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Jornal Paraná Abril 2020

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OPINIÃO

Tempos bicudos e tristes

Custo global da crise pode chegar a mais de US$ 3 trilhões.

Ou seja, estamos perdendo o ano de 2020

Adriano Pires (*)

No Brasil e no mundo

parece estarmos vivendo

o cenário do

apocalipse de um filme

de ficção de Hollywood ou,

então, uma terceira guerra

mundial. Países fechando as

fronteiras, as Bolsas quebrando,

o barril do petróleo abaixo

dos US$ 30, falta de mercadoria

nas prateleiras dos supermercados,

a saúde colapsando

e policiais nas ruas impedindo

aglomerações.

As projeções de crescimento

econômico mundial são da ordem

de 1,5% e o preço do barril

em torno de US$ 35, na

média, para 2020 e 2021. É

bom lembrar que no início de

2020 o Brent no mercado futuro

era precificado a US$ 66.

O custo global da crise pode

chegar a mais de US$ 3 trilhões.

Ou seja, estamos perdendo

o ano de 2020. No caso

da América Latina, a combinação

de queda dos preços do

petróleo, colapso da moeda e

coronavírus vai manter o crescimento

abaixo dos 2% em

2020.

O fato é que as consequências

ainda são muito incertas. Até o

momento, o que se pode ver é

uma total desorganização dos

mercados financeiros e produtivos,

alcançando custos tão gigantes

e sem precedentes que

é impossível prever qualquer

resultado. O problema não é

mais preço nem o valor das

empresas. É falta total de liquidez.

Ninguém compra - ao

contrário, vende. Todos passaram

a querer estocar desde alimentos

até dinheiro.

Estamos distantes de ter a capacidade

de responder qual será

o novo patamar de preço do

petróleo, quando devemos voltar

a comprar ações, quanto

tempo teremos de crise econômica

e quando chegará a vacina

do coronavírus. Ou seja,

muitas dúvidas e poucas certezas.

Este clima de histeria e de pânico

com as lideranças nacionais

e mundiais contaminadas

pelo vírus da mediocridade só

traz o caos aos mercados e à

sociedade, criando um vírus

econômico que pode levar a

uma terceira guerra. É inacreditável

que, diante deste cenário

de guerra, não seja convocada

uma reunião do chamado G-8.

O que os grandes líderes mundiais

estão pensando? Lamentavelmente,

não temos mais

um Churchill e um Eisenhower.

E, com isso, o vírus econômico

já está promovendo uma crise

sem precedentes, que vai causar

estragos na economia mundial

de proporções incalculáveis

e que exigirá prazos mais longos

de recuperação do que os

provocados pelo coronavírus.

Resta aos investidores buscar

empresas com balanço sólido o

suficiente para atravessar a crise.

E esperar os bancos centrais

darem assistência à liquidez.

O petróleo continua sendo a

principal fonte de energia do

mundo. Um barril do produto

abaixo dos US$ 30 vai tornar

os veículos elétricos menos

atrativos para os consumidores.

Os preços baixos podem

adiar o timing da chamada transição

energética.

A atual crise do petróleo poderá

levar a mudanças nas políticas

dos governos em relação às

fontes renováveis de energia.

Por outro lado, preços muito

baixos do barril podem levar

várias empresas americanas

de óleo de xisto a um estresse

financeiro.

Dos aproximadamente 13 trilhões

de títulos corporativos

Este clima de histeria e pânico com lideranças nacionais

e mundiais contaminadas pelo vírus da mediocridade só

traz o caos aos mercados e à sociedade, criando um vírus

econômico que pode levar a uma terceira guerra

(Corporate Bonds) emitidos por

empresas americanas, 20%

são de empresas de óleo de

xisto. Com um preço do barril

inferior a US$ 35, é enorme a

possibilidade de essas empresas

sofrerem um downgrade

em seus ratings de crédito, levando

a problemas de liquidez

e mesmo a um default. É bom

lembrar que estamos em ano

de eleições americanas e o governo

Trump vai ter de reagir

promovendo políticas de tempos

de guerra.

