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acontece após 30 anos de pregação neoliberal conduzida com inflexibilidade
em nível mundial por eles (EUA) e as instituições financeiras
por eles controladas, FMI e Banco Mundial. (SANTOS, 2008)
12. Por sua natureza inédita, a crise tem suscitado polêmicas em torno
de sua duração e de seus efeitos. Para nós interessam as duas coisas,
principalmente quais os impactos sobre o mundo do trabalho. Por
este motivo nos debruçaremos mais um pouco sobre o tema.
13. Ela “se insere no marco de um longo ciclo recessivo”, iniciada nos
meados da década de 1970, conforme Sader (2008). No início da
década de 1980 os Estados Unidos - capitaneados pelo presidente
Ronald Reagan, que tem sucesso na implementação do seu diagnóstico
de que a estagnação econômica era causada pelo excesso de
regulamentação do capital - leva a efeito uma profunda desregulamentação
econômica; o fim das barreiras promoveu uma gigantesca
transferência de capitais do setor produtivo para o especulativo - onde
obtém muito mais lucros, com menor tributação e menores riscos -
em escala mundial. “Configurou-se, assim, no modelo neoliberal,
a hegemonia do capital financeiro especulativo, fazendo com que
mais de 90% dos movimentos econômicos se dêem não na esfera
da produção ou do comércio de bens, mas na compra de papéis nas
Bolsas de Valores ou de papéis das dívidas públicas dos governos”.
(SADER, p.5, 2008)
14. As crises econômicas ocorridas nessa fase neoliberal têm o “caráter
centralmente financeiro” e as suas conseqüências foram proporcionais
à abertura das economias dos países ao mercado internacional
e ao peso que o capital financeiro desempenhava. Foi assim com o
México em 1994, com o Brasil em 1999 e com a Argentina em 2001
- que conheceu a maior regressão econômica e social de sua história.
Foi o receituário neoliberal usado para debelar essas e outras crises
que impôs ajustes estruturais a inúmeros países e jogou milhões de
• Definição de Diretrizes Gerais de Planos de Carreira;
• Reposição das Perdas Salariais;
• Agilidade no processo de readmissão dos Demitidos e Anistiados;
• Novos concursos públicos pelo RJU;
• Reestruturação dos órgãos públicos;
• Definição de uma data base para os servidores Federais;
• Garantia da paridade entre ativos, aposentados e pensionistas;
• Implantação da Comissão de Saúde do Trabalhador nos locais
de trabalho.
EIXO 3: Sintsef/BA e os trabalhadores da Bahia
71. Compreendemos que embora as negociações das nossas reivindicações
aconteçam em nível nacional, inúmeras ações podem ser
desenvolvidas no âmbito de atuação e governabilidade do sindicato
no estado. São ações que vão ao encontro das aspirações da categoria,
contribuindo tanto para a melhoria das condições de trabalho e valorização
do trabalhador, quanto para o fortalecimento da organização
sindical.
72. Aface estadual do nosso Plano de Lutas deverá, dessa forma, estabelecer
algumas estratégias centrais, a serem desenvolvidas (observandose
que, muitas vezes, estarão inter-relacionadas).
73. As estratégias centrais serão:
a) qualificar a categoria para defender o serviço público;
b) fortalecer a concepção de sindicato geral;
c) qualificar a ação e organização dos trabalhadores no local de
trabalho;
d) vincular interesses imediatos da categoria com objetivos históricos
dos trabalhadores;
e) dialogar com outros setores da sociedade.
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