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Pré-vestibular - Início - Ser

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© MÓDULO 8<br />

GÊNERO LÍRICO (2 a parte)<br />

GABARITO<br />

1. a) A inocuidade da vaidade.<br />

b) Por meio da destruição dos elementos rosa, planta e nau, o eu lírico afirma a destruição da própria<br />

vaidade.<br />

2. Desvalorização da matéria<br />

3. a) Fuga (poesia, amor) × Presença (casas, bondes, automóveis)<br />

b) O segundo movimento, que se refere à necessidade, traz consigo uma informação fundamental:<br />

só o poema satisfaz a necessidade de poesia. O vazio do título, portanto, não é absoluto, mas relativo.<br />

4. Há um aumento significativo no número de sílabas métricas por verso, o que sugere o preenchimento<br />

do vazio.<br />

5. A matéria poética vira o cerne principal do texto.<br />

6. a) Transição: mas que ao se fazer montanha<br />

1 o movimento: a água imita a mulher<br />

2 o movimento: a mulher imita a água.<br />

b) O título é ambíguo em virtude desses dois movimentos.<br />

7. a) cume b) frágil<br />

8. O verso é: na praia cama, finita,<br />

<strong>Pré</strong>-<strong>vestibular</strong><br />

Português I<br />

9. Nesses versos, o passado é idealizado (tem valor positivo), e o presente é desvalorizado (assume valor<br />

negativo). Os adjetivos que exemplificam essa recriação da ambiência romântica são “apagada”<br />

e “merencória” para o presente e “áureos” e “épicos” para o passado.<br />

(O candidato poderá escolher entre uma das oposições seguintes: passado positivo × presente negativo<br />

ou passado idealizado × presente desvalorizado ou insatisfatório. Poderá, ainda, apontar apenas<br />

um adjetivo para a caracterização de cada uma das marcações temporais – passado e presente.)<br />

10. Nos tercetos do poema, o sujeito é definido como um ser acentuadamente idealista, sonhador, passional,<br />

arrebatado, sentimental, combativo, aventureiro, heroico. No primeiro terceto, os substantivos<br />

que definem o sujeito de acordo com a perspectiva romântica são “campeão”, “trovador” e<br />

“herói”.<br />

(O candidato deverá assinalar apenas dois aspectos definidores do sujeito no poema. Bastará, ainda,<br />

ao candidato registrar dois substantivos retirados do primeiro terceto.)<br />

11. Após uma leitura atenta do poema Teresa, de Manuel Bandeira, depreende-se que o eu lírico vai<br />

do alheamento à paixão pela moça, numa gradação sentimental ascendente, que recebe, também,<br />

o nome de clímax. Já no poema de Castro Alves, o envolvimento amoroso do eu lírico dá-se numa<br />

gradação descendente, ou anticlímax. Conhece a moça, apaixonam-se e depois ela o trai com outro.<br />

Português I 1<br />

2º Bimestre<br />

Curso pH


12. a) O texto 6 parodia o texto 5. Utilizando-se de elementos do poema de Castro Alves (o nome da<br />

amada, a estratégia de gradação sentimental, o primeiro verso), o texto de Bandeira desconstrói<br />

os mitos do amor à primeira vista e da impossibilidade amorosa. Com isso, realiza plenamente<br />

o projeto modernista de romper com o passado, em busca de novos temas e novas intensidades<br />

sentimentais (menos idealizadas e mais verdadeiras).<br />

b) No texto 5, há regularidade métrica (versos decassílabos), presença de rimas em um esquema regular<br />

(AABCCB), linguagem bem cuidada (vocabulário “poético”, inversões frasais) e pontuação<br />

emotiva (reticências e exclamações).<br />

No texto 6, os versos são livres (sem regularidade métrica) e brancos (sem rima), o vocabulário é<br />

mais coloquial (“vi” em vez de “fitei”, “estúpidas”, “cara”) e a sequência frasal é fragmentária (sem<br />

coesão didática).<br />

13. a) O impacto da modernidade, representado pela antena, provoca o encolhimento do mundo, ou<br />

seja, a possibilidade de o contato entre as pessoas ser mais intenso e a troca de informações poder<br />

ser agilizada.<br />

b) Perplexidade.<br />

14. Trata-se de um tempo de ordem psicológica, incontrolável, que precisa ser vivenciado pelo “eu”,<br />

numa atitude típica da lírica moderna.<br />

15. B<br />

16. C<br />

17. D<br />

18. B<br />

19. A<br />

20. a) O cemitério é comparado aos seguintes termos: “hotel funéreo”, “nau do sepulcro” e “porão profundo”.<br />

b) A personificação da cova atende perfeitamente ao espírito romântico, que aplica sua subjetividade<br />

a seres inanimados, em vez de tratá-los objetivamente, como conviria a uma mente<br />

racional.<br />

21. a) O eu lírico afirma, ao final, que os sentimentos das pessoas enterradas no cemitério ficam com os<br />

vivos. Por isso, não quer ser enterrado, o que está em harmonia com o sentimentalismo romântico.<br />

b) A postura do eu lírico, por ser sentimental, foge do estereótipo neoclássico, mais racional.<br />

22. a) E um deles vos dirá que o deixou há pouco de sua amante no lascivo leito. (Pode-se colocar o trecho<br />

na ordem direta: E um deles vos dirá que o deixou há pouco no lascivo leito de sua amante.)<br />

b) A primeira forma corresponde ao futuro do subjuntivo e a segunda, ao infinitivo.<br />

23. C<br />

24. A<br />

25. A<br />

26. O título do poema de Cacaso e seus dois primeiros versos remetem a um amor predestinado, idealizado.<br />

O desejo de realização desse amor, entretanto, é desmontado pelo terceiro verso, que traz a contingência<br />

da realidade. Essa ironia destrutiva é característica do discurso paródico.<br />