Enquanto isso, no Brasil, o governo

demorou a reagir. Não

estamos vendo o governo mobilizando

a sociedade e criando

saídas em conjunto com o Legislativo,

governadores e prefeitos.

Só pronunciamentos patéticos,

que não apresentam

soluções de curto prazo para

os diferentes setores da economia

em tempos de guerra. Isso

assusta e preocupa.

No setor de petróleo, a crise

pode pôr em xeque o calendário

dos leilões de petróleo e

da abertura do mercado de

downstream. Tempos bicudos

e tristes com a conjugação

de três vírus: o coronavírus,

o econômico e o da

mediocridade, que atingiu já

faz tempo a maioria de nossos

líderes políticos no Brasil

e no mundo.

(*) Diretor do CBIE – Centro

Brasileiro de Infraestrutura.

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Jornal Paraná


SAFRA

Colheita avança,

mas mercado preocupa

A pandemia causada pelo avanço do coronavírus não têm atrapalhado o ritmo

das atividades no campo, mas pode levar a danos graves à economia do setor

Como as usinas e destilarias

sucroenergéticas

já costumam

trabalhar com situações

de contingência, por conta

de chuvas ou outros problemas,

a pandemia causada

pelo avanço do coronavírus no

Brasil não afetou o ritmo de

colheita, mas pode levar a

danos graves à economia do

setor.

As indústrias, segundo o presidente

da Alcopar, Miguel Tranin,

têm tomado todos os

cuidados seguindo as recomendações

do Ministério da

Saúde para prevenir contaminações.

“O pessoal administrativo,

sempre que possível,

está em home office, as pessoas

que apresentam maior

risco de contágio estão em

isolamento em casa, e todos

têm tomado os cuidados com

o distanciamento e a higiene,

os ônibus circulam com meia

lotação, há escalonamento no

almoço e segue-se as demais

recomendações”, afirma.

Com a retomada da moagem

de cana no Estado do Paraná

por seis unidades produtivas, a

produção realizada até o dia 16

de março ainda na safra 2019/

20, foi de 33.542.896 toneladas

de cana, no acumulado. Comparando

com as 34.935.547

toneladas registradas no mesmo

período do ano safra 2018/

19, houve uma redução de 4%.

Os dados de colheita ainda são

contabilizados como da safra

anterior até o dia 30 de março,

mas iniciou-se desde 1 de abril

a safra 2020/21.

A produção de açúcar totalizou

até o dia 16 de março

1,971 milhão de toneladas e a

de etanol 1,585 bilhão de litros,

sendo 546 milhões de litros

de anidro e 1,039 bilhão

de litros de hidratado. A quantidade

de Açúcares Totais Recuperáveis

(ATR) por tonelada

de cana no acumulado da

safra 2019/20 ficou 1,9%

acima do valor observado na

safra 2018/19, totalizando

142,55 kg de ATR/t de cana,

contra 139,84 kg ATR observados

na safra anterior.

A grande preocupação das

usinas no momento, entretanto,

é com os preços do

etanol e do açúcar no mercado

nacional e internacional,

afirmou Tranin. Os estragos

causados pela pandemia de

coronavírus nas economias

globais atingem em cheio as

commodities, mas a mais sofrida

com a pandemia viraleconômica

é o açúcar, onde o

colapso dos preços dos combustíveis

leva ao aumento da

oferta do adoçante.

Os preços do petróleo fecharam

março com as maiores

quedas e perdas da história,

o que deve afetar negativamente

as margens e fluxos

de caixa dos produtores de

açúcar e etanol do Brasil,

citou o presidente da Alcopar.

Com o valor mais baixo do

petróleo, a competitividade

do concorrente etanol deve

diminuir, até mesmo por conta

de um menor consumo

com as paralisações e menor

mobilidade.

