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FISIOLOGIA PÓS-COLHEITA

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<strong>FISIOLOGIA</strong> <strong>PÓS</strong>-<strong>COLHEITA</strong><br />

Prof. Paulo Hercilio Viegas Rodrigues


• A fisiologia pós-colheita de flores estuda<br />

os processos metabólicos e suas<br />

alterações nas diferentes partes das<br />

plantas, desde o momento em que são<br />

colhidas até a senescência (RODRIGUES, 2005).


Manutenção da qualidade<br />

na Pós-Colheita


• Normas de Qualidade (IBRAFLOR)<br />

• Parâmetros:<br />

• Aspectos fitossanitários,<br />

• Folhagem,<br />

• Ponto de colheita,<br />

• Apresentação,<br />

• Tamanho das hastes,<br />

• Qualidade da água,<br />

• Tratamento pós-colheita.<br />

• Classes de qualidade: Extra (A1), Classe I (A2),<br />

Classe II (B).<br />

“General Agreement on Tariffs and Trade” (GATT)


A longevidade das flores cortadas está<br />

relacionada com:<br />

• Fatores genéticos, fisiológicos e morfológicos de<br />

cada espécie:<br />

• Variabilidade genética, confere características<br />

próprias a cada cultura.<br />

• Sintomas de senescência e durabilidade da vida<br />

de vaso.<br />

• Flores são compostas por unidades distinta:<br />

pétalas, sépalas, folhas, haste, brácteas, androceu,<br />

gineceu.


Superfície específica


Perdas pós-colheita são decorrentes:<br />

•inadequada condução e manuseio;<br />

•transporte não apropriado;<br />

•deterioração causada por microorganismos;<br />

•uso inadequado de embalagens;<br />

•deficiências na infra-estrutura de comercialização;<br />

•pouca exigência de uma qualidade mínima pelo<br />

consumidor (Brasil e Supermercado!!!).


• Fatores pré-colheita:<br />

• Variáveis climáticas: luz, temperatura e<br />

umidade relativa.<br />

• Pigmentação e coloração das pétalas.<br />

• Temperaturas: tamanho das hastes e formação<br />

de pétalas.<br />

• Manejo da luz: qualidade, fotoperíodo.<br />

• Umidade relativa do ar: murchamento<br />

precoce, contaminação por Botrytis.


Nutrição Mineral<br />

Excesso x Deficiência


K<br />

Gladíolo<br />

- Reduz o número de botões florais/ atrasa o florescimento;<br />

- Além de promover o encurtamento das hastes.


Nitrogênio<br />

- Crisântemo, Impatiens e Mini-rosa<br />

Abscisão de gemas florais!!


N Poinsétia<br />

N Crisântemo<br />

-Abscisão da inflorescência,<br />

-Queda das folhas.<br />

- Nos estágios inicias inibe<br />

desenvolvimento.


Intensidade da luz<br />

• Lírio – Gladíolo – Rosa<br />

Cultivados em condições intensa luminosidade:<br />

• Hastes mais firmes,<br />

• Maior número de botões florais,<br />

• Menor abortamento de flores.


PONTO DE <strong>COLHEITA</strong><br />

• Condições ambientais – (estação do ano),<br />

• Distância do mercado consumidor,<br />

• Preferência do consumidor.


Ponto de Colheita<br />

- Quando metade ou ¾ das flores estiverem<br />

abertas (espádice).<br />

¾


FASE DO DESENVOLVIMENTO<br />

• Depende da espécie:<br />

• Rosa e Gladíolo (quando os botões começam a abrir),<br />

• Crisântemo e Cravos (botões totalmente abertos),<br />

• Heliconia (ponteiro e 2 ou 3 brácteas abertas).<br />

Ponto de colheita ideal é quando as flores são<br />

cortadas antes do seu pleno desenvolvimento,<br />

mas se têm assegurado total abertura da flor e<br />

manutenção da qualidade.


RELAÇÕES HÍDRICAS


Melhor horário para colheita:<br />

-Manhã: teor de Umidade,<br />

* teor de reservas (respiração noite).


PERDA DE ÁGUA<br />

T<br />

R<br />

A<br />

N<br />

S<br />

P<br />

O<br />

R<br />

T<br />

E<br />

ABSORÇÃO


Absorção<br />

• Qualidade da água,<br />

• Período após a Colheita.<br />

• Potencial Osmótico dos Tecidos.


