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A Blogosfera policial no Brasil: do tiro ao twitter ... - Marcos Rolim

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da Policia Militar de Sergipe”. Para os “manos”,o surgimento de dezenas de blogs de policiais noBrasil aponta para um futuro mais promissorna área de segurança. “Entendemos que haveráuma profissionalização com o consequente melhoraproveitamento da mão-de-obra disponível emdecorrência da limitação aos abusos decorrentes”,diz o blogueiro, referindo-se a desvios defunção dos policiais, como motoristas e segurançasde eventos promovidos pelos comandantes.Em Sergipe, pelo menos, a criação do blog institucionalda PM, anunciado como veículo dediálogo entre o comando, a corporação e apopulação, sinaliza o início de um processo deabertura e democratização que certamente teráefeitos positivos.Momento de criação. Na Blogpol, o primeiroblog surgiu em junho de 2004 (veja o quadro com aentrevista de Roger Franchini, criador do Cultcoolfreak).Entre os 70 blogs que responderam à pesquisa,apenas 12 foram criados antes ou no próprio ano de2006. Isto significa que o fenômeno é extremamenterecente e ainda em franco desenvolvimento, apesarde sua exuberância. Também significa que tende acrescer. Tomando o ano de 2009, foram criadosentre janeiro e início de agosto 15 blogs. Provavelmente,no segundo semestre de 2009, quandodivulgamos esta pesquisa, novas páginas seguemaparecendo.806040200Quando o blog foi criado? (por blog)2006 ou antes2007Nº %12 17,119 27,124 34,315 21,420082009Total 70 100,0122006 ouantes“OS BLOGS SÃO UMA VÁLVULA DE ESCAPE”Criador do pioneiro Cultcoolfreak, RogerFranchini questionacapacidade dos blogs de modificarem a PolíciaO paulista Roger Franchini decidiu inscrever-seno concurso para a Polícia Civil paulista quandocursava Direito na Universidade Estadual Paulista(Unesp), em Franca. “Sempre achei que trabalharna Polícia era uma forma de ter uma atuação socialintensa. Outra razão era a grana. Era um bom salário,cerca de R$ 1 mil, e eu não tinha dinheiro nenhum.”Contra suas próprias expectativas, foi aprovado,em julho de 2002. Mas a alegria durou pouco. Aoentrar na corporação, diz ele, não sonhava valer-sedo futuro diploma de Direito para tentar tornar-sedelegado. “Logo no início me decepcionei. Fuivendo que as coisas não funcionavam de maneirademocrática, ficam muito atreladas a uma política193124552007 2008 2009Total do anoAcumuladoFonte: Blogosfera Policial no Brasil. CESeC/UNESCO, 2009.de compadrio, amizades internas. Só quem se submeteao esquema vai pra frente.”Seu primeiro posto foi na delegacia de Pedregulho,cidade de cerca de 14 mil habitantes a 80 quilômetrosde Franca. “Tive uma dificuldade muito grandede continuar frequentando as aulas. Eu viajava deônibus e tinha de sair mais cedo do que o horáriopara chegar a tempo. Mas o delegado não aceitava.”Naqueles primeiros tempos, Roger sentiu a faltade mais preparo e estrutura para exercer a função.Havia um amadorismo muito grande. Fiquei quatromeses na academia e nunca tinha visto um BO[Boletim de Ocorrência]. Tive de aprender tudo naprática. Eles me mandaram para a delegacia sem701531SÉRIE <strong>Debates</strong> <strong>CI</strong> A Blogosfera policial no Brasil: do tiro ao Twitter

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