“A tendência é que o setor sucroalcooleiro

altere o mix de

produção em favor do açúcar.

Isso pode criar um excesso de

oferta, transformando as previsões

de déficit para um novo

superávit na produção mundial,

reduzindo os preços internacionais

do açúcar”, comentou.

Como maior exportador

de açúcar do mundo, o Brasil

tem a capacidade de elevar a

oferta global de açúcar muito

rapidamente, o que pode deprimir

os preços internacionais.

“É o que se poderia chamar de

tempestade perfeita. Os dois

produtos base do setor estão

com os preços em queda,

abaixo do custo de produção.

Isso em um momento em que

o setor começava a se recuperar

de uma das piores crises

econômicas pela qual já passou,

com o fechamento de dezenas

de usinas em todo o

País e o endividamento de

outro tanto delas. Todo esse

cenário só traz ainda mais preocupação

com o início da safra

e aumento da oferta de etanol

e açúcar”, lamentou Tranin.

A situação preocupa mesmo

as usinas que aproveitaram os

Safra 2020/21 começou dia 1 de abril

bons preços do açúcar entre o

final do ano passado e início

deste ano para fixarem preços,

antecipando as vendas desta

temporada. A estimativa é que

a maior parte das 19 milhões

de toneladas previstas para

serem exportadas nesta safra

tenha sido fixada até fevereiro.

Isso significa que a perspectiva

de maior oferta de açúcar do

Brasil já foi precificada. “O impacto

de toda essa situação

será gravíssimo para o setor. O

momento é de união visando

superar os efeitos econômicos

e para a saúde”, finalizou Tranin.

Jornal Paraná 3


CORONAVÍRUS

Alcopar doa 200 mil litros de

etanol para hospitais e creches

O mesmo foi feito pelas demais entidades do setor sucroenergético em

todo o país visando a ajudar a conter a velocidade de propagação do vírus

Osetor de bioenergia

do Paraná doou 200

mil litros de álcool

hidratado para que

sejam distribuídos, pelo governo

do Estado, a hospitais,

creches e no atendimento à

população mais necessitada,

segundo a Alcopar - Associação

de Produtores de Bioenergia

do Estado do Paraná, contribuindo

com o abastecimento

das unidades públicas de

saúde, de forma gratuita. O

mesmo foi feito pelas demais

associações do setor sucroenergético

do Brasil, que estão

atentas às necessidades da

sociedade, mas também

compromissadas com a manutenção

da fabricação de

produtos essenciais como o

açúcar, a energia elétrica e o

álcool, imprescindível neste

momento para a higienização

das pessoas e combate ao

coronavírus.

Segundo o presidente da entidade,

Miguel Tranin, 19 unidades

produtoras do Paraná estão

fazendo a doação de 10 mil

litros cada. “O setor atendeu

prontamente a um pedido das

autoridades, visando a ajudar a

conter a velocidade de propagação

do vírus”, disse.

O álcool 70 foi produzido voluntariamente

após a concessão

de uma autorização extraordinária

e temporária pela

Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (Anvisa), no último

dia 19 de março, que permitiu

a produção. O álcool 70 é

usado para desinfecção e é

essencial para serviços de

saúde.

As usinas associadas à União

da Indústria de Cana-de-Açúcar

(Unica), que respondem

por 60% da produção sucroenergética

do País, também

doaram 1 milhão de litros de

álcool para o SUS para a produção

de álcool gel e álcool

70 para que sejam utilizados

na contensão do coronavírus.

Seis estados receberam essa

doação: São Paulo, Rio de Janeiro,

Rio Grande do Sul, Espírito

Santo, Paraná e Santa

Catarina.

“Vivemos um momento que

demanda união e criamos

uma verdadeira operação de

guerra para superar os desafios

impostos pelo covid-19 e

contribuir com diversos estados

do país. O setor sucroenergético

quer unir forças

com os órgãos governamentais

e a população para garantir

que os profissionais de

saúde, pacientes e familiares

tenham os recursos necessários

para atravessarem esse

momento difícil, minimizando

os riscos de propagação dentro

dos estabelecimentos de

saúde”, disse Evandro Gussi,

presidente da Unica.

