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ORGANIZAÇÃO SINDICAL
23. Vivemos tempos de muitas reflexões, a partir das conjunturas internacional
e nacional.
Diante desse quadro, lembramos de Dom Pedro Casaldáglia ao elencar
as três tentações mais perigosas para o cidadão: a perda da memória
histórica, a perda da vontade de atuar politicamente e a perda dos
sonhos.
Sofrendo as ações de fatores que nos empurram para essas tentações,
passamos a pensar como superar as dificuldades que aí estão ou que
venham a surgir. Passamos a pensar qual seria nossa responsabilidade
coletiva pela organização sindical e mobilização da categoria.
Com todas as dificuldades, dúvidas, contradições, desenganos, resolvemos
expressar nossa vontade de enfrentar diversos desafios, novos
e velhos, para entender o cotidiano e as expectativas dos trabalhadores
do serviço público federal no estado da Bahia, buscando alternativas
que contribuam para sua organização e para que o trabalho e a vida
sejam bem melhores.
Expressamos nossa vontade de dialogar, construir alternativas de
composição política, visando uma política e gestão sindical que se
guiem pelo bem comum, por uma vida plural, que não se esgota nesse
ou naquele ponto de vista.
E que essa vontade seja exercitada destacando-se o processo de
construção coletiva, a participação, a democracia e a libertação.
24. Como entidade sindical, temos a finalidade central de organizar os
trabalhadores e defender seus direitos e interesses. Como o sindicato
não pode ser uma “ilha”,isolado da sociedade, precisa estar atento
aos problemas do(a) trabalhador(a) enquanto membro da sociedade.
Como o fazer e viver social se refletem nas concepções e práticas do
cotidiano sindical, o sindicato precisa discutir ações afirmativas.
O sindicato precisa discutir concepções e exercitar a afirmação em
da negociação coletiva de trabalho não pode ser visto apenas como
uma necessidade de atender às demandas reivindicatórias dos trabalhadores
do Estado, mas sim como um espaço democrático onde a
administração, trabalhadores e a sociedade possam (ou não) acordar
metas e objetivos a serem atingidos.
54. Essa nova relação deverá necessariamente constituir um novo arcabouço
político-jurídico-institucional, que reorganize e promova as
condições para o desenvolvimento de um Estado eficiente e capaz
de enfrentar os desafios sociais colocados para o Brasil.
BALANÇO DO MOVIMENTO - ESTADUAL
55. Um período de lutas, conquistas, negociação e de mobilização. Assim
pode se definir os últimos três anos da atual administração do
Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado
da Bahia - Sintsef.
56. As conquistas vieram com a reabertura do diálogo com o governo,
e paralisações dos trabalhadores em órgãos como o Iphan, o Incra
e o Ibama, que chegaram a durar mais de dois meses. Nestes anos
também houve a busca pelos interesses dos trabalhadores federais e
por conscientização dos trabalhadores.
57. Diante de questões complicadas, como as dificuldades da população
indígena, que mobilizou a Funai, ou a crise na lavoura cacaueira, responsável
por levar o governo a cogitar o fim da Comissão Executiva
do Plano da Lavoura Cacaueira - Ceplac, o Sintsef abriu espaço para
o debate. Além disso, propôs ações de incentivo aos aposentados,
negros, índios e, claro, os trabalhadores.
58. O número de associados tem crescido permanentemente, e o melhor,
cada vez mais as pessoas não só tomam consciência de que podem
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