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Relatório Anual 2006 - Investidores - Ambev

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Somos a maior indústria privada de bens de consumo do Brasil e a maior<br />

cervejaria da América Latina, atuando em 14 países nas três Américas.<br />

Nossos resultados são crescentes, com sólida ampliação de lucros e geração<br />

de caixa, baseados em práticas de gestão que asseguram a eficiência<br />

e sustentabilidade de nossos negócios.<br />

Apesar de sermos uma Companhia relativamente jovem, criada em 1999,<br />

reunimos a experiência centenária das cervejarias Brahma e Antarctica,<br />

que se uniram para crescer e expandir as fronteiras de atuação. Desde<br />

2004 também estamos presentes no Canadá, onde adquirimos o controle<br />

da cervejaria Labatt. E em <strong>2006</strong>, concluímos a aquisição do controle<br />

da Quinsa, operação iniciada em 2002 com a participação no capital<br />

da empresa, que atua no Cone Sul.<br />

Temos o maior portfólio de bebidas no Brasil, com marcas consagradas nos<br />

segmentos de cerveja (como Skol, Brahma, Antarctica e Bohemia), refrigerantes<br />

(em que se destacam o Guaraná Antarctica, produzido a partir de frutos<br />

cultivados na Região Amazônica, a Pepsi-Cola e a H2OH!) além do isotônico<br />

Gatorade, os chás Lipton e a água Fratelli Vita. Somos também líderes de<br />

mercado na Argentina, com a Quilmes Cristal, na Bolívia (Paceña), no Paraguai<br />

(Brahma) e no Uruguai (Patrícia). Em <strong>2006</strong>, 30,8% de nosso EBITDA foi obtido<br />

nas operações da América Latina Hispânica (HILA) e da América do Norte.<br />

Sumário<br />

4. Destaques<br />

6. Mensagem aos acionistas<br />

10. Mapa das operações<br />

12. Marcas<br />

16. Inovação<br />

20. Cerveja Brasil<br />

24. Refrigerantes e Nanc Brasil<br />

28. América Latina Hispânica (HILA)<br />

32. América do Norte<br />

36. Alavancas estratégicas<br />

Execução<br />

Distribuição<br />

Eficiência em custos<br />

Disciplina financeira<br />

Cultura<br />

46. Gente AmBev<br />

52. Responsabilidade Social<br />

60. Responsabilidade Ambiental<br />

64. Governança Corporativa<br />

69. Ações como investimento<br />

70. Reconhecimento e Premiações<br />

72. Equipe em <strong>2006</strong><br />

74 . Demonstrações Financeiras


Destaques PRINCIPAIS<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Maltaria Navegantes - Rio Grande do Sul<br />

Receita Líquida (R$ milhões)<br />

4 Destaques<br />

7.325<br />

8.684<br />

12.007<br />

15.959<br />

17.614<br />

2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />

2,0<br />

1,5<br />

1,0<br />

0,5<br />

0,0<br />

1.510<br />

1.412<br />

1.162<br />

1.546<br />

2.806<br />

2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />

INDICADORES<br />

2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong> Variação %<br />

<strong>2006</strong>x2005<br />

Demonstração de Resultados<br />

Receita Líquida (R$ milhões) 7.325 8.684 12.007 15.959 17.614 10,4%<br />

Lucro Bruto (R$ milhões) 3.984 4.640 7.226 10.216 11.665 14,2%<br />

Despesas Gerais e Administrativas (R$ milhões) 1.933 2.334 3.611 5.174 5.409 4,5%<br />

EBIT (R$ milhões) 2.051 2.306 3.615 5.043 6.256 24,1%<br />

Lucro Líquido (R$ milhões)<br />

Balanço Patrimonial<br />

1.510 1.412 1.162 1.546 2.806 81,5%<br />

Ativo Total (R$ milhões) 12.381 14.830 33.017 33.493 35.645 6,4%<br />

Caixa e Equivalentes (R$ milhões) 3.505 2.534 1.505 1.096 1.539 40,4%<br />

Dívida Total (R$ milhões) 4.487 5.980 7.811 7.204 9.567 32,8%<br />

Patrimônio Líquido (R$ milhões)<br />

Fluxo de Caixa e Rentabilidade<br />

4.130 4.363 16.976 19.867 19.268 -3,0%<br />

EBITDA (R$ milhões) 2.710 3.072 4.537 6.305 7.445 18,1%<br />

Margem EBITDA (%) 37,0% 35,4% 37,8% 39,5% 42,3% 2,8 p.p.<br />

Investimentos de Capital (R$ milhões) 545 862 1.274 1.370 1.425 4,0%<br />

Retorno sobre o Patrimônio (%)<br />

Dados por Ação (R$/ mil ações)<br />

36,6% 32,7% 10,8% 7,8% 14,6% 6,8 p.p.<br />

Valor Patrimonial (*) 107,94 115,07 258,97 304,03 302,39 -0,5%<br />

Lucro por Ação (*) 39,48 37,23 17,72 23,65 44,04 86,2%<br />

Dividendos (ON) 12,40 23,14 20,86 23,07 19,76 -14,3%<br />

Dividendos (PN) 13,64 25,45 22,95 25,38 21,59 -14,9%<br />

Payout dividendos<br />

Capitalização<br />

35,01% 71% 114,0% 109,0% 54,5% -58 p.p.<br />

Capitalização de Mercado (R$ milhões) 19.686 26.392 40.424 53.646 64.109 19,5%<br />

Dívida Líquida (R$ milhões) 982 3.447 6.305 6.107 7.802 27,8%<br />

Participações Minoritárias (R$ milhões) 79 196 219 123 223 81,6%<br />

Ações em Circulação (mil) (*) 38.258 37.913 65.553 65.346 63.719 -2,5%<br />

ADRs Equivalentes (mil) (*) 382,6 379,1 655,5 653,5 637,2 -2,5%<br />

(*) Valores ajustados pela bonificação de ações realizada em 31/05/2005<br />

Lucro Líquido (R$ milhões) EBTIDA e margem Composição da Receita Líquida (%)<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

37,0%<br />

2.710<br />

2002<br />

EBITDA (R$ milhões)<br />

Margem EBITDA<br />

35,4%<br />

3.072<br />

37,8%<br />

4.537<br />

39,5%<br />

6.305<br />

42,3%<br />

7.445<br />

2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />

Cerveja Brasil<br />

51,3%<br />

América do Norte<br />

22,1%<br />

RefrigeNanc<br />

10,3%<br />

HILA (2)<br />

15,7%<br />

Malte e subprodutos<br />

Brasil<br />

0,6%<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 5


1 - Carlos Brito<br />

Co-presidente do Conselho<br />

de Administração<br />

2 - Victorio Carlos De Marchi<br />

Co-presidente do Conselho<br />

de Administração<br />

6 Mensagem aos Acionistas<br />

1 2<br />

Mensagem<br />

aos acionistas<br />

Crescimento contínuo e sustentável<br />

Apresentamos sólidos resultados em <strong>2006</strong>. O desempenho do ano<br />

mostrou nossa capacidade de crescer de forma sustentável em diferentes<br />

cenários de mercado e ganhar eficiências em ambientes competitivos,<br />

cumprindo nossa vocação de genuína Companhia das Américas. Nossa<br />

receita líquida consolidada atingiu R$ 17.613,7 milhões, 10,4% acima<br />

do ano anterior, enquanto o EBITDA e o lucro líquido evoluíram em ritmo<br />

ainda mais acelerado: 18,1% e 81,5%, para R$ 7.444,6 milhões<br />

e R$ 2.806,3 milhões, respectivamente.<br />

81,5%<br />

Crescimento do lucro líquido<br />

A combinação de nossas alavancas<br />

de crescimento explica o sucesso do<br />

desempenho de <strong>2006</strong>. Aproveitamos<br />

oportunidades de mercado com o apoio<br />

de inovação e reforço de nossas<br />

marcas, paixão pela execução,<br />

eficiência em custos, disciplina<br />

financeira e gente motivada para<br />

permanentemente superar resultados.


Temos o compromisso<br />

de dedicar esforços<br />

e criatividade para<br />

assegurar a<br />

sustentabilidade<br />

do crescimento dos<br />

nossos negócios<br />

e a criação de valor<br />

para os acionistas,<br />

pois sabemos que<br />

estar bem no presente<br />

é estar no futuro<br />

8 Mensagem aos Acionistas<br />

Obtivemos excelentes resultados nas principais operações: mais 20,0%<br />

de EBITDA em Cerveja Brasil, 7,4% na América do Norte, em dólares<br />

canadenses, e 23,6% na Quinsa, em dólares americanos, excluindo<br />

o efeito do aumento de participação da AmBev na Quinsa. A divisão<br />

Refrigerantes e Nanc (não-Alcoólicos e não-Carbonatados) Brasil foi<br />

outro destaque, com margem EBITDA de 33,6% assim como as vendas de<br />

refrigerantes de Quinsa, com volumes 25,5% maiores. No ano, os impostos<br />

indiretos gerados pela Companhia no Brasil chegaram a R$ 8,1 bilhões.<br />

A combinação de nossas alavancas de crescimento explica o sucesso que<br />

obtivemos no ano. O reforço de nossas marcas, a rigidez na execução dos<br />

planos de marketing, vendas e distribuição, o investimento em inovação,<br />

a eficiência em custos, a disciplina financeira e a motivação de nossa<br />

Gente foram fundamentais em todas as operações.<br />

No Brasil, nossa maior unidade, fizemos da Copa do Mundo de Futebol<br />

um segundo verão e ampliamos os volumes. Aproveitamos essa<br />

oportunidade para capitalizar novas ocasiões de consumo durante<br />

os jogos, reforçar nossas marcas e intensificar o relacionamento com<br />

os pontos-de-venda e os consumidores e promover o consumo responsável<br />

de nossos produtos. Traçamos nosso plano um ano antes do início dos jogos,<br />

com a integração de estratégias de marketing, vendas e industrial,<br />

e um profundo trabalho de inteligência de mercado. Com uma ação<br />

focada, investimos no lançamento de edições limitadas de produtos<br />

inovadores – como Brahma Bier e Guaraná Seleção – e em criativas<br />

campanhas e promoções, aproveitando para enfatizar também nossa<br />

condição de patrocinador oficial da Seleção Brasileira.<br />

Concentramos inovações em produtos do segmento premium. Exemplos<br />

são o Chopp Brahma Black, além das tecnologias agregadas à Skol<br />

Geladona e ao rótulo termossensível, como forma de abrir novos espaços<br />

e adicionar valor para nossas marcas. No segmento mainstream o<br />

destaque foi a Skol Lemon, como parte da estratégia de ampliar o<br />

consumo per capita. No segmento de Refrigerantes, lançamos o produto<br />

de maior sucesso dos últimos 15 anos no País: a H2OH!, que une os<br />

conceitos de sabor, refrescância e saúde.<br />

No Canadá, o rígido controle de custos e a aplicação das melhores práticas<br />

de produção fabril permitiram um expressivo crescimento de geração<br />

de caixa e rentabilidade. Entre as marcas, destaque para o sucesso do<br />

lançamento da Brahma, que complementa nosso portfólio de produtos<br />

na região. O desafio da operação permanece: a combinação de uma indústria<br />

madura e intensa competição de preços requer muita disciplina no controle<br />

de custos, de forma a permitir maiores investimentos em nossas marcas<br />

e obter um crescimento sustentável no longo prazo.<br />

O bom momento econômico dos países da região da Quinsa impulsionou<br />

o consumo e soubemos aproveitar essa oportunidade com ganhos de<br />

eficiência. Durante o ano, concluímos a aquisição do controle da empresa,<br />

prevista no acordo celebrado em 2002, ampliando de 56,72% para<br />

91,18% nossa participação no capital social da cervejaria. O valor<br />

do pagamento, de R$ 2,6 bilhões, foi coberto em parte com nossa<br />

geração de caixa recorde e parte com a emissão local de debêntures<br />

não-conversíveis, no valor de R$ 2,1 bilhões.<br />

Nossas operações no norte da América Latina, que chamamos de HILA-ex,<br />

registraram incremento de volumes, mas os resultados ainda foram<br />

insatisfatórios. Fizemos grandes investimentos nos últimos três anos,<br />

ainda em fase de maturação, e estamos construindo uma base sólida<br />

para atingir melhor rentabilidade.<br />

Os resultados do ano confirmam que o planejamento cuidadoso e a disciplina<br />

na execução definitivamente fazem a diferença no nosso negócio. Por isso,<br />

reforçamos nosso compromisso de dedicar esforços e criatividade para<br />

garantir que nossa capacidade de crescer e criar valor para os acionistas<br />

e demais stakeholders seja contínua e sustentável.<br />

Carlos Brito<br />

Co-presidente do Conselho de Administração<br />

Victorio Carlos De Marchi<br />

Co-presidente do Conselho de Administração<br />

18,1%<br />

Crescimento do EBITDA<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 9


Guatemala<br />

EL Salvador<br />

Nicaragua<br />

Mapa das<br />

operações<br />

10 Mapa das operações<br />

Equador<br />

Peru<br />

Republica Dominicana<br />

Bolívia<br />

Paraguai<br />

Chile<br />

Canada<br />

Venezuela<br />

Uruguai<br />

Argentina<br />

Brasil<br />

América do Norte – representa as<br />

operações da canadense Labatt Brewing<br />

Company Limited (“Labatt”)<br />

Receita líquida: R$ 3.888 milhões<br />

EBITDA: R$ 1.500 milhões<br />

Margem EBITDA: 38,6%<br />

Mercado de cerveja no Canadá:<br />

22,2 milhões HL<br />

Total vendido no mercado doméstico:<br />

9,1 milhões H L<br />

Exportações para os EUA: 1,8 milhão HL<br />

Brasil – compreende (i) Cerveja Brasil; (ii)<br />

Refrigerantes e Nanc (Não-Alcóolicos e Não-<br />

Carbonatados) e (iii) vendas de Malte e<br />

Subprodutos<br />

Receita líquida: R$ 10.963 milhões<br />

EBITDA: R$ 5.154 milhões<br />

Margem EBITDA: 47,0%<br />

Mercado de cerveja: 103,6 milhões HL<br />

Total vendido de cerveja: 65,7 milhões HL<br />

Total vendido de refrigerantes: 22,1 milhões HL<br />

América Latina Hispânica (HILA)<br />

– compreende (i) a participação da AmBev em<br />

Quilmes Industrial, Quinsa, S.A. (“Quinsa”) e (ii)<br />

as operações na HILA-ex (cervejarias controladas<br />

pela AmBev no norte da América Latina)<br />

Receita líquida: R$ 2.762 milhões<br />

EBITDA: R$ 791 milhões<br />

Margem EBITDA: 28,6%<br />

Mercado de cerveja: 68,3 milhões HL<br />

Total vendido de cerveja: 21,4 milhões HL<br />

Total vendido de refrigerantes: 14,3 milhões HL<br />

Argentina<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 15,9<br />

Consumo per capita (litros) 41,8<br />

Capacidade instalada cerveja (mm HL) 14,1<br />

Capacidade instalada refrig. (mm HL) 18,3<br />

Bolivia<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 2,7<br />

Consumo per capita (litros) 29,0<br />

Capacidade instalada cerveja (mm HL) 3,6<br />

Brasil<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 103,6<br />

Consumo per capita (litros) 56,4<br />

Capacidade instalada cerveja (mm HL) 100,6<br />

Capacidade instalada refrig. (mm HL) 39,8<br />

Canadá<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 22,5<br />

Consumo per capita (litros) 69,3<br />

Capacidade instalada cerveja (mm HL) 13,1<br />

Chile<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 5,4<br />

Consumo per capita (litros) 32,9<br />

Capacidade instalada cerveja (mm HL) 1,1<br />

Equador<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 4,1<br />

Consumo per capita (litros) 30,8<br />

Capacidade instalada cerveja (mm HL) 1,0<br />

El Salvador<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 0,9<br />

Consumo per capita (litros) 12,9<br />

Capacidade instalada (mm HL) -<br />

Guatemala<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 2,0<br />

Consumo per capita (litros) 15,3<br />

Capacidade instalada cerveja (mm HL) 1,4<br />

Nicarágua<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 0,6<br />

Consumo per capita (litros) 10,6<br />

Capacidade instalada (mm HL) -<br />

Paraguai<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 2,1<br />

Consumo per capita (litros) 33,4<br />

Capacidade instalada cerveja (mm HL) 2,4<br />

Peru<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 6,9<br />

Consumo per capita (litros) 24,4<br />

Capacidade instalada cerveja (mm HL) 1,0<br />

Capacidade instalada refrig. (mm HL) 3,5<br />

República Dominicana<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 3,1<br />

Consumo per capita (litros) 34,3<br />

Capacidade instalada cerveja (mm HL) 1,0<br />

Capacidade instalada refrig. (mm HL) 3,2<br />

Uruguai<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 0,7<br />

Consumo per capita (litros) 21,3<br />

Capacidade instalada cerveja (mm HL) 1,3<br />

Capacidade instalada refrig. (mm HL) 0,7<br />

Venezuela<br />

Mercado de cerveja (mm HL) 23,9<br />

Consumo per capita (litros) 89,1<br />

Capacidade instalada cerveja (mm HL) 3,2<br />

Fonte: AmBev (capacidades) e Euromonitor<br />

(estimativas de mercado e consumo per capita).<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 11


12 Marcas<br />

Marcas<br />

Um portfólio grande e diversificado, com permanente inovação, permite<br />

oferecermos produtos para diferentes perfis de consumidores e ocasiões<br />

de consumo. São cervejas, refrigerantes, isotônicos, chás prontos para<br />

beber e água mineral, para satisfazer todas as preferências. Investimos<br />

também no desenvolvimento contínuo das nossas marcas, com campanhas<br />

criativas e instigantes, para mantê-las sempre presentes na lembrança dos<br />

consumidores. Buscamos consistência de crescimento, com posicionamentos<br />

que estreitem os vínculos com os consumidores e fortaleçam o valor<br />

de nossas marcas.<br />

Três de nossas cervejas são líderes no mercado brasileiro e estão entre<br />

as mais vendidas do mundo: Skol, na terceira posição; Brahma,<br />

na quinta; e Antarctica, na 20ª. A Quilmes é a mais consumida<br />

na Argentina e a Labatt Blue é a cerveja canadense com maior destaque<br />

internacional. Além disso, temos o refrigerante Guaraná Antarctica,<br />

bebida refrescante e leve produzida a partir do fruto da Amazônia.<br />

Ele conquistou, com seu sabor único, posição entre os mais consumidos<br />

do mundo. Nossas principais marcas, por categoria de produto, são:<br />

Cervejas<br />

SKOL – Líder do mercado brasileiro, leve e identificada com um público jovem, tem a inovação como um de seus<br />

principais atributos. Foi a primeira cerveja em lata do País, introduziu o conceito long neck e trouxe muitas novidades<br />

em <strong>2006</strong>, como a Skol Geladona (embalagem que conserva o líquido gelado por mais tempo) e a Skol Lemon,<br />

inaugurando a categoria de cerveja com compostos de frutas.<br />

BRAHMA – Marca que é sinônimo de reunião de amigos, identificada com futebol e Carnaval, é produzida desde<br />

1888. Além do Brasil, está presente também no Paraguai, como a principal marca, e em mais de 30 países das<br />

Américas e da Europa. Em <strong>2006</strong> recebeu uma versão especial para a Copa do Mundo de Futebol, a Brahma Bier, do<br />

tipo helles, com base em receita alemã, e inovou com o Chopp Brahma Black, de cremosidade extra e visual de<br />

cascata quando colocado no copo.<br />

ANTARCTICA – Clássica cerveja pilsen, fabricada desde 1885, combina tradição e qualidade, destacando-se por aroma,<br />

sabor e amargor suaves. Consolidou sua posição no mercado brasileiro com a campanha e o clube da BOA –<br />

Bebebores Oficiais de Antarctica, que conta com uma grande legião de associados.<br />

BOHEMIA – Primeira cerveja do Brasil, produzida desde 1853, é líder no segmento premium. Além do tipo pilsen,<br />

tem outras versões: de trigo (Bohemia Weiss) e dos tipos schwarzbier (Bohemia Escura) e abadia (Bohemia Confraria).<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 13


14 Marcas<br />

ORIGINAL – Bebida de sabor marcante, comercializada no segmento<br />

premium. Criada em 1906, conserva até hoje sua fórmula e o rótulo<br />

em papel monolúcido originais. É produzida em pequenos lotes,<br />

destinados a quem sabe apreciar e valorizar uma cerveja tradicional<br />

e de qualidade superior.<br />

SERRAMALTE E POLAR – Marcas com distribuição concentrada no Sul<br />

do Brasil. São cervejas de aroma, sabor e amargor suaves, que conquistaram<br />

consumidores fiéis nos mercados regionais.<br />

LIBER E KRONENBIER – Não-alcóolicas, ampliam as ocasiões de consumo.<br />

A Liber é produzida com tecnologia inédita na América Latina, que inclui<br />

o uso de equipamentos especiais para a retirada total do álcool da bebida.<br />

CARACU – Cerveja preta, do tipo stout, originária da Irlanda. É produzida<br />

desde 1899 e se caracteriza por seu sabor encorpado e sua energia.<br />

Como não é filtrada, é mais nutritiva, contém levedura e proteínas.<br />

QUILMES – Cerveja mais vendida na Argentina, é produzida em mais<br />

de 15 versões, com destaque para a Quilmes Cristal. Lançada em 1888,<br />

a marca é uma homenagem ao antigo nome indígena da localidade<br />

onde a fábrica foi instalada.<br />

PILSEN E PATRÍCIA – Referências de cerveja no mercado uruguaio, são<br />

encorpadas, fortes e de sabor levemente amargo.<br />

BRAHVA – Comercializada nos países da América Central, mantém as mesmas<br />

características de sabor, brilho, transparência e pureza da Brahma. O nome<br />

da marca foi definido em pesquisas com consumidores da região.<br />

LABATT BLUE – Cerveja canadense mais vendida no mundo. Lançada<br />

em 1951 com Labatt Pilsener, foi batizada como Blue pelos fãs do time<br />

de futebol Winnipeg Blue Bombers.<br />

KOKANEE – Marca com forte presença na Columbia Britânica (Canadá),<br />

é produzida na região das montanhas Kootenays. Com uma mistura de lúpulo<br />

do Noroeste do Pacífico, tem um sabor suave, limpo e com ligeiro gosto de lúpulo.<br />

ALEXANDER KEITH’S – A mais popular cerveja da Nova Escócia (Canadá),<br />

faz uma mistura equilibrada de lúpulo norte-americano e lúpulo amargo,<br />

para produzir um singular sabor de malte e de lúpulo ligeiramente floral<br />

e adocicado.<br />

STELLA ARTOIS – Marca internacional da InBev, cerveja superpremium,<br />

lançada na Bélgica em 1366, e fabricada também no Brasil e na Argentina.<br />

Refrigerantes<br />

GUARANÁ ANTARCTICA – Segundo refrigerante mais vendido no Brasil, tem<br />

um sabor único do fruto do guaraná cultivado na Amazônia.<br />

PEPSI-COLA – Somos o segundo maior engarrafador da PepsiCo no mundo,<br />

com produção e distribuição em vários países da América do Sul e Central,<br />

em uma linha que inclui a tradicional Pepsi-Cola, a Pepsi-Twist, de sabor<br />

cola com limão, a Pepsi X, primeiro refrigerante energético do mundo,<br />

e a Pepsi Max, com máximo sabor e sem açúcar.<br />

H2OH! – Lançada em <strong>2006</strong> no Brasil, a bebida, que já era sucesso<br />

na Argentina, tem sabor suave de limão, é levemente gaseificada<br />

e não contém açúcar. Foi desenvolvida em parceria com a PepsiCo.<br />

Ainda produzimos a Sukita, de sabor laranja, a Soda Limonada<br />

e a Tônica Antarctica.<br />

Isotônicos<br />

GATORADE – Bebida isotônica esportiva mais vendida do mundo, também<br />

é resultado da aliança com a PepsiCo.<br />

Chás<br />

LIPTON ICED TEA – Líder mundial do segmento de chás prontos<br />

para beber, é produzido sob franquia no Brasil.<br />

Água<br />

FRATELLI VITA – A leveza é uma de suas principais características, devido<br />

ao baixo teor de sais dissolvidos.<br />

Buscamos consistência<br />

de crescimento,<br />

com posicionamentos<br />

que estreitem<br />

os vínculos<br />

com os consumidores<br />

e fortaleçam o valor<br />

de nossas marcas.<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 15


16 Inovação<br />

Inovação<br />

Inovação é uma das diretrizes do nosso negócio. Permite trazer novidades<br />

aos consumidores, endereçar necessidades ainda não atendidas, ampliar<br />

ocasiões de consumo e adicionar valor ao portfólio de produtos.<br />

Nesse processo, em <strong>2006</strong>, aplicamos novas tecnologias, além de<br />

aproveitarmos o acesso ao know-how de nossa parceira PepsiCo. Com<br />

isso, introduzimos produtos inéditos no mercado brasileiro, atingindo<br />

alguns de nossos principais objetivos: agregar valor às nossas marcas,<br />

endereçar o segmento premium e desenvolver novos segmentos de<br />

consumo (aumento de per capita).<br />

Pautamos nossos negócios pela<br />

inovação, o que nos leva a oferecer<br />

sempre novidades que satisfaçam<br />

os consumidores, ampliem as ocasiões<br />

de consumo, desenvolvam outros<br />

segmentos de mercado, enderecem<br />

necessidades não atendidas e,<br />

ao mesmo tempo, agreguem valor<br />

às nossas marcas.


