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Susana Isabel Ferreira da Silva de Sá ESTROGÉNIOS E ...

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do hipotálamo (Choi et al., 1998; Ribeiro et al., 2007), quer na estimulação <strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

antecipadora <strong>da</strong> ingestão alimentar, acção esta media<strong>da</strong> por projecções glutamatérgicas que<br />

sinalizam os neurónios orexigénicos <strong>da</strong> área hipotalâmica lateral, <strong>da</strong> área pré-óptica e <strong>da</strong><br />

formação reticular do mesencéfalo (Ribeiro et al., 2009).<br />

6<br />

Localiza<strong>da</strong> inferolateralmente a este componente está a divisão ventrolateral do VMN<br />

(VMNvl). Também <strong>de</strong> eleva<strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> celular, é forma<strong>da</strong> sobretudo por neurónios cujos<br />

corpos celulares têm orientação axial mediolateral, são <strong>de</strong> maiores dimensões que os <strong>da</strong><br />

vizinha divisão dorsomedial, possuem núcleos ovais e gran<strong>de</strong>s nucléolos e estão, a níveis<br />

mais cau<strong>da</strong>is, intercalados com neurónios redondos e <strong>de</strong> menores dimensões (Van Houten e<br />

Brawer, 1978). As suas árvores <strong>de</strong>ndríticas são relativamente pobres e pouco ramifica<strong>da</strong>s, e<br />

possuem poucas ou nenhumas espinhas (Millhouse, 1973). Ao contrário <strong>da</strong> divisão<br />

dorsomedial, os seus neurónios caracterizam-se por expressarem, entre outros, receptores para<br />

os estrogénios (Pfaff e Keiner, 1973; Simerly et al., 1990; Shughrue et al. 1997; Shughrue e<br />

Merchanthaler, 2001), para a progesterona (Brown et al. 1987; Blaustein et al., 1988) e para a<br />

oxitocina (Johnson et al., 1989; Tribollet et al., 1990; Bale et al., 1995). Funcionalmente, esta<br />

divisão está envolvi<strong>da</strong> na regulação do comportamento sexual feminino, sobretudo <strong>da</strong> sua fase<br />

copulatória (Blaustein e Erskine, 2002) ou receptiva (Beach, 1976), que se caracteriza pelo<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do reflexo <strong>de</strong> lordose em fêmeas que, após exposição sequencial a<br />

estrogénios e progesterona, são estimula<strong>da</strong>s sensorialmente. Trata-se <strong>de</strong> um movimento<br />

estereotipado, que consiste na dorsiflexão <strong>da</strong> coluna vertebral, e consequente elevação <strong>da</strong><br />

cabeça e <strong>da</strong> região do quadril, acompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong> ligeira extensão dos membros anteriores<br />

(Pfaff e Lewis, 1974), postura que facilita a intromissão no acto <strong>da</strong> cópula, sendo, portanto,<br />

vital para a reprodução.<br />

A lordose é um arco reflexo espinho-bulbo-espinhal. O seu ramo aferente conduz os<br />

estímulos somatossensoriais, recebidos pelos nervos pu<strong>de</strong>ndos e pélvicos, para os neurónios<br />

<strong>da</strong> região lombar <strong>da</strong> medula espinhal localizados, sobretudo, nas lâminas IV a VIII, a partir <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> são veiculados pela coluna anterolateral <strong>da</strong> medula espinhal até à formação reticular do<br />

bolbo, especialmente o núcleo gigantocelular, e <strong>da</strong>qui para a substância cinzenta<br />

periaquedutal (Kow e Pfaff, 1998). É na substância cinzenta periaquedutal que se inicia o<br />

ramo eferente do arco reflexo, que envia informação para o núcleo gigantocelular e <strong>da</strong>qui,<br />

através do feixe reticulo-espinhal, para a região lombar <strong>da</strong> medula espinhal, sobretudo para as<br />

lâminas V-VII, on<strong>de</strong> estão localizados os neurónios motores dos músculos epaxiais que, ao<br />

contrair-se, provocam lordose (Kow e Pfaff, 1998). O VMNvl controla o reflexo <strong>da</strong> lordose<br />

através <strong>da</strong>s projecções que envia pelo fascículo prosencefálico medial, comissura supraóptica

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