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Ruído de fundo: Num sentido geral, o ruído de fundo trata-se do limiar mais baixo do nível de sinal<br />
útil, ou seja, trata-se da parte residual do sinal quando este não está presente. O ruído de fundo num<br />
sistema eléctrico áudio é a potência de ruído gerada pelo equipamento na ausência de qualquer sinal.<br />
É geralmente medido em decibéis referenciado a uma potência em particular. Por vezes ele é medido<br />
em valores de potência RMS em vez de potência, mas estas medições tornam-se inúteis se não forem<br />
referenciados a largura de banda e o sistema de ponderação usados. A geração de ruído de fundo é<br />
originada, normalmente, por imperfeições do meio, pelo ruído térmico e por induções.<br />
Ruído sísmico: pequenas vibrações provocadas por fenómenos sísmicos, geralmente consideradas<br />
como ruído<br />
Ruído térmico: é um ruído branco aleatório produzido pela agitação térmica das cargas num condutor<br />
eléctrico e é o ruído mínimo que um circuito pode conter. O ruído é proporcional à temperatura<br />
absoluta do condutor. O ruído Johnson manifesta-se nos circuitos do equipamento áudio, como os préamplificadores<br />
de microfone, onde os níveis de sinal são baixos. A potência do ruído é independente<br />
da resistência do componente, e os circuitos de baixa impedância são mais silenciosos que os de alta<br />
impedância.<br />
Ruído eléctrico discreto: ruído causado pela flutuação da corrente em circuitos electrónicos digitais,<br />
devido à natureza discreta dos transportadores de corrente e da natureza aleatória e imprevisível das<br />
partículas de carga do emissor.<br />
Ruído quantum: Qualquer ruído atribuído à natureza discreta na radiação electromagnética.<br />
Ruído rosa: é um tipo de ruído aleatório que tem uma quantidade constante de energia em cada<br />
banda de oitava, ao contrário do ruído branco, que tem a mesma energia por Hertz. Ruído rosa pode<br />
ser feito a partir de ruído branco, através da passagem do mesmo por um filtro de 1ª ordem (atenuação<br />
de 3dB por 8ª). Sons separados em frequência por uma distância maior que a banda crítica, cada som<br />
terá a sua sensação de intensidade dependente apenas de seu conteúdo de energia, não dependendo<br />
da sensação de intensidade de outro.<br />
Ruído branco: é um tipo especial de ruído aleatório, em que o seu conteúdo energético é o mesmo<br />
para qualquer frequência, cuja terminologia deriva da analogia com luz branca, que também contem a<br />
mesma amplitude a todas as frequências visíveis. Energeticamente, o ruído branco tem uma potência<br />
constante por Hertz. O gráfico da resposta frequêncial em potência do ruído branco mostra-nos uma<br />
linha plana, se o equipamento de medição usa a mesma extensão frequêncial em todas as medições.<br />
Por outro lado, se o instrumento de medição usar um filtro de largura de variável a resposta já não irá<br />
ser plana. Isto porque, por exemplo, quando usamos uma largura frequêncial de 1/3 de oitava (23% de<br />
largura de banda), a extensão de filtragem varia 23%, percentagem relativa à frequência de corte. Por<br />
exemplo, a largura de banda em 100 Hz é 23 Hz, 230 Hz em 1000 Hz e assim sucessivamente. Por<br />
isso, o gráfico da resposta frequência vs potência do ruído roa cai 3 dB por oitava.<br />
Mesmo um ruído aleatório pode ser considerado como sendo constituído por componentes sinusoidais<br />
que vaiam constantemente sua frequência, amplitude e fase. Devido à nossa forma de percepcionar o<br />
som, o ruído branco soa como se tivesse mais energia às altas-frequências.<br />
Ruído azul: +3 dB/8ª de acréscimo da densidade de ruído, em que a potência é proporcional à<br />
frequência.<br />
Ruído violeta: +6 dB/8ª de acréscimo da densidade de ruído, em que a potência é proporcional à<br />
frequência.<br />
Ruído preto: Silêncio, densidade da potência igual a zero.<br />
Outros ruídos com termos de cores associados existem, noutras áreas do conhecimento como no<br />
processamento de imagem, comunicações, matemática, etc, mas não são utilizados na terminologia<br />
áudio profissional.<br />
Silêncio: consideração subjectiva da ausência de som, não implicando com isso uma ausência de<br />
captação por parte do sistema auditivo, acabando por ser por isso por isso por ser bastante subjectiva<br />
e dependente de um contexto. O silêncio não implica deixar de ouvir, podendo simplesmente significar<br />
deixar de escutar. Isto porque, na verdade, nunca deixamos de ouvir por completo, existindo sempre<br />
um ruído de fundo inerente ao processo de audição.<br />
Produção Áudio - <strong>Ricardo</strong> Jorge <strong>Caldas</strong> - www.producaoaudio.net 34/387