Edições limitadas de<br />

novos produtos<br />

marcaram nossa ação<br />

na Copa do Mundo<br />

de Futebol, com<br />

produtos inovadores<br />

e embalagens que<br />

marcaram nossa<br />

identidade como<br />

patrocinador oficial<br />

da Seleção Brasileira<br />

18 Inovação<br />

SKOL LEMON – Inaugurou uma categoria inédita de cerveja no Brasil,<br />

com compostos de frutas. Une refrescância e leveza, atributos valorizados<br />

pelos consumidores principalmente em ocasiões de consumo diurnas.<br />

Segue uma forte tendência mundial, como a primeira iniciativa permanente<br />

na diversificação do segmento mainstream em décadas.<br />

SKOL GELADONA – Lata que conserva a cerveja gelada por muito mais tempo,<br />

graças a uma tecnologia de isolante térmico inédita no Brasil que impede<br />

a passagem do calor externo para o líquido. Utiliza a tecnologia Cool2GoTM*, desenvolvida e patenteada pela DuPont.<br />

CHOPP BRAHMA BLACK – Tipo lager escura, com características inéditas:<br />

cremosidade extra e visual de cascata quando colocado no copo. O efeito<br />

é resultado do processo de fabricação especial, em que gás carbônico<br />

e nitrogênio são adicionados ao líquido. Fruto de dois anos de pesquisas,<br />

sua introdução no mercado superpremium foi acompanhada de adaptações<br />

técnicas das chopeiras dos pontos-de-venda e da produção de copos<br />

exclusivos, em que a geometria diferenciada salienta o visual cascata<br />

e mantém o líquido na temperatura ideal.<br />

BRAHMA BIER – Cerveja do tipo helles, desenvolvida com base em receitas<br />

alemãs, foi lançada em edição limitada para o período da Copa do Mundo.<br />

Ligeiramente mais encorpada e com uma coloração mais dourada,<br />

foi desenvolvida para manter as características das cervejas daquele<br />

país e se enquadrar ao paladar brasileiro. Foram utilizados lúpulos nobres<br />

cultivados na Alemanha e República Tcheca, além de um fermento trazido<br />

especialmente da Alemanha.<br />

BOHEMIA CONFRARIA – Edição limitada da primeira cerveja tipo abadia<br />

do Brasil, inspirada nas receitas e nos registros históricos dos mosteiros belgas.<br />

As garrafas são produzidas de forma quase artesanal, proporcionando<br />

um efeito visual de cerâmica, o que faz com que cada unidade seja<br />

exclusiva. A primeira edição foi produzida em 2005 e, atendendo a pedidos<br />

dos consumidores, foi repetida em <strong>2006</strong>.<br />

H2OH! – Bebida sabor limão, sem açúcar e levemente gaseificada, lançada<br />

em parceria com a Pepsi. Aproveita a tendência mundial de saudabilidade,<br />

com consumo indicado para qualquer hora do dia e em qualquer lugar.<br />

É também opção para quem segue programas de controle alimentar<br />

ou busca uma hidratação diária correta e gostosa.<br />

PEPSI MAX – Lançada na Argentina, no Uruguai e no Estado do Rio Grande<br />

do Sul, é uma versão da tradicional cola com o máximo de sabor e zero<br />

caloria. É dirigida a consumidores jovens, que buscam um produto<br />

sem açúcar, mas que não seja classificado como light.<br />

RÓTULO TERMOSSENSÍVEL – Novidade da Skol para o verão, o rótulo<br />

vem com uma seta transparente que vai se tornando azul a partir dos 4°C<br />

e mostra quando a cerveja está na temperatura ideal para o consumo.<br />

EMBALAGENS – Além de novos produtos também foram desenvolvidas<br />

embalagens inovadoras. Um exemplo em <strong>2006</strong><br />

foi Skol Redondaço, pack com 28 latas e alça para manuseio,<br />

colocado no mercado especialmente para a Copa do Mundo<br />

e na medida certa para os torcedores assistirem aos jogos com<br />

os amigos. A Skol Big Neck, garrafa com boca mais larga e<br />

tampa com rosca, lançada inicialmente em São Paulo, foi<br />

estendida para outras regiões do Brasil. Em refrigerantes,<br />

introduzimos as garrafas PET de 1,5 litro e estendemos<br />

para várias regiões a embalagem de 2,5 litros.<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 19


1 Fonte: Euromonitor<br />

20 Cerveja Brasil<br />

Cerveja<br />

Brasil<br />

Com consumo estimado de 103,6 milhões de hectolitros de cerveja em <strong>2006</strong>,<br />

o Brasil é o terceiro maior mercado mundial de cervejas em termos de volume1 .<br />

No ano, nossa operação de cerveja no Brasil contribuiu com 51,3% da<br />

receita líquida consolidada e 60,2% do EBITDA consolidado, que totalizou<br />

R$ 4.478,6 milhões, evolução de 20,0% comparativamente a 2005.<br />

Somos líderes de mercado, com participação de 69,3% em dezembro de<br />

<strong>2006</strong> e média anual de 68,8%, segundo pesquisa da ACNielsen. Em um<br />

ambiente cada vez mais competitivo, mostramos agilidade para garantir<br />

participação, apoiados em um consistente trabalho de inteligência de<br />

mercado. Tivemos mais um ano de sólidos resultados, com crescimento<br />

de 5,1% em volume de vendas, que, alcançou 65,7 milhões de hectolitros.<br />

Esse aumento reflete o bom desempenho de nossas marcas mainstream<br />

e premium, impulsionado por forte investimento em inovação, planejamento<br />

integrado entre as áreas de marketing e comercial e conhecimento de<br />

características regionais de mercado.<br />

51,3%<br />

Participação da unidade Cerveja Brasil<br />

na receita líquida total<br />

No Brasil – nossa principal operação –<br />

mantemos a liderança, com participação<br />

média de 68,8% em <strong>2006</strong>. Esse<br />

desempenho se deve, entre outros<br />

valores, à nossa agilidade em atuar<br />

em ambientes competitivos e a um<br />

consistente e contínuo trabalho de<br />

inteligência de mercado, que se<br />

refletiram em sólidos resultados no ano.


Evolução da rede Quiosque Brahma<br />

(nº de unidades)<br />

80<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

6<br />

22 Cerveja Brasil<br />

26<br />

60<br />

2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />

O trabalho em torno das nossas marcas teve dois principais momentos<br />

durante o ano: no primeiro semestre, a Copa do Mundo, e, no segundo,<br />

a ênfase em marcas premium.<br />

Fizemos da Copa do Mundo da Alemanha nosso segundo verão, com<br />

o envolvimento de todo o time AmBev no planejamento de ações já<br />

um ano antes do início da competição. Combinamos inovação, comunicação,<br />

trade marketing e promoções. Os lançamentos incluíram a Brahma Bier,<br />

uma edição limitada de cerveja do tipo helles, desenvolvida com base<br />

em receitas alemãs, e a Skol Redondaço, um pack com 28 latas para os<br />

torcedores reunirem amigos durante a torcida dos jogos. A comunicação<br />

com mensagens relevantes e envolventes, potencializadas por um meticuloso<br />

plano de mídia, assegurou à Brahma a posição de marca mais relacionada<br />

à Copa, de acordo com pesquisa Datafolha. Além disso, ao lado da Skol<br />

e do refrigerante Guaraná Antarctica, a Brahma foi também Top 3 em<br />

campanha preferida. Como promoção, lançamos copos colecionáveis de<br />

Brahma Chopp. Ronaldo, um dos principais jogadores de futebol do Brasil,<br />

liderou nossa campanha de consumo responsável que antecedeu à Copa.<br />

Também fortalecemos nossa relação com os clientes, para destacar ainda<br />

mais as ocasiões relacionadas aos jogos. Isso incluiu desde decoração<br />

e suporte para a compra de TVs para transmissão dos jogos até<br />

telemarketing ativo, como prevenção à quebra de estoques.<br />

Investimos para desenvolver o segmento premium, que atualmente<br />

representa aproximadamente 6% do nosso volume de cervejas no Brasil,<br />

e apresentou crescimento de dois dígitos anuais nos últimos dois anos.<br />

Nossas marcas são as mais vendidas na categoria, com destaque para<br />

Bohemia e Original. Além de novos produtos, como a segunda edição<br />

da Bohemia Confraria (tipo abadia, inspirada em receita de mosteiros<br />

belgas), lançada em dez estados, e do chope escuro Brahma Black (mais<br />

cremoso e com efeito especial ao ser servido no copo), expandimos<br />

a distribuição de Stella Artois para novas regiões do País.<br />

Outras ações incluem o Boteco Bohemia, em que consumidores elegem<br />

o melhor petisco servido em bares de São Paulo para o acompanhamento<br />

da cerveja, e o Circuito Original, uma série de pocket shows promovidos<br />

pela marca em bares de São Paulo e do Rio de Janeiro. Mantivemos<br />

também outras estratégias consagradas para ampliar o consumo per capita<br />

em novas ocasiões de consumo. Exemplos são a rede Quiosque Chopp<br />

Brahma – uma franquia para instalação em locais como corredores de<br />

shoppings, aeroportos e rodoviárias, que chegou a 80 unidades no final<br />

do ano, – e o Chopp Brahma Express, serviço de entrega em domicílio<br />

da bebida e do equipamento, que já conta com sete lojas no Brasil.<br />

Mais uma frente envolve estratégias de exposição de marca em promoções<br />

de grande dimensão, como o Skol Beats, maior evento de música eletrônica<br />

da América Latina, e o Camarote da Brahma, que reúne celebridades nacionais<br />

e internacionais no Carnaval do Rio de Janeiro. Fizemos da Copa<br />

do Mundo o nosso<br />

segundo verão. Ações<br />

planejadas desde<br />

um ano antes do início<br />

da competição<br />

na Alemanha<br />

envolveram inovações<br />

em produtos,<br />

campanhas<br />

e promoções,<br />

assegurando maiores<br />

vendas e a preferência<br />

do consumidor<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 23


24 Refrigenanc Brasil<br />

Refrigerantes<br />

e Nanc Brasil<br />

A combinação de melhoria no trabalho de campo para a execução<br />

no ponto-de-venda, da inovação e do reforço de comunicação de nossas<br />

marcas proporcionou mais um ano de crescimento para as operações<br />

de Refrigerantes e Nanc (não-alcóolicos e não-carbonatados) no Brasil.<br />

Os volumes foram ampliados em 9,0%, atingindo 17,0% de participação<br />

média no mercado brasileiro de refrigerantes em <strong>2006</strong>, de acordo<br />

com estimativa da AC Nielsen. E nos firmamos como a operação<br />

de refrigerante mais eficiente do mundo, com margem EBITDA de 33,6%<br />

(31,4% em 2005).<br />

9%<br />

Crescimento de volume<br />

de Refrigerantes e Nanc<br />

As operações de refrigerantes<br />

voltaram a apresentar crescimento<br />

e atingiram 17,0% de participação<br />

média no mercado nacional em <strong>2006</strong>,<br />

segundo a AC Nielsen. Um dos<br />

destaques do ano foi o lançamento<br />

da H2OH!, uma alternativa saudável<br />

e refrescante que conquistou<br />

os consumidores.


33,6%<br />

Margem EBITDA<br />

do segmento<br />

26 Refrigenanc Brasil<br />

Um destaque do ano foi o lançamento da H2OH!, uma bebida levemente<br />

gaseificada, com zero açúcar, fonte de vitaminas B e suco natural de limão,<br />

que em apenas quatro meses conquistou importante participação<br />

nos mercados onde está presente. Consideramos esse o maior sucesso<br />

dos últimos 15 anos no Brasil, resultado de um correto posicionamento<br />

de mercado, direcionado a consumidores que procuram alternativas de<br />

bebidas saudáveis e refrescantes. O produto foi desenvolvido em parceria<br />

com a Pepsi e lançado no Brasil em setembro de <strong>2006</strong>.<br />

Outro lançamento de <strong>2006</strong> foi o Guaraná Antarctica Seleção, com edição<br />

limitada para a Copa do Mundo. A marca, patrocinadora oficial da Seleção<br />

Brasileira de Futebol, combinou o sabor do fruto da Amazônia com<br />

um toque de frutas, diferenciando-se ainda pela coloração rosada.<br />

As embalagens também entraram no clima da Copa, com design especial<br />

e uso de cores fortes e vibrantes. As latas e os rótulos trouxeram traços<br />

nas cores do Brasil e a garrafa PET de 2 litros foi produzida na cor<br />

verde perolizada.<br />

A Copa do Mundo ainda motivou duas promoções, chamadas Vista a Camisa<br />

e Amor a Camisa. Na primeira, o consumidor trocava tampinhas,<br />

mais uma quantia em dinheiro, por camisetas exclusivas do Guaraná<br />

Antarctica alusivas à Copa ou por adesivos especiais para customizar<br />

as camisetas. Na segunda, as camisetas eram inspiradas nos<br />

uniformes da Seleção de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002.<br />

Toda a ação teve o reforço de campanhas publicitárias,<br />

que colocaram o Guaraná Antarctica entre as três marcas<br />

mais lembradas pelo consumidor, de acordo com pesquisa<br />

Datafolha (as outras duas também eram marcas da AmBev:<br />

as cervejas Brahma e Skol).<br />

Mais um destaque do ano foi Gatorade, com sabores inéditos e nova<br />

embalagem plástica – que facilita o consumo em um maior número<br />

de locais. Um exemplo é o Gatorade Cool Blue, de sabor framboesa,<br />

cor azul e visual grafitado na garrafa. Os volumes do isotônico cresceram<br />

22,6% no ano, reflexo ainda da nova comunicação da marca,<br />

com a identificação de oportunidades de consumo para qualquer pessoa<br />

que faz atividade física, independentemente da intensidade. A bebida<br />

também entrou no clima da Copa do Mundo, com o lançamento<br />

de uma garrafa especial colorida e rótulo com a imagem dos jogadores<br />

Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos.<br />

Com Pepsi, segundo sabor cola do País, garantimos o bom desempenho<br />

da marca, com volumes 11,4% maiores, e apostamos no slogan Arrisque<br />

Mais, Viva Mais, que resume o posicionamento de produtos inovadores<br />

e direcionados para os consumidores mais jovens.<br />

Aproveitamos cada vez mais a sinergia com a operação de cerveja na<br />

distribuição e execução e buscamos oportunidades para crescimento<br />

de volumes e fortalecimento de nossas marcas .<br />

22,6%<br />

Aumento do volume<br />

de Gatorade<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 27


28 América Latina Hispânica (HILA)<br />

América Latina<br />

Hispânica (HILA)<br />

Atuamos em 12 países das Américas do Sul e Central e do Caribe, por<br />

meio de duas operações: Quinsa, que abrange cinco países do Cone Sul –<br />

Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile –, e HILA-ex, com Venezuela,<br />

Peru, Equador, Guatemala, República Dominicana, Nicarágua e El Salvador.<br />

Em <strong>2006</strong>, a receita da HILA atingiu R$ 2.762 milhões, 32,8% acima do ano<br />

anterior, combinando forte crescimento em Quinsa e recuo na HILA-ex,<br />

influenciado por um ambiente extremamente competitivo. Na Quinsa<br />

registramos incremento de volumes (9,8% em cerveja e 25,5%<br />

em refrigerantes) e de 23,6% do EBITDA em dólares, que desconsidera<br />

o aumento de participação da AmBev na Quinsa, com receita por hectolitro,<br />

em dólares, 6,2% superior à de 2005. Na HILA-ex, apesar do aumento<br />

de 3,2% do volume, a receita decresceu 2,9%.<br />

6,2%<br />

Aumento da receita por<br />

hectolitro na Quinsa<br />

As operações Quinsa e HILA-ex<br />

atingiram receita líquida de R$ 2.762<br />

bilhões no ano, 32,8% mais<br />

do que no período anterior.<br />

Na Quinsa, por meio da qual atuamos<br />

em cinco países do Cone Sul,<br />

ampliamos o volume de produção<br />

em 9,8% em cerveja e 25,5%<br />

em refrigerante.


No norte da América<br />

Latina (HILA-ex)<br />

registramos aumento<br />

de volume de 3,2%<br />

em comparação<br />

ao período anterior.<br />

Um dos destaques<br />

foi a venda de cervejas<br />

no Peru, reforçada<br />

pelo lançamento<br />

de produtos como<br />

a Brahma Beats.<br />

30 América Latina Hispânica (HILA)<br />

Quinsa<br />

Tivemos um crescimento importante na região de Quinsa, com maiores<br />

volumes, receitas e geração de caixa. O desempenho reflete o bom<br />

momento econômico vivenciado por esses países e a troca de melhores<br />

práticas de AmBev, que levou a execução para um nível mais alto<br />

de eficiência. O trabalho de marketing e de inovação, tanto em cerveja<br />

quanto em refrigerante, também ajudou a fazer que a Quinsa ampliasse<br />

volumes e garantisse uma participação de 11,5% no EBITDA consolidado.<br />

Refrigerantes representaram a maior história de sucesso em <strong>2006</strong>,<br />

com volumes crescentes no Uruguai e na Argentina, países onde somos<br />

franqueados da PepsiCo. O desempenho foi impulsionado por lançamentos<br />

de produtos como Pepsi Max – refrigerante com sabor intenso e zero<br />

caloria – e 7UP Free, intenso trabalho de posicionamento de marcas,<br />

novas embalagens e eficiência na distribuição. Reflete ainda a aceitação<br />

de H2OH!, água carbonatada com sabor limão lançada no ano anterior,<br />

e de Gatorade, isotônico que tem na Argentina um dos principais<br />

mercados mundiais.<br />

A BOLÍVIA foi outro destaque do ano. Temos uma marca sólida e líder<br />

no país, que é a Paceña, premium, além da Huari e de fortes marcas<br />

regionais, que refletem uma característica local: hábitos e preferências<br />

diferem de acordo com a altitude em que estão localizadas as cidades<br />

(400 metros, 2,2 mil metros e 3 a 4 mil metros). Cada região tem uma marca<br />

na preferência dos consumidores, sendo a Paceña uma referência nacional.<br />

Esse trabalho de marcas foi o principal responsável pelo impulso de vendas<br />

registrado durante o ano.<br />

Na ARGENTINA, enquanto a Quilmes Cristal manteve a posição de líder<br />

absoluta do mercado, a Stella Artois, com lançamento consolidado<br />

durante o ano, conquistou importante participação no segmento<br />

superpremium. E avançamos também com o lançamento da Quilmes Stout.<br />

No CHILE, o lançamento da Brahma ajudou a melhorar a nossa posição<br />

de segundo colocado no mercado local. A marca foi introduzida<br />

sem afetar o desempenho de outras cervejas que comercializamos no país,<br />

como Baltica e Becker.<br />

A Brahma também apresenta um desempenho excepcional no PARAGUAI,<br />

onde detém a maior participação de mercado da marca no mundo.<br />

No URUGUAI, o crescimento foi assegurado pelas marcas Pilsen e Patrícia.<br />

Os principais investimentos durante o ano foram concentrados na Argentina,<br />

com a duplicação da capacidade da maltaria e ampliação de fábricas,<br />

para compensar a venda da unidade de Luján, como parte do compromisso<br />

assumido com o órgão regulador quando adquirimos nossa participação<br />

no capital social da Quinsa.<br />

HILA-ex<br />

Com o apoio do lançamento de produtos, as operações no norte da América<br />

Latina (HILA-ex) registraram crescimento de volume de 3,2% em relação<br />

a 2005, com destaque para vendas de cerveja no Peru e de refrigerantes<br />

na República Dominicana. Mas ainda representam um desafio para<br />

a ampliação de margens e resultados.<br />

No Peru, onde começamos a operar em 2005, o desempenho teve<br />

a contribuição de produtos inéditos no mercado local, como a Brahma<br />

Beats. Com 5,2% de álcool, a cerveja diferencia-se pelo sabor marcante<br />

e pela embalagem, com desenho exclusivo e vidro transparente. A mesma<br />

garrafa, inspirada na Skol Beats brasileira, também envasa a Brahva Beats,<br />

versão de nossa principal marca na Guatemala, lançada naquele país<br />

durante o ano.<br />

Nossas operações na região são bastante recentes. Com exceção<br />

da Venezuela, onde estamos presentes desde 1994, passamos a atuar<br />

nesses países apenas a partir de 2003. Naquele ano, adquirimos fábricas<br />

de refrigerantes e demos início à construção de uma cervejaria no Peru,<br />

anunciamos parceria com a CabCorp – principal engarrafadora Pepsi<br />

da América Central – , para construir uma cervejaria na Guatemala,<br />

e compramos a Cerveceria SurAmericana, no Equador. No ano seguinte<br />

nos associamos à Embotelladora Dominicana, para atuar na República<br />

Dominicana e Nicarágua.<br />

Reforçamos em <strong>2006</strong> a introdução de melhores práticas que constituem<br />

nossas alavancas de crescimento, como gerenciamento de receitas e custos,<br />

distribuição e execução de nos pontos-de-venda e disciplina financeira.<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 31


32 América do Norte<br />

América<br />

do Norte<br />

Ganhos de eficiência nas fábricas e na execução nos pontos-de-venda,<br />

associados à disciplina de custos, permitiram que a operação da Labatt,<br />

no Canadá, superasse todas as metas do ano, em custos, volumes<br />

e geração de caixa. As vendas cresceram 0,7%, percentual considerável<br />

em um mercado maduro e competitivo, e o EBITDA encerrou o ano<br />

em R$ 1.499,6 milhões, 4,6% acima de 2005 (em dólares canadenses,<br />

o EBITDA cresceu 7,4%), com margem 38,6%.<br />

Esse desempenho só tem sido possível pela adoção de melhores práticas,<br />

com metas agressivas em todas as áreas, disciplina financeira, conscientização<br />

de custos e gerenciamento de rotinas.<br />

0,7%<br />

Crescimento das vendas<br />

A operação de Labatt, no Canadá,<br />

superou todas as metas do ano,<br />

em custos, volumes e geração de caixa.<br />

Esse desempenho se deve a ganhos<br />

de eficiência, com a adoção<br />

de melhores práticas, disciplina<br />

financeira, gerenciamento adequado<br />

de rotinas e manutenção de lideranças<br />

que direcionam o foco em resultados.


O custo por hectolitro<br />

de cerveja, em<br />

dólares canadenses,<br />

foi reduzido em<br />

5,9%, graças a<br />

ganhos de eficiência<br />

fabril e nas compras<br />

de matérias-primas<br />

34 América do Norte<br />

No final do ano, introduzimos um programa comercial que sistematiza<br />

o processo de vendas. Também nossas cinco fábricas foram certificadas<br />

pelo sistema de excelência fabril, que foi fundamental nos resultados de<br />

<strong>2006</strong>. Graças à escala da AmBev, ainda ganhamos eficiência em compras<br />

de matérias-primas e insumos e reduzimos despesas gerais e administrativas<br />

por contar com o apoio do Centro de Serviços Compartilhados.<br />

A introdução da Brahma foi bastante positiva, com vendas superiores<br />

às inicialmente planejadas. A marca complementa nosso portfólio<br />

de produtos, com uma cerveja em embalagem transparente.<br />

O segundo caso de sucesso foi Bud Light, produzida sob licença<br />

da Anheuser-Bush. Concentramos nossos esforços na marca, que patrocina<br />

a liga profissional de hóquei, o esporte mais popular do Canadá, e obtivemos<br />

crescimento de mais de 40% no volume em relação ao ano anterior.<br />

O patrocínio ao hóquei também faz parte da estratégia da Labatt Blue,<br />

a marca mais tradicional do mercado, que apóia as ligas amadoras em todo<br />

o país e promove competições em lagos cobertos de gelo.<br />

Regionalmente, tivemos um ganho expressivo de market share na província<br />

de Alberta, aproveitando o grande crescimento do mercado local<br />

proporcionado pela alta dos preços do petróleo.<br />

Nossa estratégia na América do Norte é ampliar os ganhos de eficiência<br />

e fortalecer as marcas, em que se destacam Budweiser, Bud Light,<br />

Kokanee, Keith, Labatt Blue, Brahma e a marca global da InBev, Stella<br />

Artois. Identificamos oportunidades especialmente nos segmentos light,<br />

premium e importados. Esse é um mercado forte e estável, com forte<br />

geração de caixa e grande potencial de criação de valor.


36 Alavancas Estratégicas<br />

Alavancas<br />

Estratégicas<br />

Apoiamos o crescimento sustentável de nossos negócios em um processo<br />

que combina as melhores marcas, práticas de gestão e pessoas.<br />

Isso se traduz em disciplina financeira, conscientização de custos, paixão<br />

pela execução, gerenciamento de portfólio. O nosso foco está em resultados,<br />

que são expressos tanto em criação de valor como em satisfação<br />

dos consumidores, o que garante a perpetuidade de nossa Companhia.<br />

80%<br />

dos funcionários<br />

da Companhia vão<br />

às ruas com o programa<br />

Gente que Vende.<br />

Nosso foco em resultados está<br />

expresso em todas as etapas<br />

de trabalho, a começar pelo<br />

planejamento integrado de<br />

marketing e vendas, que privilegia<br />

a atuação alinhada à realidade de<br />

cada mercado. Com o envolvimento<br />

de todos os profissionais, criamos<br />

valor, satisfazemos os consumidores<br />

e asseguramos nossa perpetuidade.


Com disciplina e boas<br />

práticas de gestão,<br />

mantemos equipes<br />

motivadas para fazer<br />

com que nossos<br />

produtos conquistem<br />

os consumidores<br />

38 Alavancas Estratégicas<br />

Execução<br />

Somos apaixonados pelo nosso negócio e mostramos isso em todas as etapas<br />

de trabalho. Com muita disciplina e ferramentas próprias de gestão,<br />

atuamos para que nossos produtos conquistem o consumidor no pontode-venda.<br />

Fazemos um planejamento integrado de marketing e vendas,<br />

para atuação de acordo com a realidade de cada mercado. E a execução<br />

envolve toda a Companhia. Uma vez por ano, 80% dos funcionários,<br />

inclusive diretores, participam do programa Gente que Vende e vão às ruas<br />

visitar o trabalho de comercialização de nossas marcas e promover<br />

o consumo responsável de nossos produtos. Em <strong>2006</strong>, foram distribuídos<br />

cartazetes cujo objetivo era conscientizar a população sobre os riscos<br />

de beber e dirigir.<br />

Nossas equipes de venda começam o dia de trabalho com uma reunião<br />

de motivação, que incentiva e debate um detalhado plano de trabalho.<br />

Há uma rotina a ser seguida em cada ponto-de-venda, que é visitado<br />

em média uma vez e meia por semana. Os vendedores devem checar<br />

exposição e organização dos produtos, cartazes e outros materiais de<br />

divulgação, etc. Por meio de palmtops, eles têm acesso a uma base de dados<br />

sobre cada cliente (histórico de pedidos, tipos de embalagens, etc.),<br />

o que permite apresentar uma proposta sob medida. Além disso, instalamos<br />

em alguns pontos-de-venda refrigeradores especialmente desenvolvidos<br />

para manter a cerveja na temperatura ideal para o consumo (-5ºC).<br />

Temos como objetivo manter um relacionamento próximo e sólido com<br />

os nossos clientes e apoiamos o desenvolvimento do seu negócio.<br />

Os pontos-de-venda contam também com meios de comunicação, como<br />

revistas e programas de TV, dirigidos diretamente aos donos e funcionários<br />

dos bares, prestando serviços como dicas de treinamento, capacitação<br />

e práticas para aumentar as vendas e conquistar consumidores.<br />

Distribuição<br />

Nosso crescimento é resultado também de uma distribuição eficiente,<br />

com ganhos de escala e economia de custos. Em nossas regiões de atuação,<br />

mantemos uma estrutura tanto de distribuição direta como por uma rede<br />

terceirizada, com revendedores exclusivos.<br />

Os Centros de Distribuição Direta normalmente atuam nas grandes<br />

cidades e no atendimento ao auto-serviço, com a oferta do portfólio<br />

completo de cervejas e refrigerantes e conseqüentes ganhos de custos<br />

e execução. Com as revendas, contamos com o apoio de empresas<br />

com conhecimento de mercados locais, o que permite levar nossas<br />

marcas às localidades mais distantes de cada país.<br />

Programa de<br />

Excelência estimula<br />

o aperfeiçoamento<br />

dos distribuidores<br />

e reconhece com o<br />

título de Embaixadores<br />

aqueles que se<br />

destacam por três<br />

anos consecutivos<br />

Embaixadores - Programa de Excelência AmBev <strong>2006</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 39


Reaproveitamento de resíduos<br />

industriais<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

94,9 95,8 96,5 96,8<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

40 Alavancas Estratégicas<br />

2005<br />

98,1<br />

<strong>2006</strong><br />

Estimulamos também o constante aperfeiçoamento de nossos<br />

revendedores por meio do Programa de Excelência AmBev, que estabelece<br />

padrões de desempenho e estimula a troca de informações sobre as melhores<br />

práticas. Os distribuidores que atingem a excelência por três anos<br />

consecutivos recebem o título de Embaixadores.<br />

Todo o trabalho conta com o suporte de uma logística desenhada<br />

para atender de forma mais rápida e eficiente a todos os mercados.<br />

Usamos diferentes modais de transporte – rodovias, ferrovias e hidrovias –<br />

e contamos com um exclusivo sistema de roteirização, que torna mais ágil<br />

os processos de venda e entrega.<br />

Eficiência em custos<br />

Gestão de custos é uma verdadeira obsessão para nós. Todas as nossas<br />

unidades adotam o Orçamento Base Zero (OBZ), que estimula o<br />

comprometimento com o controle de despesas e custos. A cada ano são<br />

estabelecidas metas desafiadoras, que não mantêm qualquer relação com<br />

gastos realizados em períodos anteriores. Cada equipe é responsável pelo<br />

próprio orçamento e cada centro de custos tem um dono, sendo o alcance<br />

das metas recompensado com o sistema de remuneração variável.<br />

Esse espírito é disseminado pela Companhia. O Programa de Excelência<br />

Fabril identifica, divulga e premia as melhores práticas de todas<br />

as unidades. Com isso, conseguimos elevar a produtividade e reduzir<br />

o consumo e o desperdício de matérias-primas.<br />

Dessa forma, nos tornamos referência mundial em eficiência de custos.<br />

A cada ano reduzimos, por exemplo, o consumo de água por unidade<br />

produzida. De 5,36 litros, em 2002, chegamos a 4,30 litros em <strong>2006</strong>.<br />

