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8. Estudo da não-idealidade da fase líquida

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<strong>8.</strong>6 <strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> <strong>não</strong>-ideali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>fase</strong> líqui<strong>da</strong><br />

A resposta é negativa por várias razões. Inicialmente, o estado de referência <strong>da</strong><br />

ativi<strong>da</strong>de <strong>não</strong> precisa ser o líquido puro, e a ativi<strong>da</strong>de pode ser calcula<strong>da</strong> em situações<br />

em que o composto <strong>não</strong> existe nesse estado. Mesmo nas situações em que isso ocorre, a<br />

ativi<strong>da</strong>de guar<strong>da</strong> um sentido próprio: a relação entre o potencial químico do composto<br />

na mistura e o potencial químico do composto puro.<br />

ln a<br />

i<br />

Por sua própria definição, a ativi<strong>da</strong>de pode ser escrita como:<br />

ref ref ref<br />

µ ˆ ˆ<br />

i(<br />

T , P,<br />

x ) − µ i ( T , P , x )<br />

= ( 8-18 )<br />

RT<br />

Nota-se que o estado de referência pode ser calculado a uma pressão diferente <strong>da</strong><br />

pressão do sistema e também a uma composição diferente <strong>da</strong> composição do sistema,<br />

mas sempre à mesma temperatura, pois <strong>não</strong> se compararam potenciais químicos a<br />

diferentes temperaturas 2 .<br />

ln a<br />

i<br />

ln a<br />

A expressão acima pode ser escrita:<br />

1 ⎛ ∂G<br />

⎞<br />

=<br />

RT ⎜<br />

n ⎟<br />

⎝ ∂ i ⎠<br />

T , P , n j ≠i<br />

µ ˆ<br />

−<br />

ref<br />

i<br />

( T , P<br />

RT<br />

ref<br />

, x<br />

Considerando a existência de outros compostos, tem-se:<br />

1<br />

⎛<br />

c<br />

i = ⎜ ⎜G<br />

RT ⎜ n ⎜<br />

− ∑<br />

i j=1<br />

⎝<br />

∂<br />

∂<br />

⎛<br />

⎝<br />

n µ ˆ<br />

j<br />

ref<br />

j<br />

( T , P<br />

ref<br />

,<br />

ref<br />

)<br />

⎞⎞<br />

⎟⎟<br />

⎟⎟<br />

⎠⎠<br />

T , P,<br />

n<br />

j ≠i<br />

( 8-19 )<br />

ref<br />

x )<br />

( 8-20 )<br />

A definição acima sugere que se possa estender o conceito de variação devi<strong>da</strong> a<br />

mistura. De fato, pode-se definir uma variação assimétrica <strong>da</strong> energia de Gibbs por meio<br />

<strong>da</strong> expressão:<br />

∆G<br />

= G −<br />

c<br />

∑<br />

j=<br />

1<br />

n µ ˆ<br />

j<br />

ref<br />

j<br />

( T , P<br />

ref<br />

ref<br />

x )<br />

( 8-21 )<br />

,<br />

Essa variação assimétrica já <strong>não</strong> se refere mais à variação <strong>da</strong> energia de Gibbs<br />

quando se misturam os compostos puros. Ela já perdeu muito de seu sentido físico, e<br />

deve ser vista mais como o produto de uma operação hipotética de mistura do que<br />

propriamente uma grandeza mensurável. Esse conceito é extensível a qualquer<br />

proprie<strong>da</strong>de; de maneira geral:<br />

2 Pelo fato de a variação do potencial químico com a temperatura estar liga<strong>da</strong> ao valor absoluto <strong>da</strong><br />

entropia.

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