continuou - Ministério Público - RS
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No momento em que o Conselho ia fazer a indicação, conseguimos que o Airton<br />
Florentino de Barros e o José Guerra Armede, que eram muito antigos, emprestassem<br />
o nome para impetrar o mandado de segurança contra essa forma de provimento<br />
(tinham interesse, porque eram mais antigos que todos os designados e a disposição<br />
legal afastava o critério de antigüidade nesse primeiro provimento); foi dada a liminar, e<br />
o professor José Afonso da Silva nos deu um parecer e o mandado de segurança,<br />
depois, foi concedido definitivamente. O advogado era o mesmo José Roberto Gouvêa,<br />
da comissão formada pelo José Celso de Mello Filho para elaborar o projeto de lei<br />
orgânica nacional e que depois encabeçou chapa para a APMP e a seguir se<br />
aposentou. De modo que, foi um período de muita discussão, inclusive pública, o<br />
procurador-geral ficou em minoria no Conselho.<br />
O senhor tinha me perguntado da década de 80, eu já entrei na década de 90.<br />
Memorial - GA: Mas eu estou achando ótimo, porque o nosso livro tem um<br />
capítulo sobre a década de 80, Constituinte, e finaliza com um capítulo sobre a década<br />
de 90.<br />
Entrevistado: Aqui há um outro problema, uma outra questão que é uma velha<br />
disputa, agora amainou bastante, mas lá atrás, em 1982, no começo de 1983, no<br />
governo Montoro, pela primeira vez o procurador-geral ia ter mandato. E as principais<br />
lideranças desse grupo, talvez a principal fosse o João Lopes Guimarães, que tinha<br />
sido Chefe de Gabinete do Secretário do Interior, Rafael Baldacci. Quando o Rafael<br />
Baldacci se desincompatibilizou para disputar uma vaga na Câmara Federal ou na<br />
Assembléia, agora não me lembro, mas no final ele ficou como Secretário do Interior,<br />
isso no governo Paulo Egydio. Já no governo Maluf, foi secretário do Prefeito Reynaldo<br />
de Barros. É uma suposição minha, creio que eles acharam que seria difícil, na<br />
passagem para o PMDB, ir para a Procuradoria-Geral, alguém que vinha do governo do<br />
PDS, e as lideranças — a principal liderança era o Cláudio Alvarenga que ainda era<br />
muito novo na Procuradoria — acabaram se fixando no Paulo Salvador Frontini, que<br />
tinha sido Promotor de Falências e que já tinha estado no Governo Federal, numa<br />
autarquia e depois no <strong>Ministério</strong> da Justiça.<br />
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