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Baixe em pdf - Instituto de Psicologia da USP

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Fernando César Capovilla e outros<br />

contextual po<strong>de</strong> ter um efeito dissociativo sobre a m<strong>em</strong>ória apenas<br />

quando tal mu<strong>da</strong>nça for acompanha<strong>da</strong> por uma alteração no estado <strong>de</strong><br />

ânimo do participante. Sua “hipótese <strong>de</strong> mediação pelo estado <strong>de</strong> ânimo”<br />

afirma que os eventos tornam-se associados na m<strong>em</strong>ória com os estados<br />

<strong>de</strong> ânimo, mas não com contextos ambientais inci<strong>de</strong>ntais. Nas palavras<br />

<strong>de</strong> Smith (1995), os resultados <strong>de</strong> Eich implicam que “o estado <strong>de</strong> ânimo<br />

é um <strong>de</strong>terminante mais forte do contexto mental do que o próprio<br />

ambiente.” (p.309). Em suma, parece possível que atribuições <strong>de</strong><br />

causali<strong>da</strong><strong>de</strong> possam modificar estados <strong>de</strong> ânimo e que estes, por sua vez,<br />

possam afetar o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho cognitivo subseqüente.<br />

No presente estudo, universitários foram submetidos a diferentes<br />

para-instruções, logo antes <strong>de</strong> participar<strong>em</strong> voluntariamente <strong>de</strong> uma<br />

tarefa computadoriza<strong>da</strong> <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as. As para-instruções<br />

eram <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a estabelecer diferentes atribuições <strong>de</strong> causali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>em</strong><br />

relação ao <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho na tarefa. Num dos grupos a para-instrução<br />

atribuía o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho dos participantes na tarefa computadoriza<strong>da</strong> ao<br />

fator interno estável “inteligência”; no outro, ao fator externo instável<br />

“quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do software”. Foram examinados os efeitos <strong>de</strong>ssas parainstruções<br />

sobre o envolvimento <strong>de</strong> ego, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> estados <strong>de</strong> ânimo<br />

indicativos <strong>de</strong> compromisso e <strong>de</strong> <strong>de</strong>scompromisso com a tarefa, e <strong>em</strong><br />

segui<strong>da</strong>, sobre o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho cognitivo dos participantes naquela tarefa.<br />

Além disso, por meio <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> um teste tradicional relacionado,<br />

foram toma<strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho cognitivo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong>quela<br />

tarefa, e <strong>em</strong> relação às quais não haviam sido feitas atribuições <strong>de</strong><br />

causali<strong>da</strong><strong>de</strong> nas para-instruções. Assim, o presente estudo procura<br />

examinar algumas relações entre atribuição <strong>de</strong> causali<strong>da</strong><strong>de</strong>, estados <strong>de</strong><br />

ânimo e resolução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as, com o objetivo <strong>de</strong> contribuir <strong>de</strong> algum<br />

modo para a compreensão <strong>da</strong>s complexas relações entre cognição, humor<br />

e <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho, enquanto mecanismos eventualmente subjacentes a<br />

artefatos <strong>de</strong> pesquisa na relação sujeito-experimentador.<br />

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