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9 o Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura<br />

25 a 27 de abril de 2001 — Gramado, RS<br />

excederam de 50 a 121% o limite estabelecido pela legislação ambiental (10 mg/L).<br />

Outro estudo do autor (b) com dosagens de 100 a 150 kg/ha de N, revelou que a<br />

aplicação de dejetos de suínos diminui a microporosidade e a densidade do solo, mas<br />

aumentaram a macroporosidade e a porosidade total do solo.<br />

Além dos macronutrientes essenciais, os dejetos de suínos, devido a suplementação<br />

mineral oferecida aos animais, contém micronutrientes como o Zn, Mn, Cu e Fe<br />

que, em doses elevadas, também, podem ser tóxicos às plantas. A indústria de ração<br />

costuma usar doses elevadas de Zn (3 000 ppm) e de Cu (250 ppm) na ração de leitões<br />

para a prevenção de diarréias e como estimulante do crescimento, respectivamente.<br />

• Ação dos animais:<br />

No caso do SISCAL, o problema resulta da ação dos animais sobre o solo e do<br />

tempo de ocupação da área que depende, basicamente, da qualidade do solo e da<br />

precipitação pluviométrica (freqüência e intensidade).<br />

Solos do tipo sedimentar com baixa declividade são ideais para o SISCAL, mas<br />

os argilosos (impermeáveis) e arenosos (permeáveis) exigem cuidados especiais.<br />

Observações de campo relatam danos ao meio ambiente em muitas unidades<br />

em SISCAL, a exemplo de erosão, compactação, infeção bacteriana do solo e<br />

contaminação de lagos e rios, como conseqüência da alta densidade, da falta<br />

de cuidado no manejo dos animais e, especialmente, do demasiado tempo de<br />

permanência na mesma área (muito acima dos 2 anos recomendados). Esta situação<br />

favorece o carreamento dos poluentes (pela ação da chuva) para os rios e lagos,<br />

acumulando poluentes e provocando rápido aumento populacional das bactérias e na<br />

extração do oxigênio dissolvido na água para o seu crescimento.<br />

O problema para manter uma boa cobertura vegetal, especialmente no inverno,<br />

decorre da dificuldade de encontrar espécies vegetais com bom sistema radicular,<br />

capacidade de crescimento e de adaptação para o pisoteio e para o ato de fuçar<br />

característico da espécie suína. Os produtores obrigam-se a usar dispositivos de<br />

controle (destrompe) ou alocar áreas cada vez maiores para o sistema, nem sempre<br />

disponíveis nas regiões produtoras do Sul e Sudeste, caracterizadas por um relevo<br />

fortemente ondulado e estrutura minifundiária.<br />

Se considerarmos que a área recomendada é de 1.000m 2 /matriz alojada e 2 anos<br />

de permanência do sistema SISCAL, isto significaria, por exemplo, que uma carga<br />

de 92 kg de nitrogênio total, 47 kg de fósforo e 460 kg de DBO5 seria distribuída em<br />

10 ha, perfeitamente administravel do ponto de vista ambiental, se a erosão do solo<br />

pudesse ser reduzida, se a capacidade de retenção de água do solo fosse aumentada<br />

e se a matéria orgânica pudesse ser adequadamente incorporada durante o tempo de<br />

ocupação da área.<br />

3.2 Estratégia de controle da poluição<br />

A estratégia para o controle da poluição começa pela redução do volume e da<br />

concentração, seguido pelo destino adequado das emissões, visando a preservação<br />

da saúde e da qualidade do solo, da água e do ar.<br />

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