Em várias fábricas, a proporção é inferior ao benchmark da indústria<br />

(3,75 litros), chegando a 3,49 litros na unidade de Curitiba (PR).<br />

Reaproveitamos também de forma crescente os resíduos sólidos gerados<br />

no processo industrial, chegando a 98,1% no ano. Subprodutos, como<br />

bagaço de malte, fermento residual da fabricação da cerveja, polpa<br />

do rótulo das garrafas, etc., transformaram-se também em um negócio.<br />

Em <strong>2006</strong>, as vendas de resíduos industriais totalizaram receita de<br />

R$ 59,3 milhões.<br />

Tanto o menor consumo de água como a utilização de combustíveis<br />

alternativos, como biomassa (casca de arroz, serragem e madeira)<br />

e biogás também fortalecem o nosso compromisso com o cuidado ambiental.<br />

Faz parte ainda de nossa estratégia produzir parte dos insumos que<br />

consumimos. Temos cinco maltarias (duas na Argentina, duas no Uruguai<br />

e uma no Brasil); uma fábrica de rolhas metálicas e uma unidade de<br />

pré-formas de garrafas PET, ambas em Manaus, no Brasil; uma fábrica<br />

de garrafas de vidro, no Paraguai, além de quatro unidades de adjuntos<br />

sólidos (grits de milho, em Guarulhos e Cuiabá; flakes de milho, em<br />

Sergipe; e milho degerminado, em Corrientes). Em 2007 temos planos<br />

para construir uma fábrica de vidro no Brasil.<br />

Capturamos economias expressivas em compras de matérias-primas<br />

e insumos, pela vantagem de negociações globais, e em custos gerais<br />

e administrativos, com o Centro de Serviços Compartilhados AmBev,<br />

que centraliza macroprocessos (como contabilidade, contas a pagar<br />

e a receber). Hoje mantemos duas estruturas com diversos funcionários<br />

fluentes em pelo menos dois idiomas, que atendem a todas as operações,<br />

uma em Ontário, no Canadá, e outra em Jaguariúna, no Brasil.<br />

Nossas unidades<br />

são comprometidas<br />

com o controle<br />

de custos e gastos<br />

e recompensadas<br />

pelos esforços<br />

por meio do sistema<br />

de remuneração<br />

variável<br />

98,1%<br />

Reaproveitamento<br />

de resíduos no ano<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 41


4000<br />

3000<br />

2000<br />

1000<br />

Investimos<br />

no crescimento,<br />

ao mesmo tempo<br />

em que apresentamos<br />

resultados sustentáveis<br />

e distribuímos<br />

dividendos atrativos<br />

para os acionistas<br />

0<br />

62%<br />

292<br />

2000<br />

114%<br />

Dividendos (R$ milhões)<br />

109%<br />

Payout<br />

(% lucro líquido)<br />

43%<br />

337<br />

32%<br />

502<br />

998<br />

42 Alavancas Estratégicas<br />

71%<br />

1.692 55%<br />

122*<br />

1.327<br />

1.408<br />

2001 2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />

(*) Valor relativo ao ano fiscal de <strong>2006</strong>, pago em 2007<br />

120%<br />

100%<br />

80%<br />

60%<br />

40%<br />

20%<br />

0%<br />

Disciplina financeira<br />

Na gestão financeira, nosso principal foco em <strong>2006</strong> foi o caixa<br />

da Companhia, que passou a receber atenção tão intensa quanto<br />

a dispensada ao controle de despesas. Transferimos todos os aprendizados<br />

de OBZ, a exemplo de conceitos como dono de pacote, visibilidade<br />

e acompanhamento de custos, para a gestão de caixa, com detalhamento<br />

muito maior sobre contas a receber, contas a pagar e estoques. Essa<br />

prioridade também foi importante na divisão HILA-ex, após três anos<br />

de expansão, com a construção fábricas e o refinanciamento das dívidas<br />

dessas unidades, em 2005, com taxas muito mais competitivas.<br />

Com essa estratégia, valorizamos também nossas ações em Bolsas<br />

de Valores, como uma Companhia que investe no crescimento, ao mesmo<br />

tempo em que apresenta resultados e paga dividendos atrativos. Todo<br />

caixa que não é investido no negócio é distribuído ao acionista, em forma<br />

de dividendos (incluindo Juros sobre Capital Próprio) e recompra de ações.<br />

Graças a esse foco, tivemos mais um ano de geração de caixa recorde,<br />

possibilitando retornar R$ 3,6 bilhões aos acionistas – sendo R$ 1,8 bilhão<br />

em recompra de ações, aproximadamente R$ 400 milhões em dividendos<br />

referentes ao exercício de 2005 (pagos em <strong>2006</strong>) e R$ 1,4 bilhão<br />

de dividendos referentes ao exercício de <strong>2006</strong>.<br />

Visando ao pagamento da segunda etapa de aquisição do controle de<br />

Quinsa, emitimos debêntures não-conversíveis no valor de R$ 2,1 bilhões.<br />

Foi a primeira vez que realizamos esse tipo de operação, aproveitando<br />

o bom momento para a captação de recursos no mercado de capitais<br />

local. A emissão foi dividida em duas séries, com vencimentos em três<br />

e seis anos e remunerações trimestrais. A primeira série terá vencimento<br />

em 1º de julho de 2009 e remuneração trimestral de 101,75% da variação<br />

do CDI. Já a segunda, com vencimento em 1º de julho de 2012, pagará<br />

102,5% da taxa CDI trimestralmente.<br />

As condições dessa operação refletem nossa sólida estrutura de capital.<br />

Somos uma Companhia reconhecida pelas agências de rating Standard & Poors<br />

e Fitch na categoria de Grau de Investimento, o que possibilita a captação<br />

de recursos no mercado local e internacional a custos competitivos.<br />

Cultura<br />

Temos uma cultura única e própria, que reflete como fazemos as coisas<br />

e o nosso jeito de ser. Ela é a soma de aspirações, valores, crenças,<br />

práticas e princípios gerenciais e orienta nossas ações e nosso comportamento.<br />

Essa cultura está presente no dia-a-dia dos negócios e diferencia<br />

a Gente AmBev.<br />

Nossa Missão é criar vínculos fortes e duradouros com nossos consumidores<br />

por meio de marcas e experiências que unem as pessoas. Queremos ser<br />

reconhecidos como a melhor Companhia de bebidas do mundo. Por isso,<br />

entendemos que o crescimento sustentável e lucrativo depende de nossa<br />

capacidade de conquistar a fidelidade dos consumidores às nossas marcas.<br />

Acreditamos que as nossas oportunidades são tão grandes quanto<br />

os nossos sonhos. E o nosso sonho é ser a Melhor. Isso significa ser a mais<br />

eficiente, ter as melhores marcas e os melhores produtos, ser o melhor<br />

parceiro de nossos clientes e ter as pessoas mais comprometidas e mais<br />

capazes do mercado mundial.<br />

Nossos Valores são nossos princípios de conduta:<br />

Nossos consumidores em primeiro lugar – Os consumidores são a razão<br />

de tudo o que fazemos e somos parceiros de nossos clientes e revendedores<br />

para servi-los com qualidade superior.<br />

Nossa Gente faz a diferença – Atraímos, desenvolvemos e mantemos<br />

as melhores pessoas, investimos no desenvolvimento de nossa Gente,<br />

apoiamos o aprendizado contínuo e valorizamos o sucesso.<br />

Fazemos as coisas acontecerem – Sonhamos grande. Definimos metas<br />

desafiadoras e perseguimos altas performances. Somos focados<br />

em resultados. Trabalhamos duro e com entusiasmo. Usamos o tanque<br />

de reserva. Agimos como donos e somos reconhecidos como tal.<br />

Atuamos como líderes – Lideramos pelo exemplo pessoal. Queremos<br />

vencer respeitando a ética. Adotamos tolerância zero para manter viva<br />

a nossa cultura e consideramos a nossa diversidade uma fortaleza.<br />

Estamos presentes onde as coisas acontecem, junto à nossa Gente,<br />

aos nossos clientes e aos nossos consumidores. Gastamos sola de sapato,<br />

para conhecer os detalhes do nosso negócio.<br />

Graças ao<br />

direcionamento<br />

do foco também<br />

no caixa<br />

da Companhia,<br />

alcançamos recorde<br />

de geração de caixa<br />

em <strong>2006</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 43


Nossos negócios<br />

e comportamento<br />

são conduzidos por<br />

uma cultura<br />

que enfatiza crenças<br />

e princípios de gestão<br />

e valoriza<br />

a nossa Gente<br />

44 Alavancas Estratégicas<br />

Nossas Competências refletem a capacidade que temos para cumprir<br />

nossa Visão e Missão:<br />

Desafiamo-nos a alcançar resultados extraordinários – Devemos ter coragem,<br />

propor metas desafiadoras, procurando continuamente novas maneiras<br />

de abrir caminhos, fazer crescer nosso negócio e atingir desempenho<br />

excepcional, sem comprometer a qualidade e a nossa integridade.<br />

Conhecemos a fundo o nosso negócio – Aplicamos o nosso conhecimento<br />

sobre os negócios, a indústria e a Companhia, para criar valor para<br />

os nossos investidores.<br />

Construímos fortes relacionamentos e equipes – Nossa habilidade<br />

para trabalhar em equipe e o fato de confiarmos e nos respeitarmos<br />

mutuamente, bem como de maximizar todos os recursos disponíveis,<br />

é chave para o nosso sucesso.<br />

Atingimos as nossas metas do Jeito AmBev: simples, focado e disciplinado<br />

– Seremos recompensados por simplificar o nosso negócio, por focar<br />

nossas energias e recursos nas maiores prioridades da Companhia e por<br />

construir uma cultura de disciplina.<br />

Pensamos e agimos como donos – Devemos demonstrar paixão<br />

e responsabilidade, tomando decisões e agindo em prol dos interesses<br />

de longo prazo da Companhia, como se fossem nossos. Atuamos<br />

para que o nosso investimento – nossa Companhia – tenha valor<br />

crescente e sustentável.<br />

Demonstramos liderança e desenvolvemos as melhores pessoas – Devemos<br />

liderar efetivamente nossa Companhia em meio às mudanças, para alcançar<br />

resultados extraordinários, além de identificar e desenvolver os nossos<br />

futuros líderes. Ter as pessoas certas, nos lugares certos, fazendo as coisas<br />

certas, fará a maior diferença na nossa jornada de Maior para Melhor.<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 45


46 Gente <strong>Ambev</strong><br />

Gente<br />

AmBev<br />

Nossa Gente faz a diferença, porque na AmBev as pessoas trabalham<br />

e defendem o trabalho que realizaram, são proativas, empreendedoras,<br />

tomam decisões e assumem responsabilidades. Com a nossa cultura<br />

de dono, estimulamos os profissionais a darem o melhor de si e trabalhamos<br />

para formar as melhores pessoas, que crescem na velocidade do seu talento<br />

e são remuneradas na mesma proporção. Por isso, consideramos que a nossa<br />

maior competência é recrutar, formar, motivar e manter os melhores<br />

profissionais do mercado.<br />

35 mil<br />

Número total de funcionários<br />

Nosso empenho para formar<br />

as melhores pessoas e remunerá-las<br />

na proporção de seus resultados<br />

cria um time comprometido com<br />

o trabalho e os negócios. Nossos<br />

profissionais compartilham o desejo<br />

de sermos reconhecidos como<br />

a melhor Companhia de bebidas<br />

do mundo


Estimulamos a crença<br />

de que não há limites<br />

para o crescimento,<br />

em um ambiente<br />

informal que<br />

possibilita a contínua<br />

troca de informações.<br />

48 Gente <strong>Ambev</strong><br />

Gente AmBev (mil funcionários)<br />

Brasil 20,1<br />

HILA-ex 4,6<br />

Quinsa 7,3<br />

América do Norte 3,1<br />

TOTAL 35,1<br />

Nossa Gente faz a diferença, porque na AmBev as pessoas trabalham<br />

e defendem o trabalho que realizaram, são proativas, empreendedoras,<br />

tomam decisões e assumem responsabilidades. Com a nossa cultura<br />

de dono, estimulamos os profissionais a darem o melhor de si e trabalhamos<br />

para formar as melhores pessoas, que crescem na velocidade do seu talento<br />

e são remuneradas na mesma proporção. Por isso, nos concentramos<br />

em recrutar, formar, motivar e manter os melhores profissionais do mercado.<br />

No final de <strong>2006</strong>, éramos aproximadamente 35 mil pessoas, sendo 20 mil<br />

apenas no Brasil. Nossa média de idade é de 32 anos, e ao mesmo tempo<br />

reunimos um grupo de mais de 3 mil profissionais com mais de dez anos de<br />

AmBev, seja trabalhando anteriormente na Brahma ou na Antarctica, que<br />

cresceram e se desenvolveram conosco e hoje ocupam importantes posições<br />

dentro da Companhia.<br />

Somos pessoas identificadas com a nossa cultura e responsáveis pela sua<br />

manutenção e divulgação, cultivando um jeito informal de nos relacionar.<br />

Não há salas nem paredes separando as diferentes áreas da AmBev,<br />

o que estimula a troca de informações de uma maneira ampla.<br />

Cada um de nós sabe que não há limites para o crescimento profissional.<br />

Como uma empresa de atuação internacional, oferecemos oportunidades<br />

de carreira, em diferentes áreas de atuação e diversos países.<br />

O desenvolvimento de carreira entre nós é bastante rápido, inferior<br />

à média de mercado. Um trainee, por exemplo, pode atingir cargo<br />

gerencial logo após seu treinamento, em dez meses. Para o público<br />

interno, mantemos o Programa Sucessores, com o objetivo de identificar<br />

potenciais de crescimento nas várias áreas. E é responsabilidade de cada<br />

funcionário treinar e capacitar sucessores.<br />

O reconhecimento pelo alcance de metas e objetivos se dá por meio de<br />

remuneração variável para todos os funcionários, por meio de um sistema<br />

que incentiva a excelência das operações, a colaboração e o trabalho em<br />

equipe. Em <strong>2006</strong>, mais de 20% dos profissionais no Brasil foram promovidos.<br />

Pessoas de desempenho excepcional e alto potencial de crescimento têm<br />

acesso ao Plano de Aquisição de Ações.<br />

Desenvolvimento<br />

Para nós, o aprendizado é um processo contínuo. Mantemos um processo<br />

de avaliação semestral, seguido de um plano de desenvolvimento para<br />

ajudar nossos profissionais a crescer, identificando competências que<br />

devem ser complementadas. O investimento em treinamento e capacitação<br />

somou R$ 18 milhões em <strong>2006</strong>, envolvendo cerca de 5,8 mil funcionários<br />

somente no Brasil.<br />

Na coordenação desse processo contamos com a Universidade AmBev,<br />

que promove cursos especiais para diferentes cargos e funções e com bolsas<br />

de graduação e pós-graduação concedidas pela Fundação Antonio e Helena<br />

Zerrenner (FAHZ), acionista pertencente ao bloco de controladores<br />

da Companhia. Temos também a TV AmBev, transmitida por satélite,<br />

que une as funções de veículo de comunicação e de transmissão<br />

de conhecimento.<br />

Mantemos ainda um MBA AmBev, que tem o objetivo de dar uma visão<br />

ampla sobre os negócios da Companhia e os mercados de atuação, e já<br />

formou 274 profissionais desde 1995, quando foi criado na antiga Brahma.<br />

Trainees e talentos<br />

Programas Trainee e Talentos<br />

Luiz Fernando<br />

Edmond, diretorgeral<br />

para a América<br />

Latina, participou<br />

da primeira turma<br />

de trainees<br />

da AmBev,<br />

no programa criado<br />

em 1990.<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 49


50 Gente <strong>Ambev</strong><br />

Mais de 500 pessoas já foram formadas pelo Programa Trainee, criado<br />

em 1990 pela Brahma e que é a principal porta de entrada da Companhia.<br />

Cerca de 80% dos participantes ocupam hoje cargos gerenciais, sendo<br />

que 28% desempenham funções seniores e 16 são diretores – a exemplo<br />

do diretor-geral para a América Latina, Luiz Fernando Edmond, que integrou<br />

a primeira turma de trainees. O programa tem duração de dez meses,<br />

sem número definido de vagas – contratamos todos os candidatos<br />

com perfil adequado.<br />

Em <strong>2006</strong>, recebemos cerca de 30 mil inscrições na América Latina,<br />

onde selecionamos 31 jovens para compor o quadro da Companhia.<br />

Para jovens que se inscreveram como trainees, participaram das últimas<br />

etapas do processo, mas não foram selecionados, criamos o Programa<br />

Talentos. Com duração de três meses, é uma oportunidade de lapidar<br />

esses profissionais e identificar potenciais de crescimento. Durante o ano,<br />

selecionamos 60 talentos, que ingressaram na AmBev em janeiro de 2007.<br />

Portadores de deficiência<br />

Lançamos, o programa de contratação de pessoas com deficiência que<br />

proporcionou o preenchimento de diversas vagas na Companhia. Em todas<br />

as unidades o processo é acompanhado de treinamento e capacitação<br />

dos profissionais e de conscientização das equipes para o estímulo<br />

à diversidade e inclusão social. No momento da seleção, os portadores<br />

de deficiência recebem tratamento idêntico ao dos demais candidatos,<br />

pois o critério decisivo é atender às exigências específicas da posição<br />

a ser ocupada.<br />

Programa Vida Legal<br />

Para nós, motivação combina com saúde. Por isso intensificamos ações<br />

para promover o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida da Gente<br />

AmBev e de seus familiares. O instrumento é o Programa Vida Legal,<br />

com foco na promoção de saúde, prevenção de doenças e acompanhamento<br />

de funcionários e familiares no tratamento de doenças crônicas.<br />

O programa é mantido pela Fundação Antonio e Helena Zerrenner,<br />

que destinou R$ 1.4 milhão em <strong>2006</strong>.<br />

Todas as ações propõem interatividade com os usuários e têm o apoio<br />

de um veículo próprio, o jornal Mais Vida Legal. Matérias são acompanhadas<br />

de questionários e quem responde corretamente ganha brindes do programa.<br />

Também são premiados os profissionais que atingem as metas do programa<br />

de monitoramento (pressão arterial, níveis glicêmicos, perda de peso, etc.).<br />

Promovemos a saúde<br />

e a melhoria<br />

da qualidade de vida<br />

de nossos profissionais<br />

por entender<br />

que o bem-estar<br />

está diretamente<br />

relacionado<br />

à motivação<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 51


52 Responsabilidade Social<br />

Responsabilidade<br />

Social<br />

O nosso compromisso com a sustentabilidade – dos negócios, das regiões<br />

onde mantemos unidades e da sociedade – se revela pela atuação<br />

equilibrada nas dimensões econômica, social e ambiental. Buscamos<br />

permanentemente a rentabilidade, por meio de uma gestão transparente<br />

e eficaz, que assegura custos competitivos e grande penetração de mercado.<br />

Paralelamente, investimos em projetos e ações que incentivam o consumo<br />

responsável dos nossos produtos e têm como foco a educação. Mantemos<br />

ainda um sistema de gestão ambiental que procura reduzir o impacto de nossa<br />

atuação, com indicadores de ecoeficiência que devem ser perseguidos<br />

por todas as áreas.<br />

20 mil<br />

Número de bafômetros<br />

doados desde o início<br />

do Programa<br />

Combinamos harmoniosamente<br />

a busca de rentabilidade com ações<br />

sociais que têm como principal<br />

diretriz o consumo responsável<br />

de nossos produtos e com práticas<br />

ambientais que reduzam o impacto<br />

de nossas operações. Dessa forma,<br />

reafirmamos o compromisso com<br />

a sustentabilidade e contribuímos<br />

para a melhoria da qualidade de vida<br />

das regiões nas quais operamos<br />

Como falar sobre o uso de álcool com seus filhos,<br />

tema do programa Gente do Bem de <strong>2006</strong>.


54 Responsabilidade Social<br />

Por essas práticas, fomos reconhecidos em <strong>2006</strong> como empresa-modelo<br />

pelo Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa, no Brasil, e recebemos,<br />

no Peru, o Prêmio Nacional para a Produção mais limpa e para<br />

a Ecoeficiência <strong>2006</strong> (“A la Producción más Limpia y a la Ecoeficiencia<br />

<strong>2006</strong>”), concedido pelo governo peruano, com o apoio do Banco Mundial.<br />

Consumo Responsável<br />

Sintonizado com nossas atividades-fim, o Programa AmBev de Consumo<br />

Responsável, pioneiro no Brasil, Equador e Peru, é desenvolvido desde<br />

2001 e tem contribuído de forma significativa para a conscientização<br />

da sociedade a respeito dos riscos de combinar bebida com direção<br />

e da necessidade de se cumprir a lei que proíbe a venda de bebidas<br />

alcoólicas a menores. Em <strong>2006</strong>, várias ações foram promovidas nesse sentido.<br />

Durante o Carnaval, doamos 2,5 mil bafômetros descartáveis ao governo<br />

municipal de São Paulo e 2,5 mil para a Coordenação Sul/Sudeste<br />

do Programa de Redução de Acidentes no Trânsito (Pare), no Rio de<br />

Janeiro. Até <strong>2006</strong>, a Companhia doou mais de 20 mil bafômetros nos<br />

Estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e para<br />

o Distrito Federal. Além disso, divulgamos amplamente dicas de consumo<br />

responsável entre os freqüentadores dos aeroportos de São Paulo, Rio<br />

de Janeiro, Salvador (BA) e Recife (PE). Na capital de Pernambuco, assim<br />

como em Olinda (PE), promovemos jogos de memória interativos com<br />

mensagens como É mais divertido ir e voltar e Vou de carona.<br />

Já em Salvador os foliões receberam uma tatuagem provisória<br />

do boomerangue – símbolo da campanha – para se lembrar da importância<br />

de beber moderadamente.<br />

Além disso, em todos os eventos que promovemos ou patrocinamos –<br />

incluindo os regionais, como a Festa do Peão de Barretos (SP) – foram<br />

transmitidas mensagens de consumo responsável. Alguns deles incluíram<br />

a realização de testes para possibilitar que os consumidores examinassem<br />

se estavam em condições de dirigir, oferecendo como alternativa coletivos<br />

para transporte até estações de metrô e terminais urbanos de ônibus.<br />

Em vários eventos, também firmamos parceria com cooperativas de táxis,<br />

para que os consumidores pudessem ir para casa em segurança.<br />

Nossa preocupação com o consumo responsável foi contemplada ainda<br />

no Skol Beats, maior evento de música eletrônica do mundo, do qual<br />

participaram cerca de 60 mil pessoas na edição de <strong>2006</strong>. Além de manter<br />

promotores para orientar o público sobre o tema e sugerir transportes<br />

alternativos, organizamos um jogo virtual educacional para conscientizar<br />

o público sobre os riscos de beber e dirigir e reforçamos a fiscalização,<br />

de forma a assegurar que menores de idade não entrassem no evento.<br />

Os pontos-de-venda também são envolvidos nas iniciativas. Cerca de<br />

350 mil estabelecimentos participam da campanha Peça o RG, que estimula<br />

os proprietários e funcionários a conferir a idade dos consumidores antes<br />

de vender bebidas a eles.<br />

Projeto Maués<br />

Até 2013, investiremos mais de R$ 61 milhões para apoiar o desenvolvimento<br />

econômico, social, cultural e ambiental da Região Amazônica. Esses<br />

recursos estão sendo utilizados tanto para o aumento da produtividade<br />

do guaraná quanto para o fomento de programas que criam rendas<br />

complementares para os produtores da região. O pilar é o Projeto Maués,<br />

que prevê a renovação e ampliação dos guaranazais, o fornecimento de mudas<br />

e o apoio a alternativas de renda para os produtores, como o plantio<br />

de outras frutas, cana-de-açúcar e mandioca, bem como atividades<br />

de avicultura, ovinocultura e meliponicultura.<br />

Essas ações ganharam reforço em 2003, com a adesão da AmBev ao projeto<br />

Zona Franca Verde, desenvolvido pelo governo do Estado. Entre outras<br />

iniciativas, apoiamos a criação de uma cooperativa de costura e de uma<br />

fábrica de produtos têxteis e financiamos 1,3 mil casas populares na zona<br />

rural. Assumimos ainda a responsabilidade pela criação e manutenção<br />

de 12 pólos agrícolas, para a orientação dos produtores sobre a adoção<br />

das melhores técnicas de cultivo do guaraná.<br />

Parte dessas iniciativas é desenvolvida na Fazenda Santa Helena,<br />

de propriedade da Companhia, onde está localizado o maior banco<br />

genético de guaraná do mundo. Cerca de metade da área da propriedade<br />

– que possui 1.070 hectares – é destinada ao cultivo da fruta,<br />

feito com respeito à fauna e flora da região.<br />

Promovemos várias<br />

iniciativas que<br />

possibilitam aos<br />

moradores da<br />

Região Amazônia<br />

fortalecerem as<br />

atividades<br />

econômicas e<br />

ampliar renda e<br />

auto-estima.<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 55


Artesanato exposto no Espaço Reciclarte, em peças<br />

feitas a partir de latas de alumínio e garrafas PET<br />

56 Responsabilidade Social<br />

Reciclagem<br />

Nosso empenho em intensificar a conscientização para a preservação<br />

ambiental e a busca de novas oportunidades de trabalho e fontes de<br />

renda para as comunidades se traduz também no programa Reciclagem<br />

Solidária – Cooperativas. Ele consiste na oferta de prensas hidráulicas<br />

e promoção de cursos e oficinas de reciclagem aos catadores de resíduos<br />

organizados em cooperativas em todo o Brasil. A idéia é minimizar<br />

os problemas estruturais da atividade, exercida hoje no País por mais<br />

de 80 mil pessoas, organizadas em 2,5 mil cooperativas.<br />

Essa mesma preocupação norteia os eventos patrocinados pela<br />

Companhia. Tanto que, ao final do Skol Beats, 14 toneladas de materiais<br />

recicláveis foram coletadas e doadas à cooperativa de reciclagem Vira Lata.<br />

A AmBev também apóia o maior centro de centro de informações sobre<br />

reciclagem e meio ambiente da América Latina, a Recicloteca, fundada<br />

em 1991 pela ONG Ecomarapendi e patrocinada pela AmBev desde 1993.<br />

Localizada no Rio de Janeiro, promove oficinas, workshops e cursos de<br />

capacitação profissional, além de agregar o Espaço Reciclarte, destinado<br />

à exposição de peças feitas a partir de material reciclado. Em <strong>2006</strong>,<br />

recebeu o título Sala Verde concedido pelo Ministério do Meio Ambiente,<br />

que reconhece com essa chancela as instituições que contribuem para<br />

democratizar o acesso do público a publicações e materiais sobre<br />

meio ambiente.<br />

A reciclagem também é tema de campanhas ao longo do ano, muitas<br />

das quais envolvem a Gente AmBev. Para comemorar o Dia Internacional<br />

do Meio Ambiente, incentivamos todas as unidades a envolverem seus<br />

funcionários e familiares em ações sob o slogan Recicle Você Também.<br />

Elas incluíram palestras, concursos, mutirão de recolhimento de lixo em locais<br />

públicos, peças teatrais e oficinas de reciclagens, entre outras.<br />

Gente do Bem<br />

Em <strong>2006</strong> a AmBev abriu as portas de suas unidades para orientar<br />

funcionários e comunidade sobre o uso adequado de bebida, no evento<br />

Gente do Bem, que acontece no dia 31 de agosto. Junto com os 19 mil<br />

funcionários da empresa e os cerca de 25 mil funcionários das revendas<br />

em todo o país, a diretoria da AmBev recebeu representantes de prefeituras,<br />

escolas, ONGs e comunidades. Em todo o Brasil, mais de 45 mil pessoas<br />

assistiram a um vídeo entitulado Como falar sobre o uso de álcool com<br />

seus filhos, baseado no guia de mesmo nome lançado pelo Centro de<br />

Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), ONG apoiada pela AmBev.<br />

