grupo bom jesus de alcoólicos anônimos - existe uma solução
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também foi <strong>uma</strong> vitória, porque começou assim a minha recuperaçăo.<br />
Năo posso dizer que tenha sido fácil e, tenho por costume dizer nas reuniőes, que em AA<br />
aconteceram duas coisas que eu năo queria: Uma, foi <strong>de</strong>ixar o copo, a outra carregar-me <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>feitos. A aceitaçăo <strong>de</strong>stas coisas, foi o que me <strong>de</strong>u a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saber quem sou eu.<br />
Com o trabalho dos 12 Passos e conseguindo apren<strong>de</strong>r a aceitar as <strong>de</strong>mais pessoas, aprendi a<br />
perdoar e aprendi a pedir perdăo.<br />
Estou muito grato a Alcoólicos Anónimos, por me ter dado a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> me transformar em<br />
quem sou.<br />
Manolo - Área 07<br />
Experiências pessoais - Paulo<br />
Experiências pessoais - Paulo<br />
Nasci n<strong>uma</strong> cida<strong>de</strong>zinha do interior do Brasil. Pouco havia para se fazer além <strong>de</strong> <strong>uma</strong>s peladas <strong>de</strong><br />
futebol, <strong>uma</strong>s partidas <strong>de</strong> cartas e uns bailaricos para animar.<br />
Tinha sete anos quando apanhei a primeira bebe<strong>de</strong>ira e ficou<br />
marcada porque foi com um vinho <strong>de</strong> péssima qualida<strong>de</strong>.<br />
O tempo foi passando e a adolescência chegou. Era o que eu mais<br />
queria pois, ao ter <strong>de</strong>zoito anos, já podia mandar em mim mesmo e<br />
tomar as minhas <strong>de</strong>cisőes.<br />
Perdi a minha măe muito cedo mas isso năo po<strong>de</strong> servir para me <strong>de</strong>sculpar. Antes, já ela tinha<br />
perdido muitas noites <strong>de</strong> sono por minha causa e, apesar do seu amor, este năo foi suficiente para<br />
eu dar ouvidos aos seus conselhos. O meu orgulho e prepotęncia eram maiores que tudo o resto.<br />
O álcool já estava ficando em primeiro lugar na minha vida e, sabedor disto, mesmo assim năo<br />
queria parar. Achava-me muito novo, só tinha vinte e seis anos e năo tinha aproveitado nada da<br />
vida, quando me apercebi que a minha própria vida estava toda embaraçada. Abandonei o liceu,<br />
năo tinha objectivos, perdi a fé por completo e construí um mundo à minha maneira. Maltratei-me,<br />
mas quem mais sofria eram os meus familiares e amigos, até a socieda<strong>de</strong> on<strong>de</strong> eu vivia. O pior é<br />
que eu năo tinha justificaçăo para estar neste caminho porque, bem próximo <strong>de</strong> mim, tinha <strong>uma</strong><br />
pessoa que era membro <strong>de</strong> Alcoólicos Anónimos, no caso, o meu querido pai. Ele, com o seu<br />
amor e paciência, tentava passar-me a mensagem <strong>de</strong> AA e eu recusava-a sempre, arranjando<br />
<strong>de</strong>sculpas. Passaram-se assim cinco anos, mas ele nunca <strong>de</strong>sistiu.<br />
No dia em que fiz vinte e sete anos, bebi até entrar em coma, a minha mulher ficou <strong>de</strong>sesperada<br />
com aquela situaçăo mas, mesmo assim, o seu amor e apoio eram incondicionais perante o<br />
álcool. No dia seguinte levantei-me com <strong>uma</strong> tremenda ressaca e fui ao médico, on<strong>de</strong> contei que<br />
vinha saindo <strong>de</strong> <strong>uma</strong> tremenda bebe<strong>de</strong>ira. Enquanto me passava <strong>uma</strong> receita com medicamentos,<br />
foi dizendo que aquilo pouco ia adiantar e que, quem sabe, se eu fosse a <strong>uma</strong> reuniăo <strong>de</strong><br />
Alcoólicos Anónimos talvez me ajudassem, se eu quisesse.<br />
Vindo do Hospital, ia <strong>de</strong>scendo a rua on<strong>de</strong> morava, com a receita na măo e sem <strong>uma</strong> moeda<br />
sequer no bolso, quando vi o meu pai vir ao meu encontro. O seu semblante mostrava <strong>uma</strong> gran<strong>de</strong><br />
tristeza pela minha situaçăo. Mais <strong>uma</strong> vez me propôs ajuda, foi comprar-me os remédios e<br />
convidou-me para, naquele momento (eram nove horas da manhă), ir com ele conhecer a sala do