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até mesmo para influenciar o pensamento e ação de uma pessoa. Embora nem<br />
todos os wiccanianos a pratiquem, a magia é um componente da religião Wicca.<br />
Segundo Luciane Munhoz de Omena (2009) em artigo na Revista Caderno<br />
Espaço Feminino:<br />
“a concepção mágica do universo faz uso de leis de<br />
aplicação universal e não se limita às coisas humanas. A<br />
religião se separa da magia, pois aquela responde pela crença<br />
em seres sobrenaturais, os quais regem conscientemente o<br />
mundo de acordo com sua persuasão. (...) A prática mágica é<br />
uma intervenção humana no cotidiano.” (OMENA, p.102)<br />
Na Wicca não existe propriamente essa separação mencionada por Omena,<br />
pois a prática mágica é uma constante e perfaz o próprio ritual religioso.<br />
Os antigos cultos pagãos eram baseados na magia denominada simples,<br />
imitativa ou, ainda, simpática; um exemplo de um ato mágico realizado visando a<br />
resultados específicos pode ser encontrado em Raymond Buckland (2003, p.46)<br />
quando nos conta que na época das plantações, era costume nos campos da velha<br />
Inglaterra que o fazendeiro e sua esposa praticassem o intercurso ritualístico para<br />
garantir a fertilidade da colheita; na época dos primeiros brotos montavam em<br />
vassouras e davam pulos altos indicando o tamanho que as plantas deveriam<br />
crescer.<br />
Gardner (2003, p.133) aponta ainda que numa “operação mágica de sucesso<br />
um dos estímulos mais fortes é o fator emocional”, por isso nenhuma mágica deve<br />
ser realizada visando um objetivo banal, o bruxo(a) deve estar consciente tanto da<br />
necessidade quanto da responsabilidade que a manipulação mágica implica.<br />
3.4 Divindades<br />
Primordialmente a Deusa surgiu sozinha, porém, mais tarde surge como seu<br />
filho e consorte a figura do Deus Cornudo 53 (a exemplo do deus romano agropastoril<br />
Pã). Invocando a representação da Roda do Ano, este Deus morre todo ano numa<br />
espécie de morte ritual que encarna o ciclo natural de nascimento (solstício de<br />
inverno), vida, morte (solstício de verão) e renascimento enquanto a Deusa passa de<br />
Donzela à Mãe e, finalmente, Anciã.<br />
53 Porque um Deus Cornudo? Segundo Pellizzari, nesse tempo primordial, “os animais considerados<br />
mais valiosos, cujo abate cobria de honras aquele que o realizava, eram animais que possuíam<br />
chifres, como cervos e bisões. Assim, tomou forma na mente do ser humano primitivo a idéia de um<br />
Deus das Caçadas, dotado de chifres, símbolo de seu poder.” Disponível em<br />
http://luanegra.no.sapo.pt/historia_bruxaria.htm, acessado em 12/06/09.<br />
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