Os volumes são transportados

até pontos indicados pelas

Secretarias de Saúde desses

estados, onde ocorrem o

processamento industrial, para

a transformação em gel ou

envase da solução líquida.

Após isso, a distribuição para

as unidades públicas de saúde

está sob a coordenação

das Secretarias Estaduais.

“Estamos atentos e ao lado

das autoridades e de todos os

brasileiros para vencer essa

guerra”, comentou Gussi.

A operação está mobilizando

ainda membros da Associação

Brasileira de Transporte e

Logística de Produtos Perigosos

(ABTLP), que está fazendo

o deslocamento da carga

em veículos próprios, e do

Sindicato Nacional das Empresas

Distribuidoras de

Combustíveis e de Lubrificantes

(Sindicom), que está

doando o óleo diesel usado.

Toda a operação está respeitando

as medidas de higiene e

segurança conforme orientações

do Ministério da Saúde e

da Anvisa.

Miguel Tranin:

setor atendeu

prontamente ao

pedido das

autoridades

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Jornal Paraná


Neste mesmo espírito, os produtores

de etanol de Minas

Gerais juntamente com a Start

Química de Uberlândia doaram

60 mil litros de álcool

70% para órgãos públicos,

áreas de saúde e Polícia Militar,

dos municípios do Triângulo

Mineiro.

“Recebemos várias solicitações

para produção do álcool

70 e nossas usinas atenderam

ao chamado neste momento

difícil pelo qual passa o

país e o mundo”, afirma Mário

Campos, presidente da Associação

das Indústrias Sucroenergéticas

de Minas Gerais

(SIAMIG).

As usinas do estado de Goiás

se uniram para produzir álcool

70% e doar a unidades

de saúde, de acordo com o

Sindicato da Indústria e Fabricação

de Etanol do Estado de

Goiás (Sifaeg). Além de distribuir

para unidades de saúde

na capital, as indústrias vão

repassar o álcool líquido a

municípios do interior de

Goiás. Segundo o presidente

executivo do Sifaeg, André

Rocha, mesmo no período de

entressafra, as indústrias

conseguiram transformar o

etanol em álcool 70%. “O

destino principal, além das

unidades de saúde, são asilos,

presídios e unidades socioeducativas",

explicou o

presidente.

A Biosul (Associação de Produtores

de Bioenergia de Mato

Grosso do Sul) também doou

200 mil litros de álcool para à

Saúde de MS durante o combate

a pandemia do covid-19.

A associação doou o álcool e

o mesmo foi envasado por

uma empresa de bebidas em

MS para distribuição aos hospitais

e unidades de saúde no

Estado.

O álcool 70

foi produzido

voluntariamente após

a concessão de

uma autorização

extraordinária e

temporária pela

Anvisa

Jornal Paraná 5


DOIS

PONTOS

Expedição

Custos Cana

O cenário mundial sofreu

grandes transformações

nos últimos meses em decorrência

da pandemia do

coronavírus (Covid-19).

Conforme orientação de

distanciamento social pelo

Ministério da Saúde e decreto

do Governo do Estado

de São Paulo de fechamento

do comércio (com exceção

dos serviços essenciais),

a 4ª edição da Expedição

Custos Cana teve a

data do evento presencial

adiada para 8 de outubro de

O governo do Reino Unido

proibirá a partir de 2035 a

venda de novos veículos a

gasolina e diesel, incluindo os

híbridos, como parte dos esforços

para alcançar a neutralidade

de carbono. O Reino

2020, em Piracicaba/SP. O

evento é uma iniciativa do

Pecege Projetos e ocorre

anualmente com palestrantes

do mercado que apresentam

ao setor análises

inéditas dos levantamentos

de custos, realizadas em

parceria com as usinas,

casos de gestão de custos

e perspectivas da produção

e comercialização de açúcar,

etanol e bioenergia no

Brasil.