27. B<br />

28. A<br />

29. B<br />

30. C<br />

Curso pH 2<br />

Português I


© MÓDULO 9<br />

CLASSES GRAMATICAIS (4 a parte)<br />

GABARITO<br />

1. Uma das formas abaixo:<br />

– apagou o teu fanal do sentimento no coração.<br />

– apagou o fanal do sentimento no teu coração.<br />

– apagou o fanal do teu sentimento no coração.<br />

2. Uma das possibilidades a seguir:<br />

– no primeiro trecho, o autor preferiu não seguir a regra que recomenda a próclise com pronomes<br />

relativos, enquanto no segundo respeitou a regra que proíbe começar frase com pronome átono.<br />

– o primeiro trecho representa um registro menos formal de colocação do pronome do que o segundo.<br />

3. Lembrar-me-ei (de) que havia uma pedra no meio do caminho. ou Lembrar-me-ei (de) que uma pedra<br />

existia no meio do caminho.<br />

4. B<br />

5. O título “A Classe” estabelece uma ambiguidade pois pode ser interpretado tanto como uma referência<br />

à classe social, no caso a classe média, quanto como uma referência a um padrão de comportamento<br />

esperado.<br />

6. Veja:<br />

a) “(...) a ponto de a classe média brasileira ser hoje classificada pelas Nações Unidas como uma espécie<br />

em extinção, junto com o mico-rosa e a foca-focinho-verde.”<br />

b) “(...) – só uma determinada parcela da classe média poderia ser abatida durante uma temporada – (...)”<br />

7. Porque o uso do pronome oblíquo “certo”, isto é, de acordo com a norma gramatical, poderia ser<br />

interpretado como uma incapacidade de o falante se ajustar ao novo grupo, mantendo-se numa posição<br />

de destaque em relação aos demais. “– Já viram ela num ônibus?”<br />

8. a) <strong>Ser</strong>ia bom que todas as escolas tivessem o mesmo nível de qualidade. Aí todos os alunos teriam<br />

as mesmas oportunidades.<br />

b) Não deixe a bicicleta aí, porque atrapalha a passagem.<br />

9. Garçom, traga uma média, por favor.<br />

10. A preservação natural da classe média brasileira evitaria coisas constrangedoras como a recente<br />

reunião da classe realizada em São Paulo. A essa reunião, de vários pontos do Brasil, compareceram<br />

dezessete pessoas.<br />

11. a) Jatene, utilizando um registro mais formal, produz um tom solene e distanciado. FHC, utilizando<br />

um registro informal, produz um efeito de intimidade.<br />

b) FHC utiliza o pronome fora do padrão estabelecido na norma culta, como sinônimo de “com você”.<br />

c) Uma coisa é “tornar possível o necessário”, como diz FHC, outra é “tornar o possível necessário”,<br />

como diz Jatene.<br />

12. E<br />

13. seu: paciente (usuário) da medicação. Por se tratar de um remédio manipulado, é nome do usuário<br />

que deve constar no rótulo do produto.<br />

14. “... pôr em confronto essas ideias...” = pô-las em confronto; “... avaliar melhor o peso dessas ideias...”<br />

= avaliar-lhes melhor o peso; avaliar melhor o peso delas; “... que vem regendo as mesmas ideias...”<br />

= que as vem regendo ou que vem regendo-as.<br />

15. a) O termo “nosotros” contém o traço de sentido da “alteridade” (“alter”, em latim, significa “outro”),<br />

uma vez que resulta da combinação de “nós” com “outros”: reconhecer a existência do outro, segundo<br />

o texto, é desfazer a “quase barreira que separa” os diferentes. Trata-se, portanto, de uma<br />

forma de inclusão.<br />

b) Em “Nós brasileiros falamos português”, o “nós” se refere exclusivamente aos brasileiros, falantes<br />

do português. O “nós”, nesse caso, exclui os que não são brasileiros.<br />

Português I 3<br />

Curso pH


16. a) O título do curta-metragem vale-se de um jogo de palavras entre o sobrenome de Miécio – Caffé,<br />

um substantivo próprio – e o substantivo comum café. Essa paronomásia sugere a informalidade,<br />

a intimidade da abordagem pretendida no filme.<br />

b) O pronome possessivo sua, na expressão sua obra, pode ter como referência a obra de Miécio<br />

Caffé, a marchinha de Malfitano e Frazão e até mesmo a obra do cantor Orlando Silva.<br />

c) As partículas que ocorrem no texto da seguinte forma:<br />

• em “que raiva danada” – o que é um pronome indefinido que funciona como um intensificador<br />

do substantivo raiva, exercendo função sintática de adjunto adnominal;<br />

• em “que eu tenho” – é um pronome relativo cujo antecedente é raiva danada e, portanto, um<br />

anafórico, introduzindo oração subordinada adjetiva (restritiva);<br />

• em “que não me deixa ser original” – é pronome relativo cujo antecedente é povo e, portanto,<br />

um anafórico, introduzindo oração subordinada adjetiva (explicativa).<br />

d) Tanto a expressão músico baiano como cineasta paulistano são elementos de coesão referencial<br />

por expansão lexical, retomando respectivamente os termos Caetano Veloso e Carlos Adriano.<br />

17. a) A primeira estrofe se refere ao tempo, que inexoravelmente “passará”, “tem passado” e que “passa<br />

com sua fina faca”. A expressão “fina faca” remete à morte, já associada ao tempo no título.<br />

O sentido de absoluto relacionado à passagem do tempo e à morte é reforçado pela reiteração<br />

do verbo “passar”. Apresentado no futuro do presente, refere-se a algo que necessariamente<br />

acontecerá. Já no pretérito perfeito composto do indicativo, com aspecto durativo, traduz a ideia<br />

de ação contínua, de algo que tem ocorrido com frequência. Por fim, no presente atemporal ou<br />

epistêmico, retrata o tempo que sempre passa, sem exceções, absoluto.<br />

b) “Fecha feridas, é unguento. / Mas pode abrir a tua mágoa / Com a sua fina faca.”<br />

• O pronome sua, de terceira pessoa, refere-se ao tempo.<br />

• O pronome tua, de segunda pessoa, refere-se ao receptor ou enunciatário do texto, em outras<br />

palavras, o leitor.<br />

18. a) O pronome “você”, que é utilizado normalmente para designar o interlocutor, na frase dada apresenta<br />

um referente genérico, incluindo até mesmo quem está falando. Esse uso do pronome é<br />

próprio de uma variedade informal, em que se pretende criar um efeito de sentido de intimidade,<br />

de proximidade entre os interlocutores.<br />

b) Sem dúvida, o trecho “como se você fosse uma empregada” pressupõe discriminação social, por<br />

sugerir que aquilo que uma empregada fala não é digno de atenção.<br />

19. a) Uma sugestão de resposta seria: Atualmente, quando a obesidade mórbida atinge índices alarmantes,<br />

atribui-se àqueles que adotam um estilo de vida sedentário e hábitos alimentares inadequados<br />

a responsabilidade pelo sobrepeso.<br />

b) Tanto faz para os microrganismos se o organismo que lhes oferece condições de sobrevivência<br />

pertence à vestal ou ao pecador contumaz.<br />

Outras alternativas de resposta poderiam ser as seguintes:<br />

É indiferente para os microrganismos se o organismo que lhes oferece condições de sobrevivência<br />

pertence à vestal ou ao pecador contumaz.<br />

Dá no mesmo para os microrganismos se o organismo que lhes oferece condições de sobrevivência<br />

pertence à vestal ou ao pecador contumaz.<br />

20. C<br />

21. D<br />

22. B<br />

© MÓDULO 10<br />

CLASSES GRAMATICAIS (5a parte)<br />

GABARITO<br />

1. a) A palavra que permite concluir que o fragmento apresentado não é o início do texto é o pronome<br />

demonstrativo “essa”.<br />

Curso pH 4<br />

Português I


Apenas com o trecho dado, não é possível determinar a qual atividade o partido X se dedica, pois<br />

o pronome “essa” – de caráter anafórico – só adquire sentido pleno confrontado com um termo<br />

anterior a que faz referência.<br />

b) A incoerência do trecho estabelece-se pela seguinte passagem: “falta (...) de incapacidade”. Se<br />

falta incapacidade ao partido, significa dizer que ele é capaz para resolver o problema ao qual se<br />

tem dedicado.<br />

Entre as maneiras de se eliminar a incoerência, eis duas:<br />

1. Seja por falta de vontade, de vocação ou de capacidade.<br />

2. Seja por falta de vontade, de vocação ou por incapacidade.<br />

c) Entre as passagens que apontam uma postura pessimista (crítica) em relação ao partido X, pode-<br />

-se destacar: “está longe do desejado”.<br />

Essa passagem, em coesão com “dedica-se a essa atividade mais do que nunca”, permite concluir<br />

que o texto tem uma postura pessimista, já que a não realização de uma intenção decorreu da<br />

incompetência, e não da falta de empenho do sujeito.<br />

2. O técnico Carlinhos admira Fábio Baiano, que conhece desde garoto, quando o treinou nas categorias<br />

de base.<br />

3. Sim, pois “toda a semana” significa a semana inteira e “toda semana”, qualquer semana.<br />

4. a) O filme, de cujo final poucos gostaram, era de Fellini.<br />

b) O rio Barigui, em cujas margens costumava brincar com meus irmãos, marcou minha infância.<br />

5. a) Segunda função.<br />

b) Trata-se do “Natal”, expresso no título.<br />

6. Otimista. Transformação positiva da vida.<br />

7. a) O eu lírico, ao mesmo tempo, afirma sentir e não sentir<br />

b) sinto muito<br />

8. a) “Essa” se refere à segunda pessoa, e não à primeira pessoa.<br />

b) Estratégia de distanciamento do eu lírico<br />

9. a) O pronome “ninguém” significa “pessoa sem importância”.<br />

b) Se o pronome (sujeito) é anteposto ao verbo, não ocorre a dupla negação: “Ninguém veio”. Se,<br />

porém, ele é posposto ao verbo, a dupla negação ocorre: “Não veio ninguém”.<br />

10. C<br />

11. A<br />

12. A<br />

13. B<br />

14. B<br />

15. a) qualquer b) inteiramente<br />

16. A<br />

17. B<br />

18.<br />

I. Estes são alguns dos equipamentos cuja entrada no país não era permitida pela reserva de mercado<br />

sem autorização do DEPIN.<br />

II. Fazer pesquisa insinuando que 64% dos brasileiros acham que existe corrupção no governo Itamar<br />

não é um ato inteligente de um jornal que todos gostamos e por cuja isenção é nosso dever lutar.<br />

19. Várias opções. (Sugestão: Não encontrei esquina alguma.)<br />

20. Amigo algum me ajudará.<br />

21. A<br />

Português I 5<br />

Curso pH


22. a) Que ele, L.A.N., rasgou sua ficha de filiação ao PDT de Brizola.<br />

b) Que ele, L.A.N., rasgou a ficha de filiação de Brizola.<br />

c) O leitor deve saber quem é Leonel Brizola, fundador e principal liderança política do PDT.<br />

A partir dessa informação, percebe-se a interpretação “estranha”: alguém rasgando a ficha de<br />

filiação de Brizola ao PDT.<br />

23. pronome relativo (v.33) e conjunção subordinativa integrante (v.36)<br />

24. a) Todo homem quer dizer todos os homens ou qualquer homem; homem todo significa homem inteiro.<br />

b) Em Todo homem, todo é pronome indefinido e generaliza o sentido de homem. Em homem todo,<br />

todo é adjetivo e caracteriza o substantivo homem.<br />

25. A expressão “este borrão” refere-se ao navio negreiro e a todo o sofrimento ali imposto aos escravos.<br />

Na estrofe em questão, remete especialmente ao verso 4, “tanto horror perante os céus”.<br />

© MÓDULO 11<br />

OUTROS GÊNEROS LITERÁRIOS<br />

GABARITO<br />

1. a) Lírico e Narrativo.<br />

b) O título remete a uma visão poética de “Lixeira”, ligada à ideia de delicadeza e ternura.<br />