- Quais são as causas para a redução da<br />

condutividade no caule da haste cortada ?<br />

• Qualidade da água (pH ácido – 3 a 4 ou<br />

deionizada),<br />

• Ar (bolhas!!),<br />

• Microorganismos,<br />

• Processos oxidativos,<br />

• Formação de gomas (pectinas).


Perda de Água<br />

• Temperatura,<br />

• LUZ,<br />

• Remoção de folhas,<br />

• Filme de polietileno,<br />

• Vento.


ROSA - bent neck<br />

• Taxa de<br />

transpiração,<br />

• Taxa de absorção,<br />

• Capacidade dos<br />

diferentes órgãos<br />

em manter os<br />

tecidos túrgidos,<br />

• Concentração de K,<br />

• Temperatura,<br />

• Luz.


Distúrbio fisiológico causado pelo frio:<br />

- Surgimento de lesões necróticas;<br />

- Descoloração ou escurecimento de flores, folhas e<br />

brácteas;<br />

- Murchamento, morte de tecidos.<br />

- Perda da qualidade para comercialização.


Fitohormônios X Senescência


Senescência (SACHER, 1973)<br />

-Conjunto de eventos fisiológicos que levam<br />

células, tecidos e órgãos vegetais à morte.<br />

- Sintomas de senescência diferentes entre as<br />

espécies.


• Principais sintomas de senescência em<br />

flores cortadas:<br />

• Amarelecimento/desbotamento de folhas e<br />

pétalas;<br />

• Abscisão de flores e botões florais;<br />

• Enrolamento das folhas;<br />

• Murchamento e escurecimento de pétalas e<br />

brácteas;<br />

• Curvatura da inflorescência.


• Estruturas celulares: ruptura da membrana<br />

plasmática, redução da permeabilidade,<br />

degeneração e colapso de organelas.<br />

• Mudanças bioquímicas: aumento da atividade<br />

enzimática, redução (proteínas, fosfolipídeos,<br />

clorofila, ácidos nucléicos), aumento da<br />

atividade respiratória.


Senescência está relacionada com processos que conduzem a:<br />

Desorganização Celular<br />

espontânea<br />

desencadeada<br />

Etileno ---------- enzimas de degradação


Controle<br />

de<br />

Maturação<br />

“ As flores são sistemas biológicos vivos, que mesmo depois<br />

de destacadas da planta mãe, apresentam metabolismo<br />

ativo, que caso não seja controlado, compromete a<br />

qualidade do produto, diminuindo sua vida útil “.


1-MCP: Estrutura Quimica<br />

H<br />

H<br />

C<br />

C<br />

H<br />

CH 3<br />

H<br />

1-MCP: 1 metilciclopropeno<br />

Etileno


MECANISMO DE AÇÃO DO ETILENO<br />

Sítio de ligação<br />

Membrana<br />

celular<br />

RECEPTOR<br />

Mensageiro<br />

secundário<br />

(Calmodulina)<br />

Novas<br />

enzimas<br />

Núcleo<br />

NOVO<br />

RNA<br />

Ação


MECANISMO DE AÇÃO DO 1-MCP<br />

Sítio de ligação<br />

Membrana<br />

celular<br />

RECEPTOR<br />

Mensageiro<br />

secundário<br />

(Calmodulina)<br />

Novas<br />

enzimas<br />

Núcleo<br />

NOVO<br />

RNA<br />

Ação


MÉTODOS DE BLOQUEIO DA AÇÃO DO ETILENO<br />

Etileno externo<br />

AÇÃO<br />

Etileno interno<br />

PRODUÇÃO<br />

Etileno ligado<br />

Amadurecimento<br />

Senescência<br />

Etileno externo<br />

Etileno interno<br />

AÇÃO<br />

PRODUÇÃO<br />

X<br />

Nenhum<br />

Etileno ligado<br />

Retenção do<br />

amadurecimento e<br />

senescência<br />

1-MCP


Danos causados pelo etileno à qualidade das flores:<br />

• Queda de botões florais<br />

• Murchamento de pétalas<br />

• Descoloração ou queda prematura de flores<br />

• Aceleração no desenvolvimento de doenças póscolheita<br />

• Aceleração do processo de senescência.


