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As bases históricas da inovação podem ensinar muito o<br />

como fazer. Maquiavel, cap. VI, escreveu em “O Príncipe” :<br />

“Deve-se ter em conta que não há nada mais difícil de<br />

ser realizado, nem de sucesso mais duvidoso, nem de<br />

maior perigo e manejo, do que o estabelecimento de<br />

grandes inovações, pois o legislador tem por inimigos a<br />

todos aqueles que viviam bem no regime anterior, e só<br />

encontra tímidos defensores entre os favorecidos com o<br />

novo. Timidez é produto, em parte, do medo dos adversários<br />

favorecidos pelas antigas leis e, pela natural incredulidade<br />

dos homens que não estão convencidos de que<br />

uma coisa nova seja boa até que a experiência o prove.<br />

Isto faz com que os adversários de inovações formem<br />

um partido para combatê-las na ocasião propícia e, os<br />

que as defendem o fazem francamente, de forma que uns<br />

e outros representam um perigo para o novo regime.”<br />

“Para se tratar a questão a fundo, é preciso ver se os<br />

inovadores o são por iniciativa própria ou se tem que<br />

os apóie, isto é, se, para realizar sua empresa precisam<br />

apelar para a persuasão ou se podem empregar a<br />

força, pois no primeiro dos casos, sempre fracassam<br />

sem conseguir nada.” A força citada por Maquiavel era<br />

militar. Hoje se traduz, além desta, por poder financeiro,<br />

político, da imprensa, da internet, e a mais importante,<br />

grande mobilização da sociedade para inovar.<br />

A inovação vai inovar no Brasil? – A resposta dependerá<br />

se substituirmos a cultura ibérica – de leis, normas, regulamentos,<br />

portarias, que significa também falta de coragem<br />

– por ações. Uma inovação desta pode gerar<br />

outras inovações de vulto.<br />

Jorge Raggi, engenheiro geólogo, diretor da Geoconomica Minas<br />

(www.geoconomica.com.br) com atuação na área mineral, industrial e<br />

ambiental. Foi professor de engenharia de produção na Escola de<br />

Minas de Ouro Preto, (UFOP), e na Universidade Federal de Minas Ge-<br />

rais,(UFMG). Representou o Brasil no seminário de Proteção Ambiental,<br />

na cidade de Yalta, Ucrânia, convidado pela ONU. Possui várias publica-<br />

ções na área de engenharia de produção e ambiental. Autor do livro<br />

“Perícias Ambientais: Solução de Controvérsias e Estudos de Casos”, da<br />

Qualitymark, RJ, e do livro “Talento & Oportunidades”, da E-Papers, RJ.<br />

REFERÊNCIAS<br />

(1) – Jean Piaget em seu livro “Sabedoria e Ilusões da Filosofia”, Ed. Abril,<br />

SP, 1975, pág. 308, citando o filósofo francês Jacques Maritan.<br />

(2) – K. Lorenz em “Oito Pecados Mortais do Homem Civilizado”, Ed.<br />

Brasiliense, SP, 1988, pág. 86-91.<br />

(3) – Maquiavel em “O Príncipe” – Anotado por Napoleão Bonaparte,<br />

Ed. Rio, 1979, pág. 35.<br />

(4) – Revista Veja, 08/12/20<strong>10</strong>, “Entrevista”, Ed. Abril, SP, pág. 24.<br />

(5) – Eliezer Batista em comunicação pessoal, 05/03/2009

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