2. a) Na fala do patrão está subentendido que o empregado não deveria cometer nenhum erro.<br />

b) Porque apresenta uma situação, um retrato da exploração de classe: o patrão espera do empregado<br />

servidão plena e impecável.<br />

3. a) Embora o termo tragédia aqui em nada se identifique com o seu sentido clássico. Millôr o emprega<br />

para caracterizar os 40 anos de servidão do empregado.<br />

b) “Meu filho”, no contexto do diálogo do patrão com o empregado, é uma forma paternalista e<br />

condescendente de tratamento, que põe o empregado em situação inferior e sugere uma atitude<br />

protetora por parte do patrão.<br />

4. B<br />

5. C<br />

6. C<br />

7. E<br />

8. C<br />

9. A<br />

10. a) Dois dentre os aspectos:<br />

• resgate da poesia<br />

• resgate do uso lúdico da linguagem<br />

• divulgação da obra poética ou da produção literária<br />

b) Dois dentre os exemplos:<br />

• Os poemas de Apollinaire em que se desenhavam objetos com os versos.<br />

• Os caligramas gregos em que se desenhava um objeto com letras e frases.<br />

• A frase latina “Sator arepo tenet opera rotas”, que podia ser lida de trás para frente, na horizontal,<br />

de cima para baixo e vice-versa.<br />

11. a) Duas dentre as características:<br />

• caráter circunstancial<br />

• uso da linguagem coloquial<br />

• tema ligado à realidade imediata<br />

• extensão do texto que permite uma leitura ligeira<br />

Curso pH 6<br />

Português I


) Uma dentre as circunstâncias:<br />

• A crônica acompanhou a modernização da cidade e do país, impulsionada pelo advento da<br />

República e o fim da escravidão.<br />

• O sucesso da crônica jornalística deve-se à influência das transformações urbanas por que<br />

passou a cidade do Rio de Janeiro neste período.<br />

• O Rio de Janeiro, capital política e cultural do país, na transição do século XIX para o século XX,<br />

foi palco de um considerável aumento da produção jornalística, em que se destacavam vários<br />

de nossos melhores escritores.<br />

12. Função metalinguística.<br />

Uma dentre as justificativas:<br />

• Os parágrafos explicam os significados de palavras.<br />

• Os parágrafos contêm definições de palavras por outras palavras.<br />

13. A<br />

14. E<br />

15. a) Que os não há superiores / Na cidade de Paris!<br />

b) Duas dentre as frases:<br />

• <strong>Ser</strong>viço elétrico de primeira ordem!<br />

• Um relógio pneumático em cada aposento!<br />

• Banhos frios e quentes, duchas, sala de natação, ginástica e massagem!<br />

16. a) Gênero dramático.<br />

Um dentre os aspectos:<br />

• ausência de narrador<br />

• presença de rubricas<br />

• predomínio de diálogos<br />

• personagens encarnados por atores<br />

• encenação dos episódios em um palco<br />

b) Imperativo. Função apelativa ou conativa.<br />

17. Duas dentre as características:<br />

• tema tratado com dignidade, sem irreverência<br />

• vocabulário identificado com o uso da língua em situações de formalidade<br />

• abordagem de fatos históricos, encarados sob a perspectiva da coletividade<br />

18. a) 1 o grupo: escuros, intermináveis, infinitos e profundos. / 2 o grupo: calmo, dócil, ingênuo e claro.<br />

b) É tão claro! – mas turva tudo: / Já ninguém dorme tranquilo, / pois (porque) a noite é um mundo<br />

de sustos.<br />

19. Tanto significa o gesto de exigir ouro e prata (busca da riqueza) como a entrega dos punhos às algemas<br />

(privação da liberdade).<br />

20. O aluno deve perceber que se trata de carinhos que entretêm o casal de forma silenciosa.<br />

21. O aluno deve citar e comprovar com passagens a ligação do texto com o cotidiano (“Eu os observo<br />

por um minuto apenas”).<br />

22. O texto manifesta o conceito de atemporalidade.<br />

23. D<br />

24. C<br />

25. B<br />

Português I 7<br />

Curso pH


© MÓDULO 12<br />

CLASSES GRAMATICAIS (6 a parte)<br />

GABARITO<br />

1. a) Tenha paciência, se obscuros. Calma, se o/a provocam.<br />

b) Forma verbal: deres.<br />

Forma apta a substituí-la: dês.<br />

2. a) O eu lírico passa da recusa/rejeição à proposta/recomendação.<br />

Emprego de formas imperativas, negativas e afirmativas.<br />

b) Uma dentre as alternativas: avesso à emoção lírica:<br />

• contrário ao arrebatamento lírico<br />

• incompatível com a veemência lírica<br />

3. a) A forma verbal é ambígua no texto de Drummond.<br />

Apresenta os sentidos de aguardar e desejar.<br />

b) Um dentre os versos:<br />

• Lá estão os poemas que esperam ser escritos.<br />

• Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.<br />

Em ambos os trechos, as palavras nada significam ou comunicam, porque estão isoladas e inativas.<br />

4. consumar<br />

Espera que cada um se realize e conclua/ complete.<br />

5. A<br />

6. D<br />

7. C<br />

8. A<br />

9. D<br />

10. C<br />

11. Primeiro argumento: Se fosse correspondente ao verbo incendiar, seria “incendeia”.<br />

Segundo argumento: Como o texto relata um fato passado, a forma verbal está no pretérito imperfeito;<br />

se fosse o verbo incendiar, seria “incendiava”.<br />

12. No caso, o verbo sugerir significa “dar sinais ou indicação de algo. Na linguagem coloquial, o presente<br />

do indicativo também representa o futuro, então, podemos entender que “Lula dá sinal que eles<br />

ficarão no ministério”.<br />

13. 9. Procurava / pudesse.<br />

Variação de modo.<br />

14. a) Quem gosta de samba / bom sujeito é / é são da cabeça / ou sadio do pé<br />

b) Eu provim do samba / no samba convivi<br />

15. a) “mantiam” e “ir”.<br />

b) mantinham e for ou fosse.<br />

c) Por contaminação da forma conheciam (“mantiam”) e da forma intervir (“ir”).<br />

