O verde à flor da pele

RASANTE
Mexichem vai às compras
O reduto brasileiro de compostos de
PVC para terceiros, liderado com folga
pela nacional Karina, já é assediado
pela Mexichem, caixa alto mexicano na
petroquímica e tubos plásticos. O grupo
pretende expandir sua atuação por aqui
comprando uma componedora do vinil,
esclarece nesta entrevista Marise Barroso,
diretora geral da Mexichem para a
América do Sul e presidente da controlada
Amanco, nº1 latino americana e nº2 no
Brasil em tubos de PVC. Esse movimento
e a acenada compra de uma indústria
de produto não especificado da cadeia
“cloro-vinil”, integram um aporte total de
US$ 500 milhões que a Mexichem planeja
colocar no Brasil até 2012.
PR- Por que a Mexichem quer
comprar um indústria de compostos
de PVC no Brasil se sua controlada
Amanco já formula o material em
suas fábricas de tubos e conexões?
Marise – A Mexichem dispõe de
plantas de compostos para terceiros no
México e Colômbia. Sua intenção no
Brasil é comprar um componedor, um
negócio desvinculado da Amanco, cuja
Marise
produção de PVC aditivado é de uso
cativo. A Mexichem pretende formular no
país compostos vinílicos para todos os
mercados, como fios e cabos ou solados.
Trata-se de atividade independente da
Amanco e a meta de adquirir o controle de
um componedor local bate com a filosofia
da Mexichem de debutar num mercado já
com participação de vendas e sem ampliar
a capacidade instalada do setor.
PR- Apesar dos benefícios fiscais
e do PAC, o movimento de tubos de
infraestutura caiu em 2009, aliás contra
seus prognósticos. O que houve?
Marise – Sob a crise no primeiro
semestre, a liberação de recursos
oficiais para obras públicas transcorreu
muito aquém do desejado, como
se viu na momentânea retenção de
recursos pela Caixa Econômica. O
cenário de hoje, inclusive por ser
período pré-eleitoral, promete alguma
melhora nesse processo. Fora isso, a
aprovação das obras de saneamento