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Como vamos ouvir música no futuro - Fonoteca Municipal de Lisboa

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Flash<br />

Dos catorze álbuns dos Beatles postos nas lojas a 9-9-9,<br />

onze entraram para a tabela dos mais vendidos<br />

imensos exemplos <strong>de</strong> actores que<br />

continuaram a trabalhar até ao<br />

último suspiro... essa é a minha<br />

ambição neste momento.<br />

Rolling<br />

Stones<br />

<strong>de</strong> luxo<br />

Reza a lenda que <strong>no</strong>s longínquos<br />

a<strong>no</strong>s 1960, a Humanida<strong>de</strong> via-se<br />

perante uma <strong>de</strong> duas escolhas:<br />

Beatles ou Rolling Stones.<br />

Imaginamos que seria uma<br />

<strong>de</strong>cisão dificílima e irreversível<br />

que moldaria tudo aquilo que o<br />

pedaço <strong>de</strong> Humanida<strong>de</strong> que o<br />

escolhesse seria daí para a<br />

frente. Quatro décadas <strong>de</strong>pois,<br />

não <strong>no</strong>s vemos perante tais<br />

constrangimentos. Assim sendo,<br />

po<strong>de</strong>mos ter o melhor <strong>de</strong> dois<br />

mundos.<br />

Se ainda lhe restou algum das<br />

poupanças investidas na<br />

discografia dos Beatles reeditada<br />

há um par <strong>de</strong> semanas, saiba<br />

que já tem on<strong>de</strong> a investir. “Get<br />

Yer Ya-Ya’s Out”, álbum ao vivo,<br />

editado em 1970, montado a<br />

partir <strong>de</strong> dois concertos <strong>de</strong><br />

Novembro <strong>de</strong> 1969 <strong>no</strong> Madison<br />

Square Gar<strong>de</strong>n, em Nova Iorque,<br />

num tempo em que ainda não<br />

existiam ecrãs gigantes e Mick<br />

Jagger provocava o público<br />

ameaçando baixar as calças -<br />

topo <strong>de</strong> forma, portanto -, vai<br />

ser reeditado dia 3 <strong>de</strong> Novembro<br />

num pacote “<strong>de</strong>luxe”.<br />

Façam favor <strong>de</strong> apontar: <strong>no</strong><br />

primeiro CD, a versão original do<br />

álbum; <strong>no</strong> segundo, cinco<br />

canções não incluídas nele; <strong>no</strong><br />

terceiro, a actuação dos<br />

responsáveis pela abertura dos<br />

4 • Sexta-feira 18 Setembro 2009 • Ípsilon<br />

concertos, BB King e Ike & Tina<br />

Turner (o que só por si,<br />

exageremos mo<strong>de</strong>radamente,<br />

valeria o investimento na<br />

edição). Por fim, a cereja <strong>no</strong> topo<br />

do bolo (continuem a apontar),<br />

um DVD com o respective filmeconcerto<br />

realizado pelos irmãos<br />

Maysles, pioneiros do cinema<br />

verité britânico, autores <strong>de</strong> “The<br />

Beatles First US Trip” e <strong>de</strong><br />

“Gimme Shelter”, que registou o<br />

pesa<strong>de</strong>lo dos Stones em<br />

Altamont, quando um membro<br />

do público foi assassinado pelos<br />

Hells Angels, contratados pela<br />

banda para assegurar a<br />

segurança do concerto. Para<br />

convencer os potenciais<br />

cépticos, a edição contempla<br />

ainda um livro <strong>de</strong> 56 páginas e<br />

uma reprodução do poster<br />

original do concerto. Mário<br />

Lopes<br />

Beatlemania<br />

<strong>no</strong> top português<br />

Uma semana <strong>de</strong>pois do lançamento<br />

da reedição remasterizada da<br />

discografia dos Beatles, a<br />

Beatlemania está <strong>de</strong> volta. Já não há<br />

miúdas histéricas, John e George<br />