16. a) I. “CASO O PRODUTO NÃO SEJA CORRETAMENTE UTILIZADO”.<br />

II. “SE ELE CONTIVER MENOS DE 60% DE SEU CONTEÚDO.<br />

b) III. As despesas de transporte ou quaisquer ônus decorrentes do envio do produto para troca<br />

correm por conta do usuário.<br />

17. O petróleo só será nosso quando a tecnologia também for.<br />

18. Não saias daqui Não fujas! Não abandones o que é teu e não me esqueças.<br />

Curso pH 8<br />

Português I


19. No último sábado, dominou-se rapidamente o restante da quadrilha.<br />

20. a) Onde avanço: voz ativa me dou: voz reflexiva o que é sugado ao mim de mim: voz passiva<br />

b) Em avanço o “eu” é agente, em me dou é agente e paciente, em o que é sugado ao mim de mim é<br />

apenas o lugar em que a ação acontece.<br />

21. a) ... como ele foi visto por mim em uma noite de luar...<br />

b) o: objeto direto<br />

ele: sujeito<br />

22. D<br />

23. a) Ainda hoje, esta singela quadrinha de propaganda é cantada no rádio por vozes bem afinadas.<br />

b) “Novinhas em folha” justifica-se pela remissão a “desabrocham”; “resplandecentes”, pela remissão<br />

a “a luz do sol”.<br />

24. E<br />

© MÓDULO 13<br />

CLASSES GRAMATICAIS (7a parte)<br />

GABARITO<br />

1. a) Se se considera “erro” o uso linguístico que não se ajusta ao uso consagrado e nem atende às<br />

circunstâncias em que determinado mecanismo costuma ser empregado, então a construção “vou<br />

estar transferindo” pode ser tida como errada, ou seja, inadequada em relação às normas vigentes.<br />

O nome gerundismo designa, com efeito, a tendência a indicar o futuro simples por meio da<br />

construção IR + ESTAR + GERÚNDIO. O que o uso consagra é indicar o futuro por meio do verbo<br />

IR (no presente) + infinitivo: eu vou transferir. A construção IR + ESTAR + GERÚNDIO é legitimamente<br />

usada no contexto em que se indica uma ação futura que será praticada simultaneamente a<br />

outra ação mencionada também no futuro. Por exemplo: Amanhã, quando você estiver fazendo a<br />

prova, eu vou estar voando para Recife. Já a construção “Ela está falando bonito” é habitualmente<br />

usada para indicar uma ação simultânea ao ato da fala, com tendência continuativa. O uso da<br />

locução ESTAR (presente) + GERÚNDIO, em lugar da forma simples do presente do indicativo, é<br />

corrente e tida como normal em nossa linguagem.<br />

b) O sufixo -ismo anexado à palavra gerúndio para formar gerundismo veicula, neste caso, a ideia<br />

de tendência viciosa, mania, mau uso. O mesmo valor do sufixo verifica-se, também, por exemplo,<br />

em consumismo, oportunismo, modismo.<br />

2. a) As normas de etiqueta devem ser conhecidas.<br />

b) Deve-se ler sobre estratégias de carreira.<br />

3. Repousa está empregado no imperativo afirmativo, 2 a pessoa do singular; viva aparece no presente<br />

do subjuntivo, 1 a pessoa do singular. O primeiro indica um apelo ao destinatário, enquanto o segundo<br />

apresenta uma possibilidade em relação ao emissor.<br />

4. A utilização do verbo teria, no futuro do pretérito, denota uma suposição, relativamente a um momento<br />

passado.<br />

5. a) Eram indica tempo passado com ideia de continuidade. A vírgula indica zeugma: omissão do predicativo<br />

do sujeito “deliciosos”<br />

Adivinhara indica tempo passado totalmente realizado: ação passada e anterior a outra. No caso,<br />

a catástrofe que ocorreu no narrador. A primeira forma está no pretérito imperfeito, enquanto a<br />

segunda, no pretérito mais-que-perfeito, ambos do indicativo.<br />

b) Foram pode ter valor de pretérito perfeito do indicativo ou de pretérito mais-que-perfeito do indicativo.<br />

I. Jamais a arte lhe foi tão propícia.<br />

Jamais a arte lhe fora tão propícia.<br />

Português I 9<br />

Curso pH


6. a) Deve dizer, em uma ou duas frases completas, que os verbos atacarão e tinhão aparecem com as<br />

terminações, ou desinências, que pelas regras atuais indicam futuro, embora a narrativa esteja se<br />

referindo a um tempo passado.<br />

b) Havia uma hora que durava esse combate, começado com armas de fogo; mas os Aymores atacaram<br />

com tanta fúria, que breve tinham chegado à luta corpo a corpo e à arma branca.<br />

7. C<br />

8. E<br />

9. D<br />

10. “... está ali enfeitando a cidade.”<br />

O gerúndio substitui a preposição mais o infinitivo.<br />

11. E<br />

12. A<br />

13. Tanto a conjunção adversativa “mas” quanto o futuro do presente do indicativo “<strong>Ser</strong>á” enfatizam a<br />

dúvida e o questionamento quanto àquilo que as imagens “rebanho das nuvens” e “arado do espaço”<br />

expressam.<br />

OU<br />

A conjunção adversativa “mas” indica a oposição do eu lírico à ideia expressa pela imagem formulada<br />

anteriormente, no verso 19. E o futuro do presente do indicativo “<strong>Ser</strong>á” é empregado para marcar<br />

a dúvida quanto àquilo que a imagem apresentada no verso 22 representa.<br />

14. “Alevantarão” e “fugirão”, que indicam, no texto, tempo passado, e não futuro, atualmente grafados<br />

alevantaram e fugiram.<br />

15. B<br />

16. A partir do emprego dos tempos verbais, verifica-se que, na concepção do poema, a infância é um<br />

estado permanente no eu lírico.<br />

17. a) Presente: “leio velhos jornais”.<br />

Passado: “novidades caducas”, “de novo estreantes”.<br />

b) O presente indica ação habitual e também uma presentificação do passado.<br />

