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Ricardo jorge Caldas

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Quando se fala em produção fala-se de criação de algo, de alguma coisa, mas que neste âmbito e de<br />

acordo com a sociedade de consumo, pode ser tido como a construção final de um produto passível de ser<br />

comercializado, sendo possível obter o retorno do investimento aplicado a toda a sua produção.<br />

A produção musical então, e como o nome indica, diz respeito a criação de um produto musical passível de<br />

ser comerciável. Este produto pode tratar-se de um produto com um suporte físico único em geral, onde<br />

reside a informação que depois pode ser reproduzida, ou tratar-se de um evento musical em que os<br />

espectadores pode assistir pessoalmente ou através de um meio de comunicação em directo. Trata-se por<br />

isso de uma área transversal multidisciplinar que, em geral e não referindo as áreas que tratariam do suporte<br />

ou meio de transmissão, pode contar com todo um grupo de profissionais responsáveis pela gestão e estudo<br />

económico e de mercado ligado ao potencial comercial do produto, responsáveis pela parte musical da<br />

composição e interpretação musical, com todo o estudo estético musical envolvido, e responsáveis pela<br />

produção áudio.<br />

A produção áudio pode ou não tratar uma mensagem musical, mas é seu objectivo que a mensagem seja<br />

tratada, em geral, de acordo com o fim a que se destina. No caso de ser uma mensagem puramente<br />

informativa, sem valor estético, o tratamento de sinal passará apenas por questões de clareza de percepção<br />

da informação, ou inteligibilidade da palavra, fidelidade e velocidade de transmissão. Neste caso, entramos<br />

já numa parte da produção áudio que toca em muito daquilo que as telecomunicações abrangem, no que<br />

respeita à comunicação aural e/ou oral, mas afasta-se dela quando entra no campo da subjectividade. A<br />

maioria das produções áudio têm subjacentes apreciações estéticas, cabendo ao produtor a capacidade de<br />

melhor saber como criar o equilíbrio entre o útil e o agradável, ou seja, entre a função e o belo, entre o<br />

objectivo e aquilo que mais pode ser subjectivo.<br />

O homem, ao contrário do que acontece com a sua actividade cerebral e manual, não é bem dotado no<br />

que diz respeito aos seus sentidos. Outros animais, como o cão e o mocho, conseguem ouvir e ver,<br />

respectivamente, sinais que o homem naturalmente não consegue, embora hoje utilizemos os avanços<br />

tecnológicos na ―ampliação‖ de nossos sentidos.<br />

Embora seja bastante discutível, na área de estudo da comunicação, os esquemas comunicacionais<br />

rígidos, dada a interactividade simbólica associada, vamos utilizar um esquema desse tipo, mas apenas<br />

numa perspectiva física fenomenologia, para tornar mais simples a descrição dos fenómenos envolvidos e<br />

dos sistemas associados. Então, podemos dizer que, na transmissão da informação à distância, funciona<br />

sempre um esquema de acontecimentos deste género:<br />

Emissão — Propagação — Recepção<br />

Há uma fonte exterior que emite sinais, havendo depois a propagação dos sinais no espaço-tempo e, por<br />

fim a recepção dos sinais. Qualquer variável física pode representar uma mensagem num sistema de<br />

comunicação, chamado de sinal à forma como essa variável varia no tempo. Num sistema de comunicação<br />

complexo, embora a informação se mantenha, o sinal pode variar de meio de propagação, como acontece<br />

com o ouvido.<br />

Utilizando o sistema auditivo e o sistema visual como receptores, o homem capta as variáveis físicas<br />

associadas a esses sistemas de recepção captando, respectivamente, as variações da pressão sonora e<br />

variação do campo electromagnético que estejam dentro da gama de frequências percepcionável.<br />

Emissão Propagação Recepção<br />

Som Vibrações dum objecto Onda de Som Ouvido (membrana)<br />

Luz Oscilações de cargas<br />

Onda de luz eléctrica<br />

(electromagnética)<br />

Olho (retina)<br />

Para que haja emissão de sons é preciso existir movimento de um objecto que provoque perturbações<br />

num meio material (no caso mais comum, no ar) e que essas perturbações sejam capazes de ser<br />

percepcionadas pelo cérebro. As vibrações dum objecto são transmitidas às partículas de ar vizinhas, estas<br />

passam a deformação à camada seguinte e assim sucessivamente. Criam-se deste modo zonas de altas e<br />

baixas densidades que se vão propagando.<br />

Para que haja emissão de luz tem que haver flutuação no campo electromagnético criado por cargas<br />

eléctricas (electrões). Oscilações de cargas eléctricas, mudanças de nível de energia de electrões nos<br />

Produção Áudio - <strong>Ricardo</strong> Jorge <strong>Caldas</strong> - www.producaoaudio.net 14/387

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