Baixe em pdf - Instituto de Psicologia da USP
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Fernando César Capovilla e outros<br />
it<strong>em</strong> preto. Esta criança usou uma estratégia interpretativa <strong>de</strong> ir <strong>da</strong><br />
esquer<strong>da</strong> à direita, a mesma estratégia que apren<strong>de</strong>u a usar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />
começou a ir à escola e ser alfabetiza<strong>da</strong>. Numa outra prancha, outra<br />
estratégia po<strong>de</strong> ser requeri<strong>da</strong> para a solução do probl<strong>em</strong>a, como por<br />
ex<strong>em</strong>plo, ir <strong>de</strong> cima para baixo. Na maior parte dos testes <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong><br />
probl<strong>em</strong>as, como <strong>em</strong> Raven e <strong>em</strong> Nomos, <strong>em</strong>pregados no presente<br />
estudo, os princípios <strong>de</strong> organização dos probl<strong>em</strong>as variam <strong>de</strong> um a outro<br />
it<strong>em</strong>, e conseqüent<strong>em</strong>ente o examinando <strong>de</strong>ve usar novas estratégias para<br />
reinterpretar os mesmos el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> maneira diferente <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> it<strong>em</strong>,<br />
até <strong>de</strong>scobrir o princípio correto.<br />
Quando o princípio <strong>de</strong> organização <strong>da</strong>s pranchas passa a incluir<br />
mais dimensões (orientação espacial, número etc.) é possível que a<br />
codificação do examinando <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> levar <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração to<strong>da</strong>s essas<br />
dimensões. As pranchas que <strong>de</strong>tectam a tendência a tal codificação<br />
parcial foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s por Raven como erros <strong>de</strong> “compreensão<br />
parcial”. Já quando há uma falha no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias<br />
reinterpretativas, os erros passam a envolver a repetição dos mesmos<br />
princípios <strong>da</strong>s pranchas anteriores. As pranchas que <strong>de</strong>tectam a tendência<br />
à rigi<strong>de</strong>z na codificação também foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s por Raven como<br />
erros <strong>de</strong> “repetição”.<br />
NOMOS<br />
Nomos (Capovilla, Macedo & Feitosa, 1991; Macedo, 1994) é um<br />
software programado para proce<strong>de</strong>r à análise experimental do<br />
comportamento epistêmico, <strong>de</strong>finido como o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> formular<br />
regras a partir <strong>da</strong> observação <strong>de</strong> sequências <strong>de</strong> eventos. Emprega o<br />
paradigma <strong>de</strong> Engelmann e Carnine (1982) a<strong>da</strong>ptado por Alessi (1987),<br />
que é explicado mais abaixo. Abor<strong>da</strong> o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> quadros relacionais<br />
(Hayes & Hayes, 1989) e propõe um novo método para sua análise<br />
experimental que difere do tradicional procedimento <strong>de</strong> discriminação<br />
condicional <strong>de</strong> Sidman e Tailby (1982) usado para produzir equivalência<br />
<strong>de</strong> estímulos. Para compreen<strong>de</strong>r a importância teórica <strong>de</strong> Nomos <strong>em</strong><br />
análise do comportamento enquanto um novo paradigma para pesquisa<br />
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