18. a) Trata-se da reprodução de uma frase tomada como verdade absoluta (ou como fato do conhecimento<br />

de todos ou como realidade imutável).<br />

b) Duas dentre as seguintes referências feitas no texto:<br />

– à condenação que Fabiano, ressentido, fizera dos sapatos<br />

– ao fato de Sinha Vitória ter se ofendido, indicando que ela ouvira a comparação do próprio Fabiano.<br />

– à “opinião de Fabiano”, reafirmando sua autoria.<br />

19. a) E eu, menos a CONHECESSE mais a AMARIA?<br />

b) Em “sou cego”, há ideia de transitoriedade. Em “O que é uma coisa bela?”, a ideia é de essencialidade<br />

ou permanência.<br />

20. a) “Se fugir do tema, copiar o texto apresentado ou fazer uma narração...”<br />

b) Os verbos regulares têm o futuro do subjuntivo igual ao infinitivo, o que não acontece com os<br />

irregulares, como o verbo fazer, que tem a forma fizer no futuro do subjuntivo.<br />

21. a) É um imperativo: não furtes.<br />

b) Toma o futuro como na definição gramatical: não furtarás (amanhã), mas hoje...<br />

22. E<br />

23. a) I...garantisse que não haveria...<br />

II...teria garantido que não haveria...<br />

b) Em I, o pedido foi efetivamente feito, mas não se sabe o que a Petrobras fará. Em II, o pedido não<br />

foi efetivamente feito, mas se sabe o que a Petrobras faria se ele ocorresse.<br />

Curso pH 10<br />

Português I


24. a) “até agora”, “anteontem” e os verbos no pretérito perfeito.<br />

b) Grande tempestade atingiu o Mar Negro, provocando o naufrágio de muitas embarcações. Até<br />

agora o mar despejou na praia mais de 80 cadáveres, que estão sendo recolhidos.<br />

c) Tem havido no Mar Negro, nos últimos anos, grandes tempestades, provocando um número elevado<br />

de naufrágios.<br />

25. E<br />

26. a) “julgo; preciso descrevê-la; é; pode interessar” estão usadas no presente para caracterizar acontecimentos<br />

simultâneos ao momento da declaração, o presente.<br />

b) “concluiu-se”; “apareceram”; “ficou” empregadas no pretérito perfeito caracterizam fatos anteriores<br />

ao momento da enunciação que é o presente.<br />

27. D<br />

28. E<br />

29. E<br />

30. a) As formas do pretérito perfeito indicam ações pontuais, concluídas no passado; o imperfeito indica<br />

ação em decurso no passado. O efeito narrativo do imperfeito, no caso, é atribuir vivacidade<br />

à ação, apresentando-a em seu desdobramento.<br />

b) O perfeito e o imperfeito relatam fatos; o futuro do pretérito registra desejos, aspirações, fantasias<br />

da personagem (sinalizando, portanto, discurso indireto livre).<br />

31. C<br />

32. a) “repor perdas”; ...e REPUSER perdas salariais.<br />

b) O verbo REPOR é irregular e aparece depois de verbos regulares, confundindo o falante.<br />

33. O pretérito imperfeito exprime um fato que não foi totalmente concluído no momento da fala; portanto,<br />

longo, lento.<br />

O gerúndio dá a ideia de ação verbal em curso, reiterando a noção de acontecimentos longos.<br />

34. B<br />

35. a) Sugestões: 1.Segundo o técnico, nos minutos iniciais do jogo, um toque de bola rápido será imprimido<br />

pelos atacantes a fim de cansar os adversários.<br />

2. Um novo estilo de administrar foi impresso pelo atual diretor da empresa.<br />

b) Nos exemplos usa-se ser + imprimido, e não impresso, como propõe o Manual. Essa aparente<br />

contradição deve-se ao fato de que o manual dá uma orientação válida apenas para o verbo imprimir<br />

no sentido de estampar, gravar. Nos exemplos, ele foi usado com sentido de produzir e<br />

infundir, o que exige terminação -ido no particípio.<br />

© MÓDULO 14<br />

BARROCO<br />

GABARITO<br />

1. a) Enquanto no texto 1 percebemos o eu lírico desesperado, implorando para ser salvo, com uma<br />

atitude de total submissão, no texto 2 vemos o eu lírico buscando sua salvação de forma prepotente,<br />

chegando até mesmo a chantagear a Deus.<br />

b) Texto 1 ⇒ verso 14<br />

Texto 2 ⇒ versos 13 e 14<br />

2. Primeiro momento ⇒ o eu lírico declara sua culpa e reconhece-se um grande pecador.<br />

Segundo momento ⇒ declara seu arrependimento e busca a salvação.<br />

3. Sugestão: Premissa 1 recuperar um pecador é motivo de glória para Deus.<br />

Premissa 2 ⇒ eu sou um pecador.<br />

Conclusão ⇒ recuperar-me é glória para Deus.<br />

Português I 11<br />

Curso pH


4. O gosto pelos aspectos cruéis da realidade / atração pelo mórbido.<br />

5. Uso de hipérboles, antíteses, hipérbatos etc.<br />

6. A metonímia é uma figura de estilo caracterizada pela substituição de um termo por outro que lhe faça<br />

referência, indicando uma correspondência. O soneto de Gregório de Matos apresenta Cristo através,<br />

primeiramente, de seus braços e, posteriormente, através de seus olhos, pés, sangue e cabeça.<br />

7. E<br />

8. D<br />

9. a) 1 a estrofe: “medo e maravilha” (há também antítese entre ‘velho’ e “menina”).<br />