Baldans Kaleidoscope<br />

Rendevous<br />

Efeito de 1-MCP na senescência de duas variedades de orquidea Phalaenopsis


• Processos de Deterioração →ocorre em<br />

conseqüência de mudanças fisiológicas<br />

complexas.<br />

• Esgotamento de reservas: manutenção da<br />

respiração.<br />

• Murchamento: perda excessiva de água por<br />

transpiração.<br />

• Oclusão da haste após o corte: obstrução dos<br />

vasos condutores por microrganismos;<br />

• Embolia causada pelo ar;<br />

• Deposição de substâncias químicas.


Redução do Nível de Etileno<br />

• 1 a 1,5 ul/L,<br />

• Ventilação,<br />

• Utilização de permanganato de potássio,<br />

• AOA (aminooxiacético = inibidor),<br />

• Íons Prata (STS e AgNO 3 ),<br />

• 1MCP- 1 metilcloropropeno,<br />

• CO 2 (inibidor competitivo).


Outros Hormônios<br />

• ABA ( reserva de carboidratos e concentração<br />

osmótica),<br />

• GA ( reduz senescência foliar),<br />

• 6BA ( integridade das membranas, mantém a cor),<br />

*O nível de citocinina decresce com a idade da<br />

planta!!<br />

• BALANÇO HORMONAL


CARBOIDRATOS<br />

• Mantém o volume de matéria seca,<br />

• Contribuem para diminuição do potencial<br />

osmótico,<br />

• Sacarose x Regulador de Crescimento,<br />

• Mantém o nível de substratos respiratórios.


Pré tratamento com sacarose.<br />

Prolonga equilíbrio respiratório.<br />

Manutenção da estrutura<br />

mitocondrial e suas funções.


TÉCNICAS UTILIZADAS<br />

EM <strong>PÓS</strong>-<strong>COLHEITA</strong>


RECORDANDO<br />

• MERCADO EXIGENTE POR QUALIDADE<br />

O produto não ganha qualidade após o corte!!<br />

OBJETIVO: manter a qualidade e prolongá-la<br />

ao máximo nas flores e folhagens cortadas.


O que provoca a depreciação do<br />

produto?<br />

Mudança de cor / Murcha /Perda de brilho<br />

Sinais de senescência


Solução Conservante<br />

• Manter a qualidade e prolongar a vida de<br />

vaso de flores cortadas.<br />

• Aplicadas durante toda a cadeia de<br />

distribuição: produtor, florista e consumidor<br />

final.<br />

• A utilização de soluções conservantes é<br />

prática corrente em países da Europa e dos<br />

Estados Unidos.


Sua formulação balanceada, a base de<br />

nutrientes, vitaminas, micro-nutrientes,<br />

bactericidas, algicidas, vasos dilatadores<br />

e reguladores de pH, faz com que as<br />

flores se mantenham vivas por muito<br />

mais tempo. Por causa desta formulação<br />

completa, as flores são hidratadas<br />

rapidamente, apresentando uma resposta<br />

a olhos vistos na qualidade e<br />

durabilidade.


- Germicidas: 8-HQ e TBZ;<br />

- Conservantes: GA e 6-BA;<br />

- Inibidores de etileno: STS e AgNO3


Solução Conservante<br />

As soluções conservantes possuem<br />

normalmente três componentes:<br />

• Substrato energético,<br />

• Substância conservante,<br />

• Substância auxiliar ou anti-etileno.


Solução Conservante<br />

• Solução de condicionamento,<br />

• Solução de “pulsing”,<br />

• Solução de abertura floral,<br />

• Solução de manutenção.


Solução Conservante<br />

• Solução de condicionamento,<br />

• Têm como finalidade à restauração da<br />

turgescência das flores pela saturação com<br />

água.<br />

• É utilizada logo após a colheita, durante o<br />

transporte ou armazenamento.<br />

• Água limpa acrescida de um bactericida ou<br />

ácido cítrico (500 mg L-1).


Solução Conservante<br />

• Solução de “pulsing”,<br />

• É um procedimento que hidrata e nutre os tecidos florais<br />

(HALEVY e MAYAK, 1981). Duração máxima de 24 a 48h.<br />

• Ingredientes<br />

• Principal constituinte: sacarose em concentrações<br />

que variam de 2 a 20 %.<br />

• Bactericida, inibidor etileno, regulador de<br />

crescimento.<br />

• Duração: alguns minutos a um período de 24 a 48<br />

horas.


Solução Conservante<br />

• Solução de abertura floral,<br />

- Ingredientes:<br />

• sacarose e substâncias que impeçam o<br />

bloqueio vascular das hastes (Physan – 20);<br />

• Tratamento semelhante ao “pulsing”: tempo<br />

do tratamento é maior, concentração menor.