Inscrições: https://

custoscana.pecege.com/

Proibição

Unido se comprometeu por lei

a alcançar a neutralidade de

carbono até 2050, o que exigirá

uma combinação de cortes

nas emissões de gases do

efeito estufa e medidas de

compensação, como plantar

Consumo global

mais árvores. O país já havia

previsto acabar com a venda

de veículos a gasolina e diesel

em 2040, mas agora a proibição

será antecipada em cinco

anos e passa a incluir os veículos

híbridos.

A trading internacional de açúcar Czarnikow reduziu sua estimativa para o consumo global

do adoçante neste ano em quase 2 milhões de toneladas, ao afirmar que a pandemia

de coronavírus vai diminuir o uso geral do adoçante em países que impuseram medidas

de isolamento para conter a doença. Antes da pandemia de coronavírus, a Czarnikow

esperava um aumento de 1% na utilização global de açúcar, agora está reduzindo em 5%

a projeção, permanecendo o consumo em 172,4 milhões de toneladas.

Até 2030, o plástico vai ser

completamente banido das

linhas de produção da

Lego. A empresa dinamarquesa

está desenvolvendo

uma alternativa sustentável

para o plástico nos seus

brinquedos, a partir de

uma mistura de madeira e

cana-de-açúcar. A decisão

surge na sequência de alguns

testes preliminares

com sets sustentáveis dos

blocos mais famosos do

Lego de

cana

Açúcar alienígena

Moléculas de açúcar foram

encontradas a bordo de dois

meteoritos caídos, sugerindo

que trouxeram os primeiros

sinais de vida para a Terra. Os

meteoritos podem ter feito

esses transportes iniciais de

açúcar ao nosso planeta, que

incluem a ribose, uma componente

do ácido ribonucleico

(RNA), e outros açúcares

bioessenciais, como a arabinose

e xilose, que são todos

blocos componentes fundamentais

e críticos de construção

biológica.

Cientistas da NASA e de três

universidades japonesas, que

fizeram a descoberta, afirmam

que essa é a primeira vez que

encontram provas diretas de

que açúcar foi transportado à

Terra a partir do espaço.

Incentivo

O Rio Grande do Sul deverá

ganhar, ainda este

ano, um programa estadual

de estímulo à produção

de etanol à base de

grãos – soja e milho, principalmente

–, tubérculos e

cana-de-açúcar. O objetivo

da primeira fase do

projeto é fazer com que o

estado possa se tornar autossuficiente,

uma vez que

hoje a produção gaúcha de

etanol se limita a 0,3% do

consumo estadual, de 1,5

bilhão de litros ao ano.

Com isso, cerca de R$ 1

bilhão em impostos vão

para outros estados.

mundo. Em 2019, a marca

lançou “A Casa da Árvore”,

mais de 3000 peças fabricadas

com materiais sustentáveis.

Atualmente, apenas

2% do catálogo de

produtos da Lego é produzido

com recurso a materiais

sustentáveis. No total,

a marca produz 3700 tipos

diferentes de blocos e

vende cerca de 75 milhões

por ano, em mais de 140

países.

Os átomos de carbono encontrados

no açúcar eram diferentes

dos normalmente

encontrados na Terra. "O açúcar

extraterrestre pode ter

contribuído para a formação

de RNA na Terra prebiótica, o

que possivelmente levou à origem

da vida", disse o pesquisador

Yoshihiro Furukawa da

Universidade de Tohoku

(Japão).

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Jornal Paraná


COVID-19

Empresas se juntam

para doar álcool em gel

Iniciativa foi da Usina Santa

Terezinha, Crivialli Brasil/H2O

Cosméticos e a Greco e Guerreiro

União e solidariedade

são iniciativas chaves

neste momento crítico.

