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COMUNICAÇÕES 248 - VIRGÍNIA DIGNUM: IA RESPONSÁVEL PRECISA DE "REGRAS DE TRÂNSITO"

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apdc news 70 No tema da

apdc news 70 No tema da fair contribution, que envolve a eventual contribuição das big tech para o investimento nas redes, as opiniões foram muito divergentes. “Os operadores consideram que há necessidade de investir e que não devem ser só eles os envolvidos, pois as big tech utilizam grande parte da banda disponível. Há ainda temas de neutralidade da rede e o modelo para a partilha de custos e quem é que deve pagar. O debate vai continuar”, garante o responsável. No debate que se seguiu, moderado por Sandra Fazenda Almeida, diretora executiva da APDC, e Tiago Bessa, sócio da área de Comunicações, Proteção de Dados & Tecnologia, PI Transacional da VdA, ficaram claras as diferenças e divergências, consoante o perfil dos players de mercado. Helena Martins, head of Government Affairs and Public Policy da Google Portugal, está preocupada pelo facto de os operadores de telecomunicações continuarem a defender uma posição de imposição de uma contribuição às gigantes tecnológicas. Trata-se de um “problema de premissa. As telcos alegam que precisam de financiamento para preencher um gap de investimento de centenas de milhões de euros para construir as redes de próxima geração. Mas, na nossa opinião, o tema tem de ser visto noutra perspetiva: o investimento ainda não foi feito e, de acordo com o histórico dessas empresas, isso vai acontecer no desenvolvimento normal dos negócios”. No tema da fair contribution, em termos de investimento nas redes, as posições das telcos e das big tech são divergentes “Na verdade, existe uma relação simbiótica entre os fornecedores de conteúdos e aplicações, como a Google, e telcos. As primeiras investem nos serviços e, a partir daí, os utilizadores têm interesse em contratar planos tarifários para poderem aceder a esses conteúdos. Por isso, há complementaridade, pelo que não existe um problema de mercado”, remata. Já os operadores têm uma visão distinta. Pedro Mota Soares, secretáriogeral da Apritel, garante que o tema de fundo é conseguir garantir na Europa as condições que promovam o desenvolvimento das redes, para não ficar atrás de outras regiões do mundo. Tal implica um esforço de investimento muito elevado. Só nas redes 5G, a previsão de investimento é de 300 mil milhões de euros, pelo que “há que criar todas as condições para que esta aposta seja real, porque mudará a forma de viver e trabalhar”. Existindo na UE seis gigantes tecnológicas que utilizam 56% das redes, o que gera um enorme esforço, que vai aumentar ainda mais, defende que é “importante que haja uma justa contribuição de todos os que utilizam as redes, para garantir o objetivo de continuar a fazer o investimento de que Portugal e a Europa precisam. O jogo, de facto, fica muitas vezes desequilibrado. Não há level playing field. Os operadores O tema da fair share está a complicar os debates em torno de uma human centric internet estão sujeitos a regulação e pagam taxas e as big tech não, quando usam significativamente a rede. Tem se ser aplicado o princípio de uma contribuição justa, onde todos contribuam de forma adequada”. Também Ana Amoroso das Neves, head of the Internet Governance Office da FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia, diz que “estamos a começar um período muito curioso na governação da internet a nível mundial”, com múltiplos pactos e acordos. A Europa, por sua vez, “tenta dar as suas respostas, num esforço para equilibrar um mercado dominado pelas big tech norte-americanas, que estão a contribuir para um aumento do tráfego de uma forma brutal, por serem grandes fornecedores de conteúdos”. São gigantes que dominam o mercado mundial, num cenário de uma internet cada vez mais imersiva e uma produção de dados a disparar. “Os providers têm alguns problemas em acompanhar esta necessidade tão grande de acesso a mais dados, o que provoca esta dialética sobre quem paga o quê e onde está o consumidor. Há aqui muitas questões e a existência de um fair share é a discussão do momento”, refere, admitindo que o tema está mesmo “a influenciar e a complicar os debates em torno de uma human centric internet”.•

DOT TOPICS APDC | COM VODAFONE PORTUGAL Trazer inovação de fora para dentro Reforçar o ecossistema empreendedor nacional é o objetivo do Vodafone Power Lab. Há quase 15 anos que apoia startups de base tecnológica. Já são mais de 200 e, a um nível mais profundo, cerca de 60. Texto de Isabel Travessa Em podcast: https://spoti.fi/3H6TFxJ Em vídeocast: https://bit.ly/48K2l9b ASSUME-SE como um hub de inovação e de empreendedorismo digital e fornece múltiplos recursos aos inovadores do mercado nacional. Agora, com as aprendizagens que retirou de uma década e meia de experiência, está a avançar com mais novidades, como adiantou a líder do programa Vodafone Power Lab, no mais recente Dot Topics APDC. Um episódio divulgado a 4 de dezembro, onde participou o CEO de uma das empresas apoiadas, a Follow Inspiration, que opera nas áreas de robótica, reconhecimento de imagem e IA. No “fervilhante mundo do empreendedorismo português”, como começou por referir Sandra Fazenda Almeida, diretora executiva da APDC e moderadora deste novo episódio dos Dot Topics, realizado em parceria com a Vodafone, o Power Lab assume um papel de relevo. ‘Nascido’ em 2009, tem desempenhado “um papel crucial no apoio às startups e na criação de oportunidades de negócio, assim como no estabelecimento de parcerias e colaborações”, como avançou Filipa Pontes, responsável pelo Vodafone Power Lab. 71

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