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produção teórica em economia regional - das formulações ... - LinkPE

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força a ideia de que localidades e territórios dispõ<strong>em</strong> de recursos econômicos, humanos,<br />

institucionais e culturais que formam seu potencial de desenvolvimento, não sendo<br />

essencialmente necessária a instalação de grandes <strong>em</strong>preendimentos industriais.<br />

Levando <strong>em</strong> conta a divergência existente entre as pr<strong>em</strong>issas defendi<strong>das</strong> pelas distintas teorias<br />

de desenvolvimento <strong>regional</strong>, o presente artigo t<strong>em</strong> por objetivo apresentar os conceitos e os<br />

pressupostos básicos de cada uma apontando seus principais autores. Especificamente, buscase<br />

identificar a influência de tal <strong>produção</strong> <strong>teórica</strong> sobre as políticas de desenvolvimento já<br />

formula<strong>das</strong> por governos de diversos países, dentre eles o Brasil, investigando <strong>em</strong> que medida<br />

as ações impl<strong>em</strong>enta<strong>das</strong> obtiveram êxito.<br />

Além desta introdução, o artigo apresenta três seções. Na primeira, destaca-se que, <strong>em</strong>bora os<br />

estudos <strong>em</strong> Economia Regional tenham se iniciado no século XIX, com as Teorias Clássicas<br />

da Localização, tal área só viria ganhar destaque e firmar-se como campo de conhecimento<br />

específico e sist<strong>em</strong>atizado a partir dos anos 1950. A segunda seção apresenta os pressupostos<br />

básicos <strong>das</strong> teorias de desenvolvimento <strong>regional</strong> com ênfase nos fatores de aglomeração,<br />

destacando-se os trabalhos de Perroux (1955), Myrdal (1965) e Hirschman (1962). Por fim, a<br />

seção três aborda a transição conceitual pela qual passou a Economia Regional a partir dos<br />

anos 1980, quando os modelos endógenos começaram a ganhar força enfatizando a<br />

importância <strong>das</strong> particularidades de cada região e o papel dos atores locais na indução do<br />

crescimento.<br />

Primeiros estudos <strong>em</strong> Economia Regional: as Teorias Clássicas da Localização<br />

De acordo com Souza (1981), a questão espacial foi, por muito t<strong>em</strong>po, negligenciada da<br />

análise econômica, especialmente <strong>em</strong> função do longo predomínio <strong>das</strong> ideias defendi<strong>das</strong> pela<br />

teoria tradicional. As teorias clássica e neoclássica afirmavam que as forças de mercado<br />

seriam suficientes para conduzir o sist<strong>em</strong>a econômico ao equilíbrio, propiciando a perfeita<br />

harmonia na distribuição da renda entre as regiões. Além disso, como se apoiavam nos<br />

pressupostos de concorrência perfeita, pleno <strong>em</strong>prego, mobilidade de fatores de <strong>produção</strong> e<br />

flexibilidade de preços e salários, não consideravam o el<strong>em</strong>ento espaço <strong>em</strong> suas análises,<br />

fundamentando-se <strong>em</strong> um mundo estático e s<strong>em</strong> dimensões no qual o fator t<strong>em</strong>po era a<br />

variável mais importante.<br />

Também contribuiu para o atraso da análise espacial o perfil <strong>das</strong> políticas econômicas<br />

impl<strong>em</strong>enta<strong>das</strong> pelos governos centrais até a primeira metade do século XX. Tais políticas,<br />

que tinham como preocupação central as questões macroeconômicas, estavam volta<strong>das</strong><br />

basicamente para t<strong>em</strong>as relacionados à inflação, ao pleno <strong>em</strong>prego e à distribuição de renda<br />

entre as classes sociais. Como os probl<strong>em</strong>as regionais mostravam-se com menor evidência,<br />

foram praticamente ignorados pelos formuladores <strong>das</strong> políticas.<br />

Assim, a Economia Regional, entendida como o estudo da diferenciação espacial e <strong>das</strong> interrelações<br />

entre as áreas dentro de um sist<strong>em</strong>a nacional de regiões (DUBEY, 1977), só viria<br />

ganhar destaque e firmar-se como campo de conhecimento específico e sist<strong>em</strong>atizado a partir<br />

dos anos 1950, quando a t<strong>em</strong>ática do planejamento <strong>regional</strong> passa a ocupar o centro <strong>das</strong><br />

agen<strong>das</strong> governamentais e <strong>das</strong> instituições de coordenação econômica e política do mundo<br />

ocidental.

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