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Economias de Urbanização e Condição de Ocupação da Populaç…

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probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estar ocupado (trabalho e qualificação po<strong>de</strong>m não ser ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

compatíveis, o que é representado pelo sinal negativo do coeficiente <strong>da</strong> variável frequência à<br />

escola).<br />

A segun<strong>da</strong> consi<strong>de</strong>ração diz respeito à baixa variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos explica<strong>da</strong> pelas<br />

diferenças entre as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> nível 2, ou seja, os Estados. Todos os mo<strong>de</strong>los estimados<br />

mostram que a estrutura produtiva urbana tem influências sobre a condição <strong>de</strong> ocupação dos<br />

indivíduos, porém as diferenças entre as estruturas produtivas estaduais pouco importam para<br />

explicar a variação <strong>de</strong>sta condição entre os indivíduos. Em outras palavras, os mo<strong>de</strong>los não<br />

evi<strong>de</strong>nciam diferenças significativas na probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> indivíduos com características<br />

semelhantes (produtivas e não produtivas), mas resi<strong>de</strong>ntes em locais distintos, estarem ou não<br />

ocupados. Des<strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>lo inicial o coeficiente <strong>de</strong> correlação intra-estados é muito baixo e à<br />

medi<strong>da</strong> que a análise evoluí ele ten<strong>de</strong> a diminuir <strong>de</strong>vido à inclusão <strong>da</strong>s variáveis <strong>de</strong> controle.<br />

Apesar <strong>de</strong>stes resultados, teoricamente é plausível afirmar que as diferenças entre as<br />

estruturas produtivas estaduais têm influencias significativas sobre a probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

indivíduo estar ou não ocupado, pois a heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> na composição <strong>da</strong> força <strong>de</strong> trabalho<br />

entre regiões não é capaz por si só <strong>de</strong> explicar esta condição. O nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

uma região (representado aqui por seu nível <strong>de</strong> urbanização e diversificação do setor <strong>de</strong><br />

serviços) tem implicações diretas sobre as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que nela são <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s. Uma<br />

possível explicação para os resultados dos mo<strong>de</strong>los neste aspecto serem tão simplórios referese<br />

à extensão territorial <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> nível 2 analisa<strong>da</strong>s. A extensão estadual é<br />

relativamente ampla, o que acaba espalhando os efeitos <strong>da</strong>s economias <strong>de</strong> aglomeração, o que<br />

diminui a heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> nível 2. Fujita & Thisse (2000) <strong>de</strong>stacam que as<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem constituir-se nas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> análise do estudo <strong>da</strong> localização espacial <strong>da</strong>s<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s produtivas e seus possíveis <strong>de</strong>sdobramentos, pois é neste nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagregação<br />

espacial que ocorrem os diferentes tipos <strong>de</strong> interação entre os agentes econômicos e as<br />

resultantes inovações tecnológicas e sociais. Ou seja, como já evi<strong>de</strong>nciava Jacobs (1969), a<br />

análise seria mais rica se focasse nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, pois to<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> econômica passa e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />

mesmas. Evidências neste sentido foram encontra<strong>da</strong>s, por exemplo, por Fontes (2006) na<br />

análise dos diferenciais <strong>de</strong> salário entre diversos centros urbanos no Brasil.<br />

A limitação para a realização <strong>da</strong> análise neste nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagregação está relaciona<strong>da</strong> à<br />

fonte <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos utiliza<strong>da</strong>, PNAD, que não possui informações municipais.<br />

To<strong>da</strong>via, isto não <strong>de</strong>smerece o trabalho visto que o mesmo procura estabelecer os<br />

principais fatores que influenciam a condição <strong>de</strong> ocupação dos trabalhadores, o que já trás<br />

alguns resultados interessantes, por meio dos quais verificam-se os seguintes padrões <strong>de</strong><br />

ocupação:<br />

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