da Nova Exposição Anteprojeto - PPGAS

Nacional foi fundamental para que o projeto obtivesse maior conhecimento a
respeito das características físicas do Palácio e dos seus requisitos como patrimônio
tombado, uma vez que pode precisar melhor as suas dimensões físicas e suas condições
construtivas. Neste aspecto, as intervenções arquitetônicas propostas tiveram um
substancial avanço quanto à consolidação das suas bases técnicas.
Por outro lado, o PNE carece ainda de dados e informações que são vitais à sua
exeqüibilidade . Resultados de sondagens de solo e definições sobre refrigeração e
climatização são fatores primordiais para atestar a viabilidade técnica do anteprojeto.
A consecução desses serviços, os quais estavam previstos para serem contratados a
terceiros, não se concretizou. As iniciativas de se conseguir os recursos financeiros
não foram suficientes para vencer a difícil conjuntura nacional da economia, imposta
por um primeiro ano de mandato presidencial.
Sob outra dimensão - a integração político-institucional -, que se aplica
também às intervenções propostas, as iniciativas contidas no planejamento não
obtiveram os resultados desejados. É importante lembrar que o PROGRAMA DE
DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO DO MUSEU NACIONAL comporta uma
série de outros projetos que se entrelaçam com o PNE. Esta condição demanda uma
efetiva integração das várias partes responsáveis pelos projetos em andamento.
O Museu Nacional caminha desde 1996 num progressivo processo de restauração
patrimonial e de ampliação das suas áreas técnicas e administrativas. A execução de
tais mudanças fica também limitada pela manutenção das atividades da instituição,
pois não podem representar interrupção da vida acadêmica, técnica e científica do
Museu Nacional. Isto requisita uma programação apurada de cada etapa das obras.
Nesse universo, as propostas contidas no PNE se cruzam com as previsões estipuladas
pelo setor responsável pelas iniciativas de restauro e ampliação.
No tocante a este aspecto, a integração se faz vital como definido no plano de trabalho
apresentado ao CNPq; contudo, esse processo ficou relegado a um plano secundário. A
pouca sensibilidade e falta de movimentação por parte dos responsáveis pelos demais
projetos resultaram na não convergência de objetivos de todas as partes envolvidas.
Ainda quanto ao planejamento e gestão do projeto, devemos apontar a necessidade
permanente de assegurar a consistência de todo um trabalho já desenvolvido, pois
além do respeito ao aporte financeiro respectivo deve-se preservar a sua essência
técnico-científica consolidada num processo participativo, candente e dialético.
As propostas arquitetônicas representam um perfeito diálogo entre as demandas
patrimoniais, científicas, pedagógicas, ergonométricas, técnicas, institucionais entre
outras, discutidas e articuladas em várias instâncias do Museu Nacional.
Sob esta perspectiva, a falta de integração e o conseqüente desajuste dos meios e
objetivos de todos os projetos desenvolvidos dentro do âmbito institucional coloca o
PNE numa plataforma vulnerável, em especial quanto às propostas de intervenção
arquitetônica e suas irreparáveis conseqüências na conceituação científica das
exposições.
Deve-se ressaltar que as intensas iniciativas em curso para as obras de restauro e
ampliação, trazem no seu bojo um movimento potencialmente indutor de eventuais
mudanças ou adaptações que podem comprometer o eixo conceitual do PNE.
De modo oposto, a integração da equipe técnico-científica do projeto com a Comissão
de Exposição do Museu Nacional, instância responsável pelas discussões conceituais,
Anteprojeto da Nova Exposição do Museu Nacional
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