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ARQUITECTURA - Universidade Técnica de Lisboa

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4.4.3.3. Piso térreo<br />

Figura 50: Planta do piso térreo do Palácio do “Bichinho <strong>de</strong> Conta”.<br />

A disposição aparentemente irregular da planta é justificada pelo facto <strong>de</strong>ste piso se encontrar parcialmente enterrado.<br />

Sendo as pare<strong>de</strong>s da direita (sul) e do topo (nascente), pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sustentação <strong>de</strong> terras.<br />

Fonte: <strong>de</strong>senho do autor sobre levantamento do gabinete PPST arquitectura, Lda.<br />

O piso térreo, como se po<strong>de</strong> observar na Figura 50, apresenta uma conformação<br />

bastante mais irregular comparativamente aos restantes pisos. Esta conformação parece<br />

<strong>de</strong>svendar a presença <strong>de</strong> algumas preexistências ao Palácio, suposição que carece <strong>de</strong> mais<br />

informação para alcançar qualquer conclusão efectiva. A planta da figura po<strong>de</strong> ser dividida em<br />

dois conjuntos relativamente distintos. O primeiro, o conjunto central, é formado pelo átrio<br />

(ponto 2 da planta), e por dois compartimentos contíguos, um <strong>de</strong> cada lado, que, mesmo não<br />

tendo uma composição simétrica, parecem dar alguma centralida<strong>de</strong> ao átrio. O átrio, tal como a<br />

figura indica, terá sido em tempos mais amplo. A presença <strong>de</strong> parte <strong>de</strong> um arco transversal à<br />

planta, visível na Figura 51, substituindo estruturalmente uma pare<strong>de</strong> mestra (ponto 1 da Figura<br />

50) assim o indica. A dimensão do átrio levanta a hipótese <strong>de</strong> este, na sua composição mais<br />

primitiva, ter albergado as escadarias nobres. Esta possibilida<strong>de</strong> torna-se ainda mais pertinente<br />

se tivermos em conta que o núcleo <strong>de</strong> escadas existente, pelo menos neste piso, surge<br />

<strong>de</strong>sfasado da pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> sustentação do terreno, a pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> fundo, encontrando-se mais<br />

embutido no terreno que os restantes compartimentos adjacentes.<br />

O segundo conjunto, o conjunto da direita, marcado com o ponto 3, é composto por um<br />

compartimento relativamente amplo, por dois compartimentos <strong>de</strong> fundo, sem ligação directa<br />

para a rua, e por um corredor <strong>de</strong> acesso a um poço, cuja boca se situa ao nível do logradouro<br />

ao lado da cozinha. Este espaço (ponto 3) utilizado durante o século XX como garagem, terá<br />

tido uma função equivalente no século XVIII. Foi, muito provavelmente, uma área para guardar

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