Os japoneses e a teicultura no município de Registro-SP - PGE/UEM
Os japoneses e a teicultura no município de Registro-SP - PGE/UEM
Os japoneses e a teicultura no município de Registro-SP - PGE/UEM
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Quadro 4: Entrada <strong>de</strong> folhas ver<strong>de</strong>s (in natura) nas fábricas <strong>de</strong> chá do Estado <strong>de</strong> São Paulo entre os a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 1948<br />
a 1977<br />
Fonte: Adaptado do Instituto <strong>de</strong> Eco<strong>no</strong>mia Agrícola (IEA), 1979.<br />
A <strong>teicultura</strong> domi<strong>no</strong>u o quadro agrário do Vale do Ribeira. A paisagem rural, antes<br />
composta <strong>de</strong> lavouras temporária, (arroz, banana) e permanente (café), foi praticamente<br />
tomada pelo cultivo do chá, que visualmente representava um extenso tapete ver<strong>de</strong> que se<br />
perdia pelas colinas.<br />
Em 1944, havia aproximadamente 45 fábricas, muitas <strong>de</strong>ssas eram “fabriquetas” que<br />
apenas secavam e moíam a folha do chá (Figuras 15 e 16), sendo que a parte do<br />
beneficiamento cabia às fábricas maiores. As fábricas <strong>de</strong> peque<strong>no</strong> porte somavam-se 34 ao<br />
todo, com capacida<strong>de</strong> para até uma tonelada. A produção total <strong>de</strong>ssas atingia<br />
aproximadamente 378 toneladas (TSUKAMOTO, 1994).<br />
Figura 15 – Secador <strong>de</strong> chá Figura 16 – Moedor <strong>de</strong> chá<br />
Foto: Alessandro Aoki, 2008 Foto: Alessandro Aoki, 2008.<br />
O chá brasileiro teve boa aceitação <strong>no</strong> mercado internacional, por sua boa qualida<strong>de</strong>,<br />
que era superior à <strong>de</strong> sua vizinha concorrente, a Argentina. Encontrava-se nas condições<br />
naturais favoráveis, como o clima e o relevo, a justificativa para a diferença na qualida<strong>de</strong>.<br />
Vale <strong>de</strong>stacar que a <strong>de</strong>manda pelo produto era gran<strong>de</strong>, porém a ativida<strong>de</strong> ainda era<br />
recente e pouco <strong>de</strong>senvolvida, enquanto técnicas empregadas, o que <strong>de</strong>mandava investimentos<br />
para melhoria nesse setor. Além disso, havia a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capital para realizar toda a<br />
logística que <strong>de</strong>mandaria a relação com o mercado exter<strong>no</strong>.<br />
Para atingir o mercado exter<strong>no</strong> ao <strong>município</strong>, os produtores <strong>de</strong> <strong>Registro</strong> tiveram que<br />
repassar o chá para uma empresa <strong>de</strong> maior capital, <strong>no</strong> caso, a Cooperativa Agrícola <strong>de</strong> Cotia<br />
68