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02 Patrimônio Natural.pmd - Secretaria do Planejamento do Estado ...

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<strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong>:Marcos SouzaRiquezas da Boa Terra: Recuperação,Promoção e Preservação <strong>do</strong><strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural


16RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural17PATRIMÔNIO NATURALO Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, através da <strong>Secretaria</strong> deMeio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH,vem dan<strong>do</strong> cumprimento à Legislação AmbientalEstadual - Lei 7.799/01, de mo<strong>do</strong> a compatibilizaro desenvolvimento econômico com a conservação<strong>do</strong>s recursos naturais <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.Buscan<strong>do</strong> reverter a acelerada perda da biodiversidadee a proteção <strong>do</strong>s recursos hídricos, ogoverno estadual investiu na criação <strong>do</strong>s territóriosespecialmente protegi<strong>do</strong>s - Unidades deConservação. Para assegurar que as transformaçõesdesses territórios possam acontecer sustentavelmente,foram desenvolvi<strong>do</strong>s instrumentosde gestão - Planos de Manejos. Atualmentemais de 50% <strong>do</strong> território baiano, protegi<strong>do</strong>na forma de Unidade de Conservação, dispõe<strong>do</strong> seu Plano de Manejo.A política estadual de florestas vem sen<strong>do</strong> desenvolvidacom o foco na promoção e inserção dafloresta no agronegócio baiano.A integração da política ambiental estadual com aspolíticas ambientais municipais, através dadescentralização da gestão municipal, tem si<strong>do</strong>buscada com determinação pelo governo, atravésda formulação, coordenação e implementação dapolítica estadual de meio ambiente e de florestas,de biodiversidade e de recursos hídricos.A SEMARH vem atuan<strong>do</strong> em parceria com outras<strong>Secretaria</strong>s e órgãos governamentais, estaduaise federais, de forma contínua, fomentan<strong>do</strong>a criação e capacitação das Comissões Técnicasda Garantia Ambiental – CTGA´s, favorecen<strong>do</strong>a integração e fortalecimento <strong>do</strong> SistemaEstadual de Administração <strong>do</strong>s RecursosAmbientais- Seara.AGENDA AMBIENTALGestão de Recursos Naturais ede EcossistemasA atividade se constitui em uma ferramentapara tomada de decisão e otimização das açõesimplementadas pela SEMARH, disponibilizan<strong>do</strong>para o público das diversas esferas de governo,da sociedade civil organizada e da comunidadeem geral, informações de cunhoambiental relativas ao setor florestal e às Unidadesde Conservação - UCs.Dentre as principais ações realizadas na atividade<strong>do</strong> geoprocessamento destacam-se:Atualização <strong>do</strong> banco de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> setor florestal;Produção de 230 mapas municipais referentesà cobertura vegetal;Atualização <strong>do</strong> aplicativo Geoflora;Atualização <strong>do</strong> mapa das Unidades de Conservação<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>; eColeta de da<strong>do</strong>s georreferencia<strong>do</strong>s e produçãode cartografia relativa às atividades deemissão de Anuência Prévia e criação de espaçosprotegi<strong>do</strong>s.Segun<strong>do</strong> a Lei Estadual nº 7.799/01, nenhumaatividade efetiva ou potencialmente degrada<strong>do</strong>rapoderá ser implantada em Área de ProteçãoAmbiental - APA, sem o licenciamentoambiental, sen<strong>do</strong> necessária a anuência préviade sua unidade gestora. Em 2006, foram analisa<strong>do</strong>s269 processos relativos a empreendimentosa serem implanta<strong>do</strong>s.


18RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAVisan<strong>do</strong> a identificação de áreas prioritárias paraconservação e em cumprimento a LegislaçãoAmbiental, foram concluí<strong>do</strong>s entre 2003-2006estu<strong>do</strong>s que justificaram a criação de sete espaçosterritoriais protegi<strong>do</strong>s. Em 2006 foram criadas asAPA´s de Lago <strong>do</strong> Sobradinho, Rio Preto, SãoDesidério e Subaé, conforme Quadro 1, além <strong>do</strong>apoio à criação da primeira Reserva Particular <strong>do</strong><strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> - RPPN, no Esta<strong>do</strong> da Bahia,com uma área de cerca de 135 hectares.QUADRO 1ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL – NOVOS ESPAÇOS TERRITORIAIS PROTEGIDOSBAHIA, 2006APA ÁREA MUNICÍPIOS ABRANGIDOS OBJETIVOS / JUSTIFICATIVASLAGO DO 1.237.374 Casa Nova, Remanso, Promover o ordenamento e controle <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo, <strong>do</strong>sSOBRADINHO hectares no Pilão Arca<strong>do</strong>, Sento Sé, e recursos hídricos e <strong>do</strong>s demais recursos ambientais,bioma da Sobradinho inclusive o patrimônio geológico, espeleológico,Caatingaarqueológico, paleontológico e cultural da regiãoPreservar a qualidade das águas <strong>do</strong> Lago de Sobradinho,forma<strong>do</strong> pela barragem de uso múltiplo, dada a importânciada recuperação ambiental de seus tributários e de seuentorno, em especial Áreas de Preservação PermanentePriorizar a inclusão social e ambiental das comunidadesribeirinhas e de suas atividades sociais, econômicas e culturaisFomentar e ordenar a crescente demanda por áreascom potencial para o esporte, o lazer e o turismo ecológicoRIO DO PRETO 1.146.162 Formosa <strong>do</strong> Rio Preto, Preservar as características naturais da área abrangida, ahectares, nos Mansidão, e Santa Rita exemplo <strong>do</strong>s remanescentes de florestas da Mata Atlântica,biomas <strong>do</strong> de Cássia <strong>do</strong> bioma <strong>do</strong> cerra<strong>do</strong> e da caatinga e das nascentes ecerra<strong>do</strong> etributários da bacia hidrográfica <strong>do</strong> Rio PretocaatingaDesenvolver o turismo ecológico na regiãoCriar corre<strong>do</strong>res de biodiversidade interligan<strong>do</strong> os biomasde cerra<strong>do</strong>, da caatinga e remanescentes de Mata AtlânticaPromover o ordenamento e controle <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo, <strong>do</strong>srecursos hídricos e <strong>do</strong>s recursos naturais da regiãoSÃO DESIDÉRIO 10.961 São Desidério Preservar as características naturais da área abrangidahectarePromover o ordenamento e controle <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo, <strong>do</strong>srecursos hídricos e <strong>do</strong>s recursos naturais da regiãoFomentar e ordenar a crescente demanda por áreas compotencial para o esporte, o lazer e o turismo ecológicoMONUMENTO 404 hectares Santo Amaro As justificativas para a criação <strong>do</strong> Sítio <strong>Natural</strong> foram:NATURAL DOSOs significativos recursos naturais de imensos valoresCÂNIONS DOcênicos e paisagísticos, que propicia a prática deSUBAÉecoturismo e esportes radicaisOs corpos hídricos e diversas nascentes forma<strong>do</strong>ras <strong>do</strong>sRios Peraúna e Sergi, contribuintes <strong>do</strong> Rio Subaé, quecarecem de ações por parte <strong>do</strong> poder público, com vistasà sua preservação, impon<strong>do</strong>-se a recuperação ambiental deseu entorno, em especial as Áreas de Preservação PermanenteA necessidade de inclusão social e ambiental dascomunidades ribeirinhas e de suas atividades sociais,econômicas e culturaisFonte: SEMARH


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural19Pedro LimaMerecem destaque ainda as seguintes atividades: osestu<strong>do</strong>s para o Zoneamento Ecológico – Econômico<strong>do</strong> Oeste, <strong>do</strong> Litoral Norte e <strong>do</strong> Extremo Sul; aparticipação no Mapeamento <strong>do</strong> Bioma Caatinga,realiza<strong>do</strong> em parceria com o Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente- MMA, e a Universidade Estadual de Feira deSantana - Uefs; a participação <strong>do</strong> Projeto Fun<strong>do</strong> deMeio Ambiente Global - GEF / Caatinga em parceriacom a SEPLAN/CAR e o governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ceará;e o apoio às atividades desenvolvidas pelo ComitêEstadual da Reserva da Biosfera da Caatinga.Ascom - SemarhAPA Capivaraços protegi<strong>do</strong>s; a oferta de mecanismos e ferramentasde suporte a projetos e ações direciona<strong>do</strong>sà sustentabilidade ambiental; a disponibilização deinformações analógicas e digitais, referentes aomapeamento da cobertura vegetal <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> daBahia e ao sistema de Unidades de Conservação; ea sistematização das atividades de licenciamentoambiental para os empreendimentos inseri<strong>do</strong>s emUnidades de Conservação estadual.A Tabela 1 relaciona as principais ações desenvolvidasna área de gestão de recursos naturais e ecossistemas.Dentre os principais impactos da atividade de gestãode recursos naturais e ecossistemas estão: a proteçãoda biodiversidade através da criação de espa-APA Litoral NorteTABELA 1AÇÕESGESTÃO DE RECURSOS NATURAIS E ECOSSISTEMAS - PRINCIPAIS AÇÕESBAHIA, 2003-2006QUANTIDADE2003 2004 2005 2006 (*) TOTALRealização de estu<strong>do</strong>s para criação de espaços protegi<strong>do</strong>s 4 10 8 4 26Criação de Espaços Protegi<strong>do</strong>s 2 0 1 4 7Produção de mapas municipais referentes à cobertura vegetal 50 70 67 230 417Fonte:SEMARH/SFC(*)Da<strong>do</strong>s até setembro


20RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAFomento Florestal Integra<strong>do</strong>Com o intuito de promover a inserção da florestano agronegócio baiano, a SEMARH fomentoua implantação de 7.500 hectares de essênciasflorestais de rápi<strong>do</strong> crescimento na regiãoSu<strong>do</strong>este <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, nos municípios de Cândi<strong>do</strong>Sales, Condeúba, Encruzilhada, Jacaraci,Mortugaba e Riacho de Santana, e mais de13.000 hectares na região Oeste entre os municípiosde Angical, Baianópolis, Barra, Barreiras,Catolândia, Cocos, Coribe, Cotegipe,Cristópolis e Riachão das Neves.Tais plantios visam reduzir a pressão social sobreos remanescentes da vegetação nativa. O montante<strong>do</strong> investimento é da ordem de R$ 22 milhões,com recursos gera<strong>do</strong>s pelo Crédito de VolumeFlorestal - CVF, recursos próprios e linhasde crédito <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Constitucional de Financiamento<strong>do</strong> Nordeste – FNE-Verde/ BB, Banco <strong>do</strong>Nordeste <strong>do</strong> Brasil - BNB e Agência de Fomento<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia - Desenbahia.Ascom-SemarhAPA PratigiNo perío<strong>do</strong> de 2003 a 2006, o Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>assinou convênios para implantação de viveiros,produzin<strong>do</strong> mudas de essências florestais emparceira com seis prefeituras municipais. Em 2006foram atendi<strong>do</strong>s quatro municípios, além da Associaçãode Promoção de Desenvolvimento <strong>do</strong>Semi-ári<strong>do</strong> e Central de Desenvolvimento dasAssociações de Araci, conforme Tabela 2. Com omunicípio de Laje<strong>do</strong> <strong>do</strong> Tabocal, foi assina<strong>do</strong> convêniopara a instalação de viveiro e a mobilizaçãode agentes multiplica<strong>do</strong>res com o objetivo de recuperaro Vale <strong>do</strong> Jequiriça.Vale destacar que o objetivo de cada viveiro florestalé a produção de 100 mil mudas por ano,que serão utilizadas nos projetos de recuperaçãode áreas degradadas, matas ciliares, reservas legais,além de produção de madeira para o agronegócioflorestal, e outros projetos vincula<strong>do</strong>s aofomento florestal.Instituí<strong>do</strong> em 1998, o Programa Florestas para oFuturo tem como objetivos a promoção <strong>do</strong> de-TABELA 2MUNICÍPIOS BENEFICIADOS COM IMPLANTAÇÃO DE VIVEIROS E PRODUÇÃO DEMUDAS - BAHIA, 2003-2006QUANTIDADE DE MUDASRECURSOS APLICADOSMUNICÍPIOS ATENDIDOS (1.000 UNIDADES) (R$1.000,00)2003-2005 2006(*) TOTAL 2003-2005 2006(*) TOTALMun<strong>do</strong> Novo 100 100 10 10Maracás 100 100 24 24Paratinga 100 100 24 24Paramirim 100 100 24 24São Gonçalo <strong>do</strong>s Campos 300 300 51 51Caldeirão Grande 100 100 24 24Associação de Promoção deDesenvolvimento <strong>do</strong> Semi-Ári<strong>do</strong>100 100 20 20Central de Desenvolvimento dasAssociações de Araci-CDA100 100 20 20TOTAL 200 800 1.000 34 163 197Fonte:SEMARH/SFC(*) Da<strong>do</strong>s até setembro


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural21senvolvimento econômico sustentável da atividadeflorestal, a ampliação da oferta de madeira plantada,a melhoria de rentabilidade da propriedaderural e a redução <strong>do</strong>s desmatamentos. Através <strong>do</strong>Convênio com o Instituto Biofábrica foram produzidase distribuídas mais de 350 mil mudas deespécies florestais nativas, exóticas e frutíferas comum baixo custo de produção e excelente qualidade,benefician<strong>do</strong> mais de 200 produtores rurais,da região da Mata Atlântica <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, que tambémreceberam assistência técnica no plantio.Outras ações desenvolvidas pela SEMARH no âmbito<strong>do</strong> projeto Fomento Florestal Integra<strong>do</strong>:Representação da Bahia no 8º Congresso e ExposiçãoInternacional Sobre Florestas - Forest 2006e no 1º Seminário Estadual de Resíduos Sóli<strong>do</strong>s;Capacitação de seu corpo técnico em “ManejoFlorestal da Caatinga”, em convênio com oMinistério <strong>do</strong> Meio Ambiente; eDivulgação de ações sobre regularização florestalatravés de um Seminário sobre Floresta,no município de Itabuna, onde 300agricultores da região foram mobiliza<strong>do</strong>s àadesão de práticas para o manejo florestalsustentável.Desenvolvimento FlorestalNo âmbito <strong>do</strong> desenvolvimento florestal, aSEMARH vem desenvolven<strong>do</strong> atividades de assistênciatécnica e extensão florestal a agricultoresfamiliares de sete municípios: Ubaíra,Itaquara, Santo Amaro, Sta. Terezinha, WenceslauGuimarães, Cachoeira e Maragogipe.Foram produzidas mais de 250 mil mudas emdiversos viveiros implanta<strong>do</strong>s na região de atuação<strong>do</strong> projeto e distribuídas aos agricultores. OPronaf Florestal liberou recursos no valor de R$129 mil, favorecen<strong>do</strong> 47 projetos de crédito jáaprova<strong>do</strong>s e implanta<strong>do</strong>s.DESENVOLVIMENTO FLORESTAL, 2003-2006Regularização de 249 imóveis ruraisDistribuição de 1,75 mil mudaseucalipto para implantação de maciçosflorestais para fins energéticosDistribuição de mais 2,3 milhões demudas de espécies florestais nativas,exóticas e frutíferasCadastramento de 105 imóveis rurais nocadastro florestalReconhecimento de 40.407 hectarescomo área de Reserva LegalReconhecimento de 12.232 hectarescomo área de Servidão FlorestalEmissão de 469 certifica<strong>do</strong>s paraautorização de localização de áreas deReserva Legal – RLDentre os principais impactos na área de desenvolvimentoflorestal estão:Geração de renda através <strong>do</strong> comércio da madeiraproduzida e <strong>do</strong> crédito florestal;Disponibilização de madeira para ser utilizadacomo carvão e lenha, acarretan<strong>do</strong> uma diminuiçãona supressão da vegetação nativa a geraçãode empregos na produção de mudas; eCadastramento de atividades florestais, reservaslegais e áreas de preservação permanentedas propriedades atendidas.Combate à DesertificaçãoA partir de estu<strong>do</strong>s específicos, o Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>traçou um panorama sobre o processo de desertificaçãono território baiano que serviu de subsídio para elaboraçãoda Política Estadual de Combate à Desertificação.A execução <strong>do</strong> Projeto está atrelada às iniciativas <strong>do</strong>Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente – MMA através da <strong>Secretaria</strong>de Recursos Hídricos, para construção <strong>do</strong> Programade Ação Nacional de Combate à Desertificaçãoque irá definir as diretrizes e as principais ações para ocombate e a prevenção <strong>do</strong> processo de desertificação.


22RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAA <strong>Secretaria</strong> de Recursos Hídricos <strong>do</strong> Ministério<strong>do</strong> Meio Ambiente - MMA responde junto à Organizaçãodas Nações Unidas - ONU, pela implementaçãoda Convenção Internacional de Combateà Desertificação.GESTÃO AMBIENTALConselho Estadual de MeioAmbiente – CepramO Cepram vem se destacan<strong>do</strong> no cenário da gestãoambiental participativa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia comoum fórum para debates e deliberações que promovenão somente a preservação e valorização<strong>do</strong> meio ambiente e a discussão de políticasambientais, mas também a cuida<strong>do</strong>sa análise <strong>do</strong>sdiversos processos de licenciamento ambiental quesão demanda<strong>do</strong>s em suas reuniões.Através da Resolução Cepram nº 3.649, de 28 dejulho de 2006, foi criada a Câmara Técnica de Biodiversidade,Unidades de Conservação e demais ÁreasProtegidas – Ctbio, que realizou quatro reuniões ordináriasentre o perío<strong>do</strong> de janeiro e outubro de 2006.Do mesmo mo<strong>do</strong>, a Câmara Técnica de SaneamentoAmbiental – CTSA, vinculada ao Cepram,foi instituída através da Resolução nº 3.595, de28 de abril de 2006, com o objetivo de propornormas complementares para o licenciamentoambiental de sistemas de abastecimento de água,sistemas de esgotamento sanitário, sistemas dedrenagem urbana e sistemas de limpeza pública.As visitas técnicas que o Cepram realizou até setembrode 2006, auxiliaram os conselheiros na tomadade decisão quanto ao licenciamento de alguns empreendimentos,bem como a manutenção de autuações,monitoramento <strong>do</strong> cumprimento <strong>do</strong>s condicionantesexigi<strong>do</strong>s para o licenciamento e à constatação de denúnciaslevadas ao Conselho. As visitas realizadas porconselheiros incluíram o Empreendimento de Carcinicultura- Coopex, no município de Caravelas; o RetaAtlântico <strong>do</strong> Brasil e a Iberostar no município de Matade São João e a Veracel em Eunápolis, dentre outras.O Cepram realizou dez reuniões entre janeiro esetembro de 2006, <strong>do</strong> total de 3<strong>02</strong> desde suacriação em outubro de 1973, decidin<strong>do</strong> acercade 123 processos. A Tabela 3 apresenta os processosdelibera<strong>do</strong>s nas reuniões <strong>do</strong> conselho.TABELA 3CEPRAM - PROCESSOS DELIBERADOSBAHIA, 2006 (*)PROCESSOSTOTALAdvertência 6Apreensão 2Câmara Técnica 2Embargo 2Licença 82Implantação 10Localização 46Operação 22Simplificada 3Ambiental 1Multa 10Plano de Manejo 2Resolução Normativa 2Revisão de Condicionantes 5Supressão de Vegetação 5Termo de Referência 3Zoneamento Ecológico-Econômico 2TOTAL 123Fonte: SEMARH/SDS(*) Da<strong>do</strong>s até setembro


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural23Gestão de Unidades deConservação AmbientalNo âmbito <strong>do</strong> Projeto de Gestão de Unidadesde Conservação Ambiental cabe ao governoestadual implementar efetivamente os instrumentosde gestão das Unidades de Conservação- UCs Estaduais.No Esta<strong>do</strong> da Bahia as UCs foram agrupadasem sistemas de áreas protegidas de acor<strong>do</strong> comsuas características ecológicas e de localizaçãogeográfica e passaram a ser geridas com umelenco mínimo de instrumentos de gestão comvistas a torná-las cada vez mais auto-sustentáveis.A Bahia possui sete Sistemas de Áreas Protegidas,conforme Mapa 1.O Esta<strong>do</strong> da Bahia possui, atualmente, 40 Unidades de Conservação Ambiental UCs deproteção integral e de uso sustentável. Essas áreas Estaduais correspondem aaproximadamente 11% <strong>do</strong> território baiano, superan<strong>do</strong> a recomendação da União Internacionalpara Conservação da Natureza - UICN, organismo da ONU, que sugere que cada país tenha emáreas protegidas, no mínimo, o correspondente a 10% da sua área total. Acrescidas as UCFederais, este índice aproxima-se de 13 % <strong>do</strong> território baiano, sem considerar as áreas jáprotegidas por lei, as reservas legais e as áreas de preservação permanente.Ascom-SemarhPratigi Mangue


24RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMAPA 1SISTEMA DE ÁREAS PROTEGIDASBAHIA, 2006Fonte: SEMARH/SFC


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural25Arquivo - CRAAPA Serra <strong>do</strong> Barba<strong>do</strong> - Morro <strong>do</strong> CuscuzO Plano de Manejo é um instrumento nortea<strong>do</strong>rda gestão da unidade e mais de 50% das UCsestaduais já dispõem <strong>do</strong> seu plano. Em 2006 foramcontratadas a elaboração de quatro Planos deManejo, to<strong>do</strong>s ainda em andamento, sen<strong>do</strong> as seguintesUCs contempladas: Parque Estadual dasSete Passagens - Pesp, APA Baía de Camamu, APA<strong>do</strong> Guaibim, APA das Ilhas de Tinharé e Boipeba.O Plano de Manejo <strong>do</strong> Pesp está sen<strong>do</strong> elabora<strong>do</strong>com recurso de condicionante de licença concedidaà Coelba. A Universidade Federal da Bahia –Ufba, executa o trabalho com recursos repassa<strong>do</strong>spela Coelba e com acompanhamento e supervisãoda SEMARH, gestora <strong>do</strong> Parque. As APAs Baía deCamamu e Guaibim receberam recursos <strong>do</strong> Programade Desenvolvimento Turístico <strong>do</strong> Nordeste– Prodetur/NE II, para elaboração de Planos deManejo, Programas de Educação Ambiental e aquisiçãode equipamentos para estruturação das sedesadministrativas das Unidades de Conservação. A APAdas Ilhas de Tinharé/Boipeba recebeu recursos <strong>do</strong>Projeto Corre<strong>do</strong>res Ecológicos, para realizar a revisão<strong>do</strong> seu Plano de Manejo.Os gestores de Unidades de Conservação têmpapel fundamental na articulação, interlocuçãoe sensibilização local, atuan<strong>do</strong> como catalisa<strong>do</strong>rdas ações <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> nas UCs sen<strong>do</strong> responsáveispelas informações referentes a cada Unidadede Conservação. Em 2006 foi realiza<strong>do</strong>o II Encontro de gestores de Unidades de Conservação,onde foram discuti<strong>do</strong>s temas importantescomo: suporte administrativos das UCs,projetos que apóiam a gestão de UCs estaduais,fiscalização em UCs e procedimentos paraemissão de Anuências Prévias.A Gestão das Unidades de conservação apresentoucomo principais impactos a melhoria daqualidade ambiental nas UCs, como conservação<strong>do</strong>s recursos hídricos e <strong>do</strong> solo, da qualidadede vida e agente potencializa<strong>do</strong>r das oportunidadesde geração de emprego e renda, atravésde atividades como o ecoturismo no interiore entorno das unidades.O Quadro 2 apresenta as ações realizadas em 2006para os sistemas de áreas protegidas.


26RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAQUADRO 2SISTEMA DE ÁREASPROTEGIDASSISTEMAS DE ÁREAS PROTEGIDAS - AÇÕES REALIZADASBAHIA, 2006 (*)UNIDADES DE CONSERVAÇÃOChapada ARIE(**) Nascentes <strong>do</strong> Rio de Contas e Em elaboração o Plano de Manejo <strong>do</strong> Pesp. RealizaçãoDiamantina-Sacha ARIE Serra <strong>do</strong> Orobó, Parque Estadual de estu<strong>do</strong>s no Parque Estadual Morro <strong>do</strong> Chapéu -Morro <strong>do</strong> Chapéu - Pemc, Parque Estadual Pemc visan<strong>do</strong> redefinição da poligonal. Formação <strong>do</strong>das Sete Passagens - Pesp, Monumento Conselho Gestor <strong>do</strong> Parque Estadual das Sete Passagens<strong>Natural</strong> Cachoeira <strong>do</strong> Ferro Doi<strong>do</strong>, APA´s e da APA Marimbus/Iraquarada Serra <strong>do</strong> Barba<strong>do</strong>, e de Marimbus/Iraquara, e Gruta <strong>do</strong>s BrejõesLitoral <strong>do</strong> Baixo Sul Estação Ecológica Wenceslau Guimarães, Em elaboração o Plano de Manejo das APAS <strong>do</strong>e Sul –Salibs Parque Estadual Serra <strong>do</strong> Conduru - Guaibim e da Baía de Camamu. Revisão <strong>do</strong> Plano dePesc, APA´s: Lagoa Encantada e Rio Manejo da APA de Tinharé/Boipeba. Execução <strong>do</strong>Almada; da Costa de Itacaré/Serra Grande, programa de Educação Ambiental e aparelhamento<strong>do</strong> Pratigi, de Tinharé/Boipeba, <strong>do</strong> Guaibim, das APAS de Guaibim, da Baía de Camamu. Plano deda Baía de Camamu, <strong>do</strong>s Caminhos Manejo aprova<strong>do</strong> pelo Conselho Estadual de MeioEcológicos da Boa EsperançaAmbiente - Cepram. Formação <strong>do</strong> Conselho Gestorda Estação Ecológica Wenceslau GuimarãesLitoral Norte-Salino APA da Plataforma Continental <strong>do</strong> Litoral Formação <strong>do</strong> Conselho Gestor da APA Lagoas eNorte, APA Mangue Seco, APA Litoral Dunas <strong>do</strong> AbaetéNorte, APA Lagoas de Guarajuba, APARio Capivara, APA Joanes/Ipitanga, APALagoas e Dunas <strong>do</strong> AbaetéLitoral <strong>do</strong> Extremo APA´s de Santo Antônio, Coroa Em licitação o Plano de Manejo da APA Ponta daSul-Salis Vermelha, Caraíva/Trancoso, Ponta da Baleia/Abrolhos. Formação <strong>do</strong> Conselho Gestor daBaleia/AbrolhosAPA Coroa VermelhaRecôncavo-Sarec APA´s Baía de To<strong>do</strong>s os Santos, <strong>do</strong> Lago Formação <strong>do</strong> Conselho Gestor da APA Baía de To<strong>do</strong>sde Pedra <strong>do</strong> Cavalo, Bacia <strong>do</strong> Cobre São os Santos-BTS. Realização <strong>do</strong> Seminário Técnico:Bartolomeu, Monumento <strong>Natural</strong> <strong>do</strong>s Atualidades da Baia de To<strong>do</strong>s os Santos, promovi<strong>do</strong>Canions <strong>do</strong> Subaépelo Conselho Gestor da APA BTSSertão-Saser APA Serra Branca / Raso da Catarina Concluí<strong>do</strong> o Plano de Manejo da APASão Francisco-Sasf APAs da Bacia <strong>do</strong> Rio de Janeiro, Dunas Em licitação o Plano de Manejo da APA da Bacia <strong>do</strong>e Veredas <strong>do</strong> Baixo e Médio São Francisco, Rio de Janeiro. Em processo de formação o ConselhoLagoa de Itaparica, Rio Preto , São Gestor das APAs Dunas e Veredas <strong>do</strong> Baixo e MédioDesidério e Estação Ecológica <strong>do</strong> Rio Preto São Francisco, e da Lagoa de ItaparicaFonte: SEMARH/SFC(*)Da<strong>do</strong>s até setembro(**) ARIE – Área de Relevante Interesse EcológicoAÇÃOArquivo - CRAArquivo - CRAAPA Serra Branca/Raso da Catarina - Morro VelhoAPA Serra Branca/Raso da Catarina - Morro Columbus


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural27Gestão Participativa de Unidadede ConservaçãoA gestão participativa nos espaços especialmenteprotegi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia ocorre a partir dainserção da comunidade local, nas ações e projetosque são implementa<strong>do</strong>s nessas UCs. A maneiramais efetiva, e que atende ao disposto na LeiFederal nº 9.985/2000 e na Lei Estadual nº 7.799/2001 é a formação e funcionamento <strong>do</strong>s ConselhosGestores de Unidades de Conservação.QUATRO NOVOS CONSELHOS GESTORES DEUNIDADES DE CONSERVAÇÃO FORMADOS EDOIS EM FORMAÇÃOParque Estadual das Sete Passagens - PESPAPA da Baía de To<strong>do</strong>s os Santos – BTSAPA Lagoas e Dunas <strong>do</strong> AbaetéAPA Coroa VermelhaAPA Marimbus – Iraquara, em formaçãoAPA de Guaibim, em formaçãoOs Conselhos Gestores constituem-se em fórunsrepresentativos <strong>do</strong> cenário local com representantesgovernamentais, das três instâncias de governo,e não-governamentais, sen<strong>do</strong> sempreparitário. Assim, garante-se a participação da sociedadecivil na gestão das UCs estaduais.Entre 2004 e 2006 foram cria<strong>do</strong>s 25 ConselhosGestores em 40 unidades de Conservação. Em2006 foram constituí<strong>do</strong>s quatro, estan<strong>do</strong> ainda <strong>do</strong>isem formação, o da APA de Marimbus-Iraquara e oda APA de Guaibim, conforme a Tabela 4.O Parque Estadual das Sete Passagens – Pesp inseri<strong>do</strong>na Bacia de Itapicuru, localiza<strong>do</strong> no municípiode Miguel Calmon, a 367 quilômetros de Salva<strong>do</strong>r,é uma das unidades que formou o seu ConselhoGestor em 2006. O conselho é forma<strong>do</strong>por 27 conselheiros - representantes <strong>do</strong> setorpúblico, universidades, organizações não-governamentais,associações de mora<strong>do</strong>res e de trabalha<strong>do</strong>rese empresários, entre outros. Dentre os objetivosde proteção ao Parque, está o de protegeras nascentes que suprem riachos que alimentam oRio Itapicuru-mirim, afluente importante da Bacia<strong>do</strong> Rio Itapicuru, na região semi-árida <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.O conselho gestor da APA-BTS, instituí<strong>do</strong> em janeirode 2006, reuniu representantes de órgãopúblicos federais, estaduais e municipais, organizaçõesnão-governamentais, setor acadêmico eempresas que compõem a Baía de To<strong>do</strong>s os Santos,a exemplo da Petrobras, Coelba e Dow pararealização <strong>do</strong> seminário Atualidades da Baía deTo<strong>do</strong>s os Santos. O encontro tratou de assuntoscomo as Potencialidades Econômicas, a RealidadeAmbiental e Franjas <strong>do</strong> Manguezal da BTS,além de criar uma carteira de projetos sócioambientaispara a APA.TABELA 4SISTEMAS DE ÁREAS PROTEGIDAS - NÚMERO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃOQUE POSSUEM CONSELHO GESTORES - BAHIA, 2004-2006SISTEMAS DE ÁREAS PROTEGIDAS Nº DE UCs CONSELHOS GESTORES CRIADOS2004 2005 2006 TOTALLitoral Norte 7 3 2 1 6Recôncavo 4 1 2 1 4Litoral Sul e Baixo Sul* 9 2 2 1 5Litoral <strong>do</strong> Extremo Sul 4 - 2 - 2Chapada Diamantina * 8 1 6 1 8São Francisco 7 - - - -Sertão 1 - - - -TOTAL 40 7 14 4 25Fonte: SEMARH(*) Encontram-se em formação as Áreas de Proteção Ambiental de Marimbus-Iraquara e a de Guaibim, nos sistemas <strong>do</strong> Litoral Sul e Baixo Sul e Chapada Diamantina, respectivamente.


28RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAO conselho gestor das UCs é também uminstrumento de capacitação de comunidades,para participar prospectivamente de sistemasde governança <strong>do</strong>s valores ambientaisde uma região.Roberto BarretoGestão de Parques Zoobotânicoe MetropolitanoA SEMARH, através da Superintendência de Biodiversidade,Florestas e Unidades de Conservação- SFC, administra os Parques Metropolitanosde Pituaçu e Abaeté, além <strong>do</strong> Parque ZoobotânicoGetúlio Vargas .São desenvolvidas ações de valorização <strong>do</strong> meioambiente, preservação e educação ambiental,além de diretrizes voltadas ao licenciamentopara supressão vegetal, regulan<strong>do</strong> condições implícitaspara o resgate e/ou afugentamento defauna silvestre.Parque Zoobotânico Getúlio Vargas - A áreade Botânica <strong>do</strong> Parque Zoobotânico produziu,em 2006, aproximadamente sete mil mudasdiversas para fins de ornamentação eambientação de recintos, paisagismo, e produçãode plantas com efeitos medicinais.Roberto BarretoZoo CinePARQUE ZOOBOTÂNICOAcréscimo de 149 animais ao plantel <strong>do</strong>Parque Zoobotânico, além de trocas epermutas com outros zoológicosCriação de Áreas para Lazer, Inclusão Sociale Entretenimento: Trilhas da Mata, TrilhaSensorial e Seminários com a ComunidadeVisan<strong>do</strong> o aprimoramento da equipe técnica, oZoológico participou de diversos eventos:Reunião de diretores de zoológicos <strong>do</strong> nortee nordeste <strong>do</strong> Brasil, voltada à discussãoe planejamento de ações de integração e intercâmbiotécnico e acadêmico entre as instituiçõesenvolvidas;Mesa Re<strong>do</strong>nda – “Ações Integradas emDefesa da Fauna no Esta<strong>do</strong> da Bahia”,paraimplantação de um programa de açõesacordadas entre o Ibama - Polícia Federal- Greenpeace, Instituto Mamíferos Marinhos,Grupo Ambientalista da Bahia -Gamba, Ministério Público, Universidadese SEMARH; eCurso de “Contenção Químico-Física em AnimaisSilvestres” - Ministra<strong>do</strong> por professoresconvida<strong>do</strong>s Universidade de São Paulo - USP,e curso de “Segurança no Trabalho”.Campanha no Zoo


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural29Com a União Metropolitana de Educação e Cultura– Unime, foi firma<strong>do</strong> um convênio de cooperaçãotécnica para atender aos setores deVeterinária e Biologia. Também foi implantadaa Biblioteca <strong>do</strong> Zôo, com acervo de aproximadamente400 volumes, nas áreas de MeioAmbiente, Veterinária, Educação, LegislaçãoAmbiental, Psicologia e títulos especiais para opublico infantil.Para o lazer e entretenimento <strong>do</strong> público foramcria<strong>do</strong>s novos espaços de convivência:Trilhas da Mata – criadas para visitas programadase monitoradas à mata <strong>do</strong> Zoobotânico,com o objetivo de apresentar espécies de plantase árvores;Trilha Sensorial - criada para visitasmonitoradas voltadas aos deficientes visuais,dispon<strong>do</strong> de áreas aprazíveis, anfiteatro,etc, além de placas em braille discorren<strong>do</strong>sobre a ambiência. Espaço especialmentedesenvolvi<strong>do</strong> visan<strong>do</strong> à valorização<strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s; eSeminários com a Comunidade – realizaçãode seminários com a comunidade <strong>do</strong> entorno<strong>do</strong> Parque, voltada à educação ambiental, inclusãosocial e desenvolvimento de atividadesnos eventos e Cine Zôo Ambiental.Dentre as metas em curso destacam-se:Articulação e interação com o Ibama, o MinistérioPúblico, o CRA e Organizações Sociais,visan<strong>do</strong> maior entendimento e modernização<strong>do</strong> papel <strong>do</strong> Zoológico nas questões ambientaise atender com excelência as determinaçõeslegais e funcionais da Instituição;Elaboração <strong>do</strong> Plano Diretor - ParqueZoobotânico Getúlio Vargas, a ser implementa<strong>do</strong>com estu<strong>do</strong>s e diagnósticos; eDesenvolvimento de estu<strong>do</strong>s e projetos paraconstrução, reforma e ampliação de áreas,crian<strong>do</strong> novos recintos com perspectivas modernas,ideais e funcionais.Parque Metropolitano de Pituaçu - Há instala<strong>do</strong>no Parque de Pituaçu um Museu/Fundação: oEspaço Cravo, <strong>do</strong> Artista Plástico Mario CravoFilho, que se trata de área de <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> artista.Nela existe um parque de esculturas e mais demil obras diversas <strong>do</strong> artista, <strong>do</strong>adas ao Ipac, cujaguarda está ao encargo da própria Fundação. Trata-sede um belíssimo museu, com potencialidades, para se transformar em área nobre de impactoturístico e cultural com projeção nacionale internacional.Visan<strong>do</strong> o manejo sustentável <strong>do</strong> Parque, o Governo<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> vem implementan<strong>do</strong> diversasações destacan<strong>do</strong>-se:Reformas <strong>do</strong> prédio da administração;Instalação da nova sinalização vertical, desenvolvidaem parceria com a empresa de telefoniamóvel Claro;Realização de serviços de “poda e erradicação”de palmeiras e árvores fron<strong>do</strong>sas, necessáriaspara a segurança <strong>do</strong>s visitantes, bem como amanutenção das copas das árvores;Manutenção e controle da área circulante daciclovia, nas encostas e taludes.Reuniões com as ONGs instaladas no Parquepara estu<strong>do</strong> da importância da renovaçãode convênios referentes às áreas, eventosque realizam, forma de utilização <strong>do</strong>equipamento público, etc., bem como realizaçãode eventos junto às comunidades visan<strong>do</strong>ações sociais e educativas;


30RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAElaboração <strong>do</strong> projeto Palco Flutuante, a serexecuta<strong>do</strong> em parceria com a iniciativa privadavisan<strong>do</strong> realizar eventos socioculturais demúsica e dança, teatro e afins; fomentan<strong>do</strong>cultura e entretenimento de qualidade para àscomunidades <strong>do</strong> entorno e visitantes; recuperação<strong>do</strong> paisagismo, jardins <strong>do</strong> Parque;Limpeza geral da lagoa e controle de vegetaçãoinvasora;Lançamento <strong>do</strong> Projeto “Pituaçu Mais Verde”junto com a SEDUR / Conder, visan<strong>do</strong> o adensamentoflorestal <strong>do</strong> Parque Pituaçu e recuperaçãoda Bacia <strong>do</strong> Rio Pituaçu em toda suaextensão, crian<strong>do</strong> um “Corre<strong>do</strong>r Ecológico”às margens <strong>do</strong> Rio na Avenida Gal Costa. Oprojeto visa o plantio de 45.000 árvores nosprimeiros <strong>do</strong>is anos;Apoio ao “Clube <strong>do</strong> Remo de Salva<strong>do</strong>r”, quedesenvolve atividades de “Remo Adapta<strong>do</strong>”,volta<strong>do</strong> a deficientes físicos e reconheci<strong>do</strong> pelaFederação Brasileira de Remo, treinan<strong>do</strong> naságuas <strong>do</strong> Lago <strong>do</strong> Pituaçu, preparan<strong>do</strong> os atletaspara-olímpicos para disputar campeonatosnacionais e internacionais;Fortalecimento e apoio às atividades <strong>do</strong> Diada Árvore, <strong>do</strong> Dia da Criança e da Pedalada daLua Cheia, evento mensal realiza<strong>do</strong> no Parqueatravés de uma ONG instalada dentro daunidade; eRealização de estu<strong>do</strong>s e diagnósticos para novosprocessos licitatórios, atenden<strong>do</strong> àcontratação de mão de obra voltada aos serviçosde manutenção, segurança e limpeza, necessários.Parque Metropolitano <strong>do</strong> Abaeté – Dentre asações desenvolvidas destacam-se:Levantamento geral visan<strong>do</strong> à gestão administrativa,estudan<strong>do</strong> a situação <strong>do</strong>s comerciantes,formas de comodato junto a bares, restaurantes,quiosques, etc, para o conhecimentoda situação <strong>do</strong>s contratos, valores e aluguéisdentre outros;Levantamentos quanto a situação da segurança,situação funcional de to<strong>do</strong> equipamento<strong>do</strong> parque;Levantamento das questões críticas de relacionamentocom as comunidades <strong>do</strong> entornocom a Policia Militar, Coopa, ONGs e Associações,com vistas a aumentar a segurança e apermanência das comunidades nas atividadesdiárias <strong>do</strong> parque;Propostas para o desenvolvimento de projetossocioculturais, esportivos e de infra-estrutura,em parceria com a iniciativa privada;Recuperação e reforma <strong>do</strong>s jardins;Recuperação de partes elétricas para iluminaçãodas áreas comuns;Intervenções junto à Policia Militar nas açõesconjuntas entre a segurança contratada e aPM, aumentan<strong>do</strong> a ação policial no parqueatravés de programa de rondas semanais intensase ações imediatas de emergências acionadasvia rádio;Reuniões com a comunidade local visan<strong>do</strong>desenvolver programas socioculturais, esportivosde valorização comunitária e geração derenda. O programa “Abaeté em Evidência” visaintroduzir no dia a dia <strong>do</strong> parque trabalhos deteatro, dança, culinária, musica, poesia etc;Valorização de ações sociais com as lendáriaslavadeiras promoven<strong>do</strong> um “café da manhãmensal”, para comemorar e discutir ações coma classe”;


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural31Identificação e cadastramento de vende<strong>do</strong>resambulantes, normatizan<strong>do</strong> área de ação e deidentificação para o público;Arquivo CRAElaboração de projetos arquitetônicos para intervençõesestruturais em áreas distintas aexemplo de módulo policial, pequeno centrocomunitário; eLevantamento de custos para instalação deHorto de Restinga, atenden<strong>do</strong> à recuperaçãode áreas degradadas <strong>do</strong> parque.Licenciamento AmbientalIlha <strong>do</strong> Retiro das GarçasO Licenciamento Ambiental é um importante instrumentode gestão que por meio da análise técnica<strong>do</strong>s projetos permite ao órgão ambiental autorizara localização, implantação e operação deempreendimentos e atividades efetivas potencialmentedegrada<strong>do</strong>ras <strong>do</strong>s recursos naturais.A participação das Comissões Técnicas de GarantiaAmbiental - CTGAs, <strong>do</strong>s órgãos setoriais <strong>do</strong>Sistema Estadual de Administração <strong>do</strong>s RecursosAmbientais – Seara, no licenciamento de suas atividades,vem alcançan<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s cada vez maissignificativos, em um verdadeiro processo de amadurecimentoda análise ambiental <strong>do</strong>s empreendimentossob a sua responsabilidade.Em 2006, as novas CTGAs foram formadas noâmbito <strong>do</strong> Sistema Estadual de Administração <strong>do</strong>sRecursos Ambientais – Seara, como exemplo ada <strong>Secretaria</strong> da Saúde <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia – SESAB,que foi capacitada, por meio de treinamento técnico,e está inician<strong>do</strong> suas atividades para o licenciamentode empreendimentos da sua área, juntan<strong>do</strong>-sea outras CTGAs governamentais, comoConder, Cerb, Embasa, SRH, Derba e CAR. Tambémórgãos e empresas federais como DepartamentoNacional de Pesquisa Mineral - DNPM,Incra e Petrobras (Unidade-Ba e Transpetro) estãoinseri<strong>do</strong>s no contexto <strong>do</strong> licenciamento no Esta<strong>do</strong>,ten<strong>do</strong> esta última si<strong>do</strong> capacitada no senti<strong>do</strong>de elaborar o Estu<strong>do</strong> de Auto-avaliação para o LicenciamentoAmbiental – ALA.Como parte <strong>do</strong> fortalecimento da gestão ambientalno Esta<strong>do</strong>, vêm sen<strong>do</strong> elaboradas normas técnicasde controle ambiental das atividades com potencialde impacto sobre o meio ambiente. Assim, foraminstituí<strong>do</strong>s pelo CRA Grupos de Trabalho e o Comitêde Avaliação de Normas Técnicas - Cant, responsáveispela proposição das normas a serem encaminhadaspara apreciação e deliberação <strong>do</strong> ConselhoEstadual de Meio Ambiente - Cepram. Em 2006,foram aprovadas por esse Conselho as seguintesnormas técnicas para Licenciamento Ambiental:Projetos de assentamento de reforma agráriaatravés da Resolução Cepram nº 3.592 demarço de 2006; eAtividades de armazenamento e comércio varejistade combustíveis líqui<strong>do</strong>s deriva<strong>do</strong>s depetróleo, biocombustíveis e gás natural veiculare comprimi<strong>do</strong>, bem como óleos lubrificantesatravés da Resolução Cepram nº 3.656de agosto de 2006.


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural33agrotóxicos, mineração, cerâmicas e outros empreendimentoscom potencial polui<strong>do</strong>r.Neste exercício foi celebra<strong>do</strong> convênio para implementaçãoda Operação Carapeba, que temcomo objetivo planejar e realizar ações de combateà pesca predatória com utilização de explosivos,na Baía de To<strong>do</strong>s os Santos, na região <strong>do</strong>Recôncavo Baiano e na Ilha de Itaparica. Participamda operação o Ibama, a Coppa, o CRA, aPetrobras, a Companhia das Docas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> daBahia - Codeba, e Sindicato da Indústria e Mineraçãode Pedra Britada <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia – Sindibrita.A equipe técnica <strong>do</strong> Plantão Emergência Ambiental,em 2006, atendeu 36 acidentes ambientais.O atendimento está disponível 24 horas incluin<strong>do</strong>finais de semana e feria<strong>do</strong>s.A parceria <strong>do</strong> CRA com o Ministério Público Federale o Estadual, a Prefeitura de Camaçari, e a administraçãoda APA Joanes-Ipitanga, levantou irregularidadesnas localidades de Abrantes e Jauá, no municípiode Camaçari, realizan<strong>do</strong> a identificação <strong>do</strong>sparcelamentos clandestinos existentes na localidadede Abrantes. As ações conjuntas foram implementadase repassadas ao Ministério Público Federal paraa<strong>do</strong>ção das medidas cabíveis necessárias aos quepromoviam o parcelamento clandestino na localidadede Abrantes, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> abertas Ações Cíveise Criminais por aquelas instituições, bem como foramfeitas novas ações administrativas pelo CRA.A equipe técnica da fiscalização realizou 685 inspeçõesem campo, em to<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong>, resultan<strong>do</strong> emnotificações e autos de infração, conforme Tabela 5.Cadastro Estadual de Atividades PotencialmentePolui<strong>do</strong>ras e Utiliza<strong>do</strong>ras de Recursos Naturais– Ceapp - Cria<strong>do</strong>, por meio <strong>do</strong> Decreto Estadualnº 9.959 de março de 2006, o Ceapp éum instrumento integrante da Política Estadual deMeio Ambiente e tem como objetivo básico ocontrole e monitoramento das atividades potencialmentepolui<strong>do</strong>ras, bem como da produção,transporte e comercialização de produtos potencialmenteperigosos ao meio ambiente.O Ceapp é de caráter obrigatório para as pessoasfísicas ou jurídicas que exerçam atividades potencialmentepolui<strong>do</strong>ras ou utiliza<strong>do</strong>ras de recursos naturais.Compete ao Centro de Recursos Ambientais –CRA, o controle e a fiscalização das atividades capazesde provocar a degradação ambiental, bem comocoordenar e executar as ações para promoção <strong>do</strong>conhecimento, informação e inovação, direciona<strong>do</strong>sao desenvolvimento tecnológico e científico em gestãoambiental. O Ceapp integrará o Sistema Estadualde Informações Ambientais – Seia e o Sistema Nacionalde Informações Ambientais – Sinima.TABELA 5AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO AMBIENTALBAHIA, 2003-2006AÇÃOANOS2003 2004 2005 2006 (*)Inspeções em campo 962 981 1.230 685Pareceres técnicos de multa - 61 406 336Notificações 247 235 305 191Advertências 242 511 486 412Autos de infração de multa 92 109 329 284Autos de infração de apreensão 14 9 57 18Autos de infração de embargo 35 4 30 44Autos de infração de interdição - 11 46 17Propostas de demolição - 1 8 8Fonte: SEMARH / CRA(*) Da<strong>do</strong>s até setembro


34RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIATaxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TFA/BA– Trata-se de um tributo instituí<strong>do</strong> pela Lei Federal nº10.165, de 2000, que alterou a Lei Federal nº 6.938,de 1981 que dispõe sobre a Política Nacional de MeioAmbiente. Tem como objetivo primordial disponibilizaràs instituições os recursos necessários ao controle efiscalização das atividades potencialmente polui<strong>do</strong>ras eutiliza<strong>do</strong>ras de recursos naturais.No Esta<strong>do</strong> da Bahia, a TFA/Ba foi instituída pela LeiEstadual nº 9.832 de 2005, sen<strong>do</strong> regulamentadapelo Decreto Estadual nº 9.959 de março de 2006.Os recursos arrecada<strong>do</strong>s a título de TFA/Ba serãodestina<strong>do</strong>s ao CRA para o desenvolvimento das atividadesde planejamento, diagnóstico, monitoramento,fiscalização e controle ambiental.Policiamento Ambiental – Na esfera <strong>do</strong> policiamentoambiental, a Policia Militar através da Companhiade Polícia de Proteção Ambiental – Coppa,realizou o policiamento ostensivo ambiental, deforma preventiva e repressiva, visan<strong>do</strong> a preservaçãoda vida no meio ambiente em to<strong>do</strong> territóriobaiano, estabelecen<strong>do</strong> ações educativas e repressivasno combate aos crimes ambientais.A Coppa atua de maneira articulada com a Delegaciade Proteção Ambiental, que é especializadana apuração de crimes contra o meio ambiente, evem contan<strong>do</strong> com parcerias com outros órgãos<strong>do</strong> governo e entidades não-governamentais.A Companhia, que tem sede na Capital, é responsávelpelo policiamento <strong>do</strong>s parques da Cidade,Pituaçu e Zoológico e pela fiscalização das agressõesao Meio Ambiente e tráfico de animais silvestres,em conjunto com o Instituto Brasileiro <strong>do</strong> MeioAmbiente e <strong>do</strong>s Recursos Naturais Renováveis –Ibama, Polícias Civil e Federal e a SEMARH.A Companhia possui ainda o Núcleo de Estu<strong>do</strong>sAmbientais – NEA, que além de gerenciar o acervobibliográfico da Companhia, é responsável pelacoordenação de cursos e palestras ambientais ministra<strong>do</strong>saos Policiais Militares e aos ambientalistas.Regularização FlorestalPara a adequada gestão <strong>do</strong>s recursos florestais, aSEMARH vem implementan<strong>do</strong> instrumentoscomo: o Registro de Atividades Florestais - RAF, oCarimbo Eletrônico para o Controle <strong>do</strong> Transportede Produtos Florestais, a Averbação de ReservaLegal, o Cadastro Florestal de Imóveis Rurais –CFIR, e o Crédito de Volume Florestal – CVF.Registro de atividades florestais – RAF - O registrode atividades <strong>do</strong> agronegócio florestal é uma obrigaçãode todas as pessoas físicas e jurídicas que neleatuam. Esse registro, que deve ser renova<strong>do</strong> anualmente,é realiza<strong>do</strong> junto à Diretoria de Áreas Florestais– DAF, a quem compete reconhecer e emitiro Certifica<strong>do</strong> <strong>do</strong> Registro de Atividade Florestal – RAF,para pessoas que produzem, coletem, extraiam, beneficiem,des<strong>do</strong>brem, industrializem, comercializem,consumam, transformem ou utilizem produtos,subprodutos ou matéria prima originadas de qualquerformação florestal. Em 2006, foram solicita<strong>do</strong>s893 Registros de Atividades Florestais - RAFs pelosempreendimentos existentes no Esta<strong>do</strong>.Carimbo Eletrônico Para o Controle <strong>do</strong> Transportede Produtos Florestais - Esse instrumento permiteàs pessoas físicas e jurídicas oficializar e legalizar acompra e venda, o transporte, a circulação, a utilização,o consumo, o estoque e o armazenamento deprodutos e sub-produtos florestais, inclusive os seusresíduos, bem como manter um efetivo controle<strong>do</strong>s sal<strong>do</strong>s de origem de produtos e <strong>do</strong>s créditos devolume florestal, mediante “conta corrente”informatizada. Enquanto se aguarda a consolidação eoperacionalização da Nota Fiscal Eletrônica pela <strong>Secretaria</strong>da Fazenda - SEFAZ, a Diretoria de ÁreasFlorestais – DAF, vem atuan<strong>do</strong> com a nota fiscal convencional,acompanhada de um outro mecanismoinova<strong>do</strong>r: o Carimbo Eletrônico de Controle de ProdutosFlorestais. O carimbo é uma autorização eletrônicade transporte de produto florestal, gera<strong>do</strong>pela Internet no site www.semarh.ba.gov.br.Esse sistema de controle <strong>do</strong> fluxo de produtosmadeireiros é inédito no Brasil.


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural35Averbação de Reserva Legal - O Governo <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> tem investi<strong>do</strong> na averbação da Reserva Legal<strong>do</strong>s imóveis existentes no território baiano,como forma de sensibilizar os proprietários ruraisà conservação ambiental e participação nos corre<strong>do</strong>resecológicos. Desde 2003, foram emiti<strong>do</strong>s469 certifica<strong>do</strong>s para autorização de localizaçãode áreas de Reserva Legal – RL.No Código Florestal, Reserva Legal é a área localizadano interior de uma propriedade ou posserural, excetuada a de preservação permanente,necessária ao uso sustentável <strong>do</strong>s recursos naturais,à conservação e reabilitação <strong>do</strong>s processosecológicos, à conservação da biodiversidade e aoabrigo e proteção de fauna e flora nativas. É constituídapor uma área, cujo percentual da propriedadetotal é defini<strong>do</strong> em lei, varian<strong>do</strong> conforme aspeculiares condições ecológicas em cada regiãogeopolítica <strong>do</strong> País. No Nordeste corresponde a20% da área <strong>do</strong> imóvel.Cadastro Florestal de Imóveis Rurais – CFIR -Instituí<strong>do</strong> em 1997, tem como objetivo o controlee a fiscalização das Áreas de Preservação Permanente- APPs, de Reserva Legal - RL, de ServidãoFlorestal, bem como das atividades florestaisno Esta<strong>do</strong> da Bahia. A inscrição <strong>do</strong> imóvel rural nobanco de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> CFIR e a emissão <strong>do</strong> cadastro,só ocorrem após a averbação da RL no Cartóriode Registros de Imóveis e a sua comprovação atravésda Certidão de Inteiro Teor. Desde 2003 foramcadastra<strong>do</strong>s 105 imóveis no Esta<strong>do</strong>.Crédito de Volume Florestal – CVF - A partir <strong>do</strong>Decreto Estadual nº 9. 405/05, o Governo da Bahiainaugurou um mecanismo inova<strong>do</strong>r de incentivo àprodução florestal sustentável e de integração dasflorestas de produção ao agronegócio. Esse mecanismopermite que florestas plantadas ou mesmoprojetos em implantação possam ter o seu plantioflorestal reconheci<strong>do</strong> pela SEMARH/SFC sob a formade Crédito de Volume Florestal. Na prática, oreconhecimento da produção e a emissão <strong>do</strong> correspondentecrédito de volume, permitem que osproprietários das formações florestais possam utilizaresses créditos para si próprio ou negociar comterceiros, vinculan<strong>do</strong>-os à reposição florestal obrigatóriaou aos planos de auto-suprimento, no territóriobaiano. O crédito de volume florestal é uminstrumento cria<strong>do</strong> na Bahia, que tem atraí<strong>do</strong> investi<strong>do</strong>reslocais e de outros Esta<strong>do</strong>s, porque resultade projetos de reflorestamento executa<strong>do</strong>s diretamentepor pessoas físicas e jurídicas.Para o controle adequa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s recursos florestais,os instrumentos de ordenamento florestal representamum avanço para o desenvolvimento sustentávelde tais atividades. A Tabela 6 apresenta o quantitativode processos de ordenamento florestal.Roberto VianaConservação Ambiental


36RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIATABELA 6PROCESSOS DE ORDENAMENTO FLORESTALBAHIA, 2003-2006 (*)AÇÕESQUANTIDADECadastro Florestal de Imóveis Rurais - CFIR 105Aprovação para Implantação de Floresta de Produção - AIFP 15Aprovação para Implantação de Plano de Corte – AIPC 250Autorização para Plano de Auto Suprimento – APAS 5Aprovação PRAD 2Aprovação AEPMF - Programa Florestas para o Futuro – PFF 59Autorização de Queima Controlada – AQC 15Aprovação de Registro de Atividade Florestal – RAF 886Aprovação de Reserva Legal em Compensação – RL Compensação 103Aprovação de Reserva Legal em Posse – RL Posse 10Aprovação de Reserva Legal no Próprio Imóvel – RL Normal 356Aprovação de Servidão Florestal - ASF 30Autorização de Supressão de Vegetação – ASV 62Registro de Termo de Compromisso Ambiental - TCA 271Demais Serviços 844TOTAL 3.013Fonte:SEMARH/SFC(*) Da<strong>do</strong>s até setembro para o ano de 2006Regularização Fundiária <strong>do</strong>Parque Estadual da Serra <strong>do</strong>Conduru - PescCom a conclusão <strong>do</strong> Plano de Manejo, <strong>do</strong>cumentotécnico mediante o qual, com fundamentonos objetivos gerais de uma unidade de conservação,se estabelece o seu zoneamento e asnormas que devem presidir o uso da área e omanejo <strong>do</strong>s recursos naturais, inclusive a implantaçãodas estruturas físicas necessárias à gestãoda unidade <strong>do</strong> Pesc, foram indicadas as áreasprioritárias I, II e III para Regularização Fundiária<strong>do</strong> Pesc. O Parque, localiza<strong>do</strong> no sul da Bahia,abrange os municípios de Itacaré, Uruçuca e Ilhéus,resguardan<strong>do</strong> em sua poligonal áreasprioritárias para conservação da biodiversidade <strong>do</strong>bioma da Mata Atlântica.O Conselho Gestor <strong>do</strong> Parque, forma<strong>do</strong> em2005, tem si<strong>do</strong> elemento atuante na mobilização<strong>do</strong>s atores envolvi<strong>do</strong>s no processo de regularizaçãofundiária <strong>do</strong> Pesc, juntamente com a SEMARH.Destaca-se a colaboração de ONG´s como oFloresta Viva que vem participan<strong>do</strong> ativamente paraacelerar o processo de desapropriação e indenizaçãode proprietários e posseiros.Até setembro de 2006, o Parque Estadual daSerra <strong>do</strong> Conduru já possuía 2.071,42hectares regulariza<strong>do</strong>s fundiariarmente,corresponden<strong>do</strong> a 22,33% da área total de9.275 hectares. Com os processos que estãoem tramitação na Procura<strong>do</strong>ria Geral <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong>, o total corresponde a 2.500 hectaresAvaliação da QualidadeAmbientalA avaliação da qualidade ambiental é de fundamentalimportância para a manutenção da integridadefísica e a qualidade das águas no Esta<strong>do</strong>da Bahia. O Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> atua por meiode programas de monitorização sistemática,identifican<strong>do</strong> as fontes potenciais de poluição eatividades degrada<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> meio ambiente, coma finalidade de permitir a a<strong>do</strong>ção de medidaspreventivas e corretivas.


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural37Arquivo CRACachoeira PratigiAvaliação da Qualidade Ambiental, 2003-2006Realizadas 2.919 coletas de amostras e15.347 análises para avaliação da qualidadedas águasConcedidas 4.166 licenças <strong>do</strong>s mais diversostiposRealizadas 4.314 inspeções na defesa <strong>do</strong>meio ambienteVistoria técnica em 180 empreendimentoslocaliza<strong>do</strong>s em Unidades de Conservaçãopara concessão de anuência préviaAtendidas 1.012 denúncias ambientais e1.195 solicitações de períciasO Programa de Monitoramento da Qualidade dasÁguas da Bacia Hidrográfica <strong>do</strong> Rio Paraguaçu desenvolveu,em 2006, atividades visan<strong>do</strong> implantação<strong>do</strong> Sistema de Integração de Da<strong>do</strong>s de RecursosHídricos – Banco de Da<strong>do</strong>s de Monitoramento<strong>do</strong>s Recursos Hídricos contemplan<strong>do</strong> informaçõesde quantidade e qualidade das águas, medianteutilização de recursos provenientes <strong>do</strong> Ministério<strong>do</strong> Meio Ambiente - MMA, mais precisamente<strong>do</strong> sub-componente PNMA II – Monitoramentodas Águas, sen<strong>do</strong> que para esse fim foi contratadaconsultoria especifica.Para o acompanhamento <strong>do</strong>s condicionantes de automonitoramentode fontes potenciais polui<strong>do</strong>ras licenciadaspelo CRA, foi desenvolvi<strong>do</strong> o sistema online de encaminhamento e controle de da<strong>do</strong>s relativosao automonitoramento de efluentes, fortalecen<strong>do</strong>o sistema de controle ambiental dessas atividades.Para otimizar as informações ambientais, o sistemade automonitoramento está integra<strong>do</strong> ao sistemade Gestão <strong>do</strong> CRA (TG-CRA), que desenvolveuum banco de da<strong>do</strong>s de licenças a partir de umsistema conheci<strong>do</strong> como “Cerberus”. As atividadesprodutivas passíveis de licenciamento farão parte dessesistema quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> cadastro <strong>do</strong>s parâmetrosautomonitoráveis. Um <strong>do</strong>s objetivos contempla<strong>do</strong>sno sistema é promover uma maior troca de informaçõesentre os empreende<strong>do</strong>res e o CRA, contribuin<strong>do</strong>com um maior controle ambiental das atividadespotencialmente polui<strong>do</strong>ras no Esta<strong>do</strong>.


38RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAOs estu<strong>do</strong>s da Análise Preliminar de Risco à SaúdeHumana da Baía de To<strong>do</strong>s os Santos foram concluí<strong>do</strong>s,ten<strong>do</strong> como objetivo avaliar preliminarmenteo risco à saúde humana associada ao consumode pesca<strong>do</strong> na Baía de To<strong>do</strong>s os Santos.O convênio com a Agência Nacional das Águas –ANA, celebra<strong>do</strong> em 2006, para o Programa deRevitalização da Bacia Hidrográfica <strong>do</strong> Rio São Francisco/ Monitoramento da Qualidade das Águas, aser desenvolvi<strong>do</strong> pelo CRA, visa determinar a situaçãoatual <strong>do</strong>s recursos hídricos da bacia e acompanhara efetividade das ações previstas. Os recursosa serem utiliza<strong>do</strong>s e repassa<strong>do</strong>s pela ANA parao Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, têm como finalidade o aparelhamento<strong>do</strong> Órgão Ambiental Estadual para arealização de monitoramento hidrometeorológico,visan<strong>do</strong> dar suporte a execução <strong>do</strong> Programa,no aspecto referente ao Monitoramento daQualidade da Águas nessa bacia hidrográfica no âmbito<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia, com prazo de execuçãode seis meses.Visan<strong>do</strong> o monitoramento das condições debalneabilidade das praias freqüentadas pela populaçãode Salva<strong>do</strong>r e turistas, o CRA realiza o monitoramentosemanal através de coletas de água<strong>do</strong> mar e análises bacteriológicas.Nos últimos anos evidenciou-se uma melhoriaacentuada na balneabilidade das praias, em decorrênciadas obras de esgotamento sanitário realizadaspelo Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, por meio <strong>do</strong> programade saneamento Bahia Azul.Em 2006, foram realizadas um total de 720 coletas eanalisa<strong>do</strong>s cerca de 2.160 parâmetros bacteriológicos,conforme Tabela 7, sen<strong>do</strong> emiti<strong>do</strong>s 39 boletinsde condições de balneabilidade das praias de Salva<strong>do</strong>r.Mapeamento de Áreas de Risco deAcidentes com Produtos Químicosna Bacia <strong>do</strong> Rio ParaguaçuO Plano Nacional de Prevenção, Preparação eResposta Rápida a Emergências Ambientais comProdutos Químicos Perigosos foi cria<strong>do</strong> pelo GovernoFederal, com o objetivo de prevenir a ocorrênciade acidentes com produtos químicos perigosose aperfeiçoar o sistema de preparação eresposta rápida a emergências ambientais envolven<strong>do</strong>produtos químicos perigosos no País.O Plano prevê a elaboração e implementação deações, atividades e projetos de forma participativa eintegrada pelo poder público federal, distrital, estaduale municipal, juntamente com a sociedade civil.TABELA 7AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUASBAHIA, 2006 (*)ÁREAS Nº DE COLETAS Nº DE ANÁLISESPraias de Salva<strong>do</strong>r 720 2.160Dique <strong>do</strong> Tororó (Salva<strong>do</strong>r) 4 36Mar Grande (emergência) 1 11Barragem de Sobradinho - Município de Sobradinho 3 285Estrada da Cascalheira - Camaçari (Riacho Mundé, Cacimba Mundé, CacimbaEl Doura<strong>do</strong>, Açude da Nascente El Doura<strong>do</strong>, Riacho El Doura<strong>do</strong>)12 323Enseada <strong>do</strong>s Tainheiros - Matriz: biota: peixes carapeba e bagre (emergência) 2 12Enseada <strong>do</strong>s Tainheiros - Matriz: água (emergência) 2 32Rio Açu 5 35TOTAL 749 2.894Fonte: SEMARH/CRA(*) Da<strong>do</strong>s até setembro


