Marisa Valladares - Uninove
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novamente narradores, apenas mais libertos de modelos, de prescrições que aprisionam<br />
e mais produtores de propostas, de apostas que funcionam como luzes, gestadas como<br />
cintilâncias para iluminar o processo de formação como um todo, pela problematização,<br />
pela potencialização de possíveis...<br />
Continuar atenta às narrativas de outros professores acerca de modos como se efetuam<br />
estágios implica considerar que suas histórias revelam suas compreensões sobre a<br />
organização curricular, implica em não esquecer que essas narrativas correspondem às<br />
suas posições diante do que avaliam na legislação que orientou tal organização: são<br />
trajetos de suas formações no jogo de ata e desata fios que, como sujeitos em formação,<br />
nós realizamos. E, como lembra Certeau (1994, p.200): “Todo relato é um relato de<br />
viagem.”<br />
Hibridizam-se alternativas de posturas filosóficas, políticas, culturais, religiosas,<br />
pedagógicas para proclamarem<br />
[...]um convite a compartilhar desafios na construção incerta do<br />
futuro, propomos reconhecer medos e desconfianças – sem<br />
tantos compromisso de heroísmos, mas como prazer de quem<br />
deseja intensificar a vida para todos – participando desta<br />
invenção diuturna de processos de aprendizagem e ensino que se<br />
conjuguem com movimentos que – em diferentes campos de<br />
atuação humana e social – resistem às desigualdades e ao<br />
pensamento único, apropriando-se deste tempo de armar, mas<br />
também de amar.(LINHARES, 2001, p. 16)<br />
Investigar, problematizar zonas de fronteiras por meio de narrativas formativas de<br />
outrem é (re)inscrever outras narrativas formativas que se iniciam com a aproximação<br />
de outras, com o recorte para registro feitos a partir delas para nos fazer outros<br />
narradores (BENJAMIN, 1994).<br />
As pistas sinalizadas me provocam e insistem em reforçar a potência das histórias de<br />
vida: se elas nos apontam aqui os atravessamentos que cruzam as zonas de fronteiras,<br />
por que não nos valermos delas para conhecer melhor nossas perspectivas como<br />
professores de academia e de escola, assim como de nossos alunos? Como potencializar<br />
nossas trajetórias, proporcionando-nos a formação que caracteriza o narrar-se a si<br />
mesmo?<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS