Maravilha - Sistema 103 de Rádios

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Fotos: Arquivo pessoal - MARAVILHA - SC, 30 DE MARÇO DE 2013 /02 .................................................................................................. Variedades CURTA-METRAGEM Ícone do pornô brasileiro é protagonista do curta metragem “Santinha”, produzido pelo maravilhense Jone Schuster Mais um curta-metragem está sendo dirigido pelo maravilhense Jone Schuster. “Santinha” é o seu novo trabalho, o qual o define como provocador, como todos seus outros projetos. A ideia nasceu de imaginar o maior ícone do pornô brasileiro, encarnando em uma menina cega, religiosa, curandeira, tida pelo povo como santa. Para protagonizar a história, Schuster convidou Mônica Mattos. Apesar da longa experiência no audiovisual, com direito ao “Oscar” da sua categoria, esta é a quarta vez que Mônica se aventura em outras produções com mais peças no figurino. O roteiro do curta surgiu após a protagonista Mônica Mattos topar a ideia de participar de uma produção de Schuster. O convite por parte dele, aconteceu quando soube que ela havia abandonado as produções eróticas e vinha participando de produções independentes. Jone Schuster salienta que depois de um ano de trabalho, produzindo um documentário sobre os caboclos no Oeste, pelo Museu de Pinhalzinho, optou por fazer algo com contexto mais artístico. “Quando terminou esse trabalho, eu pensei em produzir um curta-metragem, até tinha alguns roteiros na cabeça, mas acabou surgindo a oportunidade de trabalhar com a Mônica Mattos, que a partir do sim dela comecei a pensar no roteiro, surgindo assim a ideia do “Santinha”. O curta brinca um pouco com a questão da Mônica Mattos ter sido rainha do pornô e eu coloco ela no contexto oposto, numa posição de santa, uma figura pura”, destaca. As filmagens iniciaram nos dias 16 e 17 de março, na Linha Barro Preto, em Maravilha, as cenas com a Mônica e o Luciano Pieper, que já residiu em Maravilha e agora atua como ator profissional em Porto Alegre. Neste final de semana serão feitas as cenas com os atores secundários, figurantes e alguns detalhes. A conclusão do curta ocorre entre o final do mês de maio ou início de junho. Schuster explica que hoje não é difícil produzir por questões técnicas. “A maioria dos equipamentos eu tenho e a viabilidade tecnológica está no alcance de qualquer um. A maior dificuldade da nossa região é a questão humana, a questão dos atores, pois não se tem essa cultura de trabalhar arte cênica desde a escola como os grandes centros têm”, enfatiza. Os demais atores moram ou nasceram na região, sendo alguns de Modelo, Chapecó, Itapiranga e Maravilha, inclusive o desenhista Regis Pessaroli, responsável pela animação presente no curta “A história dentro da história”. A trilha sonora fica por conta das bandas Epopeia e John Filme (Chapecó), Confraria da Costa (Curitiba), Os Generais (Maravilha) e o cantor Beto Só (Brasília). Ao todo estão envolvidas na produção aproximadamente 70 pessoas.