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural39No âmbito estadual foi solicita<strong>do</strong> como área pilotoa Bacia Hidrográfica <strong>do</strong> Rio Paraguaçu, focan<strong>do</strong>no Mapeamento de Áreas de Risco de Acidentescom Produtos Químicos. A Bacia Hidrográfica <strong>do</strong>Rio Paraguaçu é a maior bacia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, abrangen<strong>do</strong>87 municípios e foi selecionada como áreade atuação <strong>do</strong> Plano devi<strong>do</strong> a diversos fatores relaciona<strong>do</strong>sà sua relevância, destacan<strong>do</strong>-se: ser responsávelpelo abastecimento da Região Metropolitanade Salva<strong>do</strong>r, Feira de Santana e regiões <strong>do</strong>Recôncavo, Chapada Diamantina e boa parte <strong>do</strong>s87 municípios inseri<strong>do</strong>s na bacia; presença de umgrande número de indústrias no médio e baixocurso da bacia, especialmente na Região Metropolitanade Feira de Santana, segunda maior cidade<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, e entorno.Em 2006, foi implementa<strong>do</strong> o projetoMapeamento de Áreas de Risco de Acidentes comProdutos Químicos Perigosos na Bacia Hidrográfica<strong>do</strong> Rio Paraguaçu.Na primeira etapa desse projeto foram executadastrês campanhas de coleta de da<strong>do</strong>s em campo,coleta<strong>do</strong>s e armazena<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s referentes a80 municípios da Bacia <strong>do</strong> Rio Paraguaçu, além dacontratação de mão-de-obra e compra de softwarepara implementação de banco de da<strong>do</strong>s geográficoque permitirá o armazenamento, visualizaçãoe consulta de informações.Foram cataloga<strong>do</strong>s todas as possíveis estruturas deresposta às emergências em 83 municípios da baciaunidades de saúde, postos de defesa civil, estruturamunicipal, unidades <strong>do</strong>s bombeiros, políciaro<strong>do</strong>viária e entidades não-governamentais.Bases BiorregionaisCom o objetivo principal de gerar conhecimentosobre os biomas baianos para subsidiar a construçãode políticas públicas voltadas para a conservaçãoambiental e desenvolvimento sustentável, asbases Mata Atlântica, Cerra<strong>do</strong> e Caatinga Semi-Ári<strong>do</strong> atuam em parceria com as universidadesestaduais de Santa Cruz - Uesc, <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia- Uneb e de Feira de Santana - Uefs.Os trabalhos da Base Mata Atlântica têm se volta<strong>do</strong>para ações de planejamento, essenciais paraorientar as estratégias de conservação da biodiversidadeda Mata Atlântica no Sul da Bahia, regiãoreconhecida internacionalmente pela suaespecial importância biológica por conter aindaos mais expressivos remanescentes florestais <strong>do</strong>Nordeste brasileiro.Em 2006, foram realizadas diversas atividades dentreas quais destaca-se a Oficina de <strong>Planejamento</strong>para a Conservação da Biodiversidade em parceriacom o Instituto Sócioambiental da Bahia - Iesb,Ceplac, Uesc, demais instituições que compõemo Sub-comitê Sul da Reserva da Biosfera da MataAtlântica na Bahia e ainda, pesquisa<strong>do</strong>res, agricultores,indígenas entre outros, com um público deaproximadamente 100 pessoas, o que resultou nadefinição de mini-corre<strong>do</strong>res prioritários.A Base Mata Atlântica é responsável pela Coordenação<strong>do</strong> Sub-Comitê Reserva da Biosfera daMata Atlântica, envolven<strong>do</strong> o planejamento eexecução de atividades, integran<strong>do</strong> ações, estratégiase políticas de conservação da biodiversidadealém da coordenação <strong>do</strong> Grupo de Trabalhopara elaboração <strong>do</strong> Plano de Ação para aMata Atlântica - Sul da Bahia.A Base Cerra<strong>do</strong> implantou e mantém um Viveirode Plantas Nativas <strong>do</strong> Bioma Cerra<strong>do</strong> comdeterminação de melhores méto<strong>do</strong>s de propagaçãode espécies nativas e recuperação de áreasdegradadas. Também foi implanta<strong>do</strong> oHerbário <strong>do</strong> Campus IX –Base Cerra<strong>do</strong>/Uneb/Barreiras para composição <strong>do</strong> acervo botânico,com coleta, armazenamento e identificação deespécies nativas da região.


40RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAO levantamento florístico <strong>do</strong> município de Barreirase a identificação de plantas <strong>do</strong> cerra<strong>do</strong> compotencial econômico resultaram na classificação de148 espécies, segun<strong>do</strong> o uso. Este levantamentoestá disponível no portal Seia com acesso a partir<strong>do</strong> tópico Bases Biorregionais.A Base Caatinga, em parceria com diversos parceirosinstitucionais (Uefs, Embrapa, Semi-ári<strong>do</strong>,Centro Nacional de Pesquisa de Solos - Cnps,Universidade Federal Rural de Pernambuco -Ufrpe, Universidade Federal da Paraíba - Ufpb,Universidade Federal <strong>do</strong> Ceará - UFC, UniversidadeFederal <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Norte - Ufrn,SEMARH/SFC), realizou o Mapeamento <strong>do</strong>Bioma Caatinga <strong>do</strong> Brasil, no âmbito <strong>do</strong> Programade Proteção da Biodiversidade Brasileira –Probio, e Levantamento da Cobertura Vegetal e<strong>do</strong> Uso <strong>do</strong> Solo <strong>do</strong> Bioma Caatinga, o que resultouna confecção de um mapa síntese da coberturavegetal e uso <strong>do</strong> solo, obti<strong>do</strong> por meio daclassificação assistida e geoprocessamento de modelosdigitais de terrenos e 48 cartas imagens(escala de 1:250.000).Estu<strong>do</strong>s de DesenvolvimentoAmbientalO Núcleo de Estu<strong>do</strong>s Avança<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Meio Ambiente- Neama, cria<strong>do</strong> em 20<strong>02</strong>, tem como finalidadeplanejar, organizar, coordenar e executarações para promover o conhecimento, informaçãoe inovação, direciona<strong>do</strong>s ao desenvolvimentotécnico-científico e apoiar a articulação e participaçãosocial na gestão ambiental.A articulação <strong>do</strong> Núcleo com o setor público, osetor empresarial, as universidades, as organizaçõesnão governamentais e a comunidade foi intensificada,permitin<strong>do</strong> a participação até setembrode 2006, de 11.484 pessoas nas ações promovidas.Para o fortalecimento de suas atividadescontou com a cooperação técnico-científica e financeirade 20 parcerias.Em 2006 foi iniciada a 3 a turma <strong>do</strong> Mestra<strong>do</strong> emDesenvolvimento Sustentável, em parceria com aUniversidade de Brasília - UNB e a UniversidadeEstadual de Feira de Santana – Uefs, com a participaçãode 20 alunos. Foi da<strong>do</strong> prosseguimento aoMestra<strong>do</strong> em Gerenciamento e TecnologiasAmbientais no Processo Produtivo, realiza<strong>do</strong> pelaUfba/Teclim e apoio institucional <strong>do</strong> CRA, em sua5 a turma que conta com 12 alunos. No perío<strong>do</strong>realizaram-se 11 defesas de dissertações em Produçãomais Limpa.Os cursos de extensão e treinamentos abordaramdiversos aspectos da temática ambiental,ressaltan<strong>do</strong>-se o curso de Gerenciamento deResíduos Sóli<strong>do</strong>s de Saúde com enfoque em Produçãomais Limpa P+L, envolven<strong>do</strong> 45 profissionaisda área de saúde atuantes em hospitaispúblicos e particulares.O Memorial de Meio Ambiente, recebeu visita de670 pessoas provenientes de universidades, colégiospúblicos e particulares, órgãos públicos, empresasprivadas tanto <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia como deoutros esta<strong>do</strong>s. Por meio <strong>do</strong> projeto Expo Neamarealizou oito exposições temáticas.Dentro <strong>do</strong> programa Quintas Ambientais, foramrealizadas sete palestras, envolven<strong>do</strong> 863 pessoas.Além da realização de 42 eventos técnicoscientíficosenvolven<strong>do</strong> 1.920 participantes <strong>do</strong> setorpúblico e empresarial, de representantes deONGs, de estudantes, de professores e da comunidadeem geral.Em 2006, a promoção da Campanha Praia LimpaTo<strong>do</strong> Dia teve como objetivo incentivar aparticipação voluntária <strong>do</strong>s cidadãos narevitalização de um <strong>do</strong>s mais importantes espaçosde lazer da população. Foram realiza<strong>do</strong>s 15


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural41mutirões de limpeza com a participação de voluntáriose parceiros, além de recolher o lixo,os mais de mil voluntários distribuíram sacos delixo e material educativo para os freqüenta<strong>do</strong>resdas praias. A campanha cobriu 23 praias deSalva<strong>do</strong>r e se estendeu aos municípios de SantaCruz Cabrália, Belmonte, Madre Deus além dasIlhas de Maré e de Vera Cruz.Na linha editorial CRA/Neama foram publica<strong>do</strong>s<strong>do</strong>is livros e 34 publicações distribuídas em cincoséries que podem ser encontradas em forma impressae eletrônica.Fortalecimento InstitucionalDentre as principais ações realizadas e resulta<strong>do</strong>s,em 2006, pode-se destacar:Elaboração <strong>do</strong> <strong>Planejamento</strong> Estratégico <strong>do</strong>Centro de Recursos Ambientais – CRA e odesenvolvimento da ferramenta de gestãoBalanced Scorecard – BSC;Ampliação <strong>do</strong> Programa Parceiros <strong>do</strong> MeioAmbiente - PMA, por meio <strong>do</strong> Projeto “A<strong>do</strong>teuma pequena empresa na área ambiental”,estabelecen<strong>do</strong>-se 23 vínculos com pessoasjurídicas e físicas, totalizan<strong>do</strong> 43 vinculaçõesentre A<strong>do</strong>tantes e A<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s. O PMA foi contempla<strong>do</strong>no prêmio 2006 de “Melhores PráticasAmbientais no Nordeste”, na categoriainstituições públicas, concedi<strong>do</strong> pela SociedadeNordestina de Ecologia;Criação da Comissão Agenda Ambiental naAdministração Pública no CRA, visan<strong>do</strong> adequaros efeitos ambientais das condutas <strong>do</strong>poder público à política de prevenção deimpactos negativos ao meio ambiente, reduzin<strong>do</strong>o consumo de água, energia e materiais(copos descartáveis, papel e cartuchode tinta);Constituição <strong>do</strong> Comitê Diretivo Provisórioda Mesa de Produção mais Limpa P+L, envolven<strong>do</strong>14 instituições além da Mesa Re<strong>do</strong>ndade Produção mais Limpa e ConsumoSustentável;Sensibilização e mobilização social, destacan<strong>do</strong>-seo Projeto Voluntários <strong>do</strong> Meio Ambiente,com a realização de cursos de EducaçãoAmbiental, para a formação de técnicosmunicipais, lideranças comunitárias, professores,agentes de saúde e pequenos produtoresrurais;Certificação ISO 9001:2000, que define osrequisitos necessários ao Sistema de Gestãoda Qualidade – SGQ;Unificação <strong>do</strong> Sistema de Gestão da Qualidade,certificada pelo Bureau Veritas QualityInternational, ten<strong>do</strong> como órgãosacredita<strong>do</strong>res o Inmetro, United King<strong>do</strong>wAccreditacion Service e Ansi-Asq NationalAccreditation Board, com o seguinte escopode fornecimento: sistema de licenciamentoambiental; fiscalização ambiental eatendimento emergencial; atendimento aopúblico e guarda da <strong>do</strong>cumentação técnica;sistema administrativo, financeiro e de recursoshumanos; e capacitação, informaçãoe inovação <strong>do</strong> núcleo de estu<strong>do</strong>s avança<strong>do</strong>s<strong>do</strong> meio ambiente;Certificação da Procura<strong>do</strong>ria Jurídica pela FundaçãoVanzolini e reconhecida pela TheInternational Certification Network; eRecertificação <strong>do</strong> processo de atendimento aopúblico e guarda da <strong>do</strong>cumentação técnica.Ainda como produtos geri<strong>do</strong>s pela SEMARH, destacam-seos sistemas de informações ambientais ,conforme descrição a seguir.


42RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAInformação Ambiental - Para a sistematização,o tratamento e a disponibilização de informaçõesambientais, ao público interno eexterno, vêm sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s programas eprodutos especializa<strong>do</strong>s de geotecnologia. Noano de 2006, foram realiza<strong>do</strong>s cerca de 800atendimentos relaciona<strong>do</strong>s à elaboração demapas temáticos.Sistema Geobahia - O Sistema de Gestão Ambientalda Bahia tem por objetivo dar suporteas atividades relacionadas à gestão ambientalno Esta<strong>do</strong> e a tomada de decisão. A implementação<strong>do</strong> Sistema de InformaçõesGeorreferenciadas – SIG, conta com a parceria<strong>do</strong> Ministério Público Estadual da Bahia –MPE/Ba, representa<strong>do</strong> pelo Núcleo MataAtlântica. O sistema permite a integração,visualização e realização de consultas espaciaisao banco de da<strong>do</strong>s geográficos que contémimagens de satélites, bases cartográficas e mapastemáticos de informações ambientais geradasno Esta<strong>do</strong> da Bahia. Outro produto destaparceria refere-se ao monitoramento das áreasde reflorestamento como as Áreas de PreservaçãoPermanente – APP e as Reservas Legaisdas empresas de celulose instaladas noSul <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.A Companhia de Eletricidade <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> daBahia - Coelba, tem firma<strong>do</strong> convênio com oCRA com o objetivo de promover a cooperaçãotécnica de intercâmbio de da<strong>do</strong>s de informaçõesgeorreferenciadas. Dentre os produtosgera<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> Geobahia destacam-se:Programa de Monitoramento <strong>do</strong> Estuário<strong>do</strong> Rio Pojuca Integra<strong>do</strong> a um SIG –GERCO/PNMA II;Gisweb Ambiental - aplicativo disponível noPortal SEIA (http://www.seia.ba.gov.br),que fornece informações sobre a localizaçãode pontos georreferencia<strong>do</strong>snos ZEE’s das APAs Litoral Norte eJoanes-Ipitanga;Sistema de Informação Geográfica <strong>do</strong> ProjetoCorre<strong>do</strong>r Central da Mata Atlântica/Programa Piloto para a Proteção das FlorestasTropicais <strong>do</strong> Brasil (PPG7); eSistema de Informação Geográfica das Nascentes<strong>do</strong> Paraguaçu – PNMA II.Sistema Estadual de Informações Ambientais- Seia - Com as atribuições de coordenar, produzir,registrar, armazenar, sistematizar e disseminaras informações de cunho ambientalsobre a qualidade <strong>do</strong> meio ambiente, o Seiaque é geri<strong>do</strong> pelo CRA, dispõe de um conjuntode informações nas áreas de gestãoambiental, recursos florestais, recursoshídricos, cartográficos e de saúde.Portal Seia - Com o lançamento da sua terceiraversão em 2006, o Seia lançou em seuportal uma página voltada exclusivamentepara o público infanto-juvenil, onde estes poderãofazer pesquisas, ter acesso a curiosidadesda fauna, flora, e também se divertirãocom jogos on-line e atividades deconscientização ambiental.Além <strong>do</strong>s serviços de tempo e clima, tábuade marés e consulta de processo de licenciamentoambiental, o Seia também contacom uma página de notícias e uma área deeventos, onde o usuário é informa<strong>do</strong> sobrepalestras, cursos, workshops e mesas re<strong>do</strong>ndasde seu interesse.Mais de 2 milhões de páginas foram vistadasem 2006, acumulan<strong>do</strong> nesses 3 anos de existência,mais de 4 milhões de páginas vistas.


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural43Artur IkishimaPrograma Parceiros <strong>do</strong> Meio AmbienteSANEAMENTO AMBIENTALGestão Ambiental de Sistemasde Abastecimento de Água eEsgotamento SanitárioAs ações para implementação da Política Ambientalda Embasa vêm sen<strong>do</strong> ampliadas ao longo<strong>do</strong>s últimos anos, contemplan<strong>do</strong> os projetos,as obras, a operação <strong>do</strong>s sistemas e o monitoramentodas represas e mananciais utiliza<strong>do</strong>scomo fontes de suprimento.Criada em abril de 2005, a Superintendência deMeio Ambiente e Projetos - EP, vem promoven<strong>do</strong>a gestão ambiental integrada com os projetos<strong>do</strong>s sistemas, a responsabilidade social e as atividadesfins da empresa.Na implementação dessas ações, o órgão contacom o apoio da Comissão Técnica de GarantiaAmbiental – CTGA, constituída por 21 membrosrepresentantes das Diretorias da Embasa, e de vinteComitês de Gestão Ambiental – CGA, cria<strong>do</strong>s nasUnidades de Negócios, que têm como objetivoacompanhar e fiscalizar o cumprimento dascondicionantes das licenças ambientais, o desempenhoambiental da empresa e propor ações queminimizem os impactos resultantes das obras eoperação <strong>do</strong>s sistemas.Licenciamento Ambiental deSistemas de Abastecimento deÁgua e Esgotamento SanitárioO Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, através da Embasa, vemdan<strong>do</strong> continuidade aos trabalhos de regularizaçãoambiental <strong>do</strong>s sistemas de abastecimento deágua e esgotamento sanitário, visan<strong>do</strong> a obtençãodas licenças <strong>do</strong>s sistemas cuja operação teve inícioantes da Lei Estadual de Meio Ambiente de 1981.O Quadro 3 apresenta os processos de licenciamentoem análise no exercício de 2006.


44RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAQUADRO 3LICENCIAMENTO AMBIENTAL – PROCESSOS EM ANÁLISEBAHIA, 2006ÓRGÃO MUNICÍPIOS PROCESSOSCentro de Recursos Paulo Afonso Nove sistemas de abastecimento de água e <strong>do</strong>is sistemas deAmbientais - CRAesgotamento sanitário da Unidade de NegóciosItamaraju42 sistemas de abastecimento de água da Unidade de NegóciosAlagoinhas43 sistemas de abastecimento de água da Unidade de NegóciosSalva<strong>do</strong>rSistema de reservação e distribuição das zonas de abastecimento atendidaspela Unidade de Negócios da Bolandeira, Federação e PirajáSistema de esgotamento sanitário de Salva<strong>do</strong>r, constituí<strong>do</strong> por33 bacias de esgotamento sanitárioDepartamento de Candeias Licenciamento das Unidades de NegóciosAções Ambientais Vitória da Conquistada Embasa- EAA CamaçariItaparicaFonte: SEDUR/ EmbasaFoi contratada empresa de consultoria para elaboraçãoda <strong>do</strong>cumentação técnica e legal necessáriaà formação <strong>do</strong>s processos de licenciamentoambiental das Unidades de Negócios de Barreiras,Senhor <strong>do</strong> Bonfim, Jequié e Caetité.Em 2006, foram concedidas 24 licenças ambientaise solicitadas ao Centro de Recursos Ambientais -CRA, 16 novas licenças entre localização, implantação,operação, alteração e simplificada.Pelo Instituto Brasileiro <strong>do</strong> Meio Ambiente e RecursosNaturais Renováveis – Ibama, foi expedida,em 2006, a Licença Prévia relativa ao Sistema deDisposição Oceânica <strong>do</strong> Jaguaribe, composto deEstação de Condicionamento Prévio - ECP, comcapacidade máxima de 5,9 m 3 /s, área construídade 1,2ha, emissário terrestre com aproximadamente1.509 m de extensão e 1.6 m de diâmetroe emissário submarino com extensão total de3.648 m, incluin<strong>do</strong> o difusor com 300 m.Dentre as licenças das obras de Abastecimento deÁgua concedidas em 2006, destacam-se as LicençasSimplificadas de dez sistemas atendi<strong>do</strong>s pelaAdutora <strong>do</strong> Feijão, a Licença de Implantação <strong>do</strong>SIAA de Guanambi e a Licença de Alteração <strong>do</strong>SIAA de Santana / Porto Novo, que contempladiversas localidades ao longo da adutora.Quanto às obras de Esgotamento Sanitário licenciadas,destacam-se Andaraí e Rio de Contas.Os processos para o licenciamento <strong>do</strong>s sistemasde abastecimento de água <strong>do</strong> LitoralNorte, Pedro Alexandre, Jacobina e Lençóis e<strong>do</strong>s sistemas de esgotamento sanitário de Lençóise Imbassaí estão em análise no CRA.Em atendimento às condicionantes <strong>do</strong> licenciamentoambiental das barragens, estão sen<strong>do</strong> implanta<strong>do</strong>sprojetos e programas em Riacho deSantana, Igaporã, Barra <strong>do</strong> Choça, Bruma<strong>do</strong> eMulungu <strong>do</strong> Morro.Supressão de VegetaçãoForam elabora<strong>do</strong>s, no ano de 2006, oito processospara solicitação de Supressão de Vegetaçãoem áreas onde serão implantadas obras desistemas de abastecimento de água e esgotamentosanitário, a exemplo <strong>do</strong>s processos referentesàs barragens de Cristalândia, Serra Preta eMulungu <strong>do</strong> Morro.Os processos de supressão de vegetação referentesao SES de Andaraí e sistemas de abastecimentode água de Pedro Alexandre e Jacobina, encontram-seem análise.


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural45Acompanhamento ArqueológicoEm 2006, foi contratada a Fundação Escola Politécnica- FEP, da Universidade Federal da Bahia –Ufba, para execução <strong>do</strong> projeto de acompanhamentoarqueológico nas barragens de Serra Pretae Riacho de Santana, em atendimento acondicionantes das licenças de implantação.Sistemas de GestãoSistema de Gestão Integrada - SGI - A partir dedezembro de 2005, a Diretoria de Engenharia eMeio Ambiente deu início à implantação <strong>do</strong> SGI,adequan<strong>do</strong>-o às Normas ISO 9001, de qualidade,a ISO 14001, de meio ambiente e a OHSAS18001, de saúde e segurança. Em julho de 2006obteve a certificação no Programa Qualiop nível“A”, sen<strong>do</strong> pioneira no Esta<strong>do</strong> nesta certificação.ISO 14001 - A Embasa estabeleceu como metaimplantar um sistema de gestão ambiental nosmoldes da ISO 14001, nas Unidades de Negócios,ten<strong>do</strong> como estratégia certificar um sistemapor unidade. Após a certificação <strong>do</strong>s Sistemas deProdução de Água de Santo Antônio de Jesus, Sistemade Abastecimento de Água de Porto Seguroe os Sistemas de Abastecimento de Água e EsgotamentoSanitário de Praia <strong>do</strong> Forte, estão emandamento as certificações <strong>do</strong> SAA de Ipiaú e <strong>do</strong>SAA e SES de Lençóis.Monitoramento de MananciaisA crescente degradação ambiental que se verificanas Áreas de Preservação Permanente -APP de rios e represas, com conseqüênciasdiretas sobre a qualidade dessas águas, motivoua criação <strong>do</strong> Programa de MonitoramentoGeorreferencia<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Mananciais de Abastecimentoe Efluentes das Estações de Tratamentode Esgotos e Corpos Receptores - PMG, comvistas a avaliar a situação atual de cada um <strong>do</strong>smananciais utiliza<strong>do</strong>s pela Embasa eimplementar medidas de controle e conservaçãoda qualidade das águas.Os trabalhos relativos à implantação <strong>do</strong> PMG tiveraminício em mea<strong>do</strong>s de 2004 com a revisãodas redes de monitoramento das Represas JoanesI e II e implantação de redes georreferenciadas.Este trabalho é a base para análise e interpretaçãoda condição de um da<strong>do</strong> manancial, isto porqueé delinea<strong>do</strong> um perfil de pontos deamostragem na bacia hidráulica que, além depermitir o rastreamento de uma descargapolui<strong>do</strong>ra, oferece informações acerca da evoluçãoda qualidade da água ao longo <strong>do</strong> corpohídrico, permitin<strong>do</strong> inclusive fazer inferências sobresua capacidade de autodepuração.Em junho de 2006, foi concluí<strong>do</strong> o trabalho derevisão e implantação da rede de monitoramentoda Bacia <strong>do</strong> Cobre e encontra-se, em andamento,o trabalho de reavaliação da rede de monitoramento<strong>do</strong> Rio Sauípe.A fiscalização das Áreas de Preservação Permanente– APP, constitui-se em uma atividade fundamental<strong>do</strong> PMG, ten<strong>do</strong> em vista a influênciadireta das ações que se desenvolvem nestas áreassobre a qualidade das águas. Em 2006, foramrealizadas inspeções nas Áreas de PreservaçãoPermanente <strong>do</strong>s mananciais que abastecem aRMS, resultan<strong>do</strong> em ações conjuntas com aEmbasa, CRA e a Coppa para coibir ações dedegradação registradas durante as inspeções, comdestaque para as seguintes ações:Joanes I – denúncia de desmatamento emárea de influência da barragem, resultan<strong>do</strong>em inspeção e apreensão de madeira cortadailegalmente; eJoanes I e II – está sen<strong>do</strong> feito um levantamento<strong>do</strong> uso e ocupação <strong>do</strong> solo da APP.


46RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMarcos SouzaAPA Lagoa Encantada - IlhéusOutra linha de ação prevista no PMG é a definição<strong>do</strong> modelo de cálculo <strong>do</strong> Índice de Qualidade deÁgua Bruta – IQA, e sua aplicação na rotina <strong>do</strong>monitoramento. O IQA foi implanta<strong>do</strong> na avaliaçãoda qualidade das águas <strong>do</strong>s mananciais de abastecimentoda RMS em agosto de 2006.Recuperação de Áreas Degradadas - O Governo<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> vem elaboran<strong>do</strong> diversos projetosde recuperação de áreas degradadas eprojetos paisagísticos em estações de tratamentode água.Está em andamento a 2ª etapa <strong>do</strong> Projeto de Recuperaçãode Áreas Degradadas e Educação Ambientalna bacia hidrográfica <strong>do</strong> Rio <strong>do</strong>s Manguesem Porto Seguro, através <strong>do</strong> reflorestamento de35 hectares de matas ciliares, educação ambiental,formação da associação <strong>do</strong>s usuários da bacia emonitoramento <strong>do</strong> manancial (quali-quantitativo).Encontra-se em elaboração o projeto para implantaçãode viveiro de mudas nativas e banco de sementes,que atenderá a condicionante da licençade implantação da Barragem de Riacho de Santana.


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural47Foram elabora<strong>do</strong>s cinco projetos paisagísticosem estações de tratamento de água em 2006,dentre os quais estão os de Guanambi, Lençóise Itaberaba e realizada a reabilitação florestal dacaptação <strong>do</strong> sistema de abastecimento de águade Porto Seguro.Ação Social e Educação Ambiental - A Embasavem implementan<strong>do</strong> programas de educaçãoambiental, bem como trabalhos sociais com ascomunidades onde estão sen<strong>do</strong> implanta<strong>do</strong>s sistemasde abastecimento de água e esgotamentosanitário. As ações implementadas em 2006 estãolistadas no Quadro 4:Artur IkishimaApa Dunas <strong>do</strong> Abaeté


48RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAQUADRO 4PRINCIPAIS AÇÕES SOCIAL E DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL IMPLEMENTADASBAHIA, 2006LOCALIZAÇÃOATIVIDADESSantana (Porto Novo, Canabrava, Acompanhamento <strong>do</strong> Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social - Peacs/Cedro I, Gameleira)Proágua semi-ári<strong>do</strong>. Trabalho desenvolvi<strong>do</strong> em parceria com a Superintendência deCanápolis (Canabrazinha, Represa, Pontal) Recursos Hídricos- SRH, com as comunidades de cinco municípios que abrangemBrejolândia (Mombaça)16 localidades. Destaca-se nesse trabalho a criação de parcerias entre os Núcleos deTabocas <strong>do</strong> Brejo Velho (Cedro II, Gestão Ambiental - Nuga, forma<strong>do</strong>s pelo Peacs e Comitês de Gestão Ambiental dasOlho d’Água, Olaria)respectivas Unidades de Negócios das áreas contempladasSerra Dourada (Bonito, Charco,Boqueirão, Feirinha, Tiririca)Cravolândia, Jaguaquara, Euclides Implantação de Projetos de Educação Sanitária e Ambiental nos municípios com ada Cunha, Camacan, Ipiaú, realização de cursos para formação de agentes multiplica<strong>do</strong>res em educaçãoLitoral Norte e Imbassaísanitária e ambiental, totalizan<strong>do</strong> oito cursos e 67 palestras educativas e <strong>do</strong>isconcursos de redação. Como parte <strong>do</strong>s Programas de Educação Ambiental,está sen<strong>do</strong> implementa<strong>do</strong> o Projeto Água Viva para o público de alunos da 1a à 4aséries <strong>do</strong> Ensino FundamentalBom Jesus <strong>do</strong>s Passos e Salva<strong>do</strong>r Implementação <strong>do</strong>s Programas de Educação em Saúde e Mobilização Social –PESMS, referentes ao Projeto de Saneamento Ambiental em Regiões Metropolitanas.Convênios de SAA em Bom Jesus <strong>do</strong>s Passos e SES nas Bacias <strong>do</strong> Cobre e PeriperiBarragens de Lagoa da Torta, Acompanhamento social das obras de implantação das barragens, participan<strong>do</strong> daCristalândia e Riacho de Santana mobilização e organização das audiências e reuniões públicas e realizan<strong>do</strong> oacompanhamento <strong>do</strong>s processos de desapropriação e indenização das famílias atingidasLitoral Norte e Imbassaí, Porto Trabalho social junto às comunidades que serão atendidas com as obras deSauípe, Bom Jesus <strong>do</strong>s Passos, ampliação e implantação de SAA e/ou SES com a realização de reuniões com asIpiaú, Camacan, Euclides da comunidades e lideranças para esclarecimento da importância <strong>do</strong> saneamentoCunha, Jaguaquara, Cravolândia, básico para a saúde e qualidade de vida da população, <strong>do</strong>s empreendimentos e <strong>do</strong>sItaju <strong>do</strong> Colônia, Jacobina, Santa possíveis transtornos decorrentes das obras, ten<strong>do</strong> a participação de diversosMaria da Vitóriasegmentos das comunidadesSalva<strong>do</strong>r, Itamaraju, Camacan, Itaju Realização de trabalho de mobilização social para adesão <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res de<strong>do</strong> Colônia, Jaguaquara, Cravolândia Salva<strong>do</strong>r ao Sistema de Esgotamento Sanitário, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> realizadas 25.968 visitas<strong>do</strong>miciliares, atingin<strong>do</strong> o total de 14.738 imóveis, cujos proprietários autorizaram aexecução das ligações ao sistema. Este trabalho também está sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> nosoutros municípios, atingin<strong>do</strong> o total de 6.104 imóveis, cujos proprietáriosautorizaram a execução das ligações ao sistema de esgotamentoSalva<strong>do</strong>r (Pirajá e São Caetano) Participação no Projeto Futuro da Água, em parceria com o Jornal A Tarde, ten<strong>do</strong>si<strong>do</strong> realizadas duas palestras nas Escolas Professora Alexandrina Santos Pita eEscola Municipal Bela Vista <strong>do</strong> Lobato, contemplan<strong>do</strong> 750 alunosSalva<strong>do</strong>rAcompanhamento da visita da Missão <strong>do</strong> JBIC à Salva<strong>do</strong>r para avaliação “ex-post” <strong>do</strong> Projetode Saneamento Ambiental da Baía de To<strong>do</strong>s os Santos – BTS, juntamente com a SEDUR, nomês de agosto. Foi realizada a seleção das áreas para aplicação de pesquisa de satisfaçãojunto aos mora<strong>do</strong>res contempla<strong>do</strong>s pelo Sistema de Esgotamento Sanitário, assim comoa indicação <strong>do</strong>s síndicos das quadras con<strong>do</strong>miniais a serem entrevista<strong>do</strong>sSub-bacias Nova Brasília e Malvinas Monitoramento das quadras con<strong>do</strong>miniais da Bacia de Mangabeira, por meio darealização de visitas <strong>do</strong>miciliares e reunião comunitária, com a participação desíndicos e sub-síndicos das referidas áreasRio de Contas, Ipiaú, Jacobina e Salva- Realização de quatro Reuniões Públicas para apresentação e discussão <strong>do</strong>s<strong>do</strong>r, na localidade Bom Jesus <strong>do</strong>s Passos. projetos de implantação de SAA e SES nos municípiosFonte: SEDUR/ EmbasaGESTÃO DOS RECURSOSHÍDRICOSLei <strong>do</strong>s Recursos HídricosDurante os <strong>do</strong>is últimos anos, sob a coordenaçãoda SEMARH, os entes <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> que compõemo Sistema Estadual de Gerenciamento deRecursos Hídricos construíram, junto com a sociedade,uma nova versão da Política Estadualde Recursos Hídricos. Analisada e discutida coma sociedade, a nova lei incorpora aspectos mais