O guia tem sido distribuído em escolas públicas e privadas do Estado de<br />

São Paulo, por meio de visitas feitas pelos profissionais da entidade.<br />

Com o Gente do Bem, a proposta da Companhia foi disseminar o conteúdo<br />

do material para todo o Brasil. Os representantes das escolas presentes<br />

no evento ganharam, além da cartilha, uma cópia do vídeo.<br />

Educação<br />

Desde 2004, quando foi criado pelo Governo do Estado da Bahia, o projeto<br />

Faz Universitário conta com o nosso apoio. Ele tem por objetivo combater<br />

a exclusão social por meio do oferecimento de bolsas de estudo e recursos<br />

financeiros que possibilitam a jovens carentes ter acesso ao ensino superior.<br />

Investimos anualmente na iniciativa cerca de R$ 600 mil, o que já levou<br />

100 jovens a ingressarem em universidades e faculdades de Salvador,<br />

Vitória da Conquista, Feira de Santana e outros 16 municípios do interior<br />

da Bahia.<br />

Também em conjunto com o governo estadual, participamos do Programa<br />

Alfa e Beto de Alfabetização, desenvolvido em Sergipe, no qual investimos,<br />

em 2005 e <strong>2006</strong>, R$ 1 milhão, recurso que tornou viável a aquisição de livros<br />

e materiais escolares por 5 mil alunos do ensino fundamental matriculados<br />

na rede pública.<br />

Além disso, desde 1995 adquirimos os cartões de Natal da Companhia<br />

da entidade Ação Comunitária Brasil, que atende a população de baixa<br />

renda na Grande São Paulo com ações sociais e educacionais.<br />

Por meio de parcerias<br />

com governos<br />

estaduais, atuamos<br />

no combate à<br />

exclusão social,<br />

com programas<br />

de alfabetização<br />

e acesso ao ensino<br />

superior.<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 57


58 Responsabilidade Social<br />

Fundação Antônio e Helena Zerrenner<br />

Instituição nacional de beneficência que compõe o grupo controlador da<br />

AmBev, a Fundação Antonio e Helena Zerrenner (FAHZ) investiu, em <strong>2006</strong>,<br />

cerca de R$ 83 milhões em benefícios aos colaboradores da Companhia<br />

e a seus dependentes, que hoje somam mais de 53 mil beneficiários em<br />

todo o Brasil, compreendendo a concessão de plano de saúde com<br />

assistência médica, hospitalar e odontológica, fornecimento de material<br />

escolar para 12.382 alunos e distribuição de 21.059 cestas e 12.899<br />

brinquedos de Natal. Também concedeu, em <strong>2006</strong>, mais de 1,3 mil bolsas<br />

de estudos aos empregados da AmBev, tanto em cursos de graduação<br />

quanto pós-graduação, visando aprimorar cada vez mais a qualidade da<br />

Gente AmBev. Em São Paulo, mantém o Hospital Santa Helena, com 244<br />

leitos, 12 salas cirúrgicas, 59 leitos de UTI e Centro Médico com 40<br />

especialidades.<br />

A instituição mantém ainda a Escola Técnica Walter Belian, em São Paulo,<br />

que oferece para filhos de empregados da AmBev e à comunidade<br />

os ensinos fundamental e médio e cursos técnicos gratuitos de Artes<br />

Gráficas, Informática Industrial e Análises Químicas Industriais, em<br />

parceria com a Escola Senai-Fundação Zerrenner. Em <strong>2006</strong>, a FAHZ<br />

investiu na escola R$7,3 milhões, o que possibilitou o atendimento<br />

de cerca de mil estudantes.<br />

Fundação Gol de Letra<br />

A AmBev também apóia a Fundação Gol de Letra, uma organização sem<br />

fins lucrativos da sociedade civil que foi criada pelos ex-jogadores Raí de<br />

Oliveira e Leonardo Nascimento de Araújo. Instalou-se na cidade de São<br />

Paulo em agosto de 1998, em Niterói (RJ) em setembro de 2001 e desde<br />

2005 desenvolve projetos sociais e educacionais no bairro do Caju,<br />

na cidade do Rio de Janeiro.<br />

A Fundação Gol de Letra é reconhecida pela Unesco como modelo<br />

mundial no apoio a crianças menos assistidas. A AmBev colabora com<br />

dois projetos em São Paulo: Nossas Histórias e Formação de Mediadores<br />

e Monitores de Biblioteca e Brinquedoteca.<br />

Nossas Histórias – Desenvolve uma ação interdisciplinar entre as áreas<br />

de leitura e escrita, artes plásticas e informática, promovendo o<br />

desenvolvimento de atitudes pautadas em valores sociais positivos,<br />

estimulando a autonomia para a resolução de conflitos e a convivência<br />

em grupos. O projeto atende crianças de 7 a 14 anos e prevê ações<br />

socioeducativas com as famílias envolvidas.<br />

Programa de Biblioteca Comunitária e de Formação de Jovens – Possui<br />

três focos de ação: estimular o hábito pela leitura; preparar os jovens<br />

para atuarem como mediadores de biblioteca e brinquedoteca;<br />

e oferecer atendimento à população local em um espaço educativo<br />

da Biblioteca Comunitária.<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 59


60 Responsabilidade Ambiental<br />

Responsabilidade<br />

Ambiental<br />

Mantemos desde 1997 uma Política Ambiental, que combina crescimento<br />

econômico com redução dos impactos ambientais de nossas atividades. Ela<br />

contempla o cumprimento da legislação ambiental; a adoção de tecnologias,<br />

insumos e processos que reduzam as interferências no meio ambiente;<br />

a manutenção de uma equipe empenhada em promover a melhoria<br />

contínua do desempenho ambiental da Companhia; a promoção e o apoio<br />

de iniciativas de educação ambiental direcionadas a clientes, fornecedores<br />

e comunidade; e o monitoramento de cada fase do processo produtivo.<br />

Em todas as unidades atuam comissões multidisciplinares de meio ambiente,<br />

responsáveis pelo treinamento da Gente AmBev e acompanhamento<br />

dos principais indicadores de ecoeficiência, como consumo de água,<br />

utilização de fontes renováveis de energia e reaproveitamento de subprodutos.<br />

O uso racional de recursos naturais fortalece o nosso compromisso<br />

com o cuidado ambiental.<br />

19,8%<br />

Redução de água para a produção<br />

de 1 litro de cerveja, entre 2002 e <strong>2006</strong><br />

Nossa Política Ambiental reúne várias<br />

diretrizes que buscam aliar<br />

crescimento à redução dos impactos<br />

de nossas operações. Ela norteia<br />

todas as unidades, onde são mantidas<br />

comissões multidisciplinares para treinar<br />

todos os profissionais e aplicar<br />

e acompanhar o andamento dos nossos<br />

indicadores de ecoeficiência.


Consumo de água<br />

(litro / litro de cerveja)<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

5,36<br />

2002<br />

4,88<br />

2003<br />

4,37<br />

2004<br />

62 Responsabilidade Ambiental<br />

4,21<br />

2005<br />

4,30<br />

<strong>2006</strong><br />

Consumo de energia elétrica (Kwh/HI)<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

9,35<br />

2002<br />

9,13<br />

2003<br />

8,76<br />

2004<br />

9,10<br />

2005<br />

8,80<br />

<strong>2006</strong><br />

Em nossas atividades de vendas nos preocupamos em reduzir os níveis<br />

de emissões atmosféricas. Nos grandes centros urbanos, nossas frotas<br />

de automóveis passaram a utilizar gás natural como combustível no lugar<br />

de gasolina, iniciativa que alia economia de custos e cuidados com<br />

o meio ambiente.<br />

Consumo de água<br />

Estabelecemos e respeitamos, em todas as fábricas, os Mandamentos da Água,<br />

documento que descreve os procedimentos-padrão referentes ao consumo<br />

sustentável do recurso, sua redução progressiva e reutilização, por meio<br />

de iniciativas em duas frentes: treinamento e conscientização e aplicação<br />

de tecnologias, processos e instalações.<br />

Sob essa diretriz, reduzimos continuamente o uso de água nos processos<br />

industriais e, conseqüentemente, produzimos cada vez menos esgoto.<br />

Em <strong>2006</strong>, usamos em média 4,30 litros de água para produzir um litro<br />

de cerveja, volume 19,8% menor do que o de 2002. Nesse ganho,<br />

destacaram-se as unidades de Curitiba (PR), Brasília (DF), Camaçari (BA)<br />

e Agudos (SP), que utilizaram, para a produção de um litro de cerveja,<br />

3,49, 3,63, 3,69 e 3,70 litros de água, respectivamente. Com esse consumo,<br />

superaram o benchmark conhecido na indústria cervejeira mundial<br />

de 3,75 litros.<br />

Fontes renováveis de energia<br />

Desde 2003 procuramos diversificar nossa matriz energética, com a busca<br />

de fontes renováveis, como forma de reduzir os impactos ambientais<br />

provocados por nossas atividades e as emissões de dióxido de carbono<br />

(CO2). Utilizamos, nas fábricas de Agudos (SP), Lages (SC), Teresina (PI)<br />

e Cuiabá (MT), biomassa de madeira triturada de eucalipto e pinus<br />

de reflorestamento e fibra de coco e casca de arroz como combustível<br />

nas caldeiras para a geração de energia térmica. Em Corrientes,<br />

na Argentina, usamos serragem como biomassa e em várias unidades<br />

a fonte de energia passou a ser o gás natural. Assim, obtivemos economia<br />

de 29,5 mil toneladas de óleo, o que também contribui para a redução<br />

da emissão de gases causadores do efeito estufa.<br />

Com o apoio de novos projetos, conseguimos em <strong>2006</strong> uma redução<br />

adicional de cerca de 38 mil toneladas em emissões de gás carbônico.<br />

Esse resultado se soma à diminuição de 94.146 toneladas que já<br />

fora registrada em 2005, totalizando em dois anos aproximadamente<br />

130 mil toneladas.<br />

Outro destaque do ano foi a substituição de 2 milhões de metros cúbicos<br />

de gás, nas fábricas de Jacareí (SP), Jaguariúna (SP), Jundiaí (SP), Guarulhos<br />

(SP) e Juatuba (MG), por biogás, gerado por processo de tratamento<br />

anaeróbico de efluentes nas próprias instalações da AmBev.<br />

Reaproveitamento de resíduos<br />

Além de adotarmos medidas para reduzir a quantidade de resíduos sólidos<br />

nas unidades, também buscamos recuperá-los, reusá-los e reciclá-los.<br />

Tanto que, em <strong>2006</strong>, em toda a Companhia, foram recuperados 98,1%<br />

do material na forma de subprodutos. Em 12 fábricas, 99% dos resíduos<br />

foram reaproveitados.<br />

A cada ano, maximizamos a utilização de matérias-primas no processo<br />

produtivo, com o objetivo de evitar o desperdício de recursos naturais<br />

e melhorar a produtividade. Na comparação com 2002, conseguimos<br />

reduzir em 36% a perda de extrato – composto de açúcares fermentáveis<br />

derivados dos cereais adotados na produção de cerveja –, num exemplo<br />

claro de combate ao desperdício. Entre outras ações, promovemos<br />

o adequado manejo desses insumos.<br />

Mantemos Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEIs) em 95%<br />

das unidades. Elas têm capacidade para tratar 200 mil de metros cúbicos<br />

de efluentes e uma carga orgânica diária de 324 mil quilos de DQO<br />

(Demanda Química de Oxigênio).<br />

Indicadores de Desempenho Ambiental<br />

2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />

Consumo de energia por unidade produzida (kwh/litro) 123,18 113,8 108,7 109,1 107,8<br />

Megajoules por hectolitro produzido<br />

Consumo de água por unidade (cerveja e refrigerante) 5,36 4,88 4,37 4,21 4,30<br />

produzida (m 3 /litro)<br />

Consumo de combustíveis fósseis – Emissões de CO 2 8,22 7,89 6,85 6,62<br />

(kg de CO 2 por hectolitro)*<br />

Taxa de reciclagem e reúso de materiais no processo 94,9% 95,8% 96,5% 96,75% 98,1%<br />

Receita com a venda de resíduos sólidos (R$ milhões)* 26,1 30,5 41 50,9 59,3<br />

(*) Até 2005, apenas Brasil; <strong>2006</strong> inclui HILA-ex.<br />

Reaproveitamento de resíduos<br />

industriais<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

94,9 95,8 96,5 96,8<br />

98,1<br />

2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />

(*) Até 2005, apenas Brasil; <strong>2006</strong> inclui HILA-ex.<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 63


64 Governança Corporativa<br />

Governança<br />

Corporativa<br />

Nossa estrutura de governança corporativa segue os mais altos padrões<br />

globais. A relação entre a Companhia e os acionistas tem como pilares a<br />

comunicação transparente, a garantia das melhores práticas em processos<br />

decisórios e uma gestão focada no alinhamento de objetivos. Nesse<br />

sentido, o ano de <strong>2006</strong> marcou mais um passo no contínuo processo de<br />

aperfeiçoamento dos controles internos que permitiram a adequação às<br />

exigências da Lei Sarbanes-Oxley (SOX).<br />

A comunicação transparente<br />

com os acionistas, a adoção<br />

das melhores práticas nas tomadas<br />

de decisão e o foco no alinhamento<br />

de objetivos são valores impressos<br />

em nosso modelo de governança<br />

corporativa. Em <strong>2006</strong>, ele foi ainda<br />

mais qualificado com a conclusão<br />

dos processos de adequação<br />

à Lei Sarbanes-Oxley.


66 Governança Corporativa<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO – Formado por nove membros efetivos<br />

e dois suplentes, todos com mandato até 2008, o Conselho de Administração<br />

(CA) define as estratégias gerais que garantem sucesso tanto em objetivos<br />

de longo prazo quanto em estratégias para assegurar a competitividade<br />

em curto prazo. Eleitos em Assembléia Geral, com mandato de três anos,<br />

permitida a reeleição, os conselheiros têm como atribuição, entre outras,<br />

a escolha dos diretores executivos. Uma de suas importantes funções<br />

é garantir que os valores, a ética e a cultura da AmBev sejam praticados<br />

e disseminados entre todos os colaboradores da Companhia. Nenhum<br />

dos membros do CA é diretor-executivo, de forma a garantir maior<br />

independência e autonomia entre dois dos principais órgãos da AmBev.<br />

Além disso, o CA é assessorado por órgãos específicos, responsáveis pela<br />

análise detalhada de matérias de sua competência.<br />

A Assembléia Geral realizada no dia 20 de abril de <strong>2006</strong> elegeu os três<br />

membros do Conselho Fiscal (CF), sendo um deles representante dos<br />

acionistas minoritários. Conforme previsão legal, o mandato dos membros<br />

do CF é de um ano, vencível na Assembléia Geral Ordinária subseqüente.<br />

A isenção do Conselho Fiscal, que em nosso caso também acumula<br />

as responsabilidades do Comitê de Auditoria, nos termos da SOX,<br />

é garantida pela eleição de membros independentes, que desempenham<br />

suas funções com ampla autonomia.<br />

COMITÊ DE OPERAÇÕES, GENTE E GESTÃO: Entre suas atribuições estão<br />

a análise, a sugestão e o monitoramento de metas anuais de desempenho<br />

e seus orçamentos necessários; e o acompanhamento de todas as ações<br />

da Companhia por meio da análise de resultados, desenvolvimentos<br />

mercadológicos e benchmarking interno e externo permanente.<br />

COMITÊ DE COMPLIANCE: assessora o CA na análise e monitoração dos<br />

controles internos e perfil fiscal da Companhia, além de garantir o<br />

cumprimento dos dispositivos legais e estatutários nas operações com<br />

partes relacionadas.<br />

COMITÊ DE FINANÇAS: sua atuação de apoio ao CA abrange a análise de<br />

monitoramento do plano anual de investimentos, oportunidades de<br />

crescimento, estrutura de capital, fluxo de caixa, gestão de risco<br />

financeiro e política de tesouraria.<br />

Sintonia nos objetivos<br />

Os principais executivos da AmBev são profissionais experientes que<br />

atuam na Companhia há aproximadamente dez anos, em média.<br />

Periodicamente, procura-se fazer uma rotatividade de funções,<br />

permitindo que as lideranças tenham uma ampla e efetiva vivência<br />

de todas as áreas do nosso negócio. Outra garantia de que os executivos<br />

e demais colaboradores tenham uma atuação alinhada com as expectativas<br />

dos acionistas é a remuneração variável. Vinculados ao cumprimento<br />

de metas desafiadoras e ao desempenho da Companhia, os funcionários<br />

são elegíveis a um bônus anual. Além disso, também é oferecido um<br />

programa de opções aos principais executivos, o que favorece a manutenção<br />

de um relacionamento de longo prazo e o maior comprometimento com<br />

interesses, metas e valores da Companhia.<br />

Acordo de acionistas<br />

O bloco controlador da AmBev, formado pela InBev e pela FAHZ, detinha,<br />

em março de 2007, 89,1% do capital votante e 66,3% do capital total.<br />

As ações negociadas no mercado correspondem a 10,8% do capital<br />

votante e 32,6 % do capital total.<br />

Adotamos a<br />

rotatividade de funções<br />

e a remuneração<br />

variável, para que<br />

as lideranças vivenciem<br />

experiências em todas<br />

as áreas de negócios<br />

e cumpram metas<br />

desafiadoras.<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 67


Mantemos diversos<br />

canais de comunicação<br />

com os investidores,<br />

para mantê-los<br />

alinhados com<br />

as diretrizes<br />

e os fundamentos<br />

dos nossos negócios.<br />

Auditoria externa<br />

Composição Acionária AmBev (1)<br />

CAPITAL SOCIAL: R$5.716.086.764,25 representado por 64.458.212.043 ações escriturais, sendo 34.501.039.428 ordinárias e 29.957.172.615 preferenciais<br />

DISCRIMINAÇÃO ORDINÁRIAS % PREFERENCIAIS % T O T A L %<br />

Interbrew International B.V. (2) 22.290.478.034 64,61 10.091.856.494 33,69 32.382.334.528 50,24<br />

Fundação Antonio 5.522.991.293 16,00 763 0,00 5.522.992.056 8,57<br />

e Helena Zerrenner INB<br />

AmBrew S/A (2) 2.910.987.990 8,44 1.601.281.469 5,35 4.512.269.486 7,00<br />

InBev Participações Societárias Ltda (2) 0 0,0000 296.900.000 0,99 296.900.000 0,46<br />

TOTAL BLOCO CONTROLADOR 30.724.457.317 89,06 11.990.038.753 40,0 42.714.496.070 66,3<br />

Instituto AmBev de Previdência Privada 1.919.034 0,0056 9.595.170 0,0320 11.514.204 0,0179<br />

Outros 1.888.214 0,0055 9.441.075 0,0315 11.329.289 0,018<br />

Mercado 3.738.080.368 10,83 17.243.972.731 57,56 20.982.053.099 32,55<br />

TOTAL AÇÕES EM TESOURARIA 34.694.495 0,10067 704.124.886 2,3505 738.819.381 1,1462<br />

TOTAL GERAL 34.501.039.428 100,00 29.957.172.615 100,00 64.458.212.043 100,00<br />

(1) Posição em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (2) Controladas por InBev S.A. / N.V.<br />

As demonstrações financeiras referentes ao ano de <strong>2006</strong> foram auditadas<br />

pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. A empresa<br />

é responsável pela auditoria da Companhia de 2004 até <strong>2006</strong>,<br />

em conformidade com as disposições normativas em vigor.<br />

Relações com <strong>Investidores</strong><br />

A relação aberta e franca com os investidores é um dos pontos importantes<br />

em nossa estrutura de governança corporativa. Acreditamos que esse<br />

diálogo é um importante meio de criar valor para o acionista. Análises<br />

detalhadas, relatórios e teleconferências trimestrais permitem que<br />

os proprietários de ações tenham uma clara visão das diretrizes e dos<br />

fundamentos dos nossos negócios. O canal de Relação com <strong>Investidores</strong><br />

na Internet apresenta, entre outras informações relevantes, nossos<br />

relatórios anuais de acordo com a normas da Comissão de Valores<br />

Mobiliários (IAN) e Security Exchenge Comission (20-F), atas de reuniões<br />

do Conselho Administrativo realizadas em <strong>2006</strong>, assim como das<br />

Assembléias Ordinárias e Extraordinárias.<br />

Ações como<br />

Investimento<br />

68 Governança Corporativa <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 69<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Valor de mercado (R$ milhões)<br />

19.686<br />

2002<br />

26.392<br />

2003<br />

40.424<br />

2004<br />

53.646<br />

2005<br />

64.109<br />

<strong>2006</strong><br />

Nossas ações são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (códigos<br />

AMBV3 e AMBV4) e, como American Depositary Receipts (ADRs), na New<br />

York Stock Exchange – NYSE (código ABV). O desempenho mostra<br />

crescimento sustentado, com evolução de 224,7% no valor de mercado<br />

nos últimos cinco anos, encerrando <strong>2006</strong> com uma capitalização de<br />

R$ 64,1 bilhões (R$ 53,6 bilhões em 2005).<br />

Na Bovespa, as ações preferenciais apresentaram valorização de 17,4%<br />

em <strong>2006</strong>, enquanto o Ibovespa registrou alta de 32,7%, e encerraram<br />

o ano cotadas a R$ 1.053,99. Os papéis estiveram presentes em 100%<br />

dos pregões, com um total de 111.728 negócios, que envolveram 7,6 bilhões<br />

de ações e volume financeiro de R$ 7,1bilhões.<br />

Na NYSE, a variação dos ADRs atingiu 28,25% para as ações preferenciais<br />

(ABV) e 34,25% para as ordinárias (ABVc), com respectivas cotações<br />

de US$ 48,80 e US$43,90, ante alta de 16,29% do índice Dow Jones.<br />

O volume negociado atingiu US$ 6,2 milhões.<br />

350%<br />

250%<br />

150%<br />

50%<br />

-50%<br />

250%<br />

150%<br />

100%<br />

50%<br />

0%<br />

-50%<br />

AMBV4 X Ibovespa<br />

AMBV4 Ibovespa AMBV3<br />

2001 2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />

ABV X Dow Jones<br />

ABV Dow Jones ABVc<br />

2001 2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong>


70 Premiações<br />

Reconhecimento<br />

e Premiações<br />

Durante o ano, recebemos algumas premiações que representam o<br />

reconhecimento à nossa atuação direcionada ao crescimento sustentável<br />

dos negócios.<br />

GUIA EXAME DE BOA CIDADANIA <strong>2006</strong> – Fomos escolhidos como<br />

empresa-modelo pelo Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa, que tem<br />

como objetivo disseminar e estimular melhores práticas de responsabilidade<br />

social. A Companhia foi premiada por promover o consumo responsável<br />

de bebidas e atuar com indicadores de ecoeficiência. Recebemos ainda o<br />

Prêmio Destaque Meio Ambiente pelo Sistema de Gestão Ambiental, que<br />

tem como focos principais a reciclagem de resíduos, o uso de fontes<br />

alternativas de energia e a redução no consumo de água na fabricação de<br />

bebida. Também recebemos menção honrosa pelo patrocínio à ONG<br />

Recicloteca e pelo Programa Acidente Zero (PAZ).<br />

PRÊMIO EXAME MELHORES E MAIORES - <strong>2006</strong> – A AmBev também<br />

obteve excelente classificação no ranking Melhores e Maiores <strong>2006</strong><br />

da revista Exame. Destaque para As maiores (1º lugar) – classificação<br />

das empresas por receita operacional bruta em milhões de dólares – setor<br />

alimentos, bebidas e fumo; Empresas que mais criaram riquezas (5º lugar);<br />

Mais pagaram impostos (5º lugar); Maiores empregadores (17º lugar)<br />

e 100 maiores de capital aberto por valor de mercado (5º lugar).<br />

EXCELÊNCIA DE SERVIÇOS AO CLIENTE – Vencemos o Prêmio Consumidor<br />

Moderno de Excelência de Serviços ao Cliente, na categoria bebidas,<br />

concedido pela revista Consumidor Moderno, que tem o objetivo de<br />

identificar e difundir as melhores práticas em serviços no Brasil e<br />

reconhecer empresas que privilegiam a excelência no atendimento aos<br />

clientes e mantêm alto índice de satisfação e fidelidade.<br />

PRÊMIO A LA PRODUCCIÓN MÁS LIMPIA Y A LA ECOEFICIENCIA – No Peru,<br />

o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conam), com apoio do Banco<br />

Mundial, concedeu à nossa unidade local o reconhecimento como<br />

destaque na aplicação de projetos ecoeficientes.<br />

PRÊMIO AGÊNCIA ESTADO/ECONOMÁTICA – Conquistamos a terceira<br />

posição no ranking Agência Estado Empresas de 2005, feito em parceria<br />

com a Economática. O prêmio foi concedido a partir da análise de sete<br />

critérios relacionados às expectativas dos acionistas.<br />

VALOR GRANDES GRUPOS – Ficamos em oitavo lugar no ranking dos 200<br />

Maiores grupos empresariais do País. A indicação foi feita pela publicação<br />

especial Valor Grandes Grupos, do jornal Valor Econômico, que apresenta a<br />

estrutura societária dos maiores grupos em atividade no Brasil.<br />

EMPRESAS MAIS ADMIRADAS – Nos classificamos em oitavo lugar no<br />

ranking preparado pela revista Carta Capital, a partir de entrevistas com<br />

mais de mil empresários e executivos que apontaram as empresas líderes<br />

em 28 setores econômicos. No prêmio de mesmo nome, do jornal DCI,<br />

também fomos eleitos como a Empresa Mais Admirada de <strong>2006</strong>,<br />

na categoria Bebidas. A premiação da Carta Capital levou em conta<br />

a opinião de 1.224 executivos de 48 setores da economia, enquanto<br />

o prêmio do DCI é resultado de pesquisa realizada com 3.865 executivos<br />

das principais empresas do País, por meio de questionários que abordavam<br />

questões como investimentos, comércio exterior e publicidade.<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 71


72 Equipe em <strong>2006</strong><br />

1<br />

2<br />

3 4 5<br />

6 7 8<br />

9 10 11<br />

12 13 14<br />

Equipe em<br />

<strong>2006</strong><br />

Nossa Gente reúne jovens talentos<br />

e profissionais com longa experiência<br />

no mercado de cervejas e refrigerantes,<br />

alinhados com a cultura de resultados<br />

e que dão o melhor de si para<br />

a permanente superação de metas<br />

e o crescimento sustentável dos negócios.<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />

CO-PRESIDENTES E CONSELHEIROS<br />

1. Victório Carlos De Marchi<br />

2. Carlos Alves de Brito<br />

MEMBROS DO CONSELHO<br />

Marcel Herrmann Telles<br />

Carlos Alberto da Veiga Sicupira<br />

José Heitor Attilio Gracioso<br />

Roberto Herbster Gusmão<br />

Vicente Falconi Campos<br />

Luis Felipe Pedreira Dutra Leite<br />

Johan M.J.J. Van Biesbroeck<br />

CONSELHEIROS SUPLENTES<br />

Jorge Paulo Lemann<br />

Roberto Moses Thompson Motta<br />

CONSELHO FISCAL<br />

MEMBROS DO CONSELHO<br />

Alcides Lopes Tápias<br />

Álvaro Antônio Cardoso de Souza<br />

Aloisio Macário Ferreira de Souza<br />

CONSELHEIROS SUPLENTES<br />

Ary Waddington<br />

Emmanuel Sotelino Schifferle<br />

Nilson José Bulgueroni<br />

DIRETORIA<br />

3. Luiz Fernando Edmond<br />

Diretor-geral para a América<br />

Latina<br />

4. Miguel Nuno Patrício<br />

Diretor-geral para a América do<br />

Norte<br />

5. Jorge Rocha<br />

Diretor para a América Latina<br />

Hispânica<br />

6. João Castro Neves<br />

Diretor Financeiro e de Relações<br />

com os <strong>Investidores</strong><br />

7. Bernardo Pinto Paiva<br />

Diretor de Vendas<br />

8. Carlos Eduardo Lisboa<br />

Diretor de Marketing<br />

9. Cláudio Braz Ferro<br />

Diretor Industrial<br />

10. Francisco de Sá Neto<br />

Diretor de Refrigerantes<br />

11. Milton Seligman<br />

Diretor para Assuntos Corporativos<br />

12. Pedro de Abreu Mariani<br />

Diretor Jurídico<br />

13. Olivier Lambrecht<br />

Diretor de Gente e Gestão<br />

14. Jean-Yves Rotte-Geoffroy<br />

Diretor de TI e Serviços Compartilhados<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 73


