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Minas | Cenário da energia<br />
O carro elétrico usa baterias<br />
muito caras para mais autonomia e<br />
só será competitivo para pequenas<br />
distâncias, como pátio de fábricas,<br />
por exemplo.<br />
A cana de açúcar gera 16,5% da energia<br />
no Brasil, supera a hidroelétrica ao<br />
produzir com sinergia álcool e bagaço<br />
para energia, competitiva, distribuída,<br />
produzida na seca, renovável,<br />
rápida implantação, pouco vulnerável<br />
a crises. A energia elétrica da queima<br />
do bagaço superará Itaipu e crescerá,<br />
na medida em que crescem a produção<br />
de açúcar e álcool para o mercado<br />
interno e exportação. Logo<br />
atingirá 15% desta energia no Brasil.<br />
Destacam-se a Embrapa e laboratórios,<br />
como na Copersucar. A Única<br />
reúne produtores e realiza estudos, liderada<br />
por Marcos Jank.<br />
A produção do álcool, 30 bilhões<br />
de litros em 20<strong>10</strong>, ocupa 8% da<br />
área plantada no país, em terras degradadas<br />
ou liberadas por confinamento<br />
e 2,2% do potencial para<br />
lavouras. Sua fatia no PIB nacional<br />
e sua produtividade crescerão.<br />
Minas utiliza <strong>10</strong>% da gasolina-álcool do<br />
Brasil, produz 8% do álcool, crescentes,<br />
alterna com o Paraná a segunda produção,<br />
e em 2002 com 8% da produção<br />
paulista, passou em 2009 a 14%.<br />
Quarenta e três usinas em 2009 produziram<br />
2,3 bilhões de litros. A previ-<br />
são é de mais 20 usinas em Minas até<br />
2013, o que representa mais 4 bilhões<br />
de litros, investimentos de US$ 3,5<br />
bilhões e 50 mil empregos, a maior<br />
parte no Triângulo Mineiro. Até 2015<br />
as 55 usinas de álcool em Minas poderão<br />
gerar mais de 2 mil mw.<br />
A Secretaria de Desenvolvimento estimula<br />
destilarias e identifica com a Secretaria<br />
da Agricultura, áreas próprias<br />
para cana. Na safra 2008, foram processadas<br />
no Estado 44 milhões de toneladas<br />
de cana, produzindo 2,1 bilhões<br />
de litros de etanol, para consumo mineiro<br />
de 1,1 bilhão de litros. O BDMG<br />
é importante financiador do programa,<br />
junto com o BNDES.<br />
O Álcool anidro será energético<br />
brasileiro exportável, quase sem limites<br />
para mistura antipoluição.<br />
Protocolo para “Fim da Queima” até<br />
2014 foi assinado entre o Governo<br />
e o Sindicato de açúcar e álcool de<br />
Minas, presidido Dr. Luis Custodio<br />
Martins líder nacional atuante.<br />
A exemplo do programa Minas -<br />
PCHs, Pequenas Centrais Elétricas, do<br />
governo estadual, é estratégica a criação<br />
de um programa Minas Co-geração,<br />
em acordos de acionistas entre a<br />
Cemig e ou a Petrobras com os produtores<br />
de açúcar e álcool. A Cemig<br />
mantém permanente contato com os<br />
usineiros, inclusive para solução do<br />
acesso das usinas ao sistema elétrico.<br />
BIODIESEL<br />
Com tecnologia em evolução, o biodiesel<br />
exige subsídios. Pode ser adicionado<br />
ao diesel de petróleo em<br />
qualquer proporção.<br />
O consumo brasileiro de diesel é de<br />
40 bilhões ao ano, sendo <strong>10</strong> bilhões importados.<br />
O diesel gera 17% da energia<br />
do Brasil. Minas usa 13% do diesel do<br />
país. Seu custo em 2009 varia de<br />
R$ 0,90/l no Norte a R$ 1,42/l, no Sul.<br />
Produzido de soja, amendoim, mamona,<br />
dendê, pinhão manso, e sebo<br />
- é renovável, biodegradável, neutro<br />
em emissões. Sua viabilidade crescerá<br />
com resultados de pesquisas<br />
para variedades agrícolas com maior<br />
produtividade. Sua produção partindo<br />
de óleo de fritura e de sebo<br />
animal merece atenção.<br />
Em mistura compulsória, hoje a 3%,<br />
a meta é atingir 5% até 2012, correspondendo<br />
a 0,85% da energia do<br />
país. A Petrobras produz 290 milhões/ano,<br />
inclusive em Montes Claros.<br />
A BR e a mineira ALE são<br />
distribuidores. A Malásia produz<br />
120 vezes mais que o Brasil.