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural49holísticos na gestão <strong>do</strong>s recursos naturais, aosugerir a bacia hidrográfica como unidade de planejamentocomum, integran<strong>do</strong>-se a ela, as unidadesde conservação já criadas ou a serem criadaspelo Esta<strong>do</strong> da Bahia.Esta política permite o cumprimento à Lei n º8.538 de 20 de dezembro de 20<strong>02</strong>, ao assegurara participação, não somente de usuários, mas tambémda sociedade civil na formulação de políticaspúblicas, na gestão de atividades ou serviços quelhe sejam pertinentes.Cria<strong>do</strong> pela Lei nº 8.194, de janeiro de 20<strong>02</strong>, denatureza contábil-financeira, com duraçãoindeterminada, o Fun<strong>do</strong> Estadual de RecursosHídricos – Ferhba, tem como objetivo dar suportefinanceiro à Política Estadual de Recursos Hídricose às ações previstas no Plano Estadual de RecursosHídricos e nos Planos de Bacias Hidrográficas.No ano de 2006, foram desenvolvi<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>ssobre análise <strong>do</strong> funcionamento de fun<strong>do</strong>ssimilares em operação no Brasil, culminan<strong>do</strong>com uma proposta de Regulamentação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong>Estadual de Recursos Hídricos a qual deveráser apreciada e aprovada pelo Conselho Estadualde Recursos Hídricos – Conerh, conformedetermina a lei.Ascom-SemarhAPA Mangue SecoOutorga <strong>do</strong> Direito de Uso deRecursos HídricosÉ a outorga que confere ao usuário a segurançatraçada pelo limites de concessão para condução<strong>do</strong>s seus projetos. Com o controle desse mecanismo,a SRH adquire o conhecimento das disponibilidadese das demandas <strong>do</strong>s diversos setores de usuários,facilitan<strong>do</strong> assim o controle quantitativo equalitativo sobre o uso das águas. Esse controle permiteuma eficiente administração <strong>do</strong>s conflitos deinteresse existentes entre usuários concorrentes,além de facilitar as ações de fiscalização.No quadriênio 2003-2006 foram emitidas4.668 outorgas, corresponden<strong>do</strong> a umavazão outorgada de 237.058,54l/segNo exercício de 2006 foram emitidas 341 outorgascom vazão de 12.654,78l/seg, conforme Tabela 8.TABELA 8OUTORGA DO DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOSBAHIA, 2006 (*)MANANCIALTOTALBACIA SEDE DA RAASUPERFICIALSUBTERRÂNEOVAZÃO QUANTIDADEOUTORGADA DEl/seg. Quant. l/seg. Quant. l/seg. OUTORGASBarreiras 2.760,93 13 408,95 9 3.169,88 22Santa Maria da Vitória 4.069,<strong>02</strong> 12 15,92 8 4.084,94 20São FranciscoGuanambi 252,57 3 13,74 4 266,31 7Irecê 3,62 1 151,55 60 155,17 61Juazeiro 1,89 1 8,17 6 10,06 7Itapicuru Senhor <strong>do</strong> Bonfim 123,05 11 988,28 9 1.111,33 20Paraguaçu Itaberaba 1.619,83 38 481,96 69 2.101,79 107Contas Jequié 635,47 29 39,17 25 674,64 54Par<strong>do</strong>, Jequitinhonha,Itanhém, MucuriEunápolis 1.071,13 40 9,53 3 1.080,66 43TOTAL 10.537,51 148 2.117,27 193 12.654,78 341Fonte: SEMARH/SRH(*) Da<strong>do</strong>s até setembro.


50RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIACobrança pelo Uso da Água BrutaO processo de regulamentação da cobrança pelouso da água no Esta<strong>do</strong> da Bahia abrange duas modalidades:a cobrança pelo fornecimento de águabruta <strong>do</strong>s reservatórios opera<strong>do</strong>s pela SRH e acobrança pelo uso da água <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio Estadual.A primeira modalidade de cobrança pelofornecimento de água bruta <strong>do</strong>s reservatóriosopera<strong>do</strong>s pela SRH foi regulamentada peloDecreto nº 9.747, de 28/12/2005. Segun<strong>do</strong>estabelece o decreto, a SRH passou a cobrar,a partir de 01/01/06, às Concessionárias <strong>do</strong>Serviço de Abastecimento de Água, o valor deR$ 0,<strong>02</strong>/m 3 , pela prestação <strong>do</strong> serviço defornecimento de água bruta <strong>do</strong>s reservatóriossob sua administração, que em 2006 gerouuma receita de R$ 4,3 milhõesA outra modalidade de cobrança pelo uso da água(preço público) ainda depende <strong>do</strong> desenvolvimentode algumas etapas. Também nesta área têm si<strong>do</strong>obti<strong>do</strong>s avanços importantes, dentre eles a conclusãoe aprovação pelo Conselho Estadual deRecursos Hídricos <strong>do</strong> Plano Estadual de RecursosHídricos - Perh; além da criação de comitês debacias hidrográficas – a quem compete sugerir enegociar os valores a serem pratica<strong>do</strong>s - e ampliaçãodas suas competências.Programa Gestão da QualidadeInicia<strong>do</strong> em 2003, o Programa de Gestão da Qualidadeda SRH avançou em 2006 com a implementaçãode uma série de atividades e projetos nesta área,destacan<strong>do</strong>-se as duas primeiras auditorias externasde manutenção da certificação ISO 9001:2000. Asauditorias efetuadas pelo Bureau Veritas QualityInternational, verificaram a eficiência <strong>do</strong> sistema degestão da qualidade <strong>do</strong> processo de outorga <strong>do</strong> direitode uso da água e a sua total conformidade com ospadrões de qualidade observa<strong>do</strong>s pela InternationalOrganization for Standardization (Organização Internacionalpara Padronização), recomendan<strong>do</strong>assim a manutenção <strong>do</strong> selo.A SRH é o primeiro e, até então, o único órgãogestor de recursos hídricos <strong>do</strong> País a recebera ISO. Por isso mesmo, é hoje uma referêncianacional na implantação da gestão daqualidade para outras empresas <strong>do</strong> setor.Este ano, a autarquia concorre ainda aoPrêmio Gestão Qualidade Bahia - PGQB, aoTOP RH e ao Prêmio ANA na modalidadeinstrumento de gestão de recursos hídricosAinda como parte <strong>do</strong> Programa de Gestão da Qualidade,realizou-se, em Irecê, a 490 Km de Salva<strong>do</strong>r,o VII Encontro das Unidades Regionais. Alguns <strong>do</strong>sassuntos discuti<strong>do</strong>s durante o evento foram: a atualização<strong>do</strong> Plano de Bacias, o reuso de efluente <strong>do</strong>mésticotrata<strong>do</strong> na agricultura e uma apresentaçãosobre os objetivos e metas <strong>do</strong> Projeto Terra Fértil.Houve ainda uma visita à Escola Estadual Agrotécnicade Irecê onde a SRH desenvolve, desde 2001, umexperimento de plantio de café irriga<strong>do</strong>.Vale destacar ainda a realização da III Semana daQualidade, com a participação efetiva <strong>do</strong>s mais de250 colabora<strong>do</strong>res da SRH. A programação <strong>do</strong>evento incluiu, entre outras atividades, a apresentaçãode técnicas holísticas, atividades recreativas evárias palestras, abordan<strong>do</strong> os mais diversos assuntos,como competitividade, desempenho e as pessoascomo importante diferencial na organização.GESTÃO DA BACIA DO RIOSÃO FRANCISCOEm 2006, os esforços para a efetivação <strong>do</strong> Pactodas Águas da Bacia <strong>do</strong> São Francisco, em Brasíliainiciou com a posse <strong>do</strong>s novos integrantes da CâmaraTécnica de Articulação Institucional - CTAI,que contará com o envolvimento <strong>do</strong>s governos


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural51federal e estaduais, municípios, usuários, comunidadetécnica e a sociedade civil. Ainda em 2006foram concluí<strong>do</strong>s o cadastramento <strong>do</strong>s usuáriosdas águas, a reavaliação <strong>do</strong> sistema de outorgas ea criação da Agência da Bacia.A SEMARH participou da IX Reunião Plenária Extraordinária<strong>do</strong> Comitê da Bacia Hidrográfica <strong>do</strong>São Francisco – CBHSF, que tratou da eleição eposse da Diretoria Executiva.Com o intuito de conhecer o local e os problemasque afetam e comprometem aquela área, aSEMARH realizou visita técnica à foz <strong>do</strong> Rio SãoFrancisco, participan<strong>do</strong>, ainda, da Reunião Ordináriada Câmara Técnica de Assuntos Institucionaise Legais – CTIL <strong>do</strong> CBHSF, quan<strong>do</strong> tratou dematérias como: agência de bacia, cobrança da água,povos indígenas e conflitos de uso.Visan<strong>do</strong> dinamizar a economia <strong>do</strong>s municípios deRemanso, Pilão Arca<strong>do</strong>, Sento Sé, Casa Nova eSobradinho, aproveitan<strong>do</strong> o potencial hídrico, foramestabelecidas ações conjuntas com a sociedade civilorganizada através de elaboração de estu<strong>do</strong> e projetode desenvolvimento sustentável no entorno <strong>do</strong>Lago de Sobradinho. Por meio de sistemas simplifica<strong>do</strong>sde abastecimento de água em núcleos ruraisque promoveram a melhoria e ampliação <strong>do</strong> atendimento,foram beneficia<strong>do</strong>s 45 mil pessoas.Uma outra ação desenvolvida refere-se à cooperaçãointernacional com o Governo da Lombardia- Itália que colaborou na implementação de umaEstação Experimental de Tratamento de Efluentesno Município de Casa Nova, que deverá a<strong>do</strong>tartecnologia de reuso <strong>do</strong> efluente trata<strong>do</strong> para cultivode flores e possibilidade de inserção de 1.500pessoas, numa nova alternativa de geração de renda.região e elabora<strong>do</strong> um plano de gestão para recolhimentoe destinação final adequada de embalagensvazias de agrotóxicos. Os agrotóxicos sãousa<strong>do</strong>s de forma intensiva sem critérios técnicos eequipamentos adequa<strong>do</strong>s, em culturas de ciclocurto, na área de vazante <strong>do</strong> lago de Sobradinho.A ação beneficiou 180 mil pessoas.Outra importante ação foi a elaboração de estu<strong>do</strong>e projeto sobre abastecimento de água que orientaa população quanto ao uso e desperdício daágua. A maioria da população é abastecida atravésde carro pipa ou captan<strong>do</strong> água diretamente <strong>do</strong>lago de Sobradinho, sem tratamento.O estu<strong>do</strong> também viabilizou projeto de horta orgânicacomunitária atenden<strong>do</strong> famílias que vivemem condições precárias e sem meios de subsistênciae complementa a ação da Prefeitura no senti<strong>do</strong>de desencadear o processo de desenvolvimentolocal volta<strong>do</strong> para a melhoria das condições de vida.GESTÃO DO CORREDORCENTRAL DA MATAATLÂNTICAO Projeto Corre<strong>do</strong>r Central da Mata Atlântica -PCMA, realiza<strong>do</strong> em parceria com o Ministério<strong>do</strong> Meio Ambiente - MMA, abrange os esta<strong>do</strong>s daBahia e Espírito Santo, estenden<strong>do</strong>-se por maisde 1.200 km no senti<strong>do</strong> norte-sul. Está inseri<strong>do</strong>no bioma Mata Atlântica, ocupan<strong>do</strong> uma área deaproximadamente 213 mil km 2 .Ascom-SemarhTambém foram desenvolvidas ações de educaçãosanitária e ambiental, com enfoque no uso deagrotóxicos para revende<strong>do</strong>res e produtores daAPA Bacia <strong>do</strong> Cobre/São Bartolomeu


52RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIANo território baiano está limita<strong>do</strong> ao norte peloRio Paraguaçu, na Baía de To<strong>do</strong>s os Santos e ao sulpelo Rio Mucuri. Tem por objetivo estabelecerconectividade entre os fragmentos florestais,priorizan<strong>do</strong> a participação da sociedade e aintegração das ações institucionais. A primeira fasede implementação entre 20<strong>02</strong> e 2006 voltadapara promoção de capacitação técnica, apoio aomonitoramento e fiscalização ambiental bem comoà gestão das unidades de conservação.No perío<strong>do</strong> de 2003 a 2006 foram concluídas asseguintes ações:Plano de Manejo <strong>do</strong> Parque Estadual Serra <strong>do</strong>Conduru;Formação de seis conselhos gestores de unidadesde conservação;Duas campanhas integradas de fiscalizaçãoabrangen<strong>do</strong> a área total <strong>do</strong> corre<strong>do</strong>r, desde oRio Jequiriçá até o limite com o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Espírito Santo;Capacitação para gestores ambientais <strong>do</strong> BaixoSul;Produção de manual de atuação na áreaambiental penal;Produção <strong>do</strong> banco de da<strong>do</strong>s digital para acompanharos procedimentos criminais ambientais; eRevisão <strong>do</strong> zoneamento da APA das Ilhas deTinharé/Boipeba.A Fase II está prevista para ser realizada com recursosde cerca de US$ 20 milhões, por intermédioda Cooperação Financeira Alemã - KFW, e daComissão Européia, com contrapartida <strong>do</strong>s governosestadual e federal.GESTÃO DO PROGRAMANACIONAL DE MEIOAMBIENTE – PNMA IIEm 2006 foi concluída a primeira fase <strong>do</strong> ProgramaNacional de Meio Ambiente - PNMA II, deâmbito nacional, executa<strong>do</strong> na Bahia pelo Centrode Recursos Ambientais - CRA e co-executores dediferentes setores governamentais, contan<strong>do</strong> aindacom amplas parcerias da sociedade civil. Essa primeirafase <strong>do</strong> programa teve início em dezembrode 2001 e encerrou-se em junho de 2006, envolven<strong>do</strong><strong>do</strong>is componentes com quatro projetos.O componente Gestão Integrada de AtivosAmbientais foi implementa<strong>do</strong> por meio <strong>do</strong> ProjetoNascentes <strong>do</strong> Paraguaçu, desenvolvi<strong>do</strong> no alto cursoda bacia <strong>do</strong> Rio Paraguaçu, com o objetivo de melhorara qualidade e garantir a disponibilidade hídrica.Essa região vem sofren<strong>do</strong> com o desmatamento dasmatas ciliares, uso indiscrimina<strong>do</strong> de agrotóxicos,destinação inadequada de resíduos sóli<strong>do</strong>s e incêndiosflorestais, sobretu<strong>do</strong> na área <strong>do</strong> Parque Nacionalda Chapada Diamantina e entorno. Foram contempla<strong>do</strong>sinicialmente os municípios de Andaraí, Barrada Estiva, Ibicoara, Mucugê, Nova Redenção, Lençóis,Palmeiras e Seabra.O projeto contou com parceria da Empresa Baianade Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Companhiade Desenvolvimento e Ação Regional - CAR,Superintendência Biodiversidade, Florestas e Unidadesde Conservação - SFC/SEMARH e Companhiade Desenvolvimento Urbano <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> daBahia – Conder. O Quadro 5 apresenta as atividadesdesenvolvidas.QUADRO 5PROJETO NASCENTES DO PARAGUAÇU - ATIVIDADES DESENVOLVIDASBAHIA, 20<strong>02</strong>- 2006 (*)ATIVIDADESEstu<strong>do</strong> das potencialidades e vulnerabilidades da cadeia produtiva orgânica e agroecológia na bacia hidrográfica <strong>do</strong> alto Paraguaçu;Implantação de oito Unidades de Produção Agroecológica e Irrigação Sustentável coletivas (hortas orgânicascoletivas - aquisição de insumos orgânicos, kits de irrigação e material de consumo);Comercialização de produtos olerícolas orgânicos nas feiras <strong>do</strong>s municípios de Barra da Estiva, Ibicoara e Mucugê;Viabilização de maior agregação de valor na geração de renda para as comunidades de Brejos <strong>do</strong> Aguiar, Pau Ferra<strong>do</strong>,Riacho Fun<strong>do</strong> / Capão <strong>do</strong> Cipó, Água Fria e Capãozinho;Continua


