14.04.2013 Views

Exegese do Alcorão Sagrado - Parte II - Mesquita do Brás

Exegese do Alcorão Sagrado - Parte II - Mesquita do Brás

Exegese do Alcorão Sagrado - Parte II - Mesquita do Brás

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Abdullah Al Kalbi foi arremessada na direção de Hussein<br />

(A.S.), sua mãe pegou a cabeça <strong>do</strong> filho, limpou o<br />

sangue e a terra, pegou uma estaca e saiu para a luta.<br />

Hussein (AS) apareceu para levá-la de volta para as tendas,<br />

para junto das outras mulheres. Ela pegou na ponta<br />

de seu manto e lhe disse: “Não retornarei ou morrerei<br />

contigo.” O Imam Hussein (A.S.) disse-lhe: “Que Deus os<br />

recompense pelo que sacrificaram pelos familiares de seu<br />

Mensageiro. Retorne para junto das outras mulheres, que<br />

Deus tenha piedade de você.” Também falou: “Volte, ó,<br />

mãe de Wahb, você e seu filho estarão com o Mensageiro<br />

de Deus (S), pois as mulheres não são obrigadas a lutar<br />

pela causa de Deus.”<br />

7. A conservação da benevolência e da sensibilidade. A<br />

sensibilidade e a benevolência são questões que a maioria<br />

das operações revolucionárias esquece, consideran<strong>do</strong><br />

as inspirações de simpatia empecilhos no caminho<br />

da vitória. O Imam Hussein (A.S.), porém, levou em<br />

consideração os sentimentos e as sensibilidades, porque<br />

havia se rebela<strong>do</strong> por eles. Portanto, como poderia ignorá-los?<br />

Quan<strong>do</strong> Amru Ibn Junáda Al-Ansári, cheio de<br />

entusiasmo e coragem, foi pedir autorização a Hussein<br />

(A.S.) para combater os inimigos, estan<strong>do</strong> com apenas<br />

onze anos de idade, depois de ver o pai ser morto na<br />

mesma batalha, o Imam (A.S.) negou lhe. Disse: “Esse<br />

é um jovem cujo pai foi morto na primeira investida.<br />

Talvez a mãe dele não queira que entre em combate.”<br />

O menino disse: “A minha mãe me ordenou fazê-lo.”<br />

Hussein (A.S.), então, autorizou-o. O jovem foi morto<br />

rapidamente e sua cabeça atirada na direção de Hussein<br />

(A.S.). Sua mãe pegou-a, limpou o sangue e atingiu um<br />

inimigo que estava próximo dela com ela, matan<strong>do</strong>-o.<br />

Ela retornou para o acampamento, pegou uma estaca<br />

e declamou: “Sou i<strong>do</strong>sa, esquecida, fraca, desprovida,<br />

definhan<strong>do</strong>, frágil. Golpeio vocês com força pelo filho<br />

da honrosa Fátima”. Hussein (A.S.) levou-a de volta<br />

para a tenda depois de ela ter feri<strong>do</strong> <strong>do</strong>is homens com<br />

a estaca.<br />

8. Per<strong>do</strong>ar o Inimigo. É costume <strong>do</strong>s inimigos não per<strong>do</strong>arem<br />

uns aos outros, a não ser raramente. Quan<strong>do</strong> um<br />

<strong>do</strong>s la<strong>do</strong>s é causa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> problema, o perdão fica muito<br />

distante da realidade. O Imam Hussein (A.S.), porém,<br />

per<strong>do</strong>ou em Karbalá até quem foi motivo de seu acampa-<br />

mento naquele local, impossibilita<strong>do</strong> que ficou de se dirigir<br />

a Kufa, ou de retornar para Meca, sen<strong>do</strong>, em seguida,<br />

ataca<strong>do</strong> pelos exércitos inimigos. Hurr Ibn Yazid Ar Riáhi<br />

cercou Hussein (A.S.) e recusou todas as suas ofertas,<br />

como ir para Kufa, voltar para Medina ou seguir outro<br />

caminho, apesar de Hussein (A.S.) ter si<strong>do</strong> benevolente<br />

com ele, salvan<strong>do</strong>-o e a seu exército de terem pereci<strong>do</strong><br />

de sede. Quan<strong>do</strong> Hurr recobrou a razão e se arrependeu<br />

<strong>do</strong> que fez, pediu perdão a Hussein (A.S.). Suplicou-lhe<br />

que o per<strong>do</strong>asse pelo crime que havia cometi<strong>do</strong>. Hussein<br />

