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CSP25/4 - The Pan American Health Organization

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CE122/FR (Port.)<br />

Página 27<br />

enquanto se previa maior precipitação na parte sul da América do Sul. Na região andina,<br />

Peru e Equador o clima seria mais quente e chuvoso, com maior probabilidade de<br />

inundações. Com base nessas previsões e dados disponíveis, a Organização ajudou os<br />

países a mitigar os possíveis efeitos de El Niño.<br />

Os estudos não conseguiram comprovar a vinculação entre El Niño e o aumento<br />

da transmissão de doenças, inclusive malária, dengue, cólera, leptospirose e hantavírus.<br />

Contudo, os dados mostram que o fenômeno provocou muitos danos ambientais,<br />

econômicos e na infra-estrutura, que por sua vez afetam as condições de saúde e a<br />

mortalidade. As chuvas e inundações provocadas por El Niño tiraram vidas e destruíram<br />

casas, estradas, sistemas de drenagem, saneamento e energia, bem como a infra-estrutura<br />

física dos serviços de saúde. Por outro lado, nas áreas em que El Niño havia provocado<br />

seca houve perda de lavouras e falta de água. Portanto, embora não haja uma correlação<br />

direta entre o El Niño e o aumento da transmissão de doenças infecciosas, as alterações<br />

meteorológicas e impactos ambientais do fenômeno definitivamente afetavam a saúde.<br />

O Dr. Chuit concluiu assinalando que, já que os fenômenos naturais como El Niño<br />

eram imprevisíveis, sendo impossível planejar exatamente o que fazer quando ocorriam,<br />

era muito importante tomar medidas preventivas para reduzir os danos.<br />

O Comitê Executivo aplaudiu a qualidade e base científica do documento. Os<br />

delegados chegaram ao consenso de que, embora haja poucos vínculos diretos entre<br />

El Niño e as taxas e padrões de transmissão de doenças, esse fenômeno era parte das<br />

alterações climáticas, que têm repercussões sobre a saúde. O Comitê concordou quanto à<br />

necessidade de adotar medidas de aviso e preparativos para catástrofes de modo a mitigar<br />

os efeitos das alterações climáticas. Os esforços da OPAS para identificar e ajudar os<br />

países a se preparar para as possíveis conseqüências de El Niño foram citados como<br />

excelentes exemplos de cooperação técnica eficaz. Vários delegados descreveram os<br />

planos que seus países elaboraram — na maioria dos casos com apoio da OPAS — para<br />

fortalecer a infra-estrutura, preparar a população e prevenir doenças em áreas de risco.<br />

Solicitou-se esclarecimento de alguns aspectos da cooperação técnica descrita no<br />

documento, em particular o fornecimento de equipamento básico para armazenagem e<br />

tratamento de água. Sugeriu-se que a cooperação da OPAS deve ser orientada mais para o<br />

fortalecimento da infra-estrutura do que para o fornecimento de equipamento.<br />

A pedido do Dr. Chuit, o Dr. Hugo Prado (Programa de Preparativos de<br />

Emergência e Assistência em Casos de Catástrofe, OPAS) descreveu algumas das ações<br />

adotadas pela Organização e os países na área de prevenção e mitigação de catástrofes e<br />

resumiu as lições aprendidas com a experiência. Enfatizou que a rápida resposta dos países<br />

a El Niño 1997-98 produziu bons resultados, já que a morbidade e mortalidade foram<br />

inferiores às de anos anteriores. Contudo, embora a Organização e os agentes de saúde

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