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural53Conclusão | Quadro 5ATIVIDADESPromoção da segurança alimentar para os mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s assentamentos rurais de Moreno e da Chapadinha e paracomunidade quilombola <strong>do</strong> Baixão Velho;Início <strong>do</strong> processo de implementação da certificação participativa nosmunicípios de Barra da Estiva, Ibicoara e Mucugê;Capacitação continuada <strong>do</strong>s agricultores ribeirinhos pelo exercício da assistência técnica e extensão ruralpromovida pela equipe de extensionistas CAR e EBDA;Replicação <strong>do</strong> projeto com a instalação de hortas orgânicas individuais na comunidade de Riacho Fun<strong>do</strong>/Capão <strong>do</strong>Cipó – Barra da Estiva;Realização da I Oficina de Intercâmbio com os agricultores rurais <strong>do</strong>s municípios de Mucugê,Ibicoara, Barra da Estiva, Nova Redenção e SeabraFonte: SEMARH(*) Da<strong>do</strong>s até setembro para o ano de 2006A execução <strong>do</strong> projeto envolve ainda a realizaçãode cursos de capacitação para as brigadas voluntáriasde combate a incêndios florestais – primeirossocorros, a exemplo:Técnicas verticais e resgate técnico vertical –para as brigadas <strong>do</strong>s municípios de Palmeiras,incluin<strong>do</strong> os distritos de Caeté-Açu e Camposde São João, e Lençóis (40 h/100 brigadistastreina<strong>do</strong>s);Primeiros socorros para as brigadas <strong>do</strong>s municípiosde Andaraí, Mucugê, Ibicoara e Barra daEstiva (24 h/100 brigadistas treina<strong>do</strong>s);Técnicas verticais e resgate técnico vertical paraas brigadas da Chapada Sul (Ibicoara, Andaraí eBarra da Estiva (40 h/18 brigadistas treina<strong>do</strong>s);eInformação geográfica para as brigadas daChapada Norte - Palmeiras, Vale <strong>do</strong> Capão,Lençóis e Lagoa da Boa Vista (Seabra) – (40 h/80 brigadistas treina<strong>do</strong>s) e a Chapada Sul -Mucugê, Andaraí/Itaetê, Ibicoara e Barra daEstiva – (40 h / 80 brigadistas treina<strong>do</strong>s).Para recomposição das matas ciliares foram implanta<strong>do</strong>scinco viveiros para produção de mudasque foram utilizadas na formação de sistemasagroflorestais nas comunidades de Caraíbas, FazendaIbicoara, Água Fria, Brejos <strong>do</strong> Aguiar e RioPreto, resultan<strong>do</strong> na recuperação de 84 hectaresde mata ciliar com espécies nativas em áreas depequenos e de grandes proprietários, na calha principal<strong>do</strong> rio Paraguaçu.Em relação à temática resíduos sóli<strong>do</strong>s, foram elabora<strong>do</strong>se implementa<strong>do</strong>s os Planos de GerenciamentoIntegra<strong>do</strong> de Resíduos Sóli<strong>do</strong>s - PGIRS<strong>do</strong>s municípios de Palmeiras, Lençóis e Ibicoara,contan<strong>do</strong> com a participação das Comissões deGestão de Resíduos Sóli<strong>do</strong>s criadas nos três municípios,compostas por ONGs, representantes dasPrefeituras, Câmaras Municipais, Ministério Público,CRA e Conder. Também foram elabora<strong>do</strong>s osprojetos executivos para construção <strong>do</strong>s aterrossanitários simplifica<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s municípios de Palmeirae Ibicoara, fican<strong>do</strong> a sua implementação para asegunda fase <strong>do</strong> Projeto.Desenvolveu-se um banco de da<strong>do</strong>s georreferencia<strong>do</strong>,conten<strong>do</strong> informações sobre as Unidadesde Produção em Agroecologia e Irrigação Sustentável- UPAIS, os viveiros rústicos e as áreas derecomposição da mata ciliar, com fotografias digitaisassociadas a essas atividades.As ações <strong>do</strong> projeto Nascentes <strong>do</strong> Paraguaçu tiveramcomo base a criação de uma rede de participação,incorporan<strong>do</strong> e fortalecen<strong>do</strong> as iniciativas locais nodesenvolvimento de todas as suas etapas. Importantesparcerias foram estabelecidas, a exemplo <strong>do</strong> GrupoAmbientalista de Palmeiras - GAP, Fazenda Terra Mater,Grupo Ambientalista da Bahia -Gamba, Grupo HortoVale Flora/Associação Campina, Universidade Estadualde Feira de Santana - Uefs e o Ibama.


54RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAO Projeto Nascentes <strong>do</strong> Paraguaçu está entre ostrês finalistas que concorrem à primeira edição <strong>do</strong>Prêmio ANA, que tem por objetivo reconhecer evalorizar as iniciativas que assegurem água de boaqualidade e em quantidade suficiente para as atuaise futuras gerações.Projeto Fortalecimento da CapacidadeGerencial <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s Municípios para aGestão Costeira <strong>do</strong> Litoral Norte <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> daBahia - Abrangen<strong>do</strong> 13 municípios, o projeto tempor objetivo o fortalecimento institucional. As atividadesforam iniciadas em janeiro de 20<strong>02</strong>, e estãolista<strong>do</strong>s no Quadro 6.Também foi executa<strong>do</strong> o Projeto de Gestão Integradada Orla Marítima, ten<strong>do</strong> a orla <strong>do</strong> Municípiode Conde como área piloto. Em 2006 oMunicípio de Ilhéus iniciou a implantação <strong>do</strong> ProjetoOrla. Outros 14 municípios (Camaçari,Itanagra, Mata de São João, Madre de Deus, VeraCruz, Saubara, São Francisco <strong>do</strong> Conde, Alcobaça,Caravelas, Canavieiras, Itacaré, Mucuri, Uruçucae Valença) também demonstraram interesse emexecutar o Projeto Orla.Projeto Sistema Integra<strong>do</strong> de Informações parao Licenciamento Ambiental no Esta<strong>do</strong> da Bahia -Foram desenvolvidas novas funcionalidades para osistema de acompanhamento de fluxo de proces-sos, desenvolvi<strong>do</strong> pelo Centro de RecursosAmbientais - CRA – o Sistema Cerberus – queevoluiu para uma ferramenta de gerenciamento<strong>do</strong> licenciamento ambiental no Esta<strong>do</strong> da Bahia,controlan<strong>do</strong> os prazos de vencimento de licenças,cumprimento de condicionantes, autos de infraçãoe automonitoramento de efluentes líqui<strong>do</strong>s,sóli<strong>do</strong>s, emissões atmosféricas e corpo receptor.O sistema também evoluiu na integração comoutros setores, com o desenvolvimento demódulo de criação e armazenamento de licençasflorestais. As licenças de supressão de vegetação edemais autorizações florestais foram inseridas nosistema de gestão de processos já existente noCentro de Recursos Ambientais - CRA.Os da<strong>do</strong>s de licenciamento ambiental e outorgade água foram integra<strong>do</strong>s fazen<strong>do</strong> com que o CRAe a Superintendência de Recursos Hídricos - SRHfossem as primeiras instituições a interligarem osseus sistemas de gestão. Com o uso de tecnologiasde WebServices e internet os sistemas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>isórgãos realizam consultas em tempo real entre si,agilizan<strong>do</strong> o processo de licenciamento ambiental.Projeto Melhoria <strong>do</strong> Sistema de Monitoramentoda Qualidade das Águas da Bacia Hidrográfica<strong>do</strong> Rio Paraguaçu para seu efetivo instrumentode controle ambiental - O projeto teve comoQUADRO 6FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE GERENCIAL DO ESTADO E DOS MUNICÍPIOSPARA A GESTÃO COSTEIRA DO LITORAL NORTE – ATIVIDADES DESENVOLVIDASBAHIA, 20<strong>02</strong>- 2006 (*)ATIVIDADESRevisão <strong>do</strong> diagnóstico ambiental, proposta de macro zoneamento e de gestão para o Litoral Norte;Diagnóstico oceanográfico com proposta de uso na área onde foi posteriormente criada a APA da PlataformaContinental <strong>do</strong> Litoral Norte (Decreto Estadual nº. 8.553, 05.Junho.2003);Diagnóstico ambiental <strong>do</strong> Município <strong>do</strong> Conde – suporte para implantação <strong>do</strong> Projeto Orla;Proposta de Plano de Ação para o Turismo e para o Ordenamento Territorial;Proposta de monitoramento para o estuário <strong>do</strong> Rio Pojuca;Mapeamento georreferencia<strong>do</strong> das restrições legais incidentes sobre as dunas e áreas úmidas <strong>do</strong> Litoral Norte;Cursos de capacitação para gestores municipais sobre legislação costeira; GPS e Plano Diretor;Proposta de diretrizes <strong>do</strong> Gerenciamento Costeiro para o Esta<strong>do</strong>, inserida na minuta da nova Lei Estadual de Meio Ambiente,em fase final de elaboração.Fonte: SEMARH(*) Da<strong>do</strong>s até setembro para o ano de 2006


PATRIMÔNIO NATURAL | Riquezas da Boa Terra: Recuperação, Promoção ePreservação <strong>do</strong> <strong>Patrimônio</strong> <strong>Natural</strong> e Cultural55executor o CRA e co-executor a SRH. O objetivofoi a expansão <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s relativosà qualidade e quantidade das águas da baciahidrográfica <strong>do</strong> rio Paraguaçu, através da ampliaçãoe operacionalização de uma rede básica demonitoramento, com o propósito de aperfeiçoaro sistema de gestão e o controle das atividadesimpactantes, subsidian<strong>do</strong> a formulação de políticasde proteção <strong>do</strong>s recursos hídricos existentesA execução <strong>do</strong> projeto ocorreu no perío<strong>do</strong> de agostode 20<strong>02</strong> a junho de 2006. Inicialmente foram levanta<strong>do</strong>sos da<strong>do</strong>s socioeconômicos <strong>do</strong>s municípios inseri<strong>do</strong>sna bacia e realiza<strong>do</strong> levantamento de campo paraa identificação das fontes potenciais de poluição, uso eocupação <strong>do</strong> solo e usos das águas. O Quadro 7apresenta as atividades desenvolvidas pelo projeto.Edição de instrumentos legais que possibilitarama relação de atividades isentas de procedimentosde licenciamento ambiental, devi<strong>do</strong>ao baixo grau de impacto ambiental que promovem;Criação da Câmara de Compensação Ambientalpara que fossem escolhidas as Unidadesde Conservação sobre as quais incidirão osrecursos para serem investi<strong>do</strong>s nas áreas legalmenteprotegidas;Desburocratização <strong>do</strong>s procedimentos de licenciamentoambiental de florestas e de recursoshídricos ao cumprimento <strong>do</strong> calendárioagrícola; eQUADRO 7MELHORIA DO SISTEMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DABACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAGUAÇU - BAHIA, 20<strong>02</strong> - 2006 (*)ATIVIDADESA ampliação da rede de amostragem da qualidade das águas da bacia, que passou a contar com 46 pontos deamostragem georreferencia<strong>do</strong>s;Estabelecimento <strong>do</strong> Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas;Divulgação <strong>do</strong>s relatórios de 7 campanhas de amostragem; <strong>do</strong>s relatórios anuais de qualidade das águas – 2003, 2004 e 2005; <strong>do</strong>relatório de avaliação da rede hidrométrica e sua ampliação (locação de <strong>02</strong> estação fluviométricas),contemplan<strong>do</strong> a instalação de seções de réguas linimétricas em <strong>02</strong> estações;Instalação de <strong>02</strong> registra<strong>do</strong>res Automáticos de Nível nas estações hidrométricas PGFL 16 (Ponte <strong>do</strong> Rio <strong>do</strong> Peixe)e PGFL 17 (Povoa<strong>do</strong> de Colônia–Rio Una); (v) divulgação de 6 relatórios de operacionalização das estações da rede hidrométrica;Desenvolvimento e implantação <strong>do</strong> sistema de integração de da<strong>do</strong>s de recursos hídricos <strong>do</strong> Centro de Recursos Ambientais - CRAe Superintendência de Recursos Hídricos – SRH, eProposta de Ações para conservação ambiental da bacia.Fonte: SEMARH(*) Da<strong>do</strong>s até setembro para o ano de 2006LEGISLAÇÃO AMBIENTALVisan<strong>do</strong> atender a disposição expressa na ConstituiçãoEstadual/89 e subsidiar a elaboração de planoestratégico de ações ambientais, foram realizadasas seguintes ações relativas à obtenção de autorizaçõese licenças ambientais:Elaboração <strong>do</strong>s Termos de Referência e licitaçãopara a contratação de consultoria especializada<strong>do</strong> “Diagnóstico sócio-ambiental e proposiçãode cenários futuros”;Elaboração de estu<strong>do</strong>s avança<strong>do</strong>s de ZoneamentoEcológico-Econômico – ZEE, nas regiões <strong>do</strong>Extremo Sul, Oeste e Litoral Norte, conformedefini<strong>do</strong> pela Comissão Especial de ZEE compostapor dez secretarias estaduais. O ZEE Estadualveio ao encontro das demandas da sociedadeno senti<strong>do</strong> de se propiciar maior equidade ejustiça social quanto aos benefícios decorrentes<strong>do</strong> desenvolvimento econômico proporciona<strong>do</strong>pelo uso <strong>do</strong>s recursos naturais, além de serum instrumento de planejamento e deordenamento territorial-ambiental.


56RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2006GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAEDUCAÇÃO AMBIENTALConceben<strong>do</strong> a educação ambiental como instrumentode inserção da sociedade civil na gestão <strong>do</strong>meio ambiente no Esta<strong>do</strong>, a SEMARH tem promovi<strong>do</strong>o Prêmio Bahia Ambiental.Em 2006, a maior premiação <strong>do</strong> país na áreaambiental, foi realizada no Dia Mundial <strong>do</strong> MeioAmbiente, na qual foram distribuí<strong>do</strong>s R$ 200 milem cinco categorias. O concurso, que já está emsua quarta edição, tem o objetivo de valorizar iniciativasque contribuam com a sustentabilidade <strong>do</strong>meio ambiente no Esta<strong>do</strong>.Outras ações relevantes, promovidas pelo CRA,foi a capacitação de profissionais e estudantes denível superior, de qualquer área <strong>do</strong> conhecimento,sobre questões ambientais e as campanhas educativasambientais inclusive para ações <strong>do</strong> ViverMelhor Rural realizadas com a capacitação <strong>do</strong>s professoresda rede estadual em diversos municípios<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> em parceria com a <strong>Secretaria</strong> de Educação,ONGs e Coletivo Jovem, geran<strong>do</strong>envolvimento da sociedade civil no processo deconstrução da Lei de Educação Ambiental.A capacitação de professores da rede pública eagentes ambientais <strong>do</strong> Baixo São Francisco, emeducação ambiental, promoveu a disseminação deconhecimentos sobre questões como gestãoambiental, educação ambiental, licenciamento elegislação ambiental, meio ambiente e cidadania eoutros temas de igual importância.No escopo da ação <strong>do</strong> programa de apoio a GestãoAmbiental Municipal - GAM foram realiza<strong>do</strong>scursos de capacitação para os Conselheiros Municipaisde Meio Ambiente em três municípios. Além<strong>do</strong> lançamento <strong>do</strong> Programa de Capacitação deGestores Ambientais Municipais na Bahia, em parceriacom o Ministério de Meio Ambiente e aPetrobras, que contempla 88 municípios.Também foi ministra<strong>do</strong> um curso de pós-graduaçãopara capacitação <strong>do</strong>s profissionais de nível superior<strong>do</strong> quadro técnico das prefeituras, promoven<strong>do</strong> umahabilitação para um patamar mais estratégico na formulaçãoe implementação das políticas ambientaismunicipais. Em parceria com o Conselho Nacionalda Reserva da Biosfera da Caatinga, o Centro de RecursosAmbientais promoveu, na Uefs, a Capacitaçãopara Gestores Ambientais Municipais com atemática “Informações sobre a Caatinga”. O cursovisou à capacitação de secretários municipais de MeioAmbiente, gestores e conselheiros ambientais e técnicosmunicipais em temas relaciona<strong>do</strong>s com a conservaçãoe biodiversidade da caatinga.O Grupo Interinstitucional de Educação Ambiental,com enfoque para a pesca predatória combomba, promoveu o Curso de Educação Ambientalpara formação de multiplica<strong>do</strong>res, em parceriacom a Ufba, SEMARH e Instituto de Biologia<strong>do</strong> Meio Ambiente - Ibio, Coppa, Prefeituras deMadre de Deus, Vera Cruz, Itaparica, Simões Filho,São Francisco <strong>do</strong> Conde e Salva<strong>do</strong>r, ONGs,e representantes de comunidades pesqueiras (Colôniasde Pesca<strong>do</strong>res).Foram qualifica<strong>do</strong>s 607 forma<strong>do</strong>res ambientais, emparceria com prefeituras e organizações sociais.Além da realização de palestras educativas e orientaçõestécnicas para 1.079 pessoas.O Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, em 2006,deu continuidade aos Programas de EducaçãoAmbiental existentes, especialmente o “Zôo vai àescola”, desenvolvi<strong>do</strong> junto a escolas públicas eprivadas onde foi aferi<strong>do</strong> grande sucesso, atingin<strong>do</strong>visitação aproximada de oito mil alunos, 430professores de 130 instituições.Uma inovação promovida pela equipe daSEMARH/Zooloógico foi a implantação <strong>do</strong> CineZôo Ambiental, volta<strong>do</strong> à Educação Ambiental, paramostras de filmes educativos, de preservação dasespécies e <strong>do</strong> Meio Ambiente e para apresentaçãode trabalhos e programas de treinamento parafuncionários e estagiários <strong>do</strong> Zôo, além de palestrase discussões técnicas em grupo.

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