modernismo brasileiro: antecedentes de 1922 - marcelo::frizon
modernismo brasileiro: antecedentes de 1922 - marcelo::frizon
modernismo brasileiro: antecedentes de 1922 - marcelo::frizon
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Quatro estreias promissoras<br />
Ainda em 1917, são editados livros <strong>de</strong> poemas <strong>de</strong> quatro jovens<br />
autores. Percebe-se neles o quão forte era a herança parnasiana, e<br />
mesmo a simbolista ou a romântica, mas se po<strong>de</strong> vislumbrar também<br />
algo <strong>de</strong> novo. Mais uma ânsia, uma procura, um grito abafado que<br />
propriamente uma realização. Ainda com timi<strong>de</strong>z, eles intentavam<br />
caminhos alternativos: Há uma gota <strong>de</strong> sangue em cada poema, <strong>de</strong><br />
Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>; Nós, <strong>de</strong> Guilherme <strong>de</strong> Almeida; Cinzas das horas, <strong>de</strong><br />
Manuel Ban<strong>de</strong>ira; e Juca Mulato, <strong>de</strong> Menotti <strong>de</strong>l Picchia.<br />
As esculturas <strong>de</strong> Brecheret<br />
Em 1920, os jovens paulistas <strong>de</strong>scobrem as esculturas <strong>de</strong> Brecheret.<br />
Impregnadas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, constituirão uma das ban<strong>de</strong>iras da<br />
Semana, pois Brecheret fora contratado para realizar o Monumento às<br />
Ban<strong>de</strong>iras e ao apresentar às autorida<strong>de</strong>s as maquetes da obra, tivera o<br />
trabalho recusado. Anos <strong>de</strong>pois, o monumento seria erigido, tornando-se<br />
um símbolo <strong>de</strong> São Paulo e a escultura pública mais admirada no país.<br />
Mas, naquele instante, o caso Brecheret fornece munição à rebeldia<br />
estética que germinava na capital paulista. Ou como diria Menotti <strong>de</strong>l<br />
Picchia: "Foi sua arte magnífica que abriu os nossos cérebros, (...) criado<br />
entre nós uma arte forte, liberta, espontânea."