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Após uma semana de missão<br />

em Port-au-Prince, FERNANDO<br />

NOBRE regressa a Portugal<br />

com o irmão mais novo<br />

“Encontro na minha família<br />

o suporte emocional que<br />

me permite continuar„<br />

Colete do presidente da AMI rende<br />

€300 num leilão a favor do Haiti<br />

Quando chegou ao<br />

Haiti, Fernando Nobre<br />

encontrou um país<br />

destruído e a tentar<br />

sobreviver à catástrofe<br />

de 12 de Janeiro.<br />

O presidente da AMI juntou-se<br />

ao irmão mais novo, José Luís<br />

Nobre, que já se encontrava no<br />

Haiti a dirigir a missão da ONG<br />

portuguesa, e, durante uma semana,<br />

trabalhou no campo de<br />

desalojados Parc Colofer Delmas<br />

33, montado pela Protecção Civil<br />

Portuguesa. Quando regressaram<br />

a Lisboa, no mesmo dia em<br />

que se realizou a quermesse “Um<br />

Coração para o Haiti”, Fernando e<br />

José Luís Nobre foram recebidos<br />

pela família e por todos os que se<br />

juntaram à iniciativa, que angariou<br />

10 mil euros para a AMI. “Fico<br />

comovido ao saber que todos<br />

estão disponíveis para ajudar”,<br />

afi rmou depois de o colete que<br />

trazia vestido ter sido arrematado<br />

por 300 euros pelo fotógrafo<br />

da <strong>Lux</strong>, Salvador Esteves.<br />

“Recebo sempre o total apoio<br />

da minha família, o que não quer<br />

dizer que ela não se ressinta das<br />

minhas ausências. Encontro na<br />

minha mulher e nos meus fi lhos<br />

o suporte emocional que me<br />

permite continuar”, confessou o<br />

médico cirurgião, que tinha à sua<br />

espera a mulher, Luísa Nemésio,<br />

e a fi lha “caçula”, Gabriela, de<br />

13 anos. Por sua vez, o seu irmão<br />

mais novo, José Luís Nobre, que<br />

estava há três semanas a liderar a<br />

missão da AMI no Haiti, foi recebido<br />

de braços abertos pela mulher,<br />

Ilda Costa, e pelas duas fi lhas,<br />

Sofi a e Sónia. Sobre os dias que<br />

passou no terreno, o presidente<br />

da AMI disse que “foi uma semana<br />

de intenso trabalho. Uma<br />

semana de dor e de esperança.”<br />

Acrescentou ainda que a<br />

sua maior preocupação é “a crise<br />

social” que, no futuro, se pode<br />

instalar no Haiti. Com fortes<br />

raízes africanas, o povo haitiano é,<br />

segundo Fernando Nobre, “caloroso<br />

e muito disponível para agradecer”.<br />

Do irmão José Luís, fala com<br />

orgulho: “Está comigo na AMI<br />

há 15 anos e é um excelente<br />

operacional. É a pessoa que, a<br />

seguir a mim, tem mais currículo<br />

e traquejo para aguentar missões<br />

difíceis como esta. É espectacular<br />

e tenho muito orgulho nele.”<br />

Em tom de brincadeira, o presidente<br />

da AMI disse ainda: “Ele<br />

é o mais novo dos cinco irmãos,<br />

tivemos todos a mesma educação<br />

e temos os mesmos valores.<br />

Só tenho pena de não sermos 50!<br />

(risos) Gostaria de os ter todos<br />

ao pé de mim.” ■<br />

texto Nair Coelho (ncoelho@lux.iol.pt)<br />

fotos Salvador Esteves<br />

À chegada ao restaurante La Gôndola, Fernando Nobre<br />

foi recebido com aplausos por todos os que se juntaram<br />

à quermesse “Um Coração para o Haiti”

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