continuou - Ministério Público - RS
continuou - Ministério Público - RS
continuou - Ministério Público - RS
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
muito novo na 2ª Instância, e o que se diz, não sei até onde isto tem fundamento, é que<br />
ele teria dificuldade para a indicação pelo Colégio de Procuradores por ser um<br />
procurador muito recente, mas, na classe, ele tinha muito prestígio e teria muita<br />
facilidade em se eleger. Recordo-me que o José Emanuel Burle Filho, que seria o<br />
procurador que sucederia o Araldo Dal Pozzo, não se conformava com essa solução,<br />
ele chegou a me dizer que disputaria com o Renato na classe, mas este acabou indo<br />
para uma assessoria do Governador Fleury e depois foi para o Tribunal de Contas, de<br />
modo que o Burle foi o procurador-geral que sucedeu o Araldo.<br />
O Fleury, como eu disse, foi eleito em 1982 e reeleito em 1984, era presidente da<br />
CAEMP ou Conamp, foi para a Secretaria da Segurança e, na sucessão do Quércia, foi<br />
eleito governador. O Cláudio Ferraz de Alvarenga deixou a Procuradoria-Geral no<br />
começo de 1990 para assumir a Casa Civil do Governador, já na articulação da<br />
candidatura do Fleury a governador. O Cláudio <strong>continuou</strong> na Casa Civil com o Fleury,<br />
foram alguns procuradores, me lembro que foi o Antônio Pádua Bertoni Pereira, o<br />
Mágino Alves Barbosa Filho e mais alguns outros. Mais adiante, em 1993, foi o Renato<br />
Martins Costa. Surgiu na imprensa uma expressão “A República dos Promotores”, essa<br />
aproximação muito grande do <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> com o Executivo rendeu muita crítica<br />
na imprensa, e nós também criticamos, eu escrevi alguns artigos, o Marrey escreveu<br />
outros, assim como o Marco Petrelluzzi, e isto teve uma contestação interna muito forte,<br />
diziam que estávamos levando assunto interno para discussão pública, e nós<br />
replicávamos dizendo que não havia nenhum canal interno de discussão.<br />
Quando da elaboração da Lei Orgânica Estadual houve, a certa altura, uma<br />
dissidência no grupo que era liderado pelo Araldo Dal Pozzo, o procurador-geral, o<br />
Antônio Augusto Melo de Camargo Ferraz, que era ligado a ele, acabou formando uma<br />
dissidência, para onde foi o Hugo Mazzilli, que tinha sido presidente da Associação<br />
sucedendo o Araldo (este foi para a Procuradoria-Geral quando saiu o Cláudio Ferraz<br />
de Alvarenga, em 1990, que assumiu a Casa Civil). O Araldo era presidente da<br />
Associação e quando foi para a Procuradoria-Geral, o Hugo Mazzilli terminou o<br />
mandato dele. O Hugo Mazzilli fazia parte desse grupo do Antônio Augusto de Camargo<br />
12