2 a estrofe: “lixo e brilhantes”.<br />

b) Segundo D. Francisco Manuel de Melo, há dois amores: o que se pode chamar paixão, que satisfaz<br />

com possuir a pessoa amada, e o que se pode chamar propriamente amor, que se desenvolve a<br />

partir da posse. O primeiro é um impulso que acaba quando atinge seu objeto; o segundo se inicia<br />

a partir do conhecimento do objeto.<br />

10. a) Na letra da canção, a multiplicidade do amor é sugerida, seja através de uma “enumeração caótica”,<br />

ou enumeração de elementos dispares (“o amor anda nos tangos, / no rastro dos ciganos, / no<br />

vão dos oceanos”), seja através de elementos contíguos (“amor é trilha de lençóis e culpa” – causa<br />

e efeito), seja através de antíteses (“medo e maravilha”, “lixo e brilhantes”).<br />

b) Além dos trechos citados na resposta ao quesito anterior, pode-se acrescentar a seguinte enumeração<br />

de predicados do amor: “orações, sacrifícios, tradições”.<br />

11. a) A passagem é “...e também pode ser [que] venha daqui...”<br />

b) “Poderá bem ser que por isto os antigos fingissem haver tantos amores no mundo, a que davam<br />

diversos nascimentos; e talvez venha daqui que ele chamamos amores; pois se fora um só, grande<br />

impropriedade seria esta.”<br />

12. O elemento mais marcadamente árcade, presente no texto, é a valorização do campo (bucolismo).<br />

Há de se notar, ainda, uma linguagem menos ataviada de figuras, embora ainda marcada por certas<br />

inversões próprias do autor.<br />

13. a) As expressões apresentadas “em paralelo” são: semeador – “o que semeia”, pregador – “o que<br />

prega”, soldado – “o que peleja”, governador – “o que governa”.<br />

b) Para Vieira, o nome não implica que aquele que o ostenta pratique a ação que lhe corresponde;<br />

por isso, pode haver (Vieira afirma que há) muita diferença entre o semeador e o que semeia,<br />

como entre o pregador e o que prega, o soldado e o que peleja, o governador e o que governa.<br />

Em outras palavras, nem sempre o semeador, o pregador, o soldado e o governador praticam as<br />

ações que fariam deles, em verdade, semeador, pregador, soldado e governador.<br />

14. a) O verbo reparar – “Reparai” – interrompe a argumentação parenética, desenvolvida até então,<br />

para envolver o leitor/ouvinte no cerne da argumentação que, no desdobramento, irá invocar o<br />

discurso da autoridade, inquestionável: a palavra de Cristo, revelada no Novo Testamento.<br />

b) Modo imperativo afirmativo, segunda pessoa do plural: “Reparai” (vós). A segunda pessoa pronominal<br />

é exatamente a que indicia o destinatário, o receptor da mensagem, a(s) pessoa(s) com quem<br />

se fala. Antes de arrolar o discurso da autoridade, a “palavra de Deus”, em abono às premissas iniciais,<br />

o orador açula a atenção da plateia, com o apelo enfático à atenção e ao raciocínio do ouvinte.<br />

15. “Na quinta torce agora a porca o rabo”<br />

“Gabando-se a vós, e eu fico um rei”.<br />

16. No soneto, há oposição entre a proposta inicial de elogio “um soneto começo em vosso gabo” e a sua<br />

realização “se desta agora escapo, nunca mais”.<br />

17. “O ar, que fresco Adônis de enamora”.<br />

18. Os dois campos semânticos presentes na construção do poema contrastam aspectos positivos e negativos:<br />

juventude versus maturidade; beleza versus decrepitude; nascimento versus morte; luminosidade<br />

versus sombra. Os vocábulos representativos desses campos semânticos são aurora, sol, dia,<br />

flor, beleza versus terra, cinza, pó, sombra, nada.<br />

(Obs.: O candidato deverá apontar apenas uma oposição.)<br />

Curso pH 12<br />

Português I


19. O primeiro verso da 3a estrofe, que traduz o carpe diem, constitui uma consequência da perspectiva<br />

da fugacidade, da efemeridade da vida, aspecto importante na visão de mundo barroca.<br />

20. a) A moda que destrói o corpo e a alma de quem a segue. /A consciência da destruição pela vaidade<br />

elevará o indivíduo até Deus.<br />

b) Um dentre os contrastes:<br />

• Vida e morte;<br />

• Juventude e velhice;<br />

• Essência e aparência.<br />

21. a) “Do alto penteado ao rubro artelho”<br />

b) “Cor fingida”<br />

Associa-se à ideia de falsidade, aparência ou superficialidade.<br />

© MÓDULO 15<br />

ARCADISMO<br />

GABARITO<br />

1. A primeira estrofe funciona como uma espécie de introdução das demais, situando o tema e o espaço<br />

a serem analisados nos próximos versos.<br />

2. No trato carinhoso dos pais para com seus filhos.<br />

3. a) Ao estilo rebuscado da literatura barroca.<br />

b) “Inutilia truncat”<br />

4. O aluno deve destacar a necessidade de aproveitar a vida (leve filho alegre salta) enquanto não chega<br />

a velhice (velho cordeiro está deitado).<br />

5. O aluno deve comentar a oposição:<br />

Momento histórico – cultural brasileiro: Inconfidência × temática lírica, não engajada, com referenciais<br />

clássicos.<br />

6. Sim, a configuração de natureza apresentada é típica do estilo árcade, pois os elementos naturais<br />

aparecem como objetos de ornato e repouso; a natureza funciona apenas como um cenário, não participando<br />

dos sentimentos das pessoas.<br />

7. O uso de pseudônimos, comum também na Europa, serve a uma espécie de fingimento poético,<br />

necessário à verossimilhança da poesia bucólica. O pseudônimo fazia com que os poetas, urbanos e<br />

engajados, mergulhassem no universo campestre, simples e harmônico.<br />

Ex.: Cláudio Manuel da Costa – Glauceste Satúrnio;<br />

Tomás Antônio Gonzaga – Dirceu;<br />

Basílio da Gama – Termíndio Sipílio.<br />

8. C<br />

9. C<br />

10. E<br />

11. Privilegia-se a temática religiosa, como sugere o próprio título “Elegia”. São traços típicos do Barroco:<br />

a poética do Conflito, o apelo constante à divindade “meu Deus e meu conflito”, a visão pessimista<br />

