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Política económica e política de emprego: o modelo ... - Análise Social

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conversão, aperfeiçoamento e reciclagem profissionais. Acções executadas<br />

em centros públicos ou em cooperação com entida<strong>de</strong>s privadas.<br />

As acções sobre a oferta <strong>de</strong> trabalho privilegiaram: a) redução e flexibilida<strong>de</strong><br />

da vida activa; b) apoio à colocação e mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> grupos especiais<br />

(jovens, trabalhadores idosos, diminuídos físicos...); c) apoio à inserção<br />

da mulher no mercado <strong>de</strong> trabalho, quer através da colocação quer da<br />

melhoria das condições <strong>de</strong> trabalho, procurando igualmente certa flexibilida<strong>de</strong><br />

da taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> feminina; d) organização dos fluxos migratórios,<br />

através <strong>de</strong>signadamente da do recrutamento e colocação pelos serviços<br />

públicos <strong>de</strong> <strong>emprego</strong> e <strong>de</strong> formação profissional.<br />

Uma nota particular para as acções visando a redução e a flexibilida<strong>de</strong><br />

da vida activa que começaram a ter maior generalização já no final dos<br />

anos 60. O prolongamento da escolarida<strong>de</strong> obrigatória, a articulação entre<br />

o sistema escolar e a entrada na vida activa, a formação permanente ao<br />

longo da vida activa, a introdução do horário flexível, as férias intercalares,<br />

o trabalho a tempo parcial, a reforma antecipada, temporária ou<br />

diferida, são apenas exemplos <strong>de</strong> acções que visam a flexibilida<strong>de</strong> e a<br />

redução da vida activa.<br />

Quanto a garantia <strong>de</strong> recursos a pessoas sem <strong>emprego</strong>, po<strong>de</strong>mos anotar:<br />

a) o alargamento dos sistemas <strong>de</strong> seguro <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>emprego</strong>; b) garantia<br />

<strong>de</strong> salários nos sectores em recessão; c) medidas especiais em favor <strong>de</strong><br />

grupos mais <strong>de</strong>sfavorecidos.<br />

Nos últimos anos da década <strong>de</strong> 60 começaram igualmente a intensificar-se<br />

algumas acções visando a procura <strong>de</strong> trabalho: a) medidas <strong>de</strong> acção<br />

global visando essencialmente, através <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> natureza fiscal e <strong>de</strong><br />

orientação das <strong>de</strong>spesas públicas, estimular o nível da procura e daí <strong>de</strong>rivar<br />

o aparecimento <strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>emprego</strong>. Merecem <strong>de</strong>staque:<br />

1) redução <strong>de</strong> impostos directos sobre as empresas. O que nem sempre se<br />

revelou eficaz, o mesmo se po<strong>de</strong>ndo dizer da redução <strong>de</strong> contribuições para<br />

a segurança social, cujos efeitos na criação <strong>de</strong> <strong>emprego</strong>s foram pouco significativos;<br />

2) redução <strong>de</strong> impostos directos sobre particulares, normalmente<br />

com efeitos mais positivos no estímulo da procura geradora <strong>de</strong> novos<br />

<strong>emprego</strong>s, <strong>de</strong>signadamente nos escalões mais baixos; 3) o mesmo se dizendo<br />

da redução da tributação indirecta sobre o consumo; 4) orientação das<br />

compras do sector público e do sistema <strong>de</strong> pagamentos <strong>de</strong> modo a estimular<br />

o aparecimento <strong>de</strong> novos <strong>emprego</strong>s; 5) transferências para particulares<br />

e empresas, b) Medidas <strong>de</strong> acção selectiva, com particular evidência para:<br />

1) subvenções aos salários, quer para manter quer para criar <strong>emprego</strong>s, <strong>de</strong><br />

âmbito nacional, sectorial ou regional, que se generalizaram após a crise<br />

<strong>de</strong> 1973-74 e têm sido criticadas por distorção da concorrência e competitivida<strong>de</strong>;<br />

2) bonificações ao investimento privilegiando o <strong>emprego</strong>; 3) programas<br />

integrados <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> <strong>emprego</strong>s em sectores ou regiões em<br />

dificulda<strong>de</strong>s.<br />

Resta referir que o meio institucional utilizado para dar execução à<br />

<strong>política</strong> <strong>de</strong> <strong>emprego</strong> foi o serviço público <strong>de</strong> <strong>emprego</strong>. Des<strong>de</strong> o princípio<br />

do século que existem serviços <strong>de</strong> colocações, quer públicos quer privados<br />

(agências, serviços dos sindicatos...). Na Grã-Bretanha, já em 1909 fora<br />

criado um serviço <strong>de</strong> colocações e em 1919 a Convenção n.° 2 da OIT fala<br />

em «sistema <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> colocação pública e gratuitos sob o controlo <strong>de</strong><br />

uma entida<strong>de</strong> central». É, porém, a seguir à segunda guerra mundial que se<br />

652 generaliza o serviço público <strong>de</strong> <strong>emprego</strong> com base na Convenção n.° 88

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