trocaram o convívio <strong>de</strong> Paul e Ringo<br />

pelo <strong>de</strong> Jimi Hendrix e Elvis Presley,<br />

mas ei-la <strong>de</strong> volta. Os números não<br />

enganam. Dos catorze álbuns postos<br />

nas lojas a 9-9-9, onze entraram<br />

para a tabela dos mais vendidos.<br />

Conferindo o top da Associação<br />

Fo<strong>no</strong>gráfica Portuguesa,<br />

encontramos “Sgt Peppers Lonely<br />

Hearts Club Band” em terceiro, logo<br />

seguido <strong>de</strong> “Abbey Road”. O “White<br />

Album” surge pouco <strong>de</strong>pois, em<br />

sexto, e o mal amado “Let It Be”<br />

sente-se um pouco mais acarinhado<br />

com a décima primeira posição.<br />

Mais abaixo, encontram-se ainda<br />

Mick Jagger fotografado por Cecil Beaton: “Get Yer Ya-Ya’s Out”, álbum<br />

ao vivo, <strong>de</strong> 1970, vai ser reeditado: 3 CDs e um DVD<br />

De Guillermo Del Toro, “A Estirpe”...<br />

“Rubber Soul” (15º), “Help!”<br />

(19º), a colectânea <strong>de</strong> singles<br />

“Past Masters” (21º), “Yellow<br />

Submarine” (22º), “Magical<br />

Mistery Tour” (24º), “Hard<br />

Day’s Night” (29º) e “Please<br />

Please Me” (30º) - sobra o<br />

mistério da ausência <strong>de</strong><br />

“Revolver”, que surge<br />

habitualmente em férrea<br />

competição com “Sgt Peppers” e o<br />

“White Album” como o melhor<br />

álbum da banda.<br />

Recor<strong>de</strong>-se que, para além dos CDs<br />

individuais, foram editadas duas<br />

caixas. Numa, reúnem-se todos os<br />

álbuns em stereo, acrescidos <strong>de</strong> um<br />

DVD reunindo os curtos “making<br />

ofs” incluídos em cada um dos<br />

discos individuais (excepção feita a<br />

“Past Masters”). Na outra,<br />

encontramos as suas versões em<br />

mo<strong>no</strong>. Contudo, como afirmou<br />

ontem Rui Chen, da EMI Portugal,<br />

citado pela Lusa, as caixas estão <strong>de</strong><br />

momento esgotadas, contando a<br />

editora que o stock seja reposto o<br />

mais brevemente possível. Segundo<br />

o representante da editora, na loja<br />

FNAC Colombo a lista <strong>de</strong> espera<br />

rondará as cem pessoas.<br />

Em 1967, data da sua edição, “Sgt<br />

Peppers” passou 23 semanas <strong>no</strong><br />

topo da tabela britânica <strong>de</strong> vendas,<br />

sendo <strong>de</strong>stronado pela banda<br />

so<strong>no</strong>ra <strong>de</strong> “Sound Of Music”. Em<br />

2009, em Portugal, tem à sua frente<br />

“Hannah Montana The Movie” e<br />

“Amália Hoje”.<br />

Romances <strong>de</strong> Nick<br />

Cave e <strong>de</strong> Guillermo<br />

Del Toro na<br />

Objectiva<br />

A Objectiva, a mais recente divisão<br />

do grupo espanhol Santillana, que<br />

há mais <strong>de</strong> 20 a<strong>no</strong>s está em Portugal<br />

na área das edições escolares e<br />

agora aposta nas edições gerais,<br />

lança este mês os seus primeiros<br />

livros. Dois <strong>de</strong>les foram <strong>de</strong>staques<br />

das últimas feiras do livro <strong>de</strong><br />

De Nick Cave “A Morte<br />

<strong>de</strong> Bunny Munro”<br />

Frankfurt: “A Morte <strong>de</strong> Bunny<br />

Munro”, do músico australia<strong>no</strong> Nick<br />

Cave (conta a história <strong>de</strong> Bunny<br />

Munro que, após o suicídio da<br />

mulher, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> partir sem rumo<br />

com o filho <strong>de</strong> <strong>no</strong>ve a<strong>no</strong>s), e “A<br />

