O Malho e o Cinzel Temas maçônicos "O túmulo vazio de Jesus não é a interpretação sacerdotal da ressurreição do corpo; é o símbolo da ressurreição do pensamento e do Espírito" "Trata, pois, de <strong>cinzel</strong>ar teu caráter, abrilhantando de virtudes essa alma que deverá refletir, em algum dia da eternidade, a imagem e semelhança do seu Criador" PIRAJU - SP - 2006 - 2
PREFÁCIO Luiz Caramaschi é considerado pela comunidade maçônica de Piraju como uma fonte poderosa de luz que, por uma graça do Grande Arquiteto do Universo, por aqui transitou, espargindo seus raios de luz e sabedoria. Foi iniciado na Loja Maçônica "Cavalheiros do Sul", de Piraju, em 29 de novembro de 1947, tendo sido elevado ao Grau 33 em 7 de outubro de 1982. Permaneceu na Maçonaria toda a sua vida e, enquanto habitava entre nós, espargiu sua sabedoria através de palestras pronunciadas em diversas Lojas Maçônicase e em trabalhos publicados na imprensa e em livros. Sua temática, com pequenas exceções, é a filosofia, onde, com grande erudição e laborioso trabalho de pesquisa, procura demonstrar a natureza do nosso Criador e o comportamento dos seres humanos entre si e em face do mesmo Criador. Todavia, a maior parte da obra de Caramaschi foi deixada em manuscrito. Para tornar possível a edição e difusão das obras foi fundada a Associação Filosófica Luiz Caramaschi que, embora Entidade autônoma, funciona em anexo à Loja Maçônica Cavalheiros do Sul, de Piraju. E dois membros dessa Loja, os irmãos Antonio Arruda e Caleb Caramaschi, este, irmão carnal do filósofo, tomaram para si a árdua tarefa de editar as obras, aí incluindo desde a transposição dos manuscritos, trabalho difícil e demorado, pois além da caligrafia, que praticamente tem de ser decifrada, há diversos asteriscos indicando que no lugar deve entrar um texto escrito posteriormente. Nessas condições, era impossível digitar os escritos, diretamente dos originais, sendo necessário transcrevê-los primeiro. Esse trabalho era feito unicamente por D. Odila Prestes Caramaschi, esposa de Luiz Caramaschi. Após o falecimento de D. Odila esse serviço continuou sendo feito por Caleb Caramaschi. A feliz idéia de reunir em um livro os artigos de Caramaschi versando especificamente sobre a maçonaria foi dos abnegados irmãos acima mencionados. Como foi dito, a obra é extensa e o tema, sempre Filosofia. Considera Caramaschi que a Maçonaria é, no seio da humanidade, uma das poucas instituições que, pela pregação do amor e da fraternidade, contribui de maneira decisiva, para frear a degenerescência por que passa a humanidade, bem como ser capaz de leva-la a um porvir de paz e concórdia. Toda a sua obra é embasada por sólidos argumentos e por princípios universalmente aceitos e debatidos por intelectuais de diversas tendências e opções. Nesta obra os artigos selecionados têm por foco especificamente a Maçonaria que é esmiuçada sob uma ótica inédita, revelando aspectos impensados, só visíveis a uma inteligência arguta e preparada como a de Luiz Caramaschi. A Coletânea é composta por treze artigos que analisam a Maçonaria nos aspectos mais profundos e humanos, focalizando-a sob ângulos novos e surpreendentes, enriquecendo-a com as luzes do seu saber, com a riqueza e originalidade poucas vezes encontradas na literatura maçônica. Assim, no decorrer da leitura aprendemos que nem todas as pedras brutas são trabalháveis; sentimos um certo desalento quando discorre sobre a unificação da maçonaria, afirmando ser um problema simples, mas de solução complexa; ficamos surpresos ao depararmos com a lógica irretocável de que o enunciado do ternário maçônico Liberdade, Igualdade, Fraternidade deve ser corretamente enunciado como Fraternidade, Igualdade, Liberdade; sentimos a verdadeira dimensão do pavimento de mosaico ao vê-lo relacionado com o homem unitivo, qualidade inerente ao homem maçom, em contraposição ao homem sectário; aprendemos novos e profundos significados do salmo 133; descobrimos que podemos ter toda a ciência sem contudo, sermos sábios; vemos a variada gama de ensinamentos advindos de um instrumento chamado compasso e sua colocação sobre o coração durante os rituais; conscientizamo-nos de que devemos “nos <strong>cinzel</strong>armos a nós mesmos para que possamos entrar como parte no edifício social da humanidade"; concordamos que o passado, ao contrário do que pregam os manuais de auto ajuda, “não desaparece, e antes, pervive em cada momento do presente”; ficamos convencidos do acerto do aforismo “não há penas nem recompensas, e sim conseqüências”; tomamos ciência da síntese entre o Criacionismo e o Evolucionismo e, finalmente, nos leva a um mergulho profundo sobre a nossa existência ao expor sua filosofia sobre o grau 18. Embora versando sobre altos graus da Maçonaria em alguns dos seus escritos, podem eles, e até seria conveniente, que fossem analisados pelos profanos. Caramaschi não desce aos assuntos privativos da Ordem, mas trata tão somente do seu pensamento filosófico, onde o tema principal não é a Maçonaria em si, mas a angústia da humanidade em seu caminhar atribulado. O autor procura mostrar o caminho ideal a ser seguido pelo ser humano, perante si mesmo, perante Deus e perante os seus semelhantes. Com a presente obra está a Ordem Maçônica cumprindo com um de seus postulados mais importantes: o de ser uma instituição filosófica, que prima pela investigação constante da Verdade, conforme preceitua o artigo primeiro de nossa Lei maior. Mário Felipe 3
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