Baixe em pdf - Instituto de Psicologia da USP
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Fernando César Capovilla e outros<br />
com aval institucional. De acordo com tal arrazoado, é possível que ao<br />
apresentar-se para o experimento os participantes já estivess<strong>em</strong><br />
suficient<strong>em</strong>ente compromissados com a tarefa, e também que, pelo<br />
menos até o término <strong>de</strong>la, seu <strong>de</strong>scompromisso não aumentaria<br />
significativamente, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente <strong>da</strong> instrução.<br />
Quando se diz que os grupos eram comparáveis logo <strong>de</strong> início,<br />
<strong>de</strong>ve-se l<strong>em</strong>brar que o grupo <strong>de</strong> baixo envolvimento apresentava uma<br />
diferença no estado <strong>de</strong> ânimo que o <strong>de</strong> alto não apresentava. Assim, antes<br />
<strong>de</strong> qualquer manipulação, o grupo <strong>de</strong> baixo envolvimento sentia-se mais<br />
compromissado do que <strong>de</strong>scompromissado com a tarefa. Porém, tal<br />
diferença entre os estados <strong>de</strong> ânimo <strong>de</strong>sapareceu após a manipulação, e<br />
permaneceu assim mesmo após o Nomos. Já o grupo <strong>de</strong> alto<br />
envolvimento que apresentava estados <strong>de</strong> ânimo comparáveis antes <strong>da</strong><br />
manipulação, passou a sentir-se mais compromissado do que<br />
<strong>de</strong>scompromissado com a tarefa após a manipulação, e permaneceu<br />
assim mesmo após o Nomos.<br />
O procedimento <strong>de</strong> manipulação <strong>de</strong> ego, com efeitos confirmados<br />
pelas mu<strong>da</strong>nças <strong>em</strong> estado <strong>de</strong> ânimo <strong>de</strong>tecta<strong>da</strong>s via LEP, também afetou<br />
o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho edutivo subseqüente <strong>em</strong> Nomos. Participantes expostos a<br />
para-instruções <strong>de</strong> alto envolvimento tiveram <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho edutivo <strong>em</strong><br />
Nomos significant<strong>em</strong>ente superior ao <strong>da</strong>queles expostos a parainstruções<br />
<strong>de</strong> baixo envolvimento. O mesmo, no entanto, não ocorreu<br />
com Raven, <strong>em</strong> que o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho dos grupos não revelou diferenças<br />
que pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> ser atribuí<strong>da</strong>s à manipulação <strong>de</strong> envolvimento. Isto po<strong>de</strong><br />
parecer surpreen<strong>de</strong>nte, já que o grupo <strong>de</strong> alto envolvimento sentia-se<br />
significant<strong>em</strong>ente mais compromissado do que <strong>de</strong>scompromissado tanto<br />
antes <strong>de</strong> Nomos como antes <strong>de</strong> Raven.<br />
Para compreen<strong>de</strong>r isto, é preciso l<strong>em</strong>brar que aquela manipulação<br />
havia sido feita por meio <strong>de</strong> para-instruções especificamente relaciona<strong>da</strong>s<br />
a Nomos, e não a Raven. Assim, <strong>em</strong>bora os participantes tivess<strong>em</strong> sido<br />
submetidos a Raven com estados <strong>de</strong> ânimo comparáveis àqueles <strong>de</strong><br />
quando haviam sido expostos a Nomos (isto é, os <strong>de</strong> baixo envolvimento,<br />
com ânimo <strong>de</strong> compromisso rebaixado; e os <strong>de</strong> alto envolvimento, com<br />
ânimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scompromisso rebaixado ain<strong>da</strong> mais), seu <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho<br />
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