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COMUNICAÇÕES 248 - VIRGÍNIA DIGNUM: IA RESPONSÁVEL PRECISA DE "REGRAS DE TRÂNSITO"

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portugal digital 60

portugal digital 60 situações em casos de uso, mas também remover o que é desnecessário, de modo a otimizar ao máximo o ambiente capturado pelo sistema de videovigilância”. Este novo sistema foi lançado no final de 2022 e hoje conta, sobretudo, com clientes nas áreas de transportação, retalho e cidades inteligentes. INCLUSÃO E COMPETITIVIDADE DE MÃOS DADAS Para colmatar a falta de competências digitais, o programa DigitALL, aprovado pelo Ministério da Educação, aposta na melhoria das competências digitais das crianças, tanto em ambiente escolar, como através da autoaprendizagem. Como um projeto educativo tem de envolver professores e alunos, este programa, que é disponibilizado gratuitamente pela Fundação Vodafone Portugal, também se dirige aos docentes, capacitando-os no ensino STEM, através da aprendizagem colaborativa, experimental e interativa proporcionada pela plataforma DigitALL. No contexto escolar, o projeto assenta numa colaboração estreita com agrupamentos de escolas e municípios, fornecendo materiais pedagógicos inovadores para melhorar a literacia dos alunos. A funcionalidade “DigitALL em casa” permite, por seu turno, o envolvimento dos utilizadores em atividades abertas, realçando a inclusão e competitividade na era digital. Segundo Ana Mesquita Veríssimo, Culture, Property, Sustainability and Foundation senior manager da Vodafone, “este ano letivo o DigitALL já chegou a 100 escolas, de norte a sul do país”, o que corresponde ao envolvimento de “500 professores e 25 monitores, responsáveis pela formação presencial semanal em salas de aula”. As escolas integradas no projeto, pertencentes a 18 agrupamentos escolares de 17 municípios, foram selecionadas através de um processo de candidaturas que ocorreu a nível nacional. Mas no total e de acordo com Ana Mesquita Veríssimo, “esta plataforma já conta com mais de 23 mil utilizadores ativos”, um universo que já permite aferir o seu sucesso. De acordo com a Culture, Property, Sustainability and Foundation senior manager da Vodafone, “o impacto positivo deste programa tem sido reconhecido pelos professores e encarregados de Educação, bem como pelos alunos”. Contribuir para o desenvolvimento e reforço das competências digitais dos jovens e dos professores é uma das áreas estratégicas da Fundação Vodafone, por isso o DigitALL vai continuar a fazer a diferença. POR UM MUNDO MELHOR A mentora do IDE Social Hub acredita que inclusão, diversidade e equidade se podem conseguir através de um sistema organizado. Com o objetivo de promover a igualdade de oportunidades e o trabalho digno para todos, mediante a colaboração e a realização de parcerias com empresas, organizações e pessoas, o IDE Social Hub atua em diversos contextos – locais, regionais e nacionais – no apoio a grupos minoritários. Elisangela Souza, founder e CEO deste projeto diz que se trata, afinal, de uma “social tech que visa transformar empresas e pessoas”, sensibilizando-as para estes temas. Em setembro passado realizou-se o seu primeiro evento e de acordo com Elisangela “foi um sucesso. Reuniu mais de 100 participantes de empresas nacionais e internacionais, que compartilharam as suas experiências e visões sobre inclusão, diversidade e equidade, num esforço notável para promover uma mudança profunda nas práticas corporativas. A ideia é espalhar a palavra, cruzar experiências, sensibilizar. Mas a estratégia do IDE Social Hub passa sobretudo pela promoção do impacto social através de três pilares: a mobilidade social, a inclusão digital e a empregabilidade. Atuando com o foco em mulheres, pessoas com mais de 50 anos, etnias, imigrantes e pessoas com deficiência, procura através da capacitação dar-lhes visibilidade, integrando-os no mundo corporativo. O objetivo é estender a sua ação a todo o país e mais tarde internacionalizar para o Brasil e África. FAZER PREVISÕES SEM BOLA DE CRISTAL Dams at Your Finger Tips é o nome de uma plataforma de monitorização, controlo e apoio à decisão que recorre a big data, IA, IoT, redes LoRaWAN e até imagens de satélite. Toda a tecnologia que pode contribuir para uma recolha de informação mais rigorosa e o cálculo de probabi-

