilhão de litros,
sendo 546 milhões de litros
de anidro e 1,039 bilhão
de litros de hidratado. A quantidade
de Açúcares Totais Recuperáveis
(ATR) por tonelada
de cana no acumulado da
safra 2019/20 ficou 1,9%
acima do valor observado na
safra 2018/19, totalizando
142,55 kg de ATR/t de cana,
contra 139,84 kg ATR observados
na safra anterior.
A grande preocupação das
usinas no momento, entretanto,
é com os preços do
etanol e do açúcar no mercado
nacional e internacional,
afirmou Tranin. Os estragos
causados pela pandemia de
coronavírus nas economias
globais atingem em cheio as
commodities, mas a mais sofrida
com a pandemia viraleconômica
é o açúcar, onde o
colapso dos preços dos combustíveis
leva ao aumento da
oferta do adoçante.
Os preços do petróleo fecharam
março com as maiores
quedas e perdas da história,
o que deve afetar negativamente
as margens e fluxos
de caixa dos produtores de
açúcar e etanol do Brasil,
citou o presidente da Alcopar.
Com o valor mais baixo do
petróleo, a competitividade
do concorrente etanol deve
diminuir, até mesmo por conta
de um menor consumo
com as paralisações e menor
mobilidade.
“A tendência é que o setor sucroalcooleiro
altere o mix de
produção em favor do açúcar.
Isso pode criar um excesso de
oferta, transformando as previsões
de déficit para um novo
superávit na produção mundial,
reduzindo os preços internacionais
do açúcar”, comentou.
Como maior exportador
de açúcar do mundo, o Brasil
tem a capacidade de elevar a
oferta global de açúcar muito
rapidamente, o que pode deprimir
os preços internacionais.
“É o que se poderia chamar de
tempestade perfeita. Os dois
produtos base do setor estão
com os preços em queda,
abaixo do custo de produção.
Isso em um momento em que
o setor começava a se recuperar
de uma das piores crises
econômicas pela qual já passou,
com o fechamento de dezenas
de usinas em todo o
País e o endividamento de
outro tanto delas. Todo esse
cenário só traz ainda mais preocupação
com o início da safra
e aumento da oferta de etanol
e açúcar”, lamentou Tranin.
A situação preocupa mesmo
as usinas que aproveitaram os
Safra 2020/21 começou dia 1 de abril
bons preços do açúcar entre o
final do ano passado e início
deste ano para fixarem preços,
antecipando as vendas desta
temporada. A estimativa é que
a maior parte das 19 milhões
de toneladas previstas para
serem exportadas nesta safra
tenha sido fixada até fevereiro.
Isso significa que a perspectiva
de maior oferta de açúcar do
Brasil já foi precificada. “O impacto
de toda essa situação
será gravíssimo para o setor. O
momento é de união visando
superar os efeitos econômicos
e para a saúde”, finalizou Tranin.
Jornal Paraná 3
CORONAVÍRUS
Alcopar doa 200 mil litros de
etanol para hospitais e creches
O mesmo foi feito pelas demais entidades do setor sucroenergético em
todo o país visando a ajudar a conter a velocidade de propagação do vírus
Osetor de bioenergia
do Paraná doou 200
mil litros de álcool
hidratado para que
sejam distribuídos, pelo governo
do Estado, a hospitais,
creches e no atendimento à
população mais necessitada,
segundo a Alcopar - Associação
de Produtores de Bioenergia
do Estado do Paraná, contribuindo
com o abastecimento
das unidades públicas de
saúde, de forma gratuita. O
mesmo foi feito pelas demais
associações do setor sucroenergético
do Brasil, que estão
atentas às necessidades da
sociedade, mas também
compromissadas com a manutenção
da fabricação de
produtos essenciais como o
açúcar, a energia elétrica e o
álcool, imprescindível neste
momento para a higienização
das pessoas e combate ao
coronavírus.
Segundo o presidente da entidade,
Miguel Tranin, 19 unidades
produtoras do Paraná estão
fazendo a doação de 10 mil
litros cada. “O setor atendeu
prontamente a um pedido das
autoridades, visando a ajudar a
conter a velocidade de propagação
do vírus”, disse.