Solução Conservante<br />

• Solução de manutenção,<br />

• Composta por várias substâncias utilizadas<br />

isoladamente ou em conjunto.<br />

- Ingredientes<br />

• Principal é a sacarose (0,5 a 2%).<br />

• Nitrato de prata, STS (tiosulfato de prata).<br />

• 8-HQC (hidroxiquinolina).<br />

• reguladores de crescimento.


FLOR DCC DCT sacarose ác cítrico<br />

Gengibre Ornamental 9 9 0 0<br />

Aster 5 7 1 % 200mg.L-1<br />

Rosa 5 7 2 % 350mg.L-1<br />

Gladíolo 6 8 2 % 200mg.L-1<br />

Phalaenopsis 4 6 2 % 200mg.L-1<br />

Copo de Leite 4 5 2 % 200mg.L-1<br />

Alstroemeria 4 7 2 % 200mg.L-1<br />

Antúrio 6 10 2 % 200mg.L-1<br />

Crisântemo 10 13 3 % 300mg.L-1<br />

Angélica 5 6 8 % 200mg.L-1<br />

Estrelítzia 6 8 40 % 300mg.L-1


Flor DCC DCT sacarose ác cítrico<br />

Agapanto 4 8 8% 200mg.l-1<br />

Extra: imersão em 350 mg.l-1 GA<br />

Alpínia 7 15 1% 200mgl-1<br />

Extra: aspersão de 200 mg.l-1 6BA<br />

Lírio 6 8 2 % 200mg.l-1<br />

Extra: adição de 50 mg.l-1 GA<br />

Hera 5 10 0 0<br />

Extra: aspersão de cera de carnaúba


Recomenda-se como tratamento pós-colheita<br />

de alstroemeria, a imersão da base das hastes<br />

florais, por 24 horas, em solução composta de<br />

2% de sacarose e 200 ppm de ácido cítrico.


ARMAZENAMENTO<br />

• Responsável pela manutenção do equilíbrio entre<br />

o mercado distribuidor e consumidor (Rosa),<br />

• Objetivo é manter a qualidade.


Armazenamento refrigerado<br />

• ÚMIDO (períodos curtos)<br />

• SECO (períodos longos)<br />

• Ventilação<br />

• Remoção de tecido velho ou contaminado


Qual a temperatura de<br />

armazenamento?<br />

• A menor possível para a espécie em estudo!!!<br />

• Clima temperado<br />

2 a 6 0 C<br />

• Tropicais<br />

13 a 18 0 C<br />

• Sub-tropicais<br />

6 a 10 0 C


Exemplos<br />

• Antúrio, Alpínia, Gengibre<br />

13 0 C<br />

• Estrelítzia<br />

10 0 C<br />

• Agapanto, Aster, Gladíolo<br />

6 0 C<br />

• Phalaenopsis, Alstroemeria, C.de leite 5 0 C


EMBALAGEM<br />

• A embalagem a ser utilizada depende do tipo<br />

de estocagem, do meio de transporte e<br />

principalmente da espécie que será<br />

acondicionada.<br />

• Papel impermeável ou não.<br />

• Filme polietileno.<br />

• Caixas de papelão longas e rasas.


Critérios utilizados para avaliação da qualidade em flores<br />

cortadas:<br />

- Escala de notas: cor, turgescência, amarelecimento,<br />

escurecimento, abertura floral, curvatura, abscisão,<br />

- Coloração (intensidade e brilho),<br />

- Monitoramento da atividade respiratória das flores,<br />

- Conteúdo relativo de água das pétalas ou brácteas,<br />

- Conteúdo de açúcares totais e redutores,<br />

- Perda de massa fresca,<br />

- Determinação de Pigmentos,<br />

- Longevidade: número de dias de vida no vaso.


Sítio Oriente (Pariquera-açu/SP)


Ponto de colheita<br />

• Espádice com 2/3 aberta


Transporte


Padronização


Defeitos


Defeitos


Defeitos


Transporte


Lavagem ?


Aula Prática – Conservante<br />

• 1- Água torneira;<br />

Floral<br />

• 2- Água torneira + hipoclorito (2%);<br />

• 3- Água torneira + hipoclorito (2%) +<br />

sacarose (2%);<br />

• 4- Água torneira + sacarose (2%);<br />

• 5- Água torneira + Flower.<br />

300 ml de solução por vaso com 3 hastes<br />

florais/vaso

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