lidades está aqui, à disposição, para procedimentos como a monitorização da qualidade das águas, a previsão de padrões de enchimento e descarga de barragens, cruciais para uma gestão proativa, particularmente durante eventos extremos. Todos os dados que Dams at Your Finger Tips recolhe são enviados diretamente para uma plataforma cloud segura, de alta velocidade e escalável. Mais: estas tecnologias, em conjunto com o desenvolvimento, a decorrer, de um gémeo digital, permitem a representação virtual das infraestruturas, o que facilita a observação atempada e a mitigação de problemas estruturais. A Águas do Norte, entidade que lançou este sistema, já tem todas as barragens que se encontram sob sua responsabilidade a serem monitorizadas desta forma. José Machado Vale, presidente do Conselho de Administração da Águas do Norte diz que a resposta ao Dams at Your Finger Tips “tem sido extraordinariamente positiva. O reconhecimento por parte dos utilizadores e de todas as partes interessadas, bem como os prémios conquistados, como é o caso dos WSA 2023, são indicadores claros da valorização desta inovação e dos benefícios que a digitalização proporciona na gestão das barragens”. Sublinhando que “a digitalização das barragens não se limita a aprimorar a eficiência operacional, mas também contribui significativamente para a segurança, sustentabilidade e gestão proativa e integrada dos recursos hídricos”, José Machado Vale realça ainda o potencial transformador desta nova ferramenta: “A capacidade de prever e antecipar cenários futuros, a resposta ágil a emergências e a promoção da cooperação entre diferentes entidades” são valências que apontam para “um caminho promissor”. CIBERSEGURANÇA B2B É uma plataforma revolucionária, que utiliza uma combinação única de hacking humano e de máquinas para assegurar uma proteção abrangente. A Ethiack identifica vulnerabilidades com uma precisão de 99% e garante uma monitorização contínua. A sua abordagem simbiótica com recurso a IA e machine learning permite poupanças de custos ao mesmo tempo que oferece funcionalidades de fácil utilização. Numa época em que os ataques cibernéticos tendem a crescer cada vez mais, Jorge Monteiro, co-founder e CEO da Ethiack, diz que é tempo de se passar de uma estratégia defensiva e reativa para uma abordagem ofensiva. Nesse sentido, “sendo uma plataforma de cibersegurança proativa, a Ethiack permite às organizações testar os seus ativos digitais de forma contínua e precisa, de maneira a identificar vulnerabilidades e poder agir sobre elas”. A Ethiack, refere Jorge Monteiro, “está no mercado há um ano e já detetou mais de 20 mil vulnerabilidades”. Aos dias de hoje a plataforma, segundo o seu CEO, “protege mais de 15 mil ativos digitais diariamente”, em setores tão críticos como retalho, energia, finanças e aeroportos. PARA UMA AP MAIS EFICIENTE O MOSAICO consiste num modelo comum para o desenho e desenvolvimento de serviços públicos digitais. Lançado a 7 de outubro de 2022, contou logo com a adesão do Instituto de Registos e Notariado (INR), que apresentou o seu projeto-piloto no mês de lançamento. Iniciativa da Agência para a Modernização Administrativa (AMA), esta é uma importante ferramenta de trabalho para os especialistas da Administração Pública (AP), pois “para proporcionar uma experiência diferenciada na interação com o governo é crucial que os serviços públicos digitais sejam concebidos e desenvolvidos de acordo com um modelo padrão em todas as instituições públicas”, refere fonte da AMA. Neste momento o foco tem sido a divulgação desta solução junto das entidades públicas, bem como a sua melhoria através da incorporação de insights e contribuições de novos usuários. O objetivo é que o MOSAICO se torne um “paradigma padrão claro, mas adaptável, que todas as pessoas possam utilizar para satisfazer a procura premente do governo por transformação digital”, informa a agência estatal. A ambição é, pois, tornar este instrumento uma referência exclusiva para a evolução dos serviços públicos digitais, de modo a que funcione como um elemento agregador, mas também versátil e colaborativo. Do lado do cidadão é esperar que esta homogeneização seja sentida e percebida como um elemento facilitador na sua relação com a Administração Pública.• 61

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