O álcool 70 foi produzido voluntariamente
após a concessão
de uma autorização extraordinária
e temporária pela
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), no último
dia 19 de março, que permitiu
a produção. O álcool 70 é
usado para desinfecção e é
essencial para serviços de
saúde.
As usinas associadas à União
da Indústria de Cana-de-Açúcar
(Unica), que respondem
por 60% da produção sucroenergética
do País, também
doaram 1 milhão de litros de
álcool para o SUS para a produção
de álcool gel e álcool
70 para que sejam utilizados
na contensão do coronavírus.
Seis estados receberam essa
doação: São Paulo, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Sul, Espírito
Santo, Paraná e Santa
Catarina.
“Vivemos um momento que
demanda união e criamos
uma verdadeira operação de
guerra para superar os desafios
impostos pelo covid-19 e
contribuir com diversos estados
do país. O setor sucroenergético
quer unir forças
com os órgãos governamentais
e a população para garantir
que os profissionais de
saúde, pacientes e familiares
tenham os recursos necessários
para atravessarem esse
momento difícil, minimizando
os riscos de propagação dentro
dos estabelecimentos de
saúde”, disse Evandro Gussi,
presidente da Unica.
Os volumes são transportados
até pontos indicados pelas
Secretarias de Saúde desses
estados, onde ocorrem o
processamento industrial, para
a transformação em gel ou
envase da solução líquida.
Após isso, a distribuição para
as unidades públicas de saúde
está sob a coordenação
das Secretarias Estaduais.
“Estamos atentos e ao lado
das autoridades e de todos os
brasileiros para vencer essa
guerra”, comentou Gussi.
A operação está mobilizando
ainda membros da Associação
Brasileira de Transporte e
Logística de Produtos Perigosos
(ABTLP), que está fazendo
o deslocamento da carga
em veículos próprios, e do
Sindicato Nacional das Empresas
Distribuidoras de
Combustíveis e de Lubrificantes
(Sindicom), que está
doando o óleo diesel usado.
Toda a operação está respeitando
as medidas de higiene e
segurança conforme orientações
do Ministério da Saúde e
da Anvisa.
Miguel Tranin:
setor atendeu
prontamente ao
pedido das
autoridades
4
Jornal Paraná
Neste mesmo espírito, os produtores
de etanol de Minas
Gerais juntamente com a Start
Química de Uberlândia doaram
60 mil litros de álcool
70% para órgãos públicos,
áreas de saúde e Polícia Militar,
dos municípios do Triângulo
Mineiro.
“Recebemos várias solicitações
para produção do álcool
70 e nossas usinas atenderam
ao chamado neste momento
difícil pelo qual passa o
país e o mundo”, afirma Mário
Campos, presidente da Associação
das Indústrias Sucroenergéticas
de Minas Gerais
(SIAMIG).
As usinas do estado de Goiás
se uniram para produzir álcool
70% e doar a unidades
de saúde, de acordo com o
Sindicato da Indústria e Fabricação
de Etanol do Estado de
Goiás (Sifaeg). Além de distribuir
para unidades de saúde
na capital, as indústrias vão
repassar o álcool líquido a
municípios do interior de
Goiás. Segundo o presidente
executivo do Sifaeg, André
Rocha, mesmo no período de
entressafra, as indústrias
conseguiram transformar o
etanol em álcool 70%. “O
destino principal, além das
unidades de saúde, são asilos,
presídios e unidades socioeducativas",
explicou o
presidente.
A Biosul (Associação de Produtores
de Bioenergia de Mato
Grosso do Sul) também doou
200 mil litros de álcool para à
Saúde de MS durante o combate
a pandemia do covid-19.
A associação doou o álcool e
o mesmo foi envasado por
uma empresa de bebidas em
MS para distribuição aos hospitais
e unidades de saúde no
Estado.
O álcool 70
foi produzido
voluntariamente após
a concessão de
uma autorização
extraordinária e
temporária pela
Anvisa
Jornal Paraná 5
DOIS
PONTOS
Expedição
Custos Cana
O cenário mundial sofreu
grandes transformações
nos últimos meses em decorrência
da pandemia do
coronavírus (Covid-19).
