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Palavra<br />
#<br />
1<br />
por Janser Rojo<br />
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13<br />
Salário: a Discórdia<br />
Entre Empregador<br />
e Empregado<br />
NÃO É DE HOJE QUE SE CONHECE<br />
O PRINCIPAL MOTIVO DE<br />
CONFLITO ENTRE EMPREGADOR E<br />
EMPREGADO: SALÁRIO.<br />
Cada um tem os seus próprios argumentos. O<br />
empregador diz que o salário já é alto o suficiente,<br />
ainda mais levando em consideração toda a<br />
carga tributária que praticamente dobra o valor<br />
final pago. Além disso, o empregador tem que<br />
se preocupar com a produtividade, ou seja, este<br />
dinheiro gasto com a folha de pagamentos deve<br />
ser revertido em maior número de produtos ou<br />
serviços que traga o faturamento para equilibrar<br />
as contas e ainda sobrar algum lucro. Sem contar<br />
os benefícios pagos como plano de saúde, vale<br />
transporte, férias etc.<br />
Mas o empregado também tem seus motivos<br />
para reclamar. Para chegar ao trabalho no horário<br />
determinado, muitas vezes o empregado enfrenta<br />
o congestionamento natural do horário de pico,<br />
elevando assim suas horas semanais dedicadas<br />
ao trabalho. Isso quando não é obrigado a fazer<br />
horas extras, seja durante a semana ou em finais<br />
de semana! Sim, as horas extras são remuneradas,<br />
mas existe a opção de não cumpri-las? Pela carga<br />
de trabalho, muitas vezes não. Além disso, muitos<br />
empregados sofrem com problemas de saúde<br />
causados pelas condições de seu ofício, como<br />
trabalhar em locais de muita poeira ou de muito<br />
barulho. Para finalizar, o trabalho muitas vezes<br />
exige tempo longe da família e dos amigos. Qual<br />
é o preço desta perda? Difícil mensurar.<br />
Conclusão: os dois lados tem boas justificativas<br />
para reclamar! O empregador para pagar menos e<br />
o empregado para ganhar mais. O resultado é um<br />
conflito silencioso onde os maiores prejudicados<br />
são as próprias pessoas envolvidas que passam<br />
grande parte das suas vidas descontentes. E o<br />
causador de tudo isso? Dinheiro.<br />
Vivemos em uma sociedade onde a educação financeira<br />
é inexistente no nosso sistema educacional. Todos<br />
crescem vendo que o dinheiro é importante, mas sem<br />
entender direito como ele funciona. Como pode uma<br />
dívida crescer tanto em tão pouco tempo? Como é<br />
possível equilibrar as finanças tendo tantas contas pra<br />
pagar? Será que só existe a poupança para investir o<br />
dinheiro que sobra? Estas são questões que ficam sem<br />
resposta e a vida continua aos tropeços.<br />
Mas será que a educação financeira resolveria este<br />
impasse do salário? Acredito que sim e vou demonstrar<br />
através de um exemplo:<br />
Imagine uma fábrica que só contrate pessoas que<br />
tenham bons conhecimentos de finanças pessoais, ou<br />
seja, conseguem manter seu dinheiro sob controle e<br />
ainda tem sempre uma reserva guardada para situações<br />
inesperadas.<br />
Já na entrevista, o papo é diferente. O entrevistado não<br />
se preocupa logo com o salário. O mais importante é<br />
saber se as condições de trabalho são adequadas para<br />
equilibrar com sua qualidade de vida. Ele sabe que a<br />
sua qualidade de vida é que determinará seu humor<br />
no trabalho e, consequentemente, sua produtividade.<br />
Sendo mais produtivo, o salário será uma consequência<br />
do trabalho bem feito. Ainda na entrevista, o<br />
empregador se esforça em mostrar que as condições<br />
de trabalho são boas e que ele poderá contar com<br />
o que precisar para desempenhar o melhor possível.<br />
O empregador sabe que quanto mais o empregado<br />
for produtivo, maior é a margem para negociação<br />
do salário. O salário, portanto, é o último item a ser<br />
discutido e não mais o principal.<br />
Fechado o acordo, empregador e empregado começam<br />
a desempenhar suas funções. A função do empregador<br />
é manter motivado aquele empregado que se preocupa<br />
em 1º lugar com a qualidade de vida. A função do<br />
empregado é aumentar sua produtividade tendo as<br />
condições favoráveis para isso. Com o aumento da<br />
produtividade, a empresa lucra mais e pode repassar<br />
uma parcela deste ganho para seus funcionários, seja<br />
em aumento de salário, seja em melhores condições<br />
de trabalho (área de lazer, benefícios, clube de campo