Estirpe”, do realizador Guillermo<br />

Del Toro e do autor <strong>de</strong> “thrillers”<br />

Chuck Hogan. Del Toro quis criar<br />

“uma epopeia vampírica que <strong>no</strong>s<br />

traz até aos dias <strong>de</strong> hoje, para<br />

<strong>de</strong>scobrirmos a origem dos<br />

vampiros para além do mito<br />

mesopotânico...”. A Objectiva<br />

aposta também em<br />

portugueses,<br />

com o romance<br />

“Depois <strong>de</strong><br />

Morrer<br />

aconteceram-me<br />

muitas coisas”,<br />

<strong>de</strong> Ricardo<br />

Adolfo, e com<br />

“Portugal que<br />

Futuro? - o tempo<br />

das mudanças<br />

inadiáveis” <strong>de</strong><br />

Medina Carreira e<br />

Eduardo Dâmaso.<br />

Para comemorar a<br />

entrada na<br />

activida<strong>de</strong> editorial<br />

a Objectiva organiza<br />

sábado e domingo<br />

na Praça Luís <strong>de</strong><br />

Camões, em<br />

<strong>Lisboa</strong>, o Cordão<br />

da Leitura. Das 15 horas<br />

<strong>de</strong> sábado às 15 horas <strong>de</strong> domingo,<br />

haverá tertúlias (com temas como a<br />

literatura fantástica e o universo<br />

vampírico, ler é tão importante<br />

como...) encontro com escritores,<br />

ateliers sobre o livro e a leitura,<br />

leituras pela voz <strong>de</strong> escritores e<br />

actores, uma exposição e ainda um<br />

passatempo “fim-<strong>de</strong>-semana<br />

literário” para duas pessoas. São 24<br />

horas <strong>de</strong>dicadas ao livro e à leitura.<br />

Mu<strong>de</strong> é capa<br />

<strong>de</strong> duas revistas<br />

internacionais<br />

Com quatro meses <strong>de</strong> vida, o Mu<strong>de</strong> -<br />

Museu do Design e da Moda, que<br />

inaugurou em Maio na Rua<br />

Augusta, em <strong>Lisboa</strong>, já é capa <strong>de</strong><br />

duas publicações internacionais.<br />

A <strong>no</strong>rte-americana “Architectural<br />

Records”, que <strong>de</strong>dica seis páginas<br />

ao museu, mostra na capa da sua<br />

última edição uma das peças da<br />

colecção <strong>de</strong> Francisco Capelo<br />

contra a pare<strong>de</strong> lumi<strong>no</strong>sa branca<br />

colocada na parte central do museu,<br />

sob o tecto <strong>de</strong>ixado em bruto. “O<br />

Museu do Design e da Moda <strong>de</strong><br />

<strong>Lisboa</strong> ocupa a cena <strong>de</strong> um crime,<br />

as ruínas do interior <strong>de</strong> um<br />

banco histórico protegido”,<br />

escreve o autor do texto, o<br />

arquitecto e crítico David<br />

Cohn, que em <strong>Lisboa</strong> falou<br />

com os arquitectos<br />

responsáveis pelo projecto,<br />

Ricardo Carvalho (também crítico<br />

<strong>de</strong> arquitectura do PÚBLICO), e<br />

Joana Vilhena. Segundo Cohn, a<br />

dupla criou “uma casa crua mas<br />

sofisticada”. O crítico fala da antiga<br />

gran<strong>de</strong>za do edifício e explica que<br />

Carvalho e Vilhena seguiram dois<br />

objectivos: “<strong>de</strong>smaterializar as<br />

pare<strong>de</strong>s mutiladas com <strong>no</strong>vas<br />

superfícies <strong>de</strong> luz, e conseguir isto<br />

com uma paleta limitada <strong>de</strong><br />

materiais, usados <strong>de</strong> formas<br />

inesperadas”. Conclui o texto<br />

afirmando que “como membros <strong>de</strong><br />

uma geração que regressou dos<br />

subúrbios para viver <strong>no</strong> há muito<br />

negligenciado centro histórico da<br />

cida<strong>de</strong>, o projecto [dos dois<br />

arquitectos] po<strong>de</strong> ser visto tanto<br />

como uma <strong>de</strong>núncia do<br />

abando<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> pelos mais<br />

velhos como uma celebração do<br />

renascimento que a cida<strong>de</strong> tem<br />

vindo a viver”. A outra revista<br />

que escolheu o Mu<strong>de</strong> para<br />

capa da edição <strong>de</strong>ste mês foi a<br />

italiana “Il Magazine<br />

<strong>de</strong>ll’Architettura” (que se<br />

ven<strong>de</strong> com o “Giornale<br />

<strong>de</strong>ll’Architettura”), com<br />

uma imagem da exposição<br />

principal, “Ante-Estreia”, e o<br />

título “<strong>Lisboa</strong>, Capital do<br />

Design”, que junta a abertura<br />

do museu na Baixa e o início da<br />

bienal ExperimentaDesign 2009.<br />

O “renascimento <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>”,<br />

diz a“Architectural Records”; “<strong>Lisboa</strong>,<br />

Capital do Design”, diz “Il Magazine<br />

<strong>de</strong>ll’Architettura”

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