Conforme orientação de
distanciamento social pelo
Ministério da Saúde e decreto
do Governo do Estado
de São Paulo de fechamento
do comércio (com exceção
dos serviços essenciais),
a 4ª edição da Expedição
Custos Cana teve a
data do evento presencial
adiada para 8 de outubro de
O governo do Reino Unido
proibirá a partir de 2035 a
venda de novos veículos a
gasolina e diesel, incluindo os
híbridos, como parte dos esforços
para alcançar a neutralidade
de carbono. O Reino
2020, em Piracicaba/SP. O
evento é uma iniciativa do
Pecege Projetos e ocorre
anualmente com palestrantes
do mercado que apresentam
ao setor análises
inéditas dos levantamentos
de custos, realizadas em
parceria com as usinas,
casos de gestão de custos
e perspectivas da produção
e comercialização de açúcar,
etanol e bioenergia no
Brasil.
Inscrições: https://
custoscana.pecege.com/
Proibição
Unido se comprometeu por lei
a alcançar a neutralidade de
carbono até 2050, o que exigirá
uma combinação de cortes
nas emissões de gases do
efeito estufa e medidas de
compensação, como plantar
Consumo global
mais árvores. O país já havia
previsto acabar com a venda
de veículos a gasolina e diesel
em 2040, mas agora a proibição
será antecipada em cinco
anos e passa a incluir os veículos
híbridos.
A trading internacional de açúcar Czarnikow reduziu sua estimativa para o consumo global
do adoçante neste ano em quase 2 milhões de toneladas, ao afirmar que a pandemia
de coronavírus vai diminuir o uso geral do adoçante em países que impuseram medidas
de isolamento para conter a doença. Antes da pandemia de coronavírus, a Czarnikow
esperava um aumento de 1% na utilização global de açúcar, agora está reduzindo em 5%
a projeção, permanecendo o consumo em 172,4 milhões de toneladas.
Até 2030, o plástico vai ser
completamente banido das
linhas de produção da
Lego. A empresa dinamarquesa
está desenvolvendo
uma alternativa sustentável
para o plástico nos seus
brinquedos, a partir de
uma mistura de madeira e
cana-de-açúcar. A decisão
surge na sequência de alguns
testes preliminares
com sets sustentáveis dos
blocos mais famosos do
Lego de
cana
Açúcar alienígena
Moléculas de açúcar foram
encontradas a bordo de dois
meteoritos caídos, sugerindo
que trouxeram os primeiros
sinais de vida para a Terra. Os
meteoritos podem ter feito
esses transportes iniciais de
açúcar ao nosso planeta, que
incluem a ribose, uma componente
do ácido ribonucleico
(RNA), e outros açúcares
bioessenciais, como a arabinose
e xilose, que são todos
blocos componentes fundamentais
e críticos de construção
biológica.
Cientistas da NASA e de três
universidades japonesas, que
fizeram a descoberta, afirmam
que essa é a primeira vez que
encontram provas diretas de
que açúcar foi transportado à
Terra a partir do espaço.
Incentivo
O Rio Grande do Sul deverá
ganhar, ainda este
ano, um programa estadual
de estímulo à produção
de etanol à base de
grãos – soja e milho, principalmente
–, tubérculos e
cana-de-açúcar. O objetivo
da primeira fase do
projeto é fazer com que o
estado possa se tornar autossuficiente,
uma vez que
hoje a produção gaúcha de
etanol se limita a 0,3% do
consumo estadual, de 1,5
bilhão de litros ao ano.
Com isso, cerca de R$ 1
bilhão em impostos vão
para outros estados.
mundo. Em 2019, a marca
lançou “A Casa da Árvore”,
mais de 3000 peças fabricadas
com materiais sustentáveis.
Atualmente, apenas
2% do catálogo de
produtos da Lego é produzido
com recurso a materiais
sustentáveis. No total,
a marca produz 3700 tipos
diferentes de blocos e
vende cerca de 75 milhões
por ano, em mais de 140
países.
Os átomos de carbono encontrados
no açúcar eram diferentes
dos normalmente
encontrados na Terra. "O açúcar
extraterrestre pode ter
contribuído para a formação
de RNA na Terra prebiótica, o
que possivelmente levou à origem
da vida", disse o pesquisador
Yoshihiro Furukawa da
Universidade de Tohoku
(Japão).