Pensando assim,

três empresas se juntaram para

contribuir com a produção e

doação de álcool em gel para a

comunidade local em combate

e prevenção ao Covid-19 (Coronavírus).

A Usina Santa Terezinha, Crivialli

Brasil/H2O Cosméticos e a

Greco e Guerreiro, por meio da

Fundacim e Provopar Maringá,

entregaram 6 toneladas de álcool

em gel para a Prefeitura

Municipal de Maringá, hospitais

e instituições sócio-assistenciais.

A entrega foi realizada no dia 26

de março, na Crivialli Brasil/H2O

Cosméticos. Os produtos já

estão sendo utilizados em hospitais,

UBS (Unidades Básicas

de Saúde), UPAs (Unidades de

Pronto Atendimento), casas de

acolhimento para pessoas em

situação de vulnerabilidade social

e entidades de longa permanência

para idosos.

As três empresas industriais

possuem atividades essenciais

nessa situação de emergência,

com a produção de alimento,

combustível e energia elétrica

(Usina Santa Terezinha) e produtos

de higiene e limpeza (Crivialli

Brasil/H2O Cosméticos e a

Greco e Guerreiro). Juntas, entendem

que a solidariedade faz

a força nesse momento de

crise, onde todos os seus colaboradores

precisam seguir produzindo

para que não falte o

essencial no dia a dia dos brasileiros,

conforme o Decreto Federal

nº 10.282/2020 e Decreto

Estadual nº 4.317/2020.

Jornal Paraná 7


USINA

Política Social é diferencial da Alto Alegre

A usina possui diversos programas sociais destinados a seus funcionários,

familiares e às comunidades no entorno de suas unidades industriais

Obem estar do próximo

é uma das preocupações

da Usina Alto

Alegre, que desde sua

fundação se destaca pelo trabalho

social que desenvolve

com seus colaboradores e com

as comunidades no entorno de

suas usinas no Paraná e em

São Paulo, buscando contribuir

para melhorar as condições de

vida e trabalho. Isso porque a

capacitação e o bem estar dos

funcionários são a base para o

desenvolvimento da empresa e

para a qualidade dos produtos

oferecidos ao consumidor. Os

diretores da usina têm consciência

da importância da participação

da iniciativa privada para

a resolução de problemas de

toda a sociedade. Atualmente a

empresa gera cerca de 50 mil

empregos diretos e indiretos.

A Alto Alegre possui uma série

de programas sociais internos

para oferecer estas condições

aos funcionários e apoia inúmeras

iniciativas sociais, especialmente

as da área da saúde,

educação, cultura, aperfeiçoamento

profissional e crescimento

espiritual. Incentivos aos

projetos sociais já desenvolvidos,

ações voluntárias promovidas

pelos próprios funcionários,

doações de produtos e

bens materiais a diversas entidades,

além de patrocínios

contemplam as ações desenvolvidas

e todas as entidades

apoiadas partilham dos mesmos

valores da Alto Alegre.

PROJETO CHUVISCO – Como

nos dias de forte chuva não é

possível realizar as atividades

agrícolas, a usina proporciona

a estes funcionários, o Projeto

Chuvisco. Um ônibus da empresa

é transportado para o

campo, e monitores internos

promovem cursos de capacitação

em diversas áreas, esclarecem

dúvidas sobre procedimentos

e instruções de trabalho,

além de reforçar a prevenção

de acidentes. O Projeto

Chuvisco tem apresentado excelentes

resultados, especialmente

na integração dos trabalhadores

no processo de produção

do açúcar e álcool, destacando

a importância da atividade

de cada um.

BEM ESTAR - Todas as unidades

da Alto Alegre contam com

refeitório para os funcionários,

com refeições diárias servidas

em três turnos durante a safra.

Os cardápios são elaborados

por nutricionistas, com alimentação

balanceada rica em nutrientes

para manutenção da

saúde e bem estar do funcionário,

inclusive com a opção do

“Cardápio Light”, criado para

atender aqueles que precisam

de uma alimentação moderada

em calorias.

