13.04.2013 Views

Anais do XVI CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...

Anais do XVI CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...

Anais do XVI CNLF - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

propostas por Basilio (1987, 2000 e 2006), Mattoso Câmara (1996 e<br />

1981), Rocha (2008), Monteiro (1986) e Sandmann (1989 e 1991) além<br />

das abordagens feitas pela linha teórica nortea<strong>do</strong>ra <strong>de</strong>sta pesquisa, a linguística<br />

cognitiva (LG), apresentadas por Croft & Cruse (2009) e outros<br />

autores afina<strong>do</strong>s com a LG, a respeito das questões supracitadas.<br />

2.1. Palavra<br />

Basilio (2006, p. 13-18) apresenta distintas <strong>de</strong>finições para palavra,<br />

em função <strong>de</strong> diferentes critérios <strong>de</strong> análise: a) gráfico; b) morfológico;<br />

c) sintático; c) fonológico e c) semântico, a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> este último –<br />

palavra é unida<strong>de</strong> lexical – e conclui afirman<strong>do</strong> que a problemática em<br />

torno <strong>de</strong> palavra é a tentativa <strong>de</strong> enquadrar o conceito em uma das categorias<br />

(fonológica, gráfica, morfológica, sintática, pragmática) como elemento<br />

preciso, ao passo que <strong>de</strong>veriam ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s os diversos enfoques.<br />

Já Mattoso Câmara (1981, p. 187), em seu dicionário, apresenta,<br />

para o verbete palavra, as seguintes <strong>de</strong>finições: “Vocábulos provi<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

significação externa, concentrada no radical; noutros termos vocábulos<br />

provi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> semantema 90 . A palavra é sempre uma forma livre, é pois um<br />

lexema na terminologia norte-americana”.<br />

Rocha (2008, p. 69) afirma que palavra “resulta da associação <strong>de</strong><br />

um senti<strong>do</strong> da<strong>do</strong> a um conjunto da<strong>do</strong> <strong>de</strong> sons, suscetível <strong>de</strong> um emprego<br />

gramatical da<strong>do</strong>” e acrescenta “que uma palavra se caracteriza por possuir<br />

uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> fonética, uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> semântica e uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

funcional”.<br />

Monteiro (1986, p. 9) reserva o termo palavra apenas aos vocábulos<br />

que apresentam semantema. Em nota (cf. MONTEIRO 1986, nota<br />

10), o autor amplia o conceito afirman<strong>do</strong> que “forma, função e senti<strong>do</strong><br />

são elementos solidários e inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong> que só abstratamente<br />

um existe sem os outros”.<br />

É com esse mesmo enfoque, enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a palavra como um conjunto<br />

solidário entre forma, função e significa<strong>do</strong>, que a linguística cognitiva<br />

estuda o signo linguístico. Palavra é a associação entre significante e<br />

90 Semantema é a parte da palavra em que repousa a significação lexical básica. Constitui o que se<br />

<strong>de</strong>nomina <strong>de</strong> raiz. (MONTEIRO, 1986, p. 12)<br />

Ca<strong>de</strong>rnos <strong>do</strong> <strong>CNLF</strong>, Vol. <strong>XVI</strong>, Nº 04, t. 2, pág. 1975.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!