6
Jornal Paraná
COVID-19
Empresas se juntam
para doar álcool em gel
Iniciativa foi da Usina Santa
Terezinha, Crivialli Brasil/H2O
Cosméticos e a Greco e Guerreiro
União e solidariedade
são iniciativas chaves
neste momento crítico.
Pensando assim,
três empresas se juntaram para
contribuir com a produção e
doação de álcool em gel para a
comunidade local em combate
e prevenção ao Covid-19 (Coronavírus).
A Usina Santa Terezinha, Crivialli
Brasil/H2O Cosméticos e a
Greco e Guerreiro, por meio da
Fundacim e Provopar Maringá,
entregaram 6 toneladas de álcool
em gel para a Prefeitura
Municipal de Maringá, hospitais
e instituições sócio-assistenciais.
A entrega foi realizada no dia 26
de março, na Crivialli Brasil/H2O
Cosméticos. Os produtos já
estão sendo utilizados em hospitais,
UBS (Unidades Básicas
de Saúde), UPAs (Unidades de
Pronto Atendimento), casas de
acolhimento para pessoas em
situação de vulnerabilidade social
e entidades de longa permanência
para idosos.
As três empresas industriais
possuem atividades essenciais
nessa situação de emergência,
com a produção de alimento,
combustível e energia elétrica
(Usina Santa Terezinha) e produtos
de higiene e limpeza (Crivialli
Brasil/H2O Cosméticos e a
Greco e Guerreiro). Juntas, entendem
que a solidariedade faz
a força nesse momento de
crise, onde todos os seus colaboradores
precisam seguir produzindo
para que não falte o
essencial no dia a dia dos brasileiros,
conforme o Decreto Federal
nº 10.282/2020 e Decreto
Estadual nº 4.317/2020.
Jornal Paraná 7
USINA
Política Social é diferencial da Alto Alegre
A usina possui diversos programas sociais destinados a seus funcionários,
familiares e às comunidades no entorno de suas unidades industriais
Obem estar do próximo
é uma das preocupações
da Usina Alto
Alegre, que desde sua
fundação se destaca pelo trabalho
social que desenvolve
com seus colaboradores e com
as comunidades no entorno de
suas usinas no Paraná e em
São Paulo, buscando contribuir
para melhorar as condições de
vida e trabalho. Isso porque a
capacitação e o bem estar dos
funcionários são a base para o
desenvolvimento da empresa e
para a qualidade dos produtos
oferecidos ao consumidor. Os
diretores da usina têm consciência
da importância da participação
da iniciativa privada para
a resolução de problemas de
toda a sociedade. Atualmente a
empresa gera cerca de 50 mil
empregos diretos e indiretos.
A Alto Alegre possui uma série
de programas sociais internos
para oferecer estas condições
aos funcionários e apoia inúmeras
iniciativas sociais, especialmente
as da área da saúde,
educação, cultura, aperfeiçoamento
profissional e crescimento
espiritual. Incentivos aos
projetos sociais já desenvolvidos,
ações voluntárias promovidas
pelos próprios funcionários,
doações de produtos e
bens materiais a diversas entidades,
além de patrocínios
contemplam as ações desenvolvidas
e todas as entidades
apoiadas partilham dos mesmos
valores da Alto Alegre.
PROJETO CHUVISCO – Como
nos dias de forte chuva não é
possível realizar as atividades
agrícolas, a usina proporciona
a estes funcionários, o Projeto
Chuvisco. Um ônibus da empresa
é transportado para o
campo, e monitores internos
promovem cursos de capacitação
em diversas áreas, esclarecem
dúvidas sobre procedimentos
e instruções de trabalho,
além de reforçar a prevenção
de acidentes. O Projeto
Chuvisco tem apresentado excelentes
resultados, especialmente
na integração dos trabalhadores
no processo de produção
do açúcar e álcool, destacando
a importância da atividade
de cada um.
BEM ESTAR - Todas as unidades
da Alto Alegre contam com
refeitório para os funcionários,
com refeições diárias servidas
em três turnos durante a safra.