Demonstrações<br />

Financeiras<br />

Sumário<br />

76. <strong>Relatório</strong> da Administração<br />

88. Parecer dos Auditores Independentes<br />

89. Parecer do Conselho Fiscal<br />

90. Balanço Patrimonial<br />

92. Demonstração dos Resultados<br />

93. Demonstração das mutações<br />

do Patrimônio Líquido<br />

94. Demonstrações das Origens<br />

e Aplicações de Recursos<br />

96. Informação Suplementar – Fluxo de Caixa<br />

98. Notas Explicativas<br />

122. Informações aos <strong>Investidores</strong>


<strong>Relatório</strong> da<br />

Administração<br />

Visão GeRAl dA CompAnhiA de BeBidAs dAs AméRiCAs – AmBeV<br />

Com operações em 14 países pelas três Américas, a AmBev é a quinta maior cervejaria do mundo e a líder do mercado latino americano. As operações da<br />

Companhia consistem na produção e comercialização de cervejas, refrigerantes, outras bebidas não alcoólicas e malte, dividindo-se em três unidades de negócio:<br />

• Operações Brasil, representada pelas vendas de (i) cerveja (“Cerveja Brasil”); (ii) refrigerantes e bebidas não alcoólicas e não carbonatadas (“RefrigeNanc”); e (iii)<br />

malte e sub-produtos;<br />

• América Latina Hispânica (HILA), representada pela participação da AmBev em Quinsa (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai), bem como pelas<br />

operações da Companhia no norte da América Latina (El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua, Peru, República Dominicana e Venezuela); essas últimas<br />

operações, agrupadas, são designadas por HILA-ex (HILA excluindo Quinsa); e<br />

• América do Norte, representada pela operações da Labatt Brewing Company Limited (“Labatt”), incluindo vendas domésticas de cerveja no Canadá e<br />

exportações para os Estados Unidos (“EUA”).<br />

As principais marcas da AmBev incluem Skol (a terceira cerveja mais consumida no mundo), Brahma, Antarctica, Bohemia, Original, Quilmes, Labatt Blue, Brahva<br />

e Guaraná Antarctica. Além disso, a AmBev é a maior engarrafadora da PepsiCo fora dos EUA. Através de um acordo de “franchising”, a Companhia vende e<br />

distribui os produtos Pepsi no Brasil e em outros países da América Latina, incluindo Pepsi, Lipton Ice Tea e o isotônico Gatorade.<br />

O risco de crédito da AmBev como emissor de dívida em moeda nacional e estrangeira detém a classificação de grau de investimento segundo a Standard and<br />

Poor’s e a Fitch Ratings.<br />

CONjUNTURA ECONômICA<br />

A renda disponível dos consumidores vem crescendo nos últimos anos no Brasil, principal mercado consumidor da AmBev. Este crescimento é um dos fatores que<br />

contribuiu para o crescimento de volumes em Cerveja Brasil (+5,1%) e RefrigeNanc (+9,0%).<br />

No Canadá, o segundo maior mercado da AmBev, a economia também vem apresentando bom desempenho, especialmente no Oeste, aonde os altos preços do<br />

petróleo vêm sustentando um ritmo de crescimento forte ao mercado local.<br />

Na Argentina, terceiro maior mercado da AmBev, mais uma vez o crescimento verificado foi forte. O volume da Quinsa, cuja principal operação é na Argentina,<br />

cresceu 15,1% em <strong>2006</strong>.<br />

INVESTImENTOS<br />

No ano de <strong>2006</strong> a AmBev investiu R$ 1.425,7 milhões em ampliação das linhas de produção, compra de ativos de giro e em uma fábrica de garrafas, a qual<br />

estimamos iniciar produção no segundo semestre de 2007.<br />

INVESTImENTOS Em CONTROLADAS<br />

Em <strong>2006</strong> a AmBev aumentou sua participação na Quinsa, de 56,72% para 91,18%. O montante desembolsado nessa operação foi R$ 2.738,8 milhões<br />

(equivalente a US$1,25 bilhão). A operação reforça o compromisso da AmBev com o crescimento dos mercados Argentino, Uruguaio, Paraguaio, Boliviano e<br />

Chileno.<br />

DIRETORIA FINANCEIRA E DE RELAçõES COm INVESTIDORES<br />

Em 2007 Graham Staley assumiu a diretoria financeira e de relações com investidores da AmBev, em substituição a joão Castro Neves, que foi nomeado diretor<br />

geral da Quinsa. Graham Staley foi Diretor Financeiro da Labatt USA entre 2000 e 2004, e entre 2005 e <strong>2006</strong> diretor financeiro da Labatt Brewing Company<br />

Limited.<br />

76 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 77<br />

mEIO AmBIENTE<br />

A AmBev desenvolve suas atividades econômicas de maneira ecoeficiente, reciclando os resíduos da produção e minimizando o impacto sobre a natureza de modo<br />

a preservar nossos recursos naturais. Ao mesmo tempo em que busca uma maior competitividade na produção de bebidas, utiliza tecnologias, matérias-primas e<br />

processos para minimizar o impacto ambiental. Para tanto, estabelece indicadores de ecoeficiência que são sistematicamente monitorados. Somos referência no<br />

uso racional de água, com unidades que superaram em <strong>2006</strong> o benchmark mundial de 3,75 litros de água por cada litro de cerveja produzido, que já era nosso.<br />

Destacaram-se as unidades de Curitiba (PR), Brasília (DF), Camaçari (BA) e Agudos (SP), que utilizaram, para a produção de um litro de cerveja, 3,49, 3,63, 3,69 e<br />

3,70 litros de água, respectivamente.<br />

Patrocinamos o maior centro de Reciclagem da América Latina e reaproveitamos mais de 98% dos resíduos industriais na forma de subprodutos, o que gerou, em<br />

<strong>2006</strong>, uma receita de R$ 59,3 milhões*.<br />

Essas métricas demonstram o compromisso da AmBev com a gestão dos recursos ambientais. Como resultado deste trabalho, recebemos o título de Empresa-modelo<br />

pelo Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa por promover o consumo responsável de bebida e atuar com indicadores de ecoeficiência. Ainda, o Governo do Peru,<br />

com apoio do Banco mundial, concedeu à unidade local da AmBev o prêmio “A la Producción más Limpia y a la Ecoeficiencia <strong>2006</strong>”.<br />

* Este número é referente somente às operações no Brasil e Hila-ex.<br />

RECURSOS HUmANOS<br />

A AmBev chegou ao final de <strong>2006</strong> com 35,1 mil funcionários: 20,1 mil no Brasil; 3,1 mil no Canadá; 7,3 mil nas unidades da Quinsa e 4,6 mil na Hila-ex (que inclui<br />

Equador, Peru, Guatemala, Venezuela e República Dominicana).<br />

A AmBev investe permanentemente no desenvolvimento de seus recursos humanos. Em <strong>2006</strong>, a Universidade AmBev (UA) realizou treinamentos específicos<br />

(técnicos, comportamentais, idiomas, etc) para mais de 5.700 funcionários e distribuidores, totalizando mais de 35.000 horas de treinamento. Os funcionários<br />

ainda contam com os investimentos da Fundação Antonio e Helena Zerrener (FAHZ) em bolsas de estudo de graduação e pós-graduação.<br />

A FAHZ também oferece o programa Vida Legal, que estimula hábitos saudáveis, ações preventivas de saúde e tratamento de doenças crônicas.<br />

Em <strong>2006</strong>, obtivemos também um grande avanço no índices de acidentes com afastamento, que ficaram 30% abaixo dos registrados em 2005, o que representa<br />

uma evolução de 78% desde 2000.<br />

DIVIDENDOS E AçõES<br />

O estatuto social da AmBev prevê dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual da companhia, conforme estabelecido nos<br />

princípios contábeis da legislação societária brasileira, incluindo as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio. No ano calendário de <strong>2006</strong>, foram<br />

distribuídos R$1.790,8 bilhões em dividendos, incluindo juros sobre Capital Próprio.<br />

Em <strong>2006</strong>, foram negociados aproximadamente R$ 7,1 bilhões de ações PN, R$1,3 bilhões de ações ON. As ações fecharam o ano de <strong>2006</strong> cotadas a R$943,00<br />

(AmBV3) e R$ 1.053,99 (AmBV4).<br />

destAques FinAnCeiRos <strong>2006</strong><br />

As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em base consolidada e em milhares de Reais, de acordo<br />

com a Legislação Societária; as comparações referem-se ao ano de 2005.<br />

• O EBITDA consolidado da AmBev atingiu R$7.444,6 milhões no ano, crescendo 18,1%.<br />

• A participação da AmBev no mercado de cervejas brasileiro em <strong>2006</strong>, segundo a ACNielsen, foi de 68,8% (2005: 68,3%). O volume do segmento Cerveja Brasil<br />

cresceu 5,1%, e a receita por hectolitro atingiu R$137,8.<br />

• A margem de EBITDA do segmento RefrigeNanc alcançou 33,6%, crescendo 230 pontos base e mantendo a AmBev como um benchmark para a indústria. O<br />

EBITDA registrado para o segmento foi de R$607,7 milhões, 17,4% acima de 2005.<br />

• A divisão HILA registrou EBITDA de R$791,2 milhões, refletindo o forte crescimento de Quinsa.<br />

• A Labatt contribuiu com um EBITDA de R$1.499,6 milhões


Destaques Financeiros – AmBev Consolidado %<br />

R$ milhões <strong>2006</strong> 2005 Variação<br />

Volume de Vendas (000 hl) 134.366 125.313 7,2%<br />

Receita Líquida por Hectolitro (R$/hl) 137,4 139,4 -1,4%<br />

Receita líquida 17.613,7 15.958,6 10,4%<br />

Lucro bruto 11.665,0 10.216,2 14,2%<br />

margem lucro Bruto 66,2% 64,0% 220 bps<br />

EBIT 6.256,3 5.042,6 24,1%<br />

margem EBIT 35,5% 31,6% 390 bps<br />

EBITDA 7.444,6 6.305,1 18,1%<br />

margem EBITDA 42,3% 39,5% 280 bps<br />

Lucro líquido 2.806,3 1.545,7 81,5%<br />

margem lucro líquido 15,9% 9,7% 620 bps<br />

Número de ações em circulação (milhões) 63.719,4 65.346,2 -2,5%<br />

LPA (R$/000 ações) 44,04 23,65 86,2%<br />

LPA excl. amortização de ágio (R$/000 ações) 64,18 44,21 45,2%<br />

Notas:<br />

(1) O cálculo por ação é baseado nas ações em circulação (total de ações existentes, menos ações em tesouraria).<br />

(2) Os somatórios podem não conferir devido a arredondamentos.<br />

destAques FinAnCeiRos poR seGmento de neGóCios<br />

A tabela abaixo apresenta os destaques financeiros consolidados por segmento de negócios. Os resultados apresentados referem-se aos períodos de doze meses<br />

findos em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> e 2005.<br />

Destaques Financeiros Brasil HILA América do Norte Total<br />

R$ milhões <strong>2006</strong> 2005 % Var. <strong>2006</strong> 2005 % Var. <strong>2006</strong> 2005 % Var. <strong>2006</strong> 2005 % Var.<br />

Volume (‘000 hl) 87.727 82.743 6,0% 35.676 31.679 12,6% 10.963 10.891,6 0,7% 134.366 125.313 7,2%<br />

Receita Líquida 10.963,1 9.902,8 10,7% 2.762,4 2.080,3 32,8% 3.888,2 3.975,5 -2,2% 17.613,7 15.958,6 10,4%<br />

CPV (3.492,2) (3.488,9) 0,1% (1.266,2) (953,1) 32,9% (1.190,2) (1.300,3) -8,5% (5.948,7) (5.742,3) 3,6%<br />

Lucro Bruto 7.470,9 6.413,9 16,5% 1.496,2 1.127,1 32,7% 2.697,9 2.675,2 0,9% 11.665,0 10.216,2 14,2%<br />

margem Bruta 68,1% 64,8% 340 bps 54,2% 54,2% 0 bps 69,4% 67,3% 210 bps 66,2% 64,0% 220 bps<br />

SG&A Total (3.038,3) (2.942,2) 3,3% (955,6) (764,7) 25,0% (1.414,8) (1.466,7) -3,5% (5.408,7) (5.173,7) 4,5%<br />

% da Receita Líq. -27,7% -29,7% 200 bps -34,6% -36,8% 220 bps -36,4% -36,9% 50 bps -30,7% -32,4% 170 bps<br />

EBIT 4.432,5 3.471,7 27,7% 540,6 362,4 49,2% 1.283,1 1.208,5 6,2% 6.256,3 5.042,6 24,1%<br />

margem de EBIT 40,4% 35,1% 540 bps 19,6% 17,4% 210 bps 33,0% 30,4% 260 bps 35,5% 31,6% 390 bps<br />

EBITDA 5.153,7 4.319,0 19,3% 791,2 553,0 43,1% 1.499,6 1.433,1 4,6% 7.444,6 6.305,1 18,1%<br />

margem de EBITDA 47,0% 43,6% 340 bps 28,6% 26,6% 210 bps 38,6% 36,0% 250 bps 42,3% 39,5% 280 bps<br />

OPERAçõES BRASIL<br />

Resultado Brasil Cerveja RefrigeNanc Malte e Suprodutos Total<br />

R$ milhões <strong>2006</strong> 2005 % Var. <strong>2006</strong> 2005 % Var. <strong>2006</strong> 2005 % Var. <strong>2006</strong> 2005 % Var.<br />

Volume (‘000 hl) 65.655 62.486 5,1% 22.072 20.257 9,0% n.a n.a n.a 87.727 82.743 6,0%<br />

Receita Líquida 9.045,0 8.119,1 11,4% 1.806,4 1.648,7 9,6% 111,6 135,0 -17,3% 10.963,1 9.902,8 10,7%<br />

Receita Líquida/hl 137,8 129,9 6,0% 81,8 81,4 0,6% n.a n.a n.a 125,0 119,7 4,4%<br />

CPV (2.573,6) (2.575,3) -0,1% (877,8) (851,7) 3,1% (40,8) (61,9) -34,1% (3.492,2) (3.488,9) 0,1%<br />

CPV/hl (39,2) (41,2) -4,9% (39,8) (42,0) -5,4% n.a n.a n.a (39,8) (42,2) -5,6%<br />

Lucro Bruto 6.471,5 5.543,8 16,7% 928,5 797,0 16,5% 70,9 73,1 -3,1% 7.470,9 6.413,9 16,5%<br />

margem Bruta 71,5% 68,3% 330 bps 51,4% 48,3% 310 bps 63,5% 54,2% 930 bps 68,1% 64,8% 340 bps<br />

SG&A excl. deprec. e amort. (2.126,9) (1.961,3) 8,4% (343,2) (306,3) 12,0% (3,4) (3,1) 10,1% (2.473,5) (2.270,7) 8,9%<br />

Deprec. E amort. SG&A (422,8) (507,7) -16,7% (142,1) (163,8) -13,3% 0,0 0,0 n.a. (564,9) (671,6) -15,9%<br />

SG&A Total (2.549,7) (2.469,0) 3,3% (485,2) (470,1) 3,2% (3,4) (3,1) 10,1% (3.038,3) (2.942,2) 3,3%<br />

% da Receita Líq. 28,2% 30,4% -220 bps 26,9% 28,5% -170 bps 3,1% 2,3% 80 bps 27,7% 29,7% -200 bps<br />

EBIT 3.921,8 3.074,8 27,5% 443,3 326,8 35,6% 67,4 70,0 -3,7% 4.432,5 3.471,7 27,7%<br />

margem de EBIT 43,4% 37,9% 550 bps 24,5% 19,8% 470 bps 60,4% 51,9% 850 bps 40,4% 35,1% 540 bps<br />

EBITDA 4.478,6 3.731,4 20,0% 607,7 517,6 17,4% 67,4 70,0 -3,7% 5.153,7 4.319,0 19,3%<br />

margem de EBITDA 49,5% 46,0% 360 bps 33,6% 31,4% 230 bps 60,4% 51,9% 850 bps 47,0% 43,6% 340 bps<br />

Análise do desempenho FinAnCeiRo em <strong>2006</strong><br />

78 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 79<br />

RECEITA LíQUIDA<br />

A receita líquida aumentou 10,4% em <strong>2006</strong>, atingindo R$17.613,7 milhões. O quadro a seguir ilustra a contribuição de cada unidade de negócios para a receita<br />

líquida consolidada da AmBev.<br />

Receita Líquida <strong>2006</strong> 2005 %Variação<br />

R$ milhões % Total R$ milhões % Total<br />

Brasil 10.963,1 62,2% 9.902,8 62,1% 10,7%<br />

Cerveja Brasil 9.045,0 51,4% 8.119,1 50,9% 11,4%<br />

RefrigeNanc Brasil 1.806,4 10,3% 1.648,7 10,3% 9,6%<br />

malte e Subprodutos 111,6 0,6% 135,0 0,8% -17,3%<br />

HILA 2.762,4 15,7% 2.080,3 13,0% 32,8%<br />

Quinsa 2.004,3 11,4% 1.299,9 8,1% 54,2%<br />

Cerveja 1.471,1 8,4% 971,8 6,1% 51,4%<br />

Refrigerantes 533,2 3,0% 328,0 2,1% 62,5%<br />

HILA-ex 758,1 4,3% 780,4 4,9% -2,9%<br />

Cerveja 458,6 2,6% 469,2 2,9% -2,3%<br />

Refrigerantes 299,5 1,7% 311,2 2,0% -3,7%<br />

América do Norte 3.888,2 22,1% 3.975,5 24,9% -2,2%<br />

Consolidado 17.613,7 100,0% 15.958,6 100,0% 10,4%<br />

Operações Brasil<br />

A receita líquida gerada pela principal unidade de negócios da AmBev, representada por nossas operações de cerveja, refrigerantes e bebidas não carbonatadas no<br />

Brasil, cresceu 10,7%, chegando a R$10.963,1 milhões. O desempenho de cada operação é apresentado a seguir.<br />

Cerveja<br />

A receita líquida proveniente das vendas de cerveja no Brasil em <strong>2006</strong> subiu 11,4%, acumulando R$9.045,0 milhões. Os principais elementos que contribuíram<br />

para esse crescimento foram:<br />

- Crescimento de 5,1% no volume venda, refletindo (i) a maior participação de mercado da AmBev (<strong>2006</strong>: 68,8%; 2005: 68,3%); e (ii) o crescimento do mercado.<br />

- Crescimento de 6,0% da receita por hectolitro, a qual chegou a R$137,8. Esse aumento foi conseqüência (i) do reposicionamento geral de preços realizado no<br />

mês de dezembro de 2005; (ii) crescimento do segmento premium, com destaque para as marcas Bohemia (+19,7%) e Original (+38,3%) ; e (iii) da expansão das<br />

vendas feitas pela estrutura de distribuição direta da AmBev.<br />

RefrigeNanc<br />

A receita líquida gerada pela operação de RefrigeNanc em <strong>2006</strong> cresceu 9,6%, atingindo R$1.806,4 milhões. Os principais elementos que contribuíram para esse<br />

crescimento foram:<br />

- Crescimento de 9.0% no volume de venda, refletindo (i) a manutenção da participação da AmBev no mercado de refrigerantes (<strong>2006</strong>: 17,0%; 2005: 17.0%); e<br />

(ii) o crescimento desse mercado.<br />

- Aumento de 0,6% da receita por hectolitro, a qual chegou a R$81,8. Esse aumento foi impactado (i) positivamente pelo reposicionamento de preços<br />

implementados ao longo de <strong>2006</strong>; e (ii) negativamente pela maior participação de embalagens de maior volume.<br />

Malte e Sub-produtos<br />

A venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou uma redução de receita de 17,3%, acumulando R$111,6 milhões.<br />

América Latina Hispânica (HILA)<br />

As operações da AmBev na América Latina registraram em <strong>2006</strong> um aumento de receita de 32,8%, atingindo R$2.762,4 milhões. A análise mais detalhada desse<br />

desempenho é apresentada a seguir.<br />

Quinsa<br />

A participação da AmBev na Quinsa, cervejaria líder nos países do Cone Sul, contribuiu R$2.004,3 milhões para a receita consolidada da companhia, representando<br />

um crescimento de 54,2%. Os principais elementos que contribuíram para o aumento da receita foram:<br />

- Crescimento de volume de cerveja e de refrigerantes de 9,8% e 25,5% respectivamente; o volume consolidado cresceu 15,1%.<br />

- Crescimento em dólares americanos de 6,2% na receita por hectolitro, atingindo US$40,5.


- Aumento do porcentual de consolidação do resultado da Quinsa (dez/06: 100,0%; dez/05:59,2%), em virtude da maior participação da AmBev em Quinsa<br />

(dez/06: 91,8%; dez/05: 59,2%)<br />

HILA-ex<br />

As operações da AmBev no norte da América Latina apresentaram uma redução da receita em <strong>2006</strong> de 2,9%, acumulando R$758,1 milhões. Os principais<br />

elementos que contribuíram para a redução da receita foram (i) crescimento de volume de 3,2% (ii) queda de 5,9% da receita por hectolitro, resultante do<br />

acirramento do mercado competitivo e apreciação do Real frente as demais moedas das operações da HILA-ex.<br />

América do Norte<br />

As operações Labatt na América do Norte contribuíram com R$3.888,2 milhões para a receita consolidada da AmBev, uma redução de 2,2%. Esse resultado é<br />

explicado por:<br />

- Aumento do volume de vendas da Labatt no mercado canadense de 0,6%.<br />

- Aumento na exportação da Labatt para os EUA de 0,8%.<br />

- Crescimento de 0,6% na receita por hectolitro das vendas domésticas, em dólares canadenses<br />

- Queda de 4,6% na receita por hectolitro nas vendas para exportação, em dólares canadenses<br />

- Apreciação do Real frente ao dólar canadense. Em dólares canadenses, a receita líquida cresceu 0,9% para CAD$2.020,1 milhões.<br />

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS<br />

O custo dos produtos vendidos da AmBev em <strong>2006</strong> cresceu 3,6%, acumulando R$5.948,7 milhões. O quadro a seguir ilustra a contribuição de cada unidade de<br />

negócios para o custo dos produtos vendidos consolidado da AmBev.<br />

CPV <strong>2006</strong> 2005 % Variação<br />

R$ milhões % Total % Rec. Líq. R$ milhões % Total % Rec. Líq.<br />

Brasil (3.492,2) 58,7% 31,9% (3.488,9) 60,8% 35,2% 0,1%<br />

Cerveja Brasil (2.573,6) 43,3% 28,5% (2.575,3) 44,8% 31,7% -0,1%<br />

RefrigeNanc Brasil (877,8) 14,8% 48,6% (851,7) 14,8% 51,7% 3,1%<br />

malte e Subprodutos (40,8) 0,7% 36,5% (61,9) 1,1% 45,8% -34,1%<br />

HILA (1.266,2) 21,3% 45,8% (953,1) 16,6% 45,8% 32,9%<br />

Quinsa (808,8) 13,6% 40,4% (536,7) 9,3% 41,3% 50,7%<br />

Cerveja (464,5) 7,8% 31,6% (321,4) 5,6% 33,1% 44,5%<br />

Refrigerantes (344,3) 5,8% 64,6% (215,3) 3,7% 65,6% 59,9%<br />

HILA-ex (457,4) 7,7% 60,3% (416,4) 7,3% 53,4% 9,8%<br />

Cerveja (255,2) 4,3% 55,6% (236,0) 4,1% 50,3% 8,1%<br />

Refrigerantes (202,2) 3,4% 67,5% (180,5) 3,1% 58,0% 12,1%<br />

América do Norte (1.190,2) 20,0% 30,6% (1.300,3) 22,6% 32,7% -8,5%<br />

Consolidado (5.948,7) 100,0% 33,8% (5.742,3) 100,0% 36,0% 3,6%<br />

Brasil<br />

O custo dos produtos vendidos na unidade de negócios Brasil acumulou R$3.492,2 milhões, crescendo 0,1%.<br />

Cerveja<br />

O custo dos produtos vendidos da operação de venda de cerveja no Brasil diminuiu 0,1%, chegando a R$2.573,6 milhões. O custo dos produtos vendidos por<br />

hectolitro apresentou uma queda de 4,9%, somando R$39,2. Os principais fatores contribuindo para esta redução foram (i) menor taxa de cambio para compra<br />

de insumos, derivada da política de hedge; (ii) a maior diluição de custos fixos, viabilizada pelo crescimento do volume de venda; e (iii) os ganhos de produtividade<br />

resultantes do contínuo programa de excelência fabril da AmBev que levaram à queda observada no custo unitário de produção.<br />

RefrigeNanc<br />

O custo dos produtos vendidos da operação de RefrigeNanc no Brasil subiu 3,1%, chegando a R$877,8 milhões. O custo dos produtos vendidos por hectolitro<br />

decresceu 5,4%, contabilizando R$39,8. Similar ao caso da operação de cerveja, os ganhos de eficiência fabril, assim como a maior diluição dos custos fixos de<br />

produção, e os ganhos com hedge foram os principais responsáveis pelo resultado.<br />

Malte e Sub-produtos<br />

A venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou uma redução do custo dos produtos vendidos de 34,1%, acumulando R$40,8 milhões.<br />

América Latina Hispânica (HILA)<br />

O custo dos produtos vendidos da unidade de negócios HILA aumentou 32,9%, atingindo R$1.266,2 milhões. A análise mais detalhada da evolução do custo é<br />

apresentada a seguir.<br />

80 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 81<br />

Quinsa<br />

A consolidação em AmBev do custo dos produtos vendidos da Quinsa acumulou em <strong>2006</strong> R$808,8 milhões, representando um crescimento de 50,7%. Os<br />

principais efeitos que explicam esse aumento são:<br />

- Aumento de 15,1% no volume vendido, atingindo 28,782 milhões de hectolitros.<br />

- Aumento do porcentual de consolidação do resultado da Quinsa (dez/06: 100,0%; dez/05:59,2%), em virtude da maior participação da AmBev em Quinsa<br />

(dez/06: 91,8%; dez/05: 59,2%)<br />

HILA-ex<br />

O custo dos produtos vendidos nas operações da AmBev no norte da América Latina cresceu 9,8%, chegando a R$457,4 milhões. O principal efeito que explica<br />

esse aumento é o crescimento de 3,2% no volume vendido, o qual atingiu 6,894 milhões de hectolitros.<br />

América do Norte<br />

O custo dos produtos vendidos da Labatt no ano de <strong>2006</strong> contabilizou R$ 1.190,2 milhões. Em moeda local, o custo dos produtos vendidos apresentou queda de<br />

5,3%. O principal fator que contribuiu para tal redução foi a queda de 5.9% nos custos unitários de produção.<br />

LUCRO BRUTO<br />

A AmBev alcançou em <strong>2006</strong> um lucro bruto de R$11.665,0 milhões, representando um crescimento de 14,2%. O quadro a seguir ilustra a contribuição de cada<br />

unidade de negócios para o lucro bruto consolidado da AmBev.<br />

Lucro Bruto <strong>2006</strong> 2005 % Variação<br />

R$ milhões % Total % Rec. Líq. R$ milhões % Total % Rec. Líq.<br />

Brasil 7.470,9 64,0% 68,1% 6.413,9 62,8% 64,8% 16,5%<br />

Cerveja Brasil 6.471,5 55,5% 71,5% 5.543,8 54,3% 68,3% 16,7%<br />

RefrigeNanc Brasil 928,5 8,0% 51,4% 797,0 7,8% 48,3% 16,5%<br />

malte e Subprodutos 70,9 0,6% 63,5% 73,1 0,7% 54,2% -3,1%<br />

HILA 1.496,2 12,8% 54,2% 1.127,1 11,0% 54,2% 32,7%<br />

Quinsa 1.195,5 10,2% 59,6% 763,2 7,5% 58,7% 56,6%<br />

Cerveja 1.006,6 8,6% 68,4% 650,4 6,4% 66,9% 54,8%<br />

Refrigerantes 188,9 1,6% 35,4% 112,8 1,1% 34,4% 67,5%<br />

HILA-ex 300,7 2,6% 39,7% 364,0 3,6% 46,6% -17,4%<br />

Cerveja 203,4 1,7% 44,4% 233,2 2,3% 49,7% -12,8%<br />

Refrigerantes 97,3 0,8% 32,5% 130,7 1,3% 42,0% -25,6%<br />

América do Norte 2.697,9 23,1% 69,4% 2.675,2 26,2% 67,3% 0,9%<br />

Consolidado 11.665,0 100,0% 66,2% 10.216,2 100,0% 64,0% 14,2%<br />

DESPESAS COm VENDAS, GERAIS E ADmINISTRATIVAS<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da AmBev totalizaram R$5.408,7 milhões em <strong>2006</strong>, crescendo 4,5%. A análise da evolução dessas despesas em<br />

cada unidade de negócios é exposta a seguir.<br />

Brasil<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas no Brasil somaram R$3.038,3 milhões em <strong>2006</strong>, aumentando 3,3%.<br />

Cerveja<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas atingiram R$2.549,7 milhões, crescendo 3,3%. Os principais elementos que geraram o crescimento de tais<br />

despesas operacionais foram:<br />

- O crescimento do volume de vendas da estrutura de distribuição direta da AmBev.<br />

- menores despesas com amortização de ativos diferidos, principalmente em decorrência da mudança da forma de contabilização da incorporação da InBev Brasil<br />

em <strong>2006</strong>.


