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COMUNICAÇÕES 246 - Presidente do 32º Digital Business Congress - TIC fazem coisas excecionais

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itech 44 ABEL COSTA: O

itech 44 ABEL COSTA: O engenheiro que aprendeu a andar nas nuvens Sim, é uma metáfora. As nuvens do título simbolizam a imaterialidade. Característica que pode ser atribuída à informática, mas nunca a circuitos eletrónicos, cabos e ferros de soldar, as coisas que faziam e ainda fazem as delícias de Abel Costa. Texto de Teresa Ribeiro | Fotos Vítor Gordo/Syncview Nada de carrinhos, caricas ou jogos de bola. O que mais empolgava o atual managing director Portugal & Group VP da Inetum em miúdo, era descobrir como aquela energia, que animava certos objetos, funcionava. Aos dez anos deitou a luz de casa abaixo, ao fazer uma experiência: “Achava muita piada às luzes pisca-pisca de Natal e então um dia peguei numa daquelas lâmpadas e liguei diretamente à ficha para ver o que acontecia. É claro que com uma carga de 220 volts, aquilo explodiu” (risos). Essa curiosidade por tudo o que tinha a ver com eletricidade e eletrónica tinha a ver com a profissão do pai, que fazia instalações numa companhia de telefones. Lá em casa havia sempre fios, telefones estragados, materiais em que o via trabalhar na oficina que improvisara na adega. Abel adorava lá estar e aos poucos foi percebendo como tudo aquilo funcionava. Aos 12 anos conquistou o direito a ter a sua própria bancada de trabalho, lugar onde passou não só a replicar muito do que aprendera com o pai, mas a construir sistemas da sua autoria. Aos 14 já fazia disso negócio. “Comecei a vender alguns aparelhos eletrónicos aos amigos. O meu top de vendas (risos), onde ganhei algum dinheiro, foi um sistema de luzes psicadélicas para festas de garagem”. Era sempre o técnico de som e de luzes, nessas festas, às vezes também DJ, funções que ajudavam, em muito, a incrementar a sua popularidade. A sua veia empreendedora levou-o, não muito depois, a outro sucesso de vendas, inspirado numa série, muito popular, que passava na TV, a Knight Rider, cujo protagonista tinha um carro inteligente, que falava e andava sozinho. Esse carro, de linhas aerodinâmicas, tinha à frente umas luzes que piscavam sempre que “falava” com o dono. Calculou que esse sistema não fosse muito diferente do que concebera para as suas luzes psicadélicas e meteu mãos à obra. Objetivo? Produzir dispositivos que os amigos pudessem aplicar nas motas: “Hoje diria que, mais pimba, aquilo não podia ser (risos), mas na altura foi um enorme sucesso”. Claro que no ensino secundário Abel escolheu como disciplina opcional “eletricidade”. E quando chegou a hora de ingressar na universidade, não hesitou: matriculouse no curso de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações. Tudo lhe correu sobre rodas até ao momento em que quis entrar no mercado de trabalho: “Constatei que no norte não havia saída para a eletrónica. Natural de Monção, crescera em Barcelos, estudara em Aveiro e dos seus planos não constava, à partida, vir para Lisboa, um destino que lhe parecia, aos 20 e poucos anos, muito distante. Mas foi o que aconteceu: “Encontrei-me cá com um ex-colega de curso, que trabalhava na Compuquali (a empresa que veio a dar origem à atual Inetum). Por acaso ele veio acompanhado pelo então diretor da empresa e numa breve conversa, sem que eu tivesse sequer um CV para mostrar, fui contratado”. Aceitou aquela oferta de trabalho sem saber o que ia fazer: “Sabia que era uma empresa fornecedora da HP e pensei: se o meu ex-colega de curso se adaptou, eu também me vou adaptar”. Começou como formador de sistemas operativos. E como de informática percebia pouco, estudou muito para poder assumir esse papel. Correu tão bem, que ainda não tinha passado um ano, já fazia administração de sistemas operativos. Na verdade, como engenheiro, nunca chegou a trabalhar. Mas percebeu que a informática era o futuro, por isso rendeu-se. Hoje, diz que não pode viver sem ela. Não se separa do telemóvel, não dispensa o portátil e confia em tudo o que o smartwatch lhe diz quando vai correr (faz trail nos tempos livres). Passa 10h por dia a olhar para ecrãs e não se queixa. Mas quando tem tempo e oportunidade para cuidar da horta e do jardim, não há Instagram, Twitter ou qualquer outro tipo de sedução cibernética que o desvie. Adora pôr as mãos na terra, ou não descendesse de agricultores. E como não há nada como o primeiro amor, a eletrónica não ficou esquecida: “Sempre que alguma coisa se avaria em casa, sou eu que resolvo!•, confessa, de sorriso cúmplice.•

Não se separa do Android (um Samsung Note 20 Ultra 5G) nem para dormir. É ele que o desperta todos os dias Tem um HP Elite Book, mas que em breve será substituído pelo Surface Laptop Studio, da Microsoft O Fénix, que traz sempre no pulso, controla a sua performance desportiva como ninguém 45

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