Os cardápios são elaborados
por nutricionistas, com alimentação
balanceada rica em nutrientes
para manutenção da
saúde e bem estar do funcionário,
inclusive com a opção do
“Cardápio Light”, criado para
atender aqueles que precisam
de uma alimentação moderada
em calorias.
PENSANDO NO FUTURO - A
usina mantém convênio com
as principais instituições de ensino
superior das regiões em
que atua e oferece vagas de estágio
aos estudantes de Ciências
Agrárias, Contábeis, Administração
de Empresas e Engenharia.
No projeto “Pensando
no Futuro” os estudantes são
colocadas em contato direto
com a realidade de uma grande
empresa e possuem atividades
específicas que contribuem para
sua formação acadêmica e
profissional. Conhecem o diaa-dia
da empresa e desenvolvem
habilidades para o trabalho
em equipe. Esta é uma grande
oportunidade para que futuros
profissionais aprendam na prática
o que visualizam na teoria.
PROGRAMA TRAINEE - Buscar
novos talentos para incorporar
sua equipe. Esta é a missão do
Programa de Trainees lançado
pela Alto Alegre. Jovens recémformados
nos cursos de Ciências
Agrárias, Contábeis, Administração
de Empresas e Engenharia,
podem se inscrever no
programa e participar de processo
seletivo. Os com melhor
capacitação e dispostos a
compartilhar dos valores da
empresa são convidados a ingressar
à equipe.
SAÚDE DO TRABALHADOR -
O bem estar e a saúde de cada
funcionário são primordiais para
a empresa. Por isso, desenvolve
inúmeros projetos internamente
buscando proporcionar
melhores condições de trabalho
e de vida a cada trabalhador.
Estas ações contemplam
desde o cuidado com a
alimentação até atividades físicas
e de prevenção.
CAFÉ COM SAÚDE - Mensalmente,
a Alto Alegre realiza o
“Café com Saúde”, dirigido especialmente
aos trabalhadores
que apresentam problemas como
diabetes, hipertensão, colesterol
alto e outros que requerem
atenção por parte do
trabalhador. Durante o café da
manhã, recebem inúmeras
orientações, sobre como conviver
melhor com cada doença,
ações preventivas, cuidados
com a alimentação e têm um
espaço aberto para esclarecer
dúvidas.
CAPACITAÇÃO E APERFEIÇO-
AMENTO - Desde sua fundação,
há mais de trinta anos, a
Usina Alto Alegre acredita que
a razão do desenvolvimento e
do sucesso da empresa é a valorização
de cada trabalhador.
Desde a contratação são avaliados
não só a capacidade técnica
do candidato, mas também
de motivação, de trabalho
em equipe, a disposição para
novos aprendizados, e se partilha
dos valores da empresa,
essenciais para a integração e
conduta correta em suas atividades.
São oferecidos ao trabalhador
treinamentos, cursos e capacitações
que agregam valores
não só para a empresa, mas
para o conhecimento e crescimento
profissional do trabalhador
no âmbito profissional, intelectual
e pessoal. A empresa
ainda incentiva todos a agregarem
conhecimentos fora da
empresa, participando de cursos,
congressos e eventos em
geral. A intenção é que cada
um construa sua história de
vida junto à história da usina.
Para isso, Alto Alegre estabeleceu
processos e políticas estimulantes
que incentivam o trabalhador
a mostrar seu conhecimento,
conquistando novos
espaços dentro da empresa.
INTEGRAÇÃO - Destinado a dar
“boas vindas” aos novos funcionários
e integrá-lo à equipe,
o Projeto Integração visa também
acompanhar o bem estar
de todos. Por isso, após a integração
inicial, os “agentes sociais”
fazem um acompanhamento
do funcionário, tanto da
área agrícola quanto da área industrial
e administrativa, na sua
atuação dentro da empresa e
realizam visitas à sua residência,
prestam orientações específicas
sobre saúde, alimentação,
higiene, organização do
lar, relacionamento conjugal e
familiar e acompanham a participação
dos familiares nos
grupos específicos de gestantes,
hipertensos e diabéticos.
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Jornal Paraná