RefrigeNanc<br />

Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas para RefrigeNanc acumularam R$485,2 milhões, aumentando 3,2%. Os principais elementos que geraram o<br />

crescimento de tais despesas operacionais foram:<br />

- O crescimento do volume de vendas da estrutura de distribuição direta da AmBev.<br />

- menores despesas com amortização de ativos diferidos, principalmente em decorrência da mudança da forma de contabilização da incorporação da InBev Brasil<br />

em <strong>2006</strong>.<br />

Malte e Sub-produtos<br />

A venda de malte e sub-produtos gerou despesas de Vendas, Gerais e Administrativas de R$ 3,4 milhões em <strong>2006</strong>, crescendo 10,1%.<br />

América Latina Hispânica (HILA)<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da unidade de negócios HILA somaram R$955,6 milhões, aumentando 25,0%. A análise mais detalhada da<br />

evolução dessas despesas é apresentada a seguir.<br />

Quinsa<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas consolidadas em AmBev em função de sua participação na Quinsa acumularam R$485,0 milhões, crescendo<br />

49,5%. Esse aumento é explicado em sua maior parte pelo aumento do porcentual de consolidação dos resultados de Quinsa (dez/06: 100,0%; dez/05: 59,2%),<br />

em virtude da maior participação da AmBev em Quinsa (dez/06: 91,8%; dez/05: 59,2%)<br />

HILA-ex<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas das operações da AmBev no norte da América Latina somaram R$470,6 milhões, crescendo 6,9%.<br />

América do Norte<br />

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da Labatt somaram R$1.414,8 milhões. Em moeda local as despesas mantiveram-se estáveis quando comparadas<br />

a 2005.<br />

RESULTADO OPERACIONAL ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS, PROVISõES E CONTINGêNCIAS, E OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS<br />

A Companhia apresentou forte desempenho operacional em <strong>2006</strong>, evidenciando não somente o expressivo crescimento orgânico de suas vendas mas também<br />

ganhos adicionais de eficiência que se traduziram em expansão de margens para além dos níveis já exemplares da Companhia.<br />

Em <strong>2006</strong> a AmBev registrou um crescimento de EBIT 1 de 24,1% para R$6.256,3 milhões. A margem de EBIT sobre a receita líquida atingiu 35,5%, 390 pontos<br />

base maior do que em 2005.<br />

O EBITDA 2 da Companhia alcançou R$7.444,6 milhões, um aumento de 18,1%. A margem de EBITDA sobre a receita líquida foi de 42,3%, 280 pontos base<br />

maior do que em 2005.<br />

Os quadros a seguir apresentam os dados de EBIT e EBITDA para cada unidade de negócios.<br />

EBIT <strong>2006</strong> 2005 % Variação<br />

EBITDA <strong>2006</strong> 2005 % Variação<br />

R$ milhões % Total Margem R$ milhões % Total Margem<br />

Brasil 5.153,7 69,2% 47,0% 4.319,0 68,5% 43,6% 19,3%<br />

Cerveja Brasil 4.478,6 60,2% 49,5% 3.731,4 59,2% 46,0% 20,0%<br />

RefrigeNanc Brasil 607,7 8,2% 33,6% 517,6 8,2% 31,4% 17,4%<br />

malte e Subprodutos 67,4 0,9% 60,4% 70,0 1,1% 51,9% -3,7%<br />

HILA 791,2 10,6% 28,6% 553,0 8,8% 26,6% 43,1%<br />

Quinsa 855,1 11,5% 42,7% 549,4 8,7% 42,3% 55,6%<br />

Cerveja 768,2 10,3% 52,2% 496,7 7,9% 51,1% 54,7%<br />

Refrigerantes 86,9 1,2% 16,3% 52,7 0,8% 16,1% 64,9%<br />

HILA-ex (63,9) -0,9% -8,4% 3,7 0,1% 0,5% n.s.<br />

Cerveja (55,1) -0,7% -12,0% (2,8) 0,0% -0,6% n.s.<br />

Refrigerantes (8,7) -0,1% -2,9% 6,4 0,1% 2,1% n.s.<br />

América do Norte 1.499,6 20,1% 38,6% 1.433,1 22,7% 36,0% 4,6%<br />

Consolidado 7.444,6 100,0% 42,3% 6.305,1 100,0% 39,5% 18,1%<br />

1 Sigla em inglês para Earnings Before Interest and Taxes , equivalente ao resultado operacional antes das receitas e despesas financeiras, provisões e contingências, e outras receitas e<br />

82 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 83<br />

despesas operacionais.<br />

R$ milhões % Total Margem R$ milhões % Total Margem<br />

Brasil 4.432,5 70,8% 40,4% 3.471,7 68,8% 35,1% 27,7%<br />

Cerveja Brasil 3.921,8 62,7% 43,4% 3.074,8 61,0% 37,9% 27,5%<br />

RefrigeNanc Brasil 443,3 7,1% 24,5% 326,8 6,5% 19,8% 35,6%<br />

malte e Subprodutos 67,4 1,1% 60,4% 70,0 1,4% 51,9% -3,7%<br />

HILA 540,6 8,6% 19,6% 362,4 7,2% 17,4% 49,2%<br />

Quinsa 710,5 11,4% 35,4% 438,8 8,7% 33,8% 61,9%<br />

Cerveja 649,2 10,4% 44,1% 404,5 8,0% 41,6% 60,5%<br />

Refrigerantes 61,3 1,0% 11,5% 34,3 0,7% 10,5% 78,6%<br />

HILA-ex (169,9) -2,7% -22,4% (76,4) -1,5% -9,8% 122,5%<br />

Cerveja (121,3) -1,9% -26,5% (46,8) -0,9% -10,0% 159,3%<br />

Refrigerantes (48,6) -0,8% -16,2% (29,6) -0,6% -9,5% 64,2%<br />

América do Norte 1.283,1 20,5% 33,0% 1.208,5 24,0% 30,4% 6,2%<br />

Consolidado 6.256,3 100,0% 35,5% 5.042,6 100,0% 31,6% 24,1%<br />

2 Sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), equivalente ao EBIT antes das despesas com depreciação e amortização.


CONTINGêNCIAS TRIBUTáRIAS, TRABALHISTAS E OUTRAS<br />

Provisões líquidas para contingências e outras contabilizaram ganho de R$111,8milhões. É importante ressaltar a reversão de R$316,0 milhões referentes a<br />

processos tributários de PIS e COFINS.<br />

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS<br />

O saldo líquido de outras receitas e despesas operacionais em <strong>2006</strong> representou uma perda de R$955,1 milhões, 11,2% mais baixa em relação à perda registrada<br />

em 2005. O detalhamento dos principais lançamentos é apresentado a seguir.<br />

- Ganho de R$165,4 milhões referentes a acréscimos patrimoniais decorrente de incentivos fiscais concedidos a controladas da AmBev no Brasil.<br />

- Ganho de R$79,4 milhões derivado da variação cambial em controladas no exterior.<br />

- Ganho de R$39,9 milhões referentes a deságio sobre crédito incentivo fiscal (ICmS).<br />

- Ganho de R$24,0 milhões referentes a recuperação no Brasil de créditos de impostos de PIS e COFINS.<br />

- Despesa de R$971,4 milhões decorrentes da amortização de ágio referente ao investimento da AmBev na Labatt.<br />

- Despesa de R$103,3 milhões decorrentes da amortização de ágio referente à investimentos da AmBev na Quinsa.<br />

- Despesa de R$85,5 milhões decorrentes da amortização de ágio referente à investimentos da Quinsa na América Latina.<br />

- Despesa de R$122,7 milhões decorrentes de outras amortizações de ágio.<br />

RESULTADO FINANCEIRO<br />

O resultado financeiro da companhia em <strong>2006</strong> foi negativo em R$1.078,3 milhões, comparado a uma perda em 2005 de R$1.086,7 milhões. A tabela abaixo<br />

destaca os principais lançamentos do resultado financeiro da companhia:<br />

Detalhamento do Resultado Financeiro<br />

R$ milhões <strong>2006</strong> 2005<br />

Receita Financeira<br />

Receitas financeiras sobre equivalentes a caixa 111,1 91,4<br />

Variação cambial sobre aplicações financeiras (15,5) (36,7)<br />

Resultado sobre Plano de Ações 10,0 13,3<br />

juros e variação cambial sobre mútuos 0,1<br />

Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e depósitos judiciais 29,8 6,6<br />

Outras 33,0 20,5<br />

Total 168,4 95,3<br />

Despesa Financeira<br />

Encargos financeiros sobre dívidas em reais 191,5 122,4<br />

juros e variação cambial sobre mútuos 1,8 5,7<br />

Encargos financeiros sobre dívidas em moeda estrangeira 485,1 456,0<br />

Variação cambial sobre financiamentos (254,7) (308,5)<br />

Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos 585,1 625,8<br />

Impostos sobre transações financeiras 131,8 141,9<br />

Encargos financeiros sobre contingências e outros 59,9 77,6<br />

Outras 46,3 61,0<br />

Total 1.246,7 1.182,0<br />

Resultado Financeiro (1.078,3) (1.086,7)<br />

A Companhia ressalta que, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, os passivos referentes a operações de swaps e derivativos devem ser<br />

contabilizados por meio da curva de juros estabelecida em seus respectivos contratos; já os ativos referentes a esses mesmos tipos de operações devem ser<br />

contabilizados no menor valor entre o valor de mercado e curva mencionada.<br />

O endividamento total da Companhia aumentou R$2.363,0 milhões em comparação com 2005, enquanto seu montante de caixa e equivalentes aumentou<br />

R$668,8 milhões.<br />

Conseqüentemente, houve um aumento de R$1.694,3 milhões na dívida líquida da AmBev. A Companhia estima que a razão entre sua dívida líquida e o EBITDA<br />

acumulado dos últimos 12 meses seja de 1,0x.<br />

A tabela a seguir detalha o perfil da dívida consolidada da AmBev:<br />

4T06 4T06 4T06<br />

Detalhamento da Dívida Curto Longo<br />

R$ milhões Prazo Prazo Total<br />

moeda Local 400,4 3.178,3 3.578,7<br />

moeda Estrangeira 1.704,2 4.283,7 5.987,9<br />

Dívida Consolidada 2.104,6 7.462,0 9.566,6<br />

Caixa e equivalentes, Títulos e Valores mobiliários 1.765,0<br />

Dívida Líquida 7.801,6<br />

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS NãO OPERACIONAIS<br />

O saldo líquido de outras receitas e despesas não operacionais resultou em <strong>2006</strong> em uma perda de R$28,8 milhões, comparada a uma perda em 2005 de<br />

84 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 85<br />

R$234,3 milhões.<br />

O principal motivo da diferença são dois lançamentos realizados em 2005, os quais não se verificaram em <strong>2006</strong>:<br />

- Prejuízo de R$ 158,2 milhões referentes a provisão constituída para fechamento da cervejaria da Labatt em Toronto. Os itens provisionados foram os seguintes:<br />

(i) perda do imobilizado (R$46,7 milhões); (ii) complemento de provisão de benefícios a empregados (R$69,9 milhões); e (iii) custo de demissão de<br />

funcionários (R$ 41,6 milhões).<br />

- Perda de R$ 65,6 milhões referente ao investimento da AmBev em Quinsa, decorrente das recompras de suas próprias ações no mercado realizadas pela Quinsa<br />

ao longo do ano de 2005.<br />

ImPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIçãO SOCIAL<br />

O resultado líquido de imposto de renda e contribuição social em <strong>2006</strong> foi uma despesa de R$1.315,2 milhões. À alíquota nominal de 34%, a provisão para<br />

imposto de renda e contribuição social teria sido de R$1.398,4 milhões. A conciliação da provisão efetiva com a provisão à alíquota nominal é apresentada no<br />

quadro a seguir:<br />

Imposto de Renda <strong>2006</strong><br />

R$ milhões<br />

Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social 4.307,3<br />

Participações estatutárias e contribuições (194,4)<br />

Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e das participações estatutárias e contribuições 4.112,8<br />

Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%) (1.398,4)<br />

Ajustes para obtenção da alíquota efetiva:<br />

juros sobre capital próprio 500,9<br />

Resultado de controladas no exterior não sujeitas a tributação 4,2<br />

Ganhos patrimoniais em controladas 62,1<br />

Amortização de ágio - parcela não dedutível (355,0)<br />

Retenção de impostos (68,3)<br />

Variação cambial sobre investimentos no exterior (43,8)<br />

Adições e exclusões permanentes e outros (17,1)<br />

Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro (1.315,2)<br />

Alíquota efetiva de IR e contribuição social 32,0%<br />

Ajuste Benefício Fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil<br />

Benefício fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil 350,8<br />

Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro excluindo efeito do benefício fiscal (964,4)<br />

Alíquota efetiva de IR e contribuição social ajustada por benefício fiscal 25,6%


PARTICIPAçõES DE EmPREGADOS E ADmINISTRADORES<br />

A despesa decorrente da provisão a título de participação nos lucros aos empregados e administradores foi de R$194,4 milhões em <strong>2006</strong>. Este valor faz parte<br />

da política de remuneração variável da Companhia, segundo a qual mais de 20.000 empregados têm uma parte significativa de sua remuneração sujeita ao<br />

cumprimento de agressivas metas de performance.<br />

Em 2005 a participação dos empregados e administradores nos lucros da Companhia foi de R$202,8 milhões.<br />

PARTICIPAçõES mINORITáRIAS<br />

As participações minoritárias em subsidiárias da AmBev acumularam em <strong>2006</strong> prejuízo de R$ 8,7 milhões.<br />

LUCRO LíQUIDO<br />

O lucro líquido alcançado pela AmBev em <strong>2006</strong> foi de R$ 2.806,3 milhões, um aumento de 81,5% comparado ao de 2005. O lucro por lote de 1.000 ações foi de<br />

R$44,04, representando um crescimento de 86,2%.<br />

RECONCILIAçãO LUCRO LíQUIDO AO EBITDA<br />

O EBITDA e o EBIT são medidas utilizada pela Administração da Companhia para demonstrar a performance da Companhia.<br />

O EBITDA é calculado excluindo-se do lucro líquido do exercício os seguintes efeitos: (i) Provisão do IR/Contribuição Social; (ii) Provisão para Participação de<br />

Empregados e Administradores, (iii) Resultado das participações minoritárias, (iv) Receitas (despesas) não operacionais, (v) Resultado financeiro líquido, (vi) Resultado<br />

da equivalência patrimonial, (vii) Outras Receitas (despesas) Operacionais, (viii) Provisões líquidas, e (ix) Despesas de depreciações e amortizações. O EBIT é o EBITDA<br />

subtraído das depreciações e amortizações.<br />

O EBITDA e o EBIT não são medidas contábeis utilizadas nas práticas contábeis adotadas no Brasil ou nos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados<br />

Unidos da América (US GAAP), não representando o fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como sendo uma alternativa ao lucro<br />

líquido na qualidade de indicador do desempenho operacional ou como uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. Nossa definição de<br />

EBITDA e EBIT pode não ser comparável ao EBITDA e EBIT ou EBITDA ajustado conforme definido por outras companhias.<br />

Reconciliação Lucro Líquido - EBITDA <strong>2006</strong> 2005<br />

Lucro Líquido 2.806,3 1.545,7<br />

Provisão IR/Contribuição Social 1.315,3 845,1<br />

Provisão Part. de Empr. e Administradores 194,4 202,8<br />

Participações minoritárias (8,7) (16,8)<br />

Lucro Antes de Impostos 4.307,3 2.576,8<br />

Receitas (Despesas) Não Operacionais 28,8 234,3<br />

Resultado Financeiro Líquido 1.078,3 1.086,7<br />

Equivalência Patrimonial (1,4) (2,0)<br />

Outras Receitas (Despesas) Operacionais 955,1 1.075,3<br />

Provisões, Líquidas (111,8) 71,5<br />

EBIT 6.256,3 5.042,6<br />

Depreciações e Amortizações 1.188,4 1.262,6<br />

EBITDA 7.444,6 6.305,1<br />

86 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 87<br />

DIVIDENDOS<br />

A distribuição de resultado aos acionistas referentes ao resultado de <strong>2006</strong>, representando a soma de dividendos e juros sobre o capital próprio, foi de R$1.473,1<br />

milhões. O valor distribuído representa 52,5% do lucro líquido reportado.<br />

Adicionalmente à distribuição de lucros, a companhia devolveu a seus acionistas R$1.762,3 milhões através de seu programa de recompra de ações, perfazendo um<br />

pay out total de R$3.235,4 milhões.<br />

RELACIONAmENTO COm AUDITORES INDEPENDENTES<br />

A política de atuação junto aos nossos auditores independentes na prestação de serviços não relacionados à auditoria externa se substancia nos princípios que<br />

preservam a independência do auditor.<br />

Estes princípios compreendem:<br />

(a) o auditor não deve auditar seu próprio trabalho;<br />

(b) o auditor não deve exercer funções gerenciais e<br />

(c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente.<br />

Adotamos políticas e procedimentos de pré-aprovação segundo os quais todos os serviços de auditoria e outros serviços prestados por auditores externos<br />

contratados devem ser aprovados pelo Conselho Fiscal, o qual executa as obrigações de um comitê de auditoria para os propósitos da Lei Sarbanes-Oxley de<br />

2002, em conformidade com a Regra 10A-3(c). O Conselho Fiscal adota uma lista de serviços e limites de valor para a contratação de cada auditor externo, de<br />

acordo com os termos incluídos em uma Lista Básica, por sua vez aprovada pelo Conselho de Administração. Qualquer serviço constante dessa lista é considerado<br />

“pré-aprovado”. Trimestralmente, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal recebem, do Diretor Financeiro, um relatório resumido sobre o progresso dos<br />

serviços prestados pré-aprovados e os honorários correspondentes devidamente autorizados. Quaisquer serviços não apresentados nessa Lista Básica requerem uma<br />

opinião anterior favorável de nosso Conselho Fiscal e a aprovação de nosso Conselho de Administração. Nossa política contém também uma lista de serviços que<br />

não podem ser prestados por nossos auditores externos.


parecer dos Auditores<br />

independentes<br />

Aos Administradores e Acionistas<br />

Companhia de Bebidas das Américas – AmBev<br />

São Paulo – SP<br />

1. Examinamos os balanços patrimoniais, individual (controladora) e consolidado, da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”) e controladas<br />

em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos<br />

correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião<br />

sobre essas demonstrações financeiras.<br />

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a<br />

relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos das Companhias; (b) a constatação, com base em testes, das evidências<br />

e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas<br />

adotadas pela Administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.<br />

3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo (1) representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial<br />

e financeira, controladora e consolidado, da Companhia de Bebidas das Américas – AmBev e controladas em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, o resultado de suas<br />

operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas<br />

contábeis adotadas no Brasil.<br />

4. Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de emitir parecer sobre as demonstrações financeiras básicas referidas no primeiro parágrafo, tomadas em<br />

conjunto. As demonstrações consolidadas do fluxo de caixa, que estão sendo apresentadas para propiciar informações suplementares sobre a Companhia, não são<br />

requeridas como parte integrante das demonstrações financeiras básicas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações consolidadas<br />

do fluxo de caixa foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos no parágrafo 2 e, em nossa, essas demonstrações suplementares estão<br />

adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras básicas referentes aos exercícios findos em 31 de<br />

dezembro de <strong>2006</strong> e de 2005, tomadas em conjunto.<br />

5. Anteriormente examinamos os balanços patrimoniais, individual (controladora) e consolidado, da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”)<br />

e controladas em 31 de dezembro de 2005 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos<br />

correspondentes aos exercícios findos naquelas e emitimos parecer sem ressalva datado de 13 de fevereiro de <strong>2006</strong>. As demonstrações financeiras da controlada<br />

Labatt Brewing Company Limited, referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, a qual apresenta, passivo a descoberto de R$ 1.217 milhões, ativos<br />

totais de R$ 2.459 milhões, equivalente a 7,3% dos ativos totais da Companhia, receita líquida no montante de R$ 3.967 milhões, equivalente a 24,9% da receita<br />

líquida de vendas consolidadas e lucro líquido no montante de R$ 467 milhões, equivalente a 30,2% do lucro líquido da Companhia, foram examinadas por outros<br />

auditores independentes, e a nossa opinião, no que se refere aos valores dos ativos e passivos dessa controlada e do resultado por ela gerada, está baseada no<br />

parecer desses outros auditores.<br />

São Paulo, 26 de fevereiro de 2007<br />

DELOITTE TOUCHE TOHmATSU Altair Tadeu Rossato<br />

Auditores Independentes Contador<br />

CRC 2 SP 011609/O-8 CRC 1 SP 182515/O-5<br />

parecer do<br />

Conselho Fiscal<br />

O Conselho Fiscal da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”), em conformidade com as atribuições dispostas no Estatuto Social da<br />

Companhia, em seu Regimento Interno e nos incisos do art. 163 da Lei nº 6.404/76, examinou: (i) o parecer emitido sem ressalvas pela DELOITTE TOUCHE<br />

TOHmATSU AUDITORES INDEPENDENTES, e (ii) o relato sobre o desempenho da Companhia realizado pelo Gerente de Relações com <strong>Investidores</strong>, na presença do<br />

Diretor Financeiro e de Relações com <strong>Investidores</strong> e do Diretor Geral para América Latina. Com base nos documentos examinados e nos esclarecimentos prestados,<br />

os membros do Conselho Fiscal, abaixo assinados, opinaram pela aprovação em Assembléia Geral do <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> da Administração e das Demonstrações<br />

Financeiras encerradas em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>.<br />

São Paulo, 28 de fevereiro de 2007.<br />

Alcides Lopes Tápias<br />

álvaro Antonio Cardoso de Souza<br />

Aloisio macário Ferreira de Souza<br />

88 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 89<br />

Ary Waddington<br />

(Suplente)<br />

Emanuel Sotelino Schifferle<br />

(Suplente)<br />

Nilson josé Bulgueroni<br />

(Suplente)


Balanço<br />

patrimonial<br />

levantado em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> e de 2005 - (expresso em milhões de reais)<br />

Controladora Consolidado<br />

ATIVO <strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

CIRCULANTE<br />

Caixa e equivalentes 601,7 384,4 1.538,9 837,3<br />

Títulos e valores mobiliários - 52,7 226,1 259,0<br />

Contas a receber de clientes 848,6 705,1 1.542,7 1.331,8<br />

Estoques 589,9 557,5 1.363,9 1.178,1<br />

Impostos a recuperar 419,2 180,1 687,7 545,5<br />

Imposto de renda e contribuição social diferidos 550,5 502,3 610,0 543,4<br />

Dividendos e/ou juros sobre Capital Próprio 27,6 - 2,7 -<br />

Outros 431,0 378,7 845,4 779,6<br />

TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 3.468,5 2.760,8 6.817,4 5.474,7<br />

NÃO CIRCULANTE<br />

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO<br />

Créditos com pessoas ligadas / controladas 864,6 857,8 - -<br />

Depósitos compulsórios e judiciais 332,2 321,6 437,2 431,4<br />

Venda financiada de ações 72,6 114,0 72,8 114,7<br />

Imposto de renda e contribuição social diferidos 2.851,1 3.363,9 3.566,7 4.183,5<br />

Imóveis destinados à venda 82,9 101,3 86,0 104,5<br />

Outros 308,9 245,7 486,0 376,1<br />

TOTAL REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 4.512,3 5.004,3 4.648,7 5.210,2<br />

PERMANENTE<br />

Investimentos<br />

Participação em sociedades controladas diretas e coligadas, incluíndo ágio e deságio, líquida 21.203,7 19.634,0 17.990,4 16.727,1<br />

Outros investimentos 11,4 11,4 35,6 36,5<br />

Imobilizado 2.611,6 2.474,2 5.723,9 5.404,6<br />

Diferido 353,4 463,4 429,1 548,7<br />

TOTAL DO ATIVO PERMANENTE 24.180,1 22.583,0 24.179,0 22.716,9<br />

TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 28.692,4 27.587,3 28.827,7 27.927,1<br />

TOTAL DO ATIVO 32.160,9 30.348,1 35.645,1 33.401,8<br />

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />

Controladora Consolidado<br />

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO <strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

90 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 91<br />

CIRCULANTE<br />

Fornecedores 620,4 471,9 1.387,4 1.065,4<br />

Financiamentos 1.239,8 790,0 2.038,7 1.209,4<br />

Debêntures 65,9 - 65,9 -<br />

Salários, participações e encargos sociais a pagar 261,0 265,6 480,3 447,7<br />

Dividendos a pagar 106,8 23,1 109,0 25,9<br />

Imposto de renda e contribuição social a pagar 113,8 1,1 366,3 244,5<br />

Demais tributos e contribuições a recolher 704,2 599,4 1.239,0 1.030,8<br />

Contas a pagar a partes relacionadas 2.424,5 1.886,1 - -<br />

Perda sobre derivativos não realizados 379,6 165,0 405,3 129,8<br />

Outros 357,9 376,5 752,5 898,8<br />

TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 6.273,9 4.578,7 6.844,4 5.052,3<br />

NÃO CIRCULANTE<br />

PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO<br />

Financiamentos 2.675,5 2.994,5 5.396,9 5.994,2<br />

Debêntures 2.065,1 - 2.065,1 -<br />

Diferimento de impostos sobre vendas 405,7 352,6 405,7 352,6<br />

Passivos associados a questionamentos fiscais e provisão para contingências 504,2 816,1 663,3 1.037,1<br />

Contas a pagar partes relacionadas 705,5 1.474,6 - -<br />

Outros 110,6 111,6 629,0 825,8<br />

TOTAL DO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 6.466,6 5.749,4 9.160,0 8.209,7<br />

Resultado de Exercícios Futuros 152,3 152,7 149,9 149,9<br />

TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE 6.618,9 5.902,1 9.309,9 8.359,6<br />

Participação dos acionistas minoritários - - 222,7 122,6<br />

PATRIMÔNIO LÍQUIDO<br />

Capital social realizado 5.716,1 5.691,4 5.716,1 5.691,4<br />

Reserva de capital 12.870,6 13.889,5 12.870,6 13.889,5<br />

Reservas de lucro<br />

Legal 208,8 208,8 208,8 208,8<br />

Estatutária 1.413,3 471,0 1.413,3 471,0<br />

Ações em tesouraria (940,7) (393,4) (940,7) (393,4)<br />

TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 19.268,1 19.867,3 19.268,1 19.867,3<br />

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 32.160,9 30.348,1 35.645,1 33.401,8<br />

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.


demonstrações<br />

dos Resultados<br />

pARA os eXeRCÍCios Findos em 31 de deZemBRo de <strong>2006</strong> e de 2005<br />

