continuou - Ministério Público - RS
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E com cobrança que se seguiu, sempre pelo grupo do jornal Estado, o Tribunal<br />
se reuniu e soltou uma nota dizendo que não tinha nada a fazer, porque não pode ter<br />
iniciativa, a qual caberia ao <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong>. Então o Colégio de Procuradores se<br />
reuniu e o Procurador Hélio Bicudo foi designado para cuidar dessa repressão, inclusive<br />
fazendo a apuração, porque a polícia não a faria. Ele era assessorado, em princípio,<br />
pelos Promotores José Sylvio Fonseca Tavares, que se aposentou há pouco como<br />
procurador, e Dirceu de Mello, que depois foi para o Tribunal pelo quinto constitucional.<br />
Ele permaneceu até a compulsória, se aposentando como presidente do Tribunal.<br />
Então, eles iniciaram a repressão ao Esquadrão, algum tempo depois, o Procurador<br />
Bicudo acabou sendo afastado do processo e, com isso, as críticas do Estadão<br />
recrudesceram. Quando o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong>, a juízo deles, “derrapava”, o Estadão “caía<br />
de porrete”, assim foi no caso do Prefeito de Santos, que era o General, cujo último<br />
sobrenome é Brasil, foi envolvido num problema qualquer, numa suspeita de corrupção.<br />
Mais adiante, o Ronaldo Marzagão também foi afastado, porque fazia uma apuração<br />
num caso, parece que de uma empresa que construía prédios escolares, e isso<br />
preocupava muito políticos em grande evidência. Portanto, um dos pontos principais<br />
desse anteprojeto de lei era criar obstáculo ao afastamento de promotores de<br />
processos, por ato do procurador-geral. Aliás, lá no Rio Grande do Sul -<br />
acompanhávamos aqui a distância - houve uma tentativa de afastar o promotor que<br />
cuidava daquele caso do Didi Pedalada, no qual não foi possível mudar o promotor<br />
porque os demais se recusaram a assumir seu lugar, ouvi esse relato, não sei até que<br />
ponto isso é real, mas parece que houve a tentativa abortada. O que ouvi contar é que<br />
não conseguiram, mas aqui houve alguns afastamentos sucessivos. Esse anteprojeto<br />
se tornou projeto, chegou a ser apresentado no governo Sarney, depois foi retirado pelo<br />
Collor. Quando ele foi apresentado, houve uma série de emendas, todas do grupo que<br />
então dominava a CONAMP, do qual fazia parte a Associação paulista, no sentido de<br />
manter a ordem que dava grande poder para o procurador-geral, enfim, manter aquela<br />
situação que vinha da Lei nº 40.<br />
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