PENSANDO NO FUTURO - A

usina mantém convênio com

as principais instituições de ensino

superior das regiões em

que atua e oferece vagas de estágio

aos estudantes de Ciências

Agrárias, Contábeis, Administração

de Empresas e Engenharia.

No projeto “Pensando

no Futuro” os estudantes são

colocadas em contato direto

com a realidade de uma grande

empresa e possuem atividades

específicas que contribuem para

sua formação acadêmica e

profissional. Conhecem o diaa-dia

da empresa e desenvolvem

habilidades para o trabalho

em equipe. Esta é uma grande

oportunidade para que futuros

profissionais aprendam na prática

o que visualizam na teoria.

PROGRAMA TRAINEE - Buscar

novos talentos para incorporar

sua equipe. Esta é a missão do

Programa de Trainees lançado

pela Alto Alegre. Jovens recémformados

nos cursos de Ciências

Agrárias, Contábeis, Administração

de Empresas e Engenharia,

podem se inscrever no

programa e participar de processo

seletivo. Os com melhor

capacitação e dispostos a

compartilhar dos valores da

empresa são convidados a ingressar

à equipe.

SAÚDE DO TRABALHADOR -

O bem estar e a saúde de cada

funcionário são primordiais para

a empresa. Por isso, desenvolve

inúmeros projetos internamente

buscando proporcionar

melhores condições de trabalho

e de vida a cada trabalhador.

Estas ações contemplam

desde o cuidado com a

alimentação até atividades físicas

e de prevenção.

CAFÉ COM SAÚDE - Mensalmente,

a Alto Alegre realiza o

“Café com Saúde”, dirigido especialmente

aos trabalhadores

que apresentam problemas como

diabetes, hipertensão, colesterol

alto e outros que requerem

atenção por parte do

trabalhador. Durante o café da

manhã, recebem inúmeras

orientações, sobre como conviver

melhor com cada doença,

ações preventivas, cuidados

com a alimentação e têm um

espaço aberto para esclarecer

dúvidas.

CAPACITAÇÃO E APERFEIÇO-

AMENTO - Desde sua fundação,

há mais de trinta anos, a

Usina Alto Alegre acredita que

a razão do desenvolvimento e

do sucesso da empresa é a valorização

de cada trabalhador.

Desde a contratação são avaliados

não só a capacidade técnica

do candidato, mas também

de motivação, de trabalho

em equipe, a disposição para

novos aprendizados, e se partilha

dos valores da empresa,

essenciais para a integração e

conduta correta em suas atividades.

São oferecidos ao trabalhador

treinamentos, cursos e capacitações

que agregam valores

não só para a empresa, mas

para o conhecimento e crescimento

profissional do trabalhador

no âmbito profissional, intelectual

e pessoal. A empresa

ainda incentiva todos a agregarem

conhecimentos fora da

empresa, participando de cursos,

congressos e eventos em

geral. A intenção é que cada

um construa sua história de

vida junto à história da usina.

Para isso, Alto Alegre estabeleceu

processos e políticas estimulantes

que incentivam o trabalhador

a mostrar seu conhecimento,

conquistando novos

espaços dentro da empresa.

INTEGRAÇÃO - Destinado a dar

“boas vindas” aos novos funcionários

e integrá-lo à equipe,

o Projeto Integração visa também

acompanhar o bem estar

de todos. Por isso, após a integração

inicial, os “agentes sociais”

fazem um acompanhamento

do funcionário, tanto da

área agrícola quanto da área industrial

e administrativa, na sua

atuação dentro da empresa e

realizam visitas à sua residência,

prestam orientações específicas

sobre saúde, alimentação,

higiene, organização do

lar, relacionamento conjugal e

familiar e acompanham a participação

dos familiares nos

grupos específicos de gestantes,

hipertensos e diabéticos.

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