(expressas em milhões de reais - exceto quanto ao lucro líquido por lote de mil ações do capital social)<br />

RECEITA BRUTA<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Vendas de produtos 22.452,1 12.213,3 32.487,8 28.878,7<br />

DEDUÇÕES DE VENDAS<br />

Impostos sobre vendas, descontos e devoluções (12.072,8) (6.417,3) (14.874,1) (12.920,1)<br />

RECEITA LÍQUIDA 10.379,3 5.796,0 17.613,7 15.958,6<br />

Custo dos produtos vendidos (3.848,9) (2.371,2) (5.948,7) (5.742,4)<br />

LUCRO BRUTO 6.530,4 3.424,8 11.665,0 10.216,2<br />

(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS<br />

Com vendas (1.775,1) (1.021,8) (3.866,7) (3.499,9)<br />

Administrativas (459,0) (259,7) (775,5) (802,0)<br />

Contingências tributárias, trabalhistas e outras 92,0 (69,2) 111,8 (71,5)<br />

Honorários da diretoria e do conselho de administração 4,2 (19,3) 4,3 (28,6)<br />

Depreciação e amortização (549,5) (312,1) (770,8) (667,9)<br />

Receitas financeiras 189,5 98,8 168,4 95,3<br />

Despesas financeiras (953,5) (992,7) (1.246,7) (1.182,0)<br />

Equivalência patrimonial 303,4 828,6 1,4 2,0<br />

Outras operacionais, líquidas (61,9) 16,1 (955,1) (1.075,4)<br />

(3.209,9) (1.731,3) (7.328,9) (7.230,0)<br />

LUCRO OPERACIONAL 3.320,5 1.693,5 4.336,1 2.986,2<br />

Receitas (despesas) não operacionais, líquidas 6,8 (26,0) (28,8) (234,3)<br />

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 3.327,3 1.667,5 4.307,3 2.751,9<br />

Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social sobre o lucro líquido 63,6 - (688,8) (757,1)<br />

Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social diferidos (460,4) (6,5) (626,5) (263,1)<br />

LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS E CONTRIBUIÇÕES 2.930,5 1.661,0 2.992,0 1.731,7<br />

Participações estatutárias e contribuições aos empregados e administradores (124,2) (115,3) (194,4) (202,8)<br />

LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS 2.806,3 1.545,7 2.797,6 1.528,9<br />

Participação dos acionistas minoritários - - 8,7 16,8<br />

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 2.806,3 1.545,7 2.806,3 1.545,7<br />

Quantidade total de ações do capital social no fim do exercício (em milhares) 64.458,2 65.876,1<br />

Lucro líquido por lote de mil ações do capital social total no fim do exercício, em reais - R$ 43,54 23,46<br />

Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício, excluídas as<br />

ações em tesouraria, em reais - R$ 44,04 23,65<br />

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />

demonstrações das mutações do<br />

patrimônio líquido da Controladora<br />

pARA os eXeRCÍCios Findos em 31 de deZemBRo de <strong>2006</strong> e de 2005 - (expressas em milhões de reais)<br />

92 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 93<br />

Capital<br />

social Reserva<br />

Reservas de lucros<br />

subscrito e Reservas estatutária Reserva Ações em Lucros<br />

integralizado de Capital Investimentos Legal tesouraria acumulados Total<br />

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 4.742,8 12.859,4 225,0 208,8 (935,0) - 17.101,0<br />

Exercício de opções do plano de ações -<br />

Aumento de capital por captalização de reservas 948,6 (948,6) -<br />

Incorporação InBev 2.883,3 2.883,3<br />

Recompra de ações - (437,3) (437,3)<br />

Incorporações de ações em tesouraria da CBB - (81,7) (81,7)<br />

Cancelamento de ações em tesouraria (868,1) 868,1 -<br />

Transferência de reservas para plano acionistas (94,4) - 192,5 98,1<br />

Subvenção para investimentos e incentivos fiscais 57,9 57,9<br />

Lucro líquido do exercício 1.545,7 1.545,7<br />

Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício: -<br />

Reserva estatutária 246,0 (246,0) -<br />

Antecipação de dividendos na forma de jCP (744,0) (744,0)<br />

Dividendos antecipados (556,2) (556,2)<br />

Dividendos e jCP Prescritos 0,5 0,5<br />

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 5.691,4 13.889,5 471,0 208,8 (393,4) - 19.867,3<br />

Exercício de opções do plano de ações 3,4 (3,4) -<br />

Aumento de capital por captalização de reservas 21,3 (21,3) -<br />

Adiantamento para futuro aumento de capital relacionado com o plano 3,4 3,4<br />

Recompra de ações (1.762,3) (1.762,3)<br />

Cancelamento de ações em tesouraria (1.046,2) 1.046,2 -<br />

Transferência de reservas para plano acionistas (67,2) 168,8 101,6<br />

Subvenção para investimentos e incentivos fiscais 115,8 115,8<br />

Lucro líquido do exercício 2.806,3 2.806,3<br />

Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício: -<br />

Reserva estatutária 1.333,2 (1.333,2) -<br />

Antecipação de dividendos na forma de jCP (1.473,1) (1.473,1)<br />

Dividendos complementares 2005 (390,9) (390,9)<br />

EM 31 DE DEZEMBRO DE <strong>2006</strong> 5.716,1 12.870,6 1.413,3 208,8 (940,7) - 19.268,1<br />

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.


demonstrações das origens e<br />

Aplicações de Recursos<br />

pARA os eXeRCÍCios Findos em 31 de deZemBRo de <strong>2006</strong> e de 2005 - (expressas em milhões de reais)<br />

ORIGENS DOS RECURSOS<br />

Das operações sociais<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Lucro líquido do exercício 2.806,3 1.545,7 2.806,3 1.545,7<br />

Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante<br />

Equivalência patrimonial (303,4) (828,6) (1,4) (2,0)<br />

Imposto de renda e contribuição social diferidos 460,4 6,5 626,5 263,1<br />

Deságio na liquidação de incentivos fiscais (39,9) (28,3) (39,9) (28,3)<br />

ágio amortizado, líquido de deságio realizado 107,5 52,7 1.283,0 1.343,0<br />

Depreciação e amortização 685,6 397,5 1.188,4 1.087,5<br />

Contingências tributárias, trabalhistas e outras (92,0) 69,2 (111,8) 71,5<br />

Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 31,7 25,8 36,7 52,7<br />

Provisão para perdas sobre ativos permanentes (6,3) 19,1 8,7 116,8<br />

Encargos financeiros e variações sobre plano de ações (9,8) (12,8) (10,0) (13,3)<br />

Variação cambial e encargos sobre financiamentos de longo prazo (341,3) (89,7) (470,3) (501,2)<br />

Perda (ganho) de participação em controladas 0,7 3,3 (6,1) 64,8<br />

Participação dos acionistas minoritários - - (8,7) (16,8)<br />

Variação cambial sobre controladas no exterior 17,9 2,9 (79,4) 289,3<br />

Valor residual do imobilizado e investimentos alienados 127,6 69,1 288,6 150,4<br />

Restituição de capital pela controlada 297,8 836,8 - -<br />

Dividendos recebidos e a receber 1.060,9 693,2 - -<br />

Dos acionistas<br />

4.803,7 2.762,4 5.510,6 4.423,2<br />

Venda financiada de ações 51,3 65,6 78,5 73,3<br />

Alienação de ações em tesouraria 105,3 64,3 105,3 132,5<br />

De terceiros<br />

Variações no realizável a longo prazo<br />

Despesas antecipadas - - - 12,0<br />

Outros impostos e taxas a recuperar 62,4 666,5 66,6 543,4<br />

Outras contas a receber - 26,9 - 78,5<br />

Variações no exigível a longo prazo<br />

Debêntures 2.065,1 - 2.065,1 -<br />

Financiamentos - 144,9 - 2.233,7<br />

Incentivos fiscais 115,5 105,0 268,4 115,5<br />

Contas a pagar de sociedades ligadas - 1.989,4 - -<br />

Outros 3,2 5,4 4,3 0,5<br />

TOTAL DAS ORIGENS 7.206,5 5.830,4 8.098,8 7.612,6<br />

APLICAÇÃO DE RECURSOS<br />

Variações no realizável a longo prazo<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Depósitos compulsórios e judiciais 46,8 106,8 61,4 72,2<br />

Contas a receber de sociedades ligadas - - - 8,2<br />

Outros impostos e taxas a recuperar 31,8 - - 8,3<br />

Despesas antecipadas 20,9 7,9 20,9 -<br />

Outros 17,3 - 36,9 4,3<br />

Variações no exigível a longo prazo<br />

Financiamentos 667,9 - 185,9 -<br />

Diferimento de impostos - 1,3 - -<br />

Demais contas a pagar - - 176,6 30,0<br />

Contingências tributárias, trabalhistas e outras 215,9 267,3 264,3 224,1<br />

94 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 95<br />

No ativo permanente<br />

Investimentos, inclusive ágios e deságios 2.742,3 - 2.731,0 190,4<br />

Imobilizado 812,9 328,6 1.425,7 1.169,4<br />

Diferido 11,9 91,6 18,7 265,4<br />

Em transações de capital<br />

Recompra de ações 1.762,3 438,0 1.762,3 438,0<br />

Dividendos propostos e pagos 1.864,0 1.299,6 1.864,0 1.299,6<br />

CCL de controlada incorporada - 1.480,7 - -<br />

CCL de controladora incorporada - 2,3 - -<br />

Variação no capital de minoritários - - 0,5 88,3<br />

TOTAL DAS APLICAÇÕES 8.194,0 4.024,1 8.548,2 3.798,2<br />

AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (987,5) 1.806,3 (449,4) 3.814,4<br />

VARIAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTE<br />

Ativo circulante<br />

No fim do exercício 3.468,5 2.760,8 6.817,4 5.474,7<br />

No início do exercício 2.760,8 783,5 5.474,7 5.379,7<br />

Passivo circulante<br />

707,7 1.977,3 1.342,7 95,0<br />

No fim do exercício 6.273,9 4.578,7 6.844,4 5.052,3<br />

No início do exercício 4.578,7 4.407,7 5.052,3 8.771,7<br />

1.695,2 171,0 1.792,1 (3.719,4)<br />

AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (987,5) 1.806,3 (449,4) 3.814,4<br />

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.


informação suplementar -<br />

Fluxo de Caixa<br />

pARA os eXeRCÍCios Findos em 31 de deZemBRo de <strong>2006</strong> e de 2005 - (expressas em milhões de reais)<br />

ATIVIDADES OPERACIONAIS<br />

<strong>2006</strong> 2005<br />

Lucro líquido do exercício 2.806,3 1.545,7<br />

Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes<br />

Depreciação e amortização 1.188,4 1.087,5<br />

Contingências tributárias, trabalhistas e outras (111,8) 71,5<br />

Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 36,7 52,7<br />

Deságio na liquidação de incentivos fiscais (39,9) (28,3)<br />

Provisão para perdas em estoques e ativos permanentes 11,8 58,6<br />

Provisão para reestruturação 18,8 114,9<br />

Reversão de provisão para perdas sobre investimentos (22,0) -<br />

Encargos financeiros e variações sobre impostos e contribuições 1,4 5,2<br />

Perda na alienação de bens do permanente 163,4 102,5<br />

juros e variações sobre plano de ações (10,0) (13,3)<br />

Variação cambial e encargos sobre financiamentos 424,2 281,0<br />

Variação cambial e ganhos não realizados sobre ativos financeiros 13,4 -<br />

Redução de imposto de renda e contribuição social diferidos 626,5 263,1<br />

Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o caixa (116,7) (67,6)<br />

ágio amortizado, líquido de deságio realizado 1.283,0 1.343,0<br />

Participação de acionistas minoritários (8,7) (16,8)<br />

Equivalência patrimonial (1,4) (2,0)<br />

Perdas não realizadas sobre derivativos 221,6 (239,5)<br />

Recuperação de crédito extemporâneo (24,0) -<br />

Perda de participação em controladas (5,5) 64,8<br />

Redução (aumento) nas contas do ativo<br />

Contas a receber de clientes (166,2) (246,9)<br />

Impostos a recuperar (14,5) 87,1<br />

Demais contas a receber e outros (169,3) 106,1<br />

Estoques (142,8) 93,2<br />

Depósitos judiciais (63,2) (130,0)<br />

Aumento (redução) nas contas do passivo<br />

Fornecedores 286,8 1,1<br />

Salários, participações e encargos sociais 20,7 118,0<br />

Imposto de renda, contribuição social e demais impostos 36,9 (383,1)<br />

Desembolsos vinculados à provisão contingencial (268,2) (101,6)<br />

Demais tributos e contribuições a recolher 93,7 71,1<br />

Outros (84,1) (88,4)<br />

GERAÇÃO DE CAIXA PROVENIENTE DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 5.985,3 4.149,6<br />

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO<br />

96 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 97<br />

<strong>2006</strong> 2005<br />

Aplicações financeiras, com vencimento acima de 90 dias 180,6 (52,4)<br />

Títulos e depósitos em garantia 0,1 (15,4)<br />

Alienação de investimentos - 1,0<br />

Aquisição de investimentos (2.639,2) (97,3)<br />

Alienação de bens do imobilizado 117,6 49,6<br />

Aquisição de bens do imobilizado (1.425,7) (1.369,5)<br />

Dispêndios na formação do diferido (18,7) (47,8)<br />

Recompra de ações próprias por coligada - (87,5)<br />

UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (3.785,3) (1.619,3)<br />

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO<br />

Financiamentos<br />

Captação 9.344,8 8.917,5<br />

Amortização (7.386,4) (9.361,1)<br />

Variação no capital de minoritários 53,0 (40,7)<br />

Aumento de capital 3,4 -<br />

Venda financiada de ações 72,5 53,8<br />

Recompra de ações (1.765,1) (363,1)<br />

Pagamento de dividendos (1.790,8) (2.272,0)<br />

Prêmio de recompra de ações - 91,7<br />

UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (1.468,6) (2.973,9)<br />

EFEITO DE VARIAÇÃO CAMBIAL SOBRE O CAIXA (29,8) (10,0)<br />

AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES 701,6 (453,7)<br />

Saldo inicial de caixa e equivalentes 837,3 1.291,0<br />

Saldo final de caixa e equivalentes 1.538,9 837,3<br />

AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES 701,6 (453,7)<br />

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.


notas explicativas<br />

(Valores expressos em milhões de reais - R$, exceto quando indicado de outro modo)<br />

1. ConteXto opeRACionAl<br />

A) CONSIDERAçõES GERAIS<br />

A Companhia de Bebidas das Américas – AmBev (referida como “Companhia” ou “AmBev” ou “Controladora”), com sede em São Paulo, tem por objetivo,<br />

diretamente ou mediante participação em outras sociedades, no Brasil e em outros países nas Américas, produzir e comercializar cervejas, chopes, refrigerantes,<br />

outras bebidas não alcoólicas e malte.<br />

A Companhia mantém contrato de “franchising” com a PepsiCo International, Inc. (“PepsiCo”) para engarrafar, vender e distribuir os produtos Pepsi no Brasil e em<br />

outros países da América Latina, incluindo o Lipton Ice Tea e o isotônico Gatorade.<br />

A Companhia mantém, contrato de licenciamento com a Anheuser-Busch Inc. através da sua subsidiária Labatt Canadá, para produzir, engarrafar, vender e<br />

distribuir os produtos Budweiser no Canadá. Além disso, a Companhia produz e distribui Stella Artois sob licença da Interbrew International B.V. (“InBev”) no Brasil<br />

e no Canadá e, por meio de licença concedida à InBev, distribui Brahma nos Estados Unidos e em determinados países da Europa, ásia e áfrica.<br />

A Companhia tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA e na Bolsa de Valores de Nova Iorque – NYSE, na forma de Recibos de<br />

Depósitos Americanos – ADRs.<br />

B) PRINCIPAIS EVENTOS OCORRIDOS Em <strong>2006</strong> E Em 2005<br />

i. Aquisição do controle de Quilmes Industrial S.A. (“Quinsa”)<br />

Como parte do acordo de compra de ações da Quinsa fechado em janeiro de 2003, os outros controladores em conjunto da Quinsa, Beverage Associates Corp.<br />

(“BAC”), tinham o direito de permutar suas 373,5 milhões de ações classe A da Quinsa por ações da AmBev, em períodos especificados em cada ano a partir de<br />

abril de 2003, ou a qualquer momento em que houvesse mudança na estrutura de controle da AmBev. A AmBev também tinha o direito de determinar a permuta<br />

de ações classe A da Quinsa por ações da AmBev a partir do fim de 2010.<br />

Em 13 de abril de <strong>2006</strong>, a Companhia anunciou que celebrou acordo por meio do qual a BAC vende a totalidade de suas ações em Quinsa para a AmBev.<br />

Em 8 de agosto de <strong>2006</strong>, a Companhia finalizou a operação com a BAC, anunciada em 13 de abril de <strong>2006</strong>, adquirindo a totalidade das ações da Beverage<br />

Associates Holding LTD. (“BAH”), adquirida pela AmBev pelo montante total de R$ 2.738,8 equivalente a US$ 1,25 bilhão, resultando em um ágio no montante de<br />

R$ 2.331,1. Com o fechamento da operação , a participação da AmBev no capital social da Quinsa passou de 59,77% para 91,18%.<br />

Esse acordo representa a última etapa da operação iniciada em maio de 2002, por meio da qual a AmBev adquiriu uma participação inicial em Quinsa. Nessa<br />

operação ambas as partes acordaram que o preço de compra seria pago em dinheiro e que as referidas opções não mais serão exercidas.<br />

ii. Aliança com o Grupo Romero<br />

Em 9 de março de <strong>2006</strong>, a Companhia anunciou aliança com o grupo empresarial Romero, firmada por meio de acordo de alienação de 25% do capital social de<br />

sua controlada indireta Compañia Cervecera AmBev Perú S.A.C. (“AmBev Perú”) para a Ransa Comercial S.A., empresa integrante do Grupo Romero. Em 14 de<br />

julho de <strong>2006</strong>, a Companhia fechou a transação pelo montante de R$ 8,2.<br />

O acordo de compra e venda de ações determinou que o fechamento da operação estaria condicionado à restruturação societária da AmBev Perú e à assinatura<br />

de um acordo de acionistas. O acordo de acionistas firmado previa a outorga, por parte da AmBev, de uma opção adicional de compra em favor do Grupo Romero<br />

referente a 5% do capital social da AmBev Perú.<br />

Em 22 de setembro de <strong>2006</strong> a opção de compra de 5% do capital social foi exercida pelo montante de R$ 1,6, passando a participação do Grupo Romero no<br />

capital social da AmBev Perú de 25% para 30%.<br />

iii. Incorporação da controladora InBev Holding Brasil S.A. (“InBev Brasil”)<br />

Em 28 de julho de 2005, em Assembléia Geral Extraordinária, os acionistas da Companhia aprovaram operação de incorporação de sua controladora InBev Brasil,<br />

com o objetivo de simplificar a estrutura societária da qual fazem parte a InBev Brasil, a AmBev e suas controladas, propiciando benefícios financeiros para a<br />

AmBev, e conseqüentemente, para seus acionistas e para os acionistas da InBev Brasil. Os principais aspectos relacionados à incorporação foram:<br />

a) O ágio originalmente registrado pela InBev Brasil e atribuído à expectativa de resultados futuros da AmBev, no montante total de R$ 8.510,1, passa a ser, após a<br />

Incorporação, fiscalmente amortizado em até dez anos pela AmBev, nos termos da legislação tributária vigente e sem impacto no seu fluxo de dividendos.<br />

b) A InBev Brasil, em atendimento à Instrução CVm nº 349, constituiu provisão, anteriormente à sua incorporação pela AmBev, no montante de R$ 5.616,7,<br />

correspondente à diferença entre o valor do ágio e do benefício fiscal decorrente da sua amortização, de forma que a AmBev incorporou somente o ativo<br />

correspondente ao benefício fiscal decorrente do fato da amortização do ágio a ser dedutível para fins fiscais. A referida provisão vem sendo revertida na mesma<br />

proporção em que o ágio é amortizado pela AmBev, não afetando, portanto, o resultado de suas operações.<br />

c) A reserva especial de ágio que foi constituída na AmBev, como resultado dessa incorporação, será, ao término de cada exercício fiscal e na medida em que<br />

o benefício fiscal a ser auferido pela AmBev, em decorrência da amortização do ágio, representar uma efetiva diminuição dos tributos por ela pagos, objeto<br />

de capitalização na AmBev, em proveito da InBev NV/AS, acionistas da InBev Brasil, sem prejuízo do direito de preferência assegurado aos demais acionistas da<br />

AmBev na subscrição do aumento de capital resultante de tal capitalização. Entretanto, os acionistas da InBev Brasil obrigam-se a capitalizar apenas 70% (setenta<br />

por cento) do valor da reserva especial de ágio que lhe couber ao término de cada exercício fiscal. O saldo não capitalizado da reserva será, quando possível e<br />

observado o interesse da AmBev, utilizado para distribuição aos seus acionistas, a título de dividendos ou juros sobre o capital próprio.<br />

iv. Incorporação da controlada Companhia Brasileira de Bebidas (“CBB”)<br />

Os acionistas da Companhia aprovaram, em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de maio de 2005, a incorporação da controlada CBB. A referida<br />

incorporação teve por objetivo a simplificação da estrutura societária da qual fazem parte a AmBev e suas controladas, bem como permitir que o valor de R$<br />

702,8 do ágio originalmente registrado na AmBev, oriundo da aquisição das ações da CBB, atribuído à expectativa de rentabilidade futura, passe a ser, após a<br />

incorporação, fiscalmente amortizado em até dez anos, nos termos da legislação tributária.<br />

A partir de 1º de julho de 2005, o resultado das operações da AmBev passa a incorporar as atividades operacionais anteriormente detidas e registradas diretamente<br />

na CBB. Como as demonstrações financeiras da CBB já eram consolidadas, a referida incorporação, pela AmBev, dos ativos e passivos da CBB, avaliados a valor<br />

contábil, não resultou em efeitos nas demonstrações financeiras consolidadas. No entanto, nas demonstrações financeiras individuais, essa incorporação resultou<br />

em mudanças significativas, prejudicando a comparação entre o resultado auferido em <strong>2006</strong> com o do ano anterior.<br />

Os ativos e passivos incorporados pela AmBev em 31 de maio de 2005, estão apresentados a seguir:<br />

98 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 99<br />

Saldo incorporado<br />

Ativo circulante 1.882,4<br />

Realizável a longo prazo 2.209,1<br />

Investimentos 312,9<br />

Imobilizado 2.436,5<br />

Diferido 451,0<br />

Total do ativo 7.291,9<br />

Passivo circulante (3.363,1)<br />

Exigível a longo prazo (3.857,7)<br />

Resultado de exercícios futuros (152,8)<br />

Ações em tesouraria 81,7<br />

Total do passivo (7.291,9)<br />

O efeito devedor total dos ativos líquidos da CBB incorporados pela AmBev, foi R$ 81,6. Esse montante é composto pelo valor de R$ 0,004, referente as ações da<br />

AmBev atribuídas aos acionistas minoritários da CBB, mais o valor de R$ 81,6, que se refere às ações preferenciais de emissão da AmBev, que eram detidas pela CBB<br />

e, como resultado da incorporação, passaram a ser classificadas no patrimônio líquido da Companhia, na figura de “ações em tesouraria”. Referida classificação é<br />

consistente com o tratamento anteriormente dispensado a essas ações, nas demonstrações financeiras consolidadas.<br />

2. ApResentAÇão dAs demonstRAÇÕes FinAnCeiRAs e pRinCipAis<br />

pRátiCAs ContáBeis<br />

As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas expedidas<br />

pela Comissão de Valores mobiliários – CVm. Essas demonstrações financeiras incorporam as alterações trazidas pelos seguintes normativos contábeis: (i) Normas<br />

e Procedimentos de Contabilidade (“NPC”) nr. 27 – Apresentação e Divulgações, emitido pelo Instituto dos Auditores independentes do Brasil – Ibracon, em 03<br />

de outubro de 2005, aprovada pela Deliberação CVm nr. 488, naquela mesma data; e (ii) NPC nr. 22 – Provisões, Passivos, Contingências Passivas e Contingências<br />

Ativas, emitido pelo Ibracon, em 03 de outubro de 2005, aprovada pela Deliberação CVm nr. 489, naquela mesma data.