“espelho de projeto não vivido”, o gosto pelo mórbido... “Eis que assisto / O meu desmonte palmo a<br />

palmo...” e a antítese “... o tempo novo me anuncia e nega”.<br />

12. O estilo Barroco é caracterizado no texto pelo cultismo presente no jogo de palavras no uso de figuras<br />

de linguagem (metonímia – “... Braços sagrados...”, “... Cruz sacrossanta...”) e pela forte presença<br />

do elemento religioso.<br />

Português I 13<br />

Curso pH


13. a) Arcadismo.<br />

b) Romantismo.<br />

14. São traços típicos do Arcadismo: o bucolismo – valorização da vida campestre e dos cenários naturais<br />

– e o pastoralismo.<br />

15. a) O poeta árcade escreve de “janelas fechadas” porque valoriza temas extraídos da cultura grecolatina<br />

em detrimento do movimento da Conjuração Mineira, marco decisivo do Arcadismo no Brasil.<br />

b) A temática do “carpe diem” (colhe o dia) revela a preocupação com a efemeridade dos valores<br />

terrenos “tudo passa”.<br />

16. a) O poema exemplifica: 1) o bucolismo típico da poesia árcade, com descrição estereotipada de<br />

elementos da natureza; 2) a linguagem simples, sem a sobrecarregada ornamentação barroca; 3)<br />

o desenvolvimento de um motivo clássico: o poeta dotado de poderes sobre-humanos.<br />

b) 1) “cristalino rio”, “úmidas ribeiras”, “brancas ovelhas”, “bárbaras penhas”; 2) “Sobre uma rocha<br />

sentado/Caladamente se queixa”; 3) “Aquele, que muitas vezes / Afinado a doce avena (instrumento<br />

de pastor), parou as ligeiras águas. / Moveu as bárbaras penhas”.<br />

© MÓDULO 16<br />

ROMANTISMO – POESIA<br />

GABARITO<br />

1. Os elementos de sensualidade – “sem gozar de leve”, “seminua”, “róseo corpo”, “a mão no seio” –<br />

correspondem, no plano da imaginação a uma compensação erótica da carência física de que se<br />

ressente o poeta.<br />

2. O condoreirismo é uma tendência que se manifestou no último período do Romantismo, sob a influência<br />

principal do poeta francês Victor Hugo. Caracteriza-se, no estilo, pelo tom declamatório, pleno<br />

de imagens que evocam elementos grandiosos do universo. No texto, temos vários exemplos disso,<br />

como os versos 2, 3 e 4. Quanto ao tema, caracteriza-se por abordar assuntos políticos, pregando<br />

reformas sociais, criticando as desigualdades e falando em nome do povo. A 2a estrofe inteira, no<br />

trecho transcrito, é um exemplo cabal dessa característica.<br />

3. Não há no sujeito a marca do egocentrismo, como sugere o próprio título “Contranarciso”, pois “o<br />

outro que há em mim é você.”<br />

4. a) O título “Romantismo” se justifica pela poética da emoção, pelo gosto do noturno “noite de Lua”<br />

e pela valorização da natureza “entre o mar e as estrelas”.<br />

b) Impossível. As flexões verbais na última estrofe caracterizam fatores hipotéticos e condicionais.<br />

5. Não segue integralmente, pois, no último parágrafo, atribuem-se à infância traços negativos, que<br />

desmitificam sua imagem de passado idealizado a que se desejaria retornar.<br />

6. Sim, segue, pois a relação entre o homem e a natureza é apresentada de forma idealizada, já que, no<br />

texto, a natureza é lugar paradisíaco de experiências positivas.<br />

7. B<br />

8. D<br />

9. Os românticos supervalorizam os elementos naturais, procurando, assim, marcar a nação brasileira.<br />

ou<br />

A visão romântica é ufanista, procurando valorizar a nação independente.<br />

10. Abundância de adjetivação, tom retórico, exclamativo.<br />

11. Nesses versos, o passado é idealizado (tem valor positivo), e o presente é desvalorizado (assume valor<br />

negativo). Os adjetivos que exemplificam essa recriação da ambiência romântica são “apagadas”<br />

e “merencória” para o presente e “áureos” e “épicos” para o passado.<br />

Curso pH 14<br />

Português I


12. Nos tercetos do poema, o sujeito é definido como um ser acentuadamente idealista, sonhador, passional,<br />

arrebatado, sentimental, combativo, aventureiro, heroico. No primeiro terceto, os substantivos<br />

que definem o sujeito de acordo com a perspectiva romântica são “campeão”, “trovador” e<br />

“herói”.<br />

13. D<br />

14. E<br />

15. A<br />

16. O amante se dirige à mulher dos seus amores, considerando o fato de amá-la ser um bem maior que<br />

ser o próprio Deus. Desse modo, confirma-se a tendência romântica de valer-se da religiosidade<br />

mais como recurso para aumentar a expressividade do texto e dos anseios do poeta que como doutrina<br />

filosófica.<br />

17. E<br />

18. A<br />

19. A<br />

20. Para Gonçalves Dias, a forma de um poema não pode ser convencional, pois deve servir somente à<br />

inspiração. Trata-se da estrutura tipicamente romântica da poesia, marcada sobretudo pela liberdade.<br />

Essa liberdade marca a passagem do século XVIII ao século XIX, com a Revolução Francesa, a<br />

propagação das ideias iluministas e a independência de colônias como o Brasil.<br />

21. É o subjetivismo, aliado à inspiração e à impressão do momento.<br />

22. A índia é desprezada pelos seus pares por ter características físicas de uma europeia.<br />

23. “Eu vivo sozinha” / “a quem nas direi?” / há outras possibilidades.<br />

24. Não, por um lado ele se apresenta preconceituoso, sem as atitudes nobres que o caracterizariam. Por<br />

outro, há superioridade dos elementos indígenas sobre os europeus.<br />

25. B<br />

26. D<br />

27. C<br />

28. E<br />

29. E<br />

30. B<br />

31. E<br />

Português I 15<br />

Curso pH

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