(A.S.) recebeu-o de braços abertos e aceitou a sua desculpa,<br />

dan<strong>do</strong>-lhe as boas vindas e per<strong>do</strong>an<strong>do</strong>-o. Além disso,<br />

prestou-lhe uma honrosa homenagem, depois de ter combati<strong>do</strong><br />

a favor <strong>do</strong> Islã e defendi<strong>do</strong> as leis islâmicas. Ele<br />

disse, fazen<strong>do</strong>-lhe o elogio fúnebre depois de cair como<br />

mártir. Em pé ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo, falou o Imam (A.S.): “A<br />

sua mãe não errou ao dar-lhe o nome de Hurr 5 , pois você<br />

é livre neste mun<strong>do</strong> e feliz no Outro.”<br />

9. Orientação e não derramamento de sangue. É costume<br />

<strong>do</strong>s revolucionários se excederem na vingança, aumentan<strong>do</strong><br />

a sede <strong>do</strong> derramamento de sangue <strong>do</strong>s inimigos.<br />

Preocupam-se apenas na matança. A Revolução de Hussein<br />

(A.S.), porém, não podia ter essa característica e<br />

carregar o peso da culpa. A Revolução de Hussein (A.S.)<br />

foi uma revolução orienta<strong>do</strong>ra e desperta<strong>do</strong>ra, principalmente<br />

para aqueles que foram engana<strong>do</strong>s pelos tiranos.<br />

Por isso, Hussein (A.S.) recusou dar início à luta, apesar<br />

de ter si<strong>do</strong> muito aconselha<strong>do</strong>, admoesta<strong>do</strong>, lembra<strong>do</strong><br />

e adverti<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> foi cerca<strong>do</strong> por Hurr no caminho,<br />

Zuhair Ibn Alkain disse: “Ó, filho 6 <strong>do</strong> Mensageiro de<br />

Deus, lutar contra esse é mais fácil <strong>do</strong> que lutar contra<br />

os que virão depois. Vamos ter que enfrentar o que não<br />

conseguimos derrotar.” O Imam (A.S.) respondeu: “Não<br />

vou iniciar a luta.” Ele resolveu aconselhá-los, admoestá-los<br />

e fazer-se conhecer. A história nos informa que o<br />

Imam (A.S.) continuou orientan<strong>do</strong> e exortan<strong>do</strong>, lembran<strong>do</strong><br />

e advertin<strong>do</strong> durante to<strong>do</strong> o tempo <strong>do</strong> levante, desde a<br />

sua saída de Medina até os últimos instantes de sua nobre<br />

vida e antes de seu martírio. A história registra todas as<br />

suas admoestações, seus sermões e suas palavras aos indivíduos<br />

e às comunidades, o que demonstra que ele não<br />

economizou empenho, nem meios para despertar, instruir,<br />

orientar e guiar, com a esperança de fazer a comunidade<br />

assumir as suas responsabilidades religiosas e políticas,<br />

evitan<strong>do</strong> o derramamento de sangue. Até quan<strong>do</strong> foi obriga<strong>do</strong><br />

a lutar, ele só o fez em defesa própria, contentan<strong>do</strong>-se<br />

com o necessário, sem desejar o sacrifício vão das<br />

pessoas.<br />

10. Sem Imposição de Apoio. O Imam Hussein (A.S.), em<br />

sua revolução, deixou a porta aberta para quem quisesse<br />

apoiá-lo ou não. Não impôs a ninguém, ao contrário<br />

5 - Hurr em português significa “Livre” (NE). 6 - Entre os árabes, é costume denominar até mesmo os netos e bisnetos de alguém como seu filho. Na verdade, Hussein (A.S.) era neto<br />

<strong>do</strong> Profeta Mohammad (S.). (NE).<br />

Evidências Islâmicas -

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!