Download do arquivo - Sintsef Bahia
Download do arquivo - Sintsef Bahia
Download do arquivo - Sintsef Bahia
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
supostamente buscan<strong>do</strong> representar os interesses de pequenos segmentos,<br />
que no máximo conseguem pulverizar a categoria. Estas<br />
entidades não conseguem resulta<strong>do</strong>s positivos e, assim, prestam<br />
um bom serviço à estratégia <strong>do</strong> governo, que é nos dividir para nos<br />
enfraquecer.<br />
43. A partir <strong>do</strong> momento em que passou a atender a outros interesses<br />
que não a de ser um espaço de unidade política <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />
setor, a CNESF perdeu a sua capacidade de aglutinação e deixou de<br />
ser útil para o fortalecimento dessa luta. Transformou-se, atualmente,<br />
em “gueto de organização” das associações filiadas ao CONLUTAS<br />
com o objetivo evidente de destruir a CONDSEF. As campanhas<br />
salariais de 2006, 2007 e 2008 demonstraram isso claramente.<br />
44. Mesmo diante dessas adversidades e dificuldades impostas pelas<br />
políticas <strong>do</strong> governo, a CONDSEF e o SINTSEF desenvolveram<br />
processos de mobilização e conseguiram, em determina<strong>do</strong>s momentos,<br />
a interlocução com o governo, o que proporcionou importantes<br />
avanços para diversas categorias.<br />
45. Apesar de todas as dificuldades com o atual Governo, no 1º e 2º mandato,<br />
não é verdadeiro afirmar que a situação <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res públicos<br />
federais está pior <strong>do</strong> que no governo passa<strong>do</strong> de FHC. Afirmar isso,<br />
como alguns setores afirmam, de forma oportunista, equivale a nos<br />
desqualificarmos perante a sociedade e ao próprio governo;<br />
46. No perío<strong>do</strong> mais recente, principalmente com o fim da CPMF, em<br />
Dezembro/07, os cenários anuncia<strong>do</strong>s pelo Governo eram os piores<br />
possíveis. Porém, a intervenção contundente da CUT, da CONDSEF<br />
e <strong>do</strong> SINTSEF junto ao Governo, mesmo sem processos de mobilização<br />
na base compatíveis com as necessidades, conseguiu estabelecer<br />
processos de negociação para to<strong>do</strong>s os setores da CONDSEF, onde<br />
os resulta<strong>do</strong>s, mesmo não sen<strong>do</strong> os ideais, mas os possíveis na cor-<br />
ram nos últimos cinqüenta anos, aceleran<strong>do</strong> o ritmo de aquecimento<br />
<strong>do</strong> planeta; a disponibilidade de água no mun<strong>do</strong> caiu de 17 mil metros<br />
cúbicos per capita, em 1950, para 7 mil atualmente, e alguns países<br />
já sofrem com a escassez; as áreas de floresta caíram de 11,4 km por<br />
mil habitantes, em 1970, para 7,3; as espécies selvagens estão desaparecen<strong>do</strong><br />
de 50 a 100 vezes mais rápi<strong>do</strong> <strong>do</strong> que aconteceria num<br />
processo de extinção natural, ameaçan<strong>do</strong> abrir grandes brechas no<br />
teci<strong>do</strong> vivo.(PNUD, 2007/2008)<br />
32. Um <strong>do</strong>s sal<strong>do</strong>s desses desequilíbrios: cerca de 2,7 milhões de pessoas<br />
morrem, a cada ano, devi<strong>do</strong> à poluição <strong>do</strong> ar, conforme o RDH-98.<br />
Definitivamente, o arsenal de benesses trazi<strong>do</strong> pela ciência e a técnica<br />
não puderam extinguir, como se chegou a pensar no início <strong>do</strong> século,<br />
to<strong>do</strong>s os problemas humanos.<br />
33. É nesse cenário de escassez mundial que nos movimentaremos nas<br />
próximas décadas. Ele também mostra a necessidade de mudanças<br />
nos paradigmas de consumo e de exploração <strong>do</strong>s recursos <strong>do</strong> planeta.<br />
Os da<strong>do</strong>s sociais brasileiros revelam um país com enormes desigualdades,<br />
mas com capacidade de, em médio prazo, corrigir essas<br />
distorções.<br />
34. Daí a nossa insistência em retratar o mun<strong>do</strong> - e particularmente o<br />
Brasil - com riqueza de detalhes, porque temos plena convicção que,<br />
para a construção de uma sociedade justa e igualitária, é imprescindível<br />
a presença <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. A crise que ora vivenciamos sepulta definitivamente<br />
a pregação <strong>do</strong>s arautos <strong>do</strong> neoliberalismo e, ao mesmo<br />
tempo, nos convida a perguntar qual é o Esta<strong>do</strong> que o Brasil está<br />
construin<strong>do</strong>? Qual é o Esta<strong>do</strong> que a sociedade precisa? Da experiência<br />
neoliberal <strong>do</strong> governo FHC até as políticas erráticas <strong>do</strong> governo Lula,<br />
testemunhamos a continuidade <strong>do</strong> desaparelhamento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, ou<br />
melhor, a continuidade da concepção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Gerencial que leva<br />
ao aban<strong>do</strong>no de atribuições, que pela sua importância social(saúde<br />
20 17