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produção teórica em economia regional - das formulações ... - LinkPE

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agentes produtores, grau de relacionamento entre as <strong>em</strong>presas, cooperação<br />

interfirmas, costumes, tradições, religião, etnia, laços culturais etc.<br />

Assim, a teoria do desenvolvimento local apoia-se nas teorias sobre o crescimento endógeno,<br />

ou seja, reconhece que o conhecimento do potencial endógeno de uma região possibilita a<br />

análise dos el<strong>em</strong>entos que dev<strong>em</strong> ser utilizados na formulação de estratégias de<br />

desenvolvimento para o local.<br />

De acordo com Barone e Moraes (2001, p. 125), “A teoria do crescimento endógeno significa<br />

simplesmente crescimento econômico resultante do interior do sist<strong>em</strong>a econômico de um<br />

país”. Neste sentido, o movimento de endogeneização do desenvolvimento <strong>regional</strong> está<br />

relacionado ao crescimento da importância <strong>das</strong> regiões no sist<strong>em</strong>a econômico global, já que<br />

uma parte significativa do crescimento pode ser induzida pela mudança tecnológica e<br />

organizacional que, por sua vez, está relacionada a forças locais como educação, aprendizado<br />

no trabalho, lideranças e instituições regionais e ações governamentais.<br />

Há que se ressaltar que foram os economistas americanos Paul Romer e Robert Lucas os<br />

precursores da teoria do desenvolvimento endógeno. A concepção tradicional, por atribuir aos<br />

fatores exógenos papel determinante no processo de crescimento da <strong>produção</strong> s<strong>em</strong> enfatizar<br />

os el<strong>em</strong>entos endógenos, acabou gerando insatisfação por parte de alguns economistas, que<br />

resolveram então refutá-la, elaborando a teoria do crescimento endógeno. Romer e Lucas<br />

começaram a elaborar seus modelos partindo do reconhecimento de que o aumento do<br />

produto é determinado por outros fatores de <strong>produção</strong> além dos tradicionais capital físico e<br />

força de trabalho. Para eles, capital humano, ciência e tecnologia, instituições, pesquisa e<br />

desenvolvimento; antes considerados exógenos, com grau de influência quase nulo na<br />

determinação do crescimento, dev<strong>em</strong> ser aceitos como endógenos, como fatores que faz<strong>em</strong><br />

parte do processo produtivo e que influenciam no nível de crescimento e desenvolvimento<br />

(LOPES, 2003). A tese central da teoria do desenvolvimento endógeno é que um país, região<br />

ou local melhor munido desses fatores pode aumentar com maior facilidade a produtividade<br />

da <strong>economia</strong>, acelerando o crescimento e possibilitando uma melhor distribuição da renda.<br />

Assim, é na valorização e incorporação desses novos fatores à teoria tradicional que reside a<br />

contribuição da teoria do crescimento endógeno para os campos teórico e prático <strong>das</strong> políticas<br />

de desenvolvimento <strong>regional</strong>/local.<br />

Segundo Amaral Filho (1996), para crescer a longo prazo com distribuição de renda e<br />

impacto ambiental reduzido, uma estratégia de desenvolvimento deve incorporar e valorizar<br />

os fatores de <strong>produção</strong> destacados pela nova teoria. O autor ainda afirma que o crescimento<br />

não se expande espontaneamente de uma região para a outra por processo de polarização<br />

como previa a teoria econômica tradicional. Por isso, é preciso dotar o local ou região de<br />

fatores locacionais econômicos capazes de criar um sist<strong>em</strong>a produtivo com efeitos<br />

multiplicadores que se propagu<strong>em</strong> de maneira cumulativa, transformando a região <strong>em</strong> um<br />

aglutinador de novos fatores atividades. Neste sentido, recomenda-se a implantação de<br />

projetos econômicos de caráter estruturante com uma cadeia de atividades interliga<strong>das</strong>.<br />

Os projetos de desenvolvimento pod<strong>em</strong> estar ligados a algum tipo de vocação da<br />

região, como a existência de atividades típicas ou históricas, ou alguma atividade<br />

econômica criada pelo planejamento <strong>em</strong> função da vontade política <strong>das</strong> lideranças<br />

locais ou regionais. Não há receita pronta para esse tipo de desenvolvimento.<br />

(AMARAL FILHO, 1996, p. 57).

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