Roteiro Divulgação - MARAVILHA - SC, 30 DE MARÇO DE 2013 O curta-metragem fala da vida de uma menina que é cega, tida pelo povo humilde daquela localidade como santa, justamente pelo fato dela todos os dias se dedicar ao benzimento e as orações. “Ela tem essa rotina de receber as pessoas e passar essa santidade e no final tem uma reviravolta e acaba mostrando que ninguém é tão puro assim”, afirma Schuster. O diretor explica que não há nenhuma estratégia de divulgação. O que está sendo feito, no momento, é divulgar nas redes sociais a venda das camisetas e a necessidade de apoios e patrocínios culturais, para angariar fundos para as despesas. Jone Schuster ressalta que neste ano será feita uma mostra de cinemas independentes do Oeste. “Já temos uma parceria com o SESC e o circuito será em São Miguel do Oeste, Maravilha, Chapecó, Joaçaba, Lages e Florianópolis. A princípio o curta será lançado em Maravilha e posteriormente irá circular nesta mostra e a ideia depois é inscrever em outras mostras e festivais, porque o curta-metragem não tem mercado, até porque ele tem um apelo mais artístico”, enfatiza o diretor. Para Schuster, o espaço para as produções na região é o mesmo espaço que qualquer produção independente tem em qualquer local do Brasil. “Depende muito da vontade e do interesse dos produtores e agitadores culturais locais. Qualquer lugar é lugar para exibir um filme independente. Com uma divulgação bacana é possível atingir um bom número de pessoas para ver suas produções. O que não pode é almejar lucros. Cinema independente dá muito prazer a quem faz, mas definitivamente não enche os bolsos de ninguém”, afirma. Lançamento está previsto para o final do mês de maio ou início de junho Produção contou com mais de 70 pessoas direta e indiretamente envolvidas Mônica e Luciano já gravaram todas as cenas do curta-metragem As gravações estão sendo feitas na comunidade da Linha Barro Preto Jone Schuster Envolvido com a cultura e com produção audiovisual, Schuster ficou conhecido principalmente pelo tom provocativo de seus vídeos, como o curta “D’Exibicionismo”. Ele cursou Rádio e TV na Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) em Joaçaba, de 2003 a 2006. Em seu currículo constam diversas produções, entre elas em 2003 o documentário “1984 – Quando o Céu Derramou”; em 2004 foi assistente de direção do curtametragem “Como se Atravessa”. No mesmo ano também foi assistente do curta “Estrondo”; co-diretor do “Cavalo de Troia” e “Mal Comum”. Em 2005 foi diretor de fotografia do curta-metragem “Acerto de Contas”. “Amor de Mãe” foi o seu trabalho de 2006, como diretor, roteirista, produtor, diretor de fotografia e diretor de arte, os mesmos desempenhados no curta metragem “Quatro vezes 16”, em 2007. No ano de 2008, foi diretor, produtor e diretor de fotografia do curta “Cotidianímico – Ou só uma maneira de mostrar minha vó ao mundo”. Em 2010, produziu o “D’Exibicionismo” e “Necrófila”. Já em 2011, produziu três curtas, “Agonia”, “Memórias de Jorge Canibal” e “A Companhia” e foi diretor e diretor de fotografia do curta “Quando o porco entra em suas próprias tripas”. Fotos: Arquivo pessoal Seu último trabalho foi em 2012, no documentário “Onde nasce a nossa identidade”, produzido pelo Museu Histórico de Pinhalzinho em parceria com o Centro de Memórias do Oeste (CEOM), da Unochapecó, neste trabalho foi diretor, diretor de fotografia e editor. Schuster recebeu inúmeras premiações como: “Acerto de Contas”, como a melhor fotografia no Prêmio José Lewgoy de 2007. “D'Exibicionismo”, selecionado para a Mostra Oficial de Audiovisual da II Conferência Nacional de Cultura, em Brasília em 2010; e escolhido como melhor filme (voto do público), na Mostra Catarinense de Vídeo - Catavídeo 2010. “Agonia” foi selecionado para o Festival Mundial do Minuto, exibido nas cidades de São Paulo, Londres e Paris. “Memórias de Jorge Canibal” foi selecionado para o Festival Mundial do Minuto 2011, exibido nas cidades de São Paulo, Londres e Paris. O curta “Quando o porco entra em suas próprias tripas”, foi selecionado para a Mostra do Filme Livre 2013, com exibição nas cidades de Rio de Janeiro e Brasília. Depois de “Santinha”, Schuster salienta que a ideia é produzir mais dois curtas independentes e um documentário sobre o Ademir Padilha que vai abordar a passagem dele por Maravilha até a sua triste morte.
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