A) ESTImATIVAS CONTáBEIS<br />

Na elaboração das demonstrações financeiras, é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. Sendo assim, nas<br />

demonstrações financeiras são incluídas várias estimativas referentes à vida útil do ativo imobilizado, às provisões necessárias para passivos contingentes, para calcular<br />

projeções para determinar a recuperação de saldos do imobilizado, diferido e imposto de renda, bem como à determinação de provisão para imposto de renda, as<br />

quais, apesar de refletirem a melhor estimativa possível por parte da administração da Companhia, podem apresentar variações em relação aos valores reais.<br />

A administração da Companhia revisa periodicamente essas estimativas e é de opinião que não deverão existir diferenças significativas.<br />

B) APURAçãO DO RESULTADO<br />

As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência de exercícios.<br />

As receitas de vendas e os respectivos custos são registrados na entrega dos produtos aos clientes.<br />

C) ATIVOS CIRCULANTE E REALIZáVEL A LONGO PRAZO<br />

O caixa e equivalentes a caixa, representado por valores de liquidez imediata e com vencimento original de até 90 dias, está apresentado ao custo de aquisição,<br />

mais rendimentos incorridos até a data do balanço e ajustados, quando aplicável, ao seu equivalente valor de mercado.<br />

As aplicações financeiras, substancialmente representadas por títulos e valores mobiliários, títulos governamentais e certificados de depósito bancário, inclusive<br />

denominados em moeda estrangeira, são apresentados ao valor de custo, adicionando, quando aplicável, os rendimentos auferidos “pro rata temporis”; quando<br />

necessário, é constituída provisão para redução aos valores de mercado. Adicionalmente, as cotas de fundos de investimentos são avaliadas a valor de mercado, e<br />

quando aplicável constituída provisão com o objetivo de diferir os rendimentos não realizados de natureza variável.<br />

O saldo consolidado de aplicações financeiras, em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, inclui depósitos em conta-corrente e aplicações financeiras, concedidos a título de<br />

garantia vinculada com a emissão de títulos da dívida externa de controladas, no montante de R$ 34,6 (R$ 16,3 apenas no Consolidado em 31 de dezembro de 2005).<br />

A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente pela administração para cobrir as perdas prováveis na realização<br />

dos créditos e totaliza R$ 134,0 na Controladora e R$ 185,6 no Consolidado em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (R$ 125,9 e R$ 169,7, respectivamente, em 31 de<br />

dezembro de 2005).<br />

Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou da produção, ajustados, quando necessário, por provisão para redução aos valores de realização.<br />

Os demais ativos circulantes e realizável a longo prazo são apresentados ao valor de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos até a data do<br />

encerramento do exercício. Se necessário, é constituída provisão para redução aos valores de mercado.<br />

D) PERmANENTE<br />

Os investimentos em controladas e em controladas em conjunto são avaliados pelo método da equivalência patrimonial e, em sua primeira avaliação, as práticas<br />

contábeis adotadas são uniformizadas àquelas adotadas pela Companhia. O valor contábil desses investimentos inclui desdobramento dos custos de aquisição em<br />

valor patrimonial, ágio ou deságio.<br />

O ágio em investimentos, fundamentado na mais-valia do imobilizado, é amortizado com base na expectativa de vida útil do imobilizado da controlada,<br />

enquanto que o ágio (deságio) atribuído à expectativa de resultados futuros é amortizado no prazo de cinco a dez anos e registrado na rubrica “Outras despesas<br />

operacionais”. O deságio em investimento, atribuído a razões econômicas diversas, somente será amortizado na eventual alienação ou baixa do investimento.<br />

O imobilizado é demonstrado a custo e inclui os juros incorridos no financiamento durante a fase de construção de certos ativos assim qualificados. Os gastos com<br />

manutenção e reparos, quando incorridos, são registrados em contas de despesas. As perdas com a quebra de garrafas e garrafeiras durante a produção são incluídas<br />

nos custos dos produtos vendidos. Outras perdas na realização do ativo imobilizado são tempestivamente avaliadas pela administração da Companhia e, quando<br />

aplicável, uma provisão é constituída para fazer face a tais riscos. A depreciação é calculada pelo método linear, considerando a vida útil-econômica dos ativos, às taxas<br />

anuais mencionadas na Nota 7.<br />

O ativo diferido é composto principalmente por gastos incorridos durante a fase pré-operacional, ágio na aquisição de controladas incorporadas pela Companhia e<br />

gastos com implantação e ampliação (Nota 8). A amortização do diferido é calculada pelo método linear, no prazo máximo de até dez anos, a partir do início das<br />

atividades operacionais, quando relacionado a gastos na fase pré-operacional e a partir do mês seguinte ao da aquisição, quando referente a ágio.<br />

E) CONVERSãO DAS DEmONSTRAçõES FINANCEIRAS DAS CONTROLADAS SEDIADAS NO ExTERIOR<br />

As operações de malte localizadas na Argentina e Uruguai têm como moeda funcional o dólar dos Estados Unidos, pois suas receitas e seus fluxos de caixa estão<br />

atrelados substancialmente a essa moeda. As demonstrações financeiras das controladas sediadas no exterior são elaboradas com base na moeda local como a<br />

funcional, isto é, a moeda principal do sistema econômico em que a entidade opera.<br />

Os ativos, passivos e patrimônio líquido das controladas no exterior são convertidos em reais às taxas de câmbio vigentes na data das demonstrações financeiras.<br />

Por sua vez, as contas do resultado são convertidas e mantidas em reais às taxas médias de câmbio do período.<br />

A diferença entre o resultado líquido apurado às taxas de câmbio vigentes na data das demonstrações financeiras e aquele apurado às taxas médias de câmbio do<br />

período é registrada na conta “Outras receitas operacionais”.<br />

F) PASSIVOS CIRCULANTE E ExIGíVEL A LONGO PRAZO<br />

São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data<br />

de encerramento das demonstrações financeiras.<br />

G) OPERAçõES COm DERIVATIVOS DE mOEDAS E jUROS – ITENS FINANCEIROS<br />

A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar “hedge” da sua exposição consolidada de riscos de moedas e juros. Dessa forma, em<br />

atendimento às normas da CVm, as operações “não designadas contabilmente” são mensuradas ao menor valor entre o seu valor de custo, apurado com base nas<br />

condições contratuais entre a Companhia e terceiros (“curva do papel”), e o seu valor de mercado, e registradas contabilmente nas contas “Ganho sobre derivativo<br />

não realizado” ou “Perda sobre derivativos não realizada”. Para as operações designadas como hedge, a contabilização é efetuada com base no custo amortizado.<br />

Os valores nominais das operações de “forward” e “swap” de moedas e juros não são registrados no balanço patrimonial.<br />

H) OPERAçõES COm DERIVATIVOS DE mOEDAS E COmmODITIES – ITENS OPERACIONAIS<br />

A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar “hedge” de sua exposição consolidada de custos de matérias-primas a serem adquiridas<br />

e despesas operacionais cujos preços estejam atrelados a oscilação de preços de moedas e commodities.<br />

Os resultados líquidos desses instrumentos derivativos, designados contabilmente como objeto de “hedge”, são mensurados ao valor de mercado, diferidos e<br />

contabilizados no balanço patrimonial da Companhia em “Outros ativos e passivos”, e reconhecidos no resultado quando o objeto de hedge for reconhecido em<br />

resultado. No caso de matérias-primas, o reconhecimento em resultado acontece quando houver a venda do produto na conta “Custo dos produtos vendidos”, no<br />

caso de despesas, o resultado será reconhecido no momento em que a despesa for reconhecida em resultado na conta de despesas operacionais.<br />

I) PROVISãO PARA CONTINGêNCIAS E PASSIVOS ASSOCIADOS A QUESTIONAmENTOS FISCAIS<br />

A provisão para contingências é estabelecida por valores atualizados monetariamente, referentes a questões trabalhistas, tributárias, cíveis e comerciais em<br />

discussão nas instâncias administrativas e judiciais, com base nas estimativas de perdas estabelecidas pelos consultores jurídicos externos da Companhia e suas<br />

controladas, para os casos em que essas perdas são consideradas prováveis.<br />

As reduções de impostos, obtidas com base em decisões judiciais resultantes de ações movidas pela Companhia e suas controladas contra as autoridades tributárias, caso<br />

lançadas ao resultado, são objeto de provisionamento até que sejam asseguradas por decisão em última instância em favor da Companhia e suas controladas.<br />

j) SUBVENçãO PARA INVESTImENTOS<br />

A Companhia e suas controladas têm determinados programas de incentivos fiscais estaduais na forma de diferimento do pagamento de impostos, com reduções<br />

parciais ou totais destes. Em alguns Estados, os prazos de carência e as reduções não são condicionais.<br />

Todavia, quando existentes, as condições referem-se a fatos sob controle da Companhia. O benefício relativo à redução no pagamento desses impostos é<br />

tratado como reserva para subvenção de investimentos e registrado no patrimônio líquido das controladas, com base no regime de competência de registro<br />

desses impostos, ou no momento em que as controladas cumprem com as principais obrigações fixadas nos programas estaduais, para ter o benefício<br />

concedido. Nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia esse benefício é registrado como “Outras receitas operacionais” e totalizou R$ 165,3<br />

em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (R$ 151,8 em 31 de dezembro de 2005).<br />

k) ImPOSTO SOBRE A RENDA E CONTRIBUIçãO SOCIAL SOBRE O LUCRO LíQUIDO<br />

O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido são calculados às alíquotas estabelecidas na legislação aplicável. O encargo referente ao imposto<br />

de renda e a contribuição social é registrado em regime de competência de exercícios, com a adição do imposto de renda diferido calculado sobre as diferenças<br />

temporárias entre as bases contábeis e tributáveis de ativos e passivos.<br />

Registra-se também o imposto de renda diferido ativo correspondente ao benefício tributário futuro sobre prejuízos fiscais e bases negativas de cálculo de<br />

contribuição social para as controladas em que haja expectativa de realização provável desses benefícios, no prazo máximo de dez anos, com base em projeções de<br />

resultados futuros, descontados ao seu valor presente.<br />

L) ATIVOS E PASSIVOS ATUARIAIS RELACIONADOS A BENEFíCIOS A EmPREGADOS<br />

A Companhia e suas controladas reconhecem os ativos e passivos atuariais relacionados a benefícios a empregados de acordo com os critérios previstos na<br />

Deliberação CVm n° 371, de 13 de dezembro de 2000.<br />

Os ganhos e as perdas atuariais são reconhecidos em montante excedente ao maior valor entre (a) 10% do valor presente da obrigação atuarial e (b) 10% do valor<br />

justo dos ativos do plano, amortizado pelo tempo de serviço médio futuro dos participantes do plano.<br />

100 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 101


m) DEmONSTRAçõES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS - CONTROLADAS<br />

Para as controladas, foi consolidada a totalidade de seus ativos, passivos e resultados, com destaque para as participações dos acionistas minoritários no patrimônio<br />

líquido e no resultado dos períodos.<br />

Na consolidação, os investimentos nas controladas e a parcela correspondente de seus patrimônios líquidos, os saldos ativos e passivos e receitas e despesas,<br />

decorrentes de transações praticadas entre as empresas consolidadas foram eliminados. Adicionalmente, exclui-se a parcela dos resultados não realizados<br />

decorrente de compras de insumos e produtos de controladas e coligadas, que ainda permaneceram no saldo dos estoques no fim de cada período, assim como de<br />

outras transações entre controladas da Companhia.<br />

As demonstrações financeiras consolidadas abrangem, em datas-base de fechamento coincidentes, as demonstrações financeiras das controladas, direta ou<br />

indiretamente.<br />

N) DEmONSTRAçõES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS PROPORCIONALmENTE<br />

Desde agosto de <strong>2006</strong>, a Companhia passou a consolidar integralmente as demonstrações financeiras da Quinsa que até então eram consolidadas<br />

proporcionalmente (Nota 1(b)(i)).<br />

Apresentamos os ativos líquidos da Agrega Inteligência em Compras Ltda. (“Agrega”) e da Ice Tea do Brasil Ltda. (“ITB”), consolidados proporcionalmente nas<br />

demonstrações financeiras da Companhia, como segue:<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong><br />

Agrega ITB Total<br />

Ativo circulante 1,9 0,4 2,3<br />

Ativo realizável a longo prazo - 4,8 4,8<br />

Ativo permanente 0,4 0,9 1,3<br />

Passivo circulante (2,2) 0,1 (2,1)<br />

Passivo exigível a longo prazo - (12,0) (12,0)<br />

Total ativos (passivos) líquidos 0,1 (5,8) (5,7)<br />

Percentual de participação - % 50,0 50,0<br />

Em 31 de dezembro de 2005<br />

Quinsa Agrega ITB Total<br />

Ativo circulante 523,8 1,4 0,4 525,6<br />

Ativo realizável a longo prazo 115,1 - 5,1 120,2<br />

Ativo permanente 1.180,0 0,4 0,9 1.181,3<br />

Passivo circulante (531,6) (1,8) - (533,4)<br />

Passivo exigível a longo prazo (477,8) - (11,1) (488,9)<br />

Participação minoritários (103,7) - - (103,7)<br />

Total ativos (passivos) líquidos 705,9 - (4,7) 701,1<br />

Percentual de participação - % 59,2 50,0 50,0<br />

Os resultados da Quinsa, da Agrega e da ITB, consolidados proporcionalmente nas demonstrações financeiras da Companhia, são como segue:<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong><br />

Quinsa (i) Agrega ITB Total<br />

Receita líquida 492,6 1,3 - 493,9<br />

Custo dos produtos e serviços vendidos (211,9) - - (211,9)<br />

Lucro bruto 280,7 1,3 - 282,0<br />

Despesas operacionais (174,1) (3,4) (1,8) (179,3)<br />

Lucro (prejuízo) operacional 106,6 (2,1) (1,8) 102,7<br />

Resultado não operacional 1,2 - - 1,2<br />

Provisão para imposto de renda (40,4) 0,6 (39,8)<br />

Participação minoritários (15,3) - - (15,3)<br />

Lucro (prejuízo) do exercício 52,1 (2,1) (1,2) 48,8<br />

Em 31 de dezembro de 2005<br />

Quinsa (i) Agrega ITB Total<br />

Receita líquida 1.299,9 1,2 - 1.301,1<br />

Custo dos produtos e serviços vendidos (536,7) - - (536,7)<br />

Lucro bruto 763,2 1,2 - 764,4<br />

Despesas operacionais (457,7) (3,1) (1,0) (461,8)<br />

Lucro (prejuízo) operacional 305,5 (1,9) (1,0) 302,6<br />

Resultado não operacional (9,0) - - (9,0)<br />

Provisão para imposto de renda (113,8) - 0,4 (113,4)<br />

Participações minoritárias (59,1) - - (59,1)<br />

Lucro (prejuízo) do exercício 123,6 (1,9) (0,6) 121,1<br />

(i) Resultado proporcional consolidado até Agosto de <strong>2006</strong> (Nota 1 (b) (i)).<br />

O) TRANSAçõES COm PARTES RELACIONADAS<br />

As transações com partes relacionadas são realizadas em condições usuais de mercado e envolvem, entre outras operações, a compra e a venda de<br />

matérias-primas como malte, concentrados, rótulos, rolhas e produtos acabados diversos.<br />

Os contratos de mútuos firmados entre as controladas da Companhia no Brasil têm prazo de vencimento indeterminado e sofrem incidência de encargos<br />

financeiros de mercado, exceto por alguns contratos com controladas onde a Companhia detém a totalidade do capital, sobre os quais não incidem encargos.<br />

Os contratos envolvendo as controladas da Companhia sediadas no exterior são geralmente atualizados monetariamente pela variação do dólar norte-<br />

americano, acrescidos de juros de até 10% ao ano.<br />

P) RECLASSIFICAçõES<br />

Nas demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, apresentadas para fins de comparação, foram efetuadas determinadas<br />

reclassificações para adequá-las às Deliberações CVm nrs. 488 e 489, além disso, outras reclassificações foram feitas com o objetivo de melhorar a apresentação de<br />

determinados valores e transações e manter a comparabilidade entre os períodos. As seguintes reclassificações foram feitas pela Companhia: (i) Apresentação do grupo<br />

“Não Circulante” no ativo e no passivo; (ii) Apresentação da conta “Intangível”, classificada no grupo “Não Circulante”; (iii) na Nota 15 (d) entre receitas e despesas<br />

financeiras; (iv) de Ativo Diferido, o saldo do ágio sobre incorporação da InBev Brasil e sua respectiva provisão para realização, para Imposto de Renda e Contribuição<br />

Social diferidos em curto e longo prazos. No resultado, de amortizações e depreciações para resultado de imposto de renda e contribuição social corrente a parcela<br />

relativa a realização do ágio e da provisão da incorporação da InBev Brasil; (v) Reclassificação dos depósitos judiciais, anteriormente classificados no ativo, para o<br />

passivo, como redutor da conta “provisão para contingências”, nas situações onde seja aplicável.<br />

3. estoques<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Produtos acabados 143,6 143,2 319,2 322,2<br />

Produtos em elaboração 45,6 46,1 69,6 67,8<br />

matérias-primas 235,9 231,0 618,7 515,1<br />

materiais de produção 110,4 96,4 235,6 186,6<br />

Almoxarifado e outros 63,9 56,8 136,6 113,7<br />

Provisão para perdas (9,5) (16,0) (15,8) (27,3)<br />

4. tRAnsAÇÕes Com pARtes RelACionAdAs<br />

Principais transações com partes relacionadas estão demonstradas conforme tabelas abaixo:<br />

589,9 557,5 1.363,9 1.178,1<br />

Saldos Transações<br />

102 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 103<br />

<strong>2006</strong><br />

Resultado<br />

Contas Contas Contratos Vendas financeiro<br />

Empresas a receber a pagar de mútuos líquidas líquido<br />

AmBev 791,5 (1.678,2) (1.378,7) 398,3 (76,6)<br />

Fratelli 4,0 (6,0) 149,9 21,6 (17,0)<br />

jalua Spain S.L. - - (87,3) - 46,1<br />

monthiers S.A. 1.437,1 - 1.495,3 - (36,7)<br />

Arosuco 8,6 (0,3) 470,5 549,1 0,3<br />

Dunvegan S.A. 131,2 (1,1) (422,1) - 88,6<br />

Cympay 76,8 (0,1) 1,5 98,1 0,2<br />

maltería Uruguai 33,3 (34,1) - 135,3 -<br />

malteria Pampa S.A. 12,0 (0,1) 0,4 118,7 -<br />

CRBS S.A 122,7 - (22,3) - -<br />

CACN 0,3 (14,6) 81,0 74,6 (1,7)<br />

Eagle - (868,1) (1,8) - -<br />

Aspen - - (143,4) - 0,7<br />

Labatt Canadá (i) 1,1 (10,1) - - -<br />

Outras nacionais 8,0 (6,6) (114,9) 1,5 (1,8)<br />

Outras internacionais 4,3 (7,6) (24,2) 14,8 (1,0)<br />

TOTAL 2.630,9 (2.626,9) 3,9 1.412,0 1,1


5. outRos AtiVos<br />

Saldos Transações<br />

2005<br />

Resultado<br />

Contas Contas Contratos Vendas financeiro<br />

Empresas a receber a pagar de mútuos líquidas líquido<br />

AmBev 804,3 (1.748,0) (1.559,2) 366,7 (324,2)<br />

CBB (iii) - - - 113,8 108,4<br />

Fratelli (ii) - (11,2) 133,3 6,7 (6,1)<br />

IBA – Sudeste (ii) - - - 44,5 399,0<br />

jalua Spain S.L. - - (40,8) - (51,3)<br />

monthiers S.A. 1,526,2 - 1.421,9 - (68,6)<br />

Arosuco 4,5 - 384,5 511,6 -<br />

Dunvegan S.A. 216,6 - (417,5) - 36,3<br />

Cympay 0,5 - 16,8 98,2 0,4<br />

malteria Pampa S.A. 8,3 - - 145,5 -<br />

maltería Uruguai S.A. 1,2 - - 98,0 -<br />

Aspen - - (153,1) - 5,7<br />

CACN - (34,1) 25,7 77,4 0,1<br />

Eagle - (868,1) - - -<br />

CRBS S.A. 122,7 - - - -<br />

Labatt Canadá (i) - - 0,5 - -<br />

Outras nacionais 63,4 (9,2) 233,3 1,3 2,9<br />

Outras internacionais 2,8 (68,1) (60,9) 0,1 (2,9)<br />

TOTAL 2.750,5 (2.738,7) (15,5) 1.463,8 99,7<br />

(i) Labatt Canadá mantém contrato de prestação de serviços com InBev através dos quais são reembolsados os serviços prestados ou despesas incorridas<br />

em benefício da outra parte. Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, a Labatt Canadá mantém saldo de contas a receber no montante de R$ 38,1 (R$ 6,6 em 31<br />

de dezembro de 2005) e saldo de contas a pagar, no montante de R$ 7,5 (R$ 3,5 em 31 de dezembro de 2005).<br />

(ii) Em 30 de novembro de 2005, a Fratelli incorporou a IBA-Sudeste.<br />

(iii) Conforme mencionado na Nota 1(b)(iv), a CBB foi incorporada pela AmBev em 31 de maio de 2005.<br />

Denominações utilizadas:<br />

• Indústria de Bebidas Antarctica do Sudeste S.A. (“IBA Sudeste”)<br />

• Compañia Brahma Venezuela S.A. (“CACN”)<br />

• Eagle Distribuidora de Bebidas S/A (“Eagle”)<br />

• Arosuco Aromas e Sucos Ltda. (“Arosuco”)<br />

• Cervecería y maltería Paysandú - Cympay (“Cympay”)<br />

• Aspen Equities Corporation (“Aspen”)<br />

• Fratelli Vita Bebidas S.A. (“Fratelli”)<br />

Ativo circulante<br />

Resultado líquido diferido de operações de “forward”, “swap” e<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

“commodities” (Nota 15(b)(ii)) 37,3 75,6 66,9 75,6<br />

Reembolso de despesas com propaganda 65,2 42,5 88,4 45,6<br />

Despesas antecipadas 270,2 233,5 316,8 296,0<br />

Adiantamentos a fornecedores e outros 0,3 0,3 22,8 23,1<br />

Contas a receber partes relacionadas - 13,7 185,4 265,4<br />

Demais contas a receber 58,0 13,1 165,1 73,9<br />

Realizável a longo prazo<br />

431,0 378,7 845,4 779,6<br />

Aplicações financeiras de longo prazo - - 1,7 69,4<br />

Outros impostos e taxas a recuperar 140,0 108,2 158,9 130,8<br />

Despesas antecipadas 132,9 112,0 134,3 126,6<br />

Superávit de ativos - Instituto AmBev (Nota 12(a)) 17,0 20,0 17,0 20,0<br />

Outras contas com partes relacionadas - - 97,4 4,7<br />

Demais contas a receber 19,0 5,5 76,7 24,6<br />

308,9 245,7 486,0 376,1<br />

6. pARtiCipAÇão em ContRolAdAs diRetAs<br />

A) mOVImENTAçãO DA PARTICIPAçãO Em CONTROLADAS DIRETAS, INCLUINDO áGIO E DESáGIO<br />

104 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 105<br />

Participação<br />

em controladas Ágio Total<br />

Saldo em 31 de dezembro de 2004 19.825,2 234,1 20.059,3<br />

Dividendos recebidos e a receber Arosuco (531,9) - (531,9)<br />

Equivalência patrimonial (v) 828,6 - 828,6<br />

Variação cambial em controlada no exterior (2,9) - (2,9)<br />

Amortização do ágio - (52,7) (52,7)<br />

Participações diretas detidas pela incorporada CBB (Nota 1 (b)(iv)) 477,0 (166,8) 310,2<br />

Provisão para perdas sobre investimentos (8,9) - (8,9)<br />

Restituição de capital de controlada (iv) (836,8) - (836,8)<br />

Alienação de ações em tesouraria 33,7 - 33,7<br />

Perda de participação em controlada (3,3) - (3,3)<br />

Dividendos antecipados IBA Sudeste (iii) (161,3) - (161,3)<br />

Saldo em 31 de dezembro de 2005 19.619,4 14,6 19.634,0<br />

Dividendos recebidos e a receber Arosuco (350,0) - (350,0)<br />

Equivalência patrimonial (v) 303,4 - 303,4<br />

Variação cambial em controlada no exterior (17,9) - (17,9)<br />

Amortização do ágio - (107,5) (107,5)<br />

Reversão de provisão p/ perdas sobre investimentos 12,3 - 12,3<br />

Perda de participação em controlada (0,7) - (0,7)<br />

Aporte de capital 2,2 - 2,2<br />

Redução de capital (ii) (300,0) - (300,0)<br />

Dividendos recebidos (i) (710,9) - (710,9)<br />

Aquisição de Investimento (Nota 1 (b)(i)) 407,7 2.331,1 2.738,8<br />

Saldo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> 18.965,5 2.238,2 21.203,7<br />

(i) Em 02 de junho de <strong>2006</strong>, a Companhia recebeu dividendos de sua controlada Labatt ApS relativo aos resultados acumulados de sua subsidiária Labatt Canadá dos anos de 2005 e 2004.<br />

(ii) Em 01 de junho de <strong>2006</strong>, a diretoria da ANEP aprovou uma redução de capital social, no montante de R$ 300,0 por julgá-lo naquela data excessivo.<br />

(iii) Em 2 de setembro de 2005, a Diretoria da IBA Sudeste, aprovou a distribuição de dividendos, por conta dos resultados auferidos no 1º semestre de 2005, a serem imputados aos<br />

dividendos mínimos obrigatórios do exercício de 2005, no montante de R$ 210,4, cabendo à Companhia o montante de R$ 161,3 e a subsidiária ANEP o montante de R$ 46,8. A parcela<br />

dos dividendos mais redução de capital cujo benefício era da AmBev foi compensada com o saldo de mútuos a receber que a AmBev mantinha com a IBA Sudeste.<br />

(iv) Este saldo refere-se a restituição de capital pela IBA Sudeste, aprovada pelos seus acionistas em 3 de junho de 2005, no montante total de R$ 1.100,0, passando o capital social de R$ 1.302,0 para<br />

R$ 202,0, sem qualquer alteração do número de ações de emissão da controlada, sujeitando-se a redução de capital ora deliberada às condições estipuladas no art. 174 da Lei nº 6.404/76. Dessa<br />

forma, o valor da restituição foi reconhecido no patrimônio da IBA Sudeste em 31 de agosto de 2005, data do pagamento e término do prazo de prescrição para oposição dos credores.<br />

(v) Esse resultado contempla a amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá no montante de R$ 969,8 (R$ 923,5, em 31 de dezembro de 2005).<br />

B) áGIO E DESáGIO<br />

Expectativa de rentabilidade futura:<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Labatt Canadá - - 16.383,3 16.383,3<br />

QIB - - 93,4 93,4<br />

BAH 2.331,1 - 2.331,1 -<br />

Quinsa - - 1.029,8 1.029,8<br />

Cympay - - 26,6 26,6<br />

Embodom - - 224,1 224,1<br />

malteria Pampa 9,3 9,3 28,1 28,1<br />

Patí do Alferes Participações S.A. 3,4 3,4 - -<br />

Indústrias Del Atlântico - - 5,1 5,1<br />

Distribuidora Brakl 101,9 101,9 - -<br />

Distribuidora Ribeirão Preto 73,5 73,4 - -<br />

Distribuidora jaguariúna 6,6 6,7 - -<br />

Cervejaria miranda Corrêa S.A. 5,5 5,5 5,5 5,5<br />

Subsidiárias Labatt Canadá (ii) - - 3.033,3 3.323,9<br />

Subsidiárias da Quinsa (consolidadas) (iii) - - 1.025,8 622,2<br />

Total de ágio 2.531,3 200,2 24.186,1 21.742,0<br />

Amortização acumulada (i) (293,1) (185,6) (6.174,9) (4.997,2)<br />

Total de ágio, líquido da amortização 2.238,2 14,6 18.011,2 16.744,8<br />

Deságio<br />

Cerversursa - - (12,3) (14,4)<br />

Incesa (consolidada) - - (12,7) (8,2)<br />

Total de deságio - - (25,0) (22,6)<br />

Saldo líquido 2.238,2 14,6 17.986,2 16.722,2<br />

(i) O saldo da amortização acumulada referente ao ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá totaliza R$ 2.004,7 (R$ 1.034,9 em 31 de dezembro de 2005).<br />

(ii) O saldo da amortização acumulada referente aos ágios existentes na Labatt Canadá totaliza R$ 3.003,4 em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (R$ 3.289,7 em<br />

31 de dezembro de 2005).<br />

(iii) Aumento decorrente principalmente da mudança de consolidação proporcional para consolidação integral (Nota 1 (b) (i)).


C) INFORmAçõES SOBRE AS CONTROLADAS DIRETAS<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong><br />

Descrição CRBS Arosuco Agrega Hohneck Labatt ApS<br />

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />

Ações ordinárias/cotas 765.961 0,3 12.155 602.468 1.000.017<br />

Ações preferenciais - - - - -<br />

Total de ações/cotas 765.961 0,3 12.155 602.468 1.000.017<br />

Percentual de participação direta no capital social<br />

Em relação às ações ordinárias/cotas 99,65 99,70 50,00 50,69 99,99<br />

Em relação ao total de ações/cotas 99,65 99,70 50,00 50,69 99,99<br />

Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas:<br />

Patrimônio líquido ajustado 179,1 457,4 0,1 1.085,3 13.279,1<br />

Investimento 178,5 424,6 - 550,2 13.278,9<br />

Lucro (prejuízo) líquido do período 1,9 294,9 (4,5) (80,1) (142,1)<br />

Resultado da equivalência patrimonial (i) 1,9 431,0 (2,2) (40,6) (142,0)<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong><br />

Descrição Dahlen BSA Pepsi ANEP Fratelli<br />

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />

Ações ordinárias/cotas 480 31.595 77.084 669.019 215<br />

Ações preferenciais - - - - 130<br />

Total de ações/cotas 480 31.595 77.084 669.019 345<br />

Percentual de participação direta no capital social<br />

Em relação às ações ordinárias/cotas 100,0 100,0 99,50 100,0 71,86<br />

Em relação ao total de ações/cotas 100,0 100,0 99,50 100,0 77,84<br />

Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas:<br />

Patrimônio líquido ajustado 40,2 10,3 240,2 115,3 491,4<br />

Investimento 40,2 10,3 239,0 115,3 382,6<br />

Lucro(prejuízo) líquido ajustado 8,6 - (2,4) 19,8 64,0<br />

Resultado da equivalência patrimonial (i) 8,6 - (2,4) 19,8 69,7<br />

Fazenda Maltaria Lambic Miranda<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong><br />

Descrição BAH do Poço Pampa Eagle Holding Correa Skol Total<br />

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />

Ações ordinárias/cotas 373.520 578 1.439.147 278 13.641 37 91<br />

Ações preferenciais - 389 - - - 35 -<br />

Total de ações/cotas 373.520 967 1.439.147 278 13.641 72 91<br />

Percentual de participação direta no capital social<br />

Em relação às ações ordinárias/cotas 100,0 86,4 60,0 99,96 87,10 100,0 99,96<br />

Em relação ao total de ações/cotas 100,0 91,4 60,0 99,96 87,10 100,0 99,96<br />

Informações sobre as demonstrações financeiras das<br />

controladas diretas:<br />

Patrimônio líquido ajustado 448,5 0,6 196,5 2.216,3 305,6 43,5 653,7<br />

Investimento 448,5 0,6 117,9 2.215,7 266,2 43,5 653,5 18.965,5<br />

Lucro (prejuízo) líquido ajustado 48,0 (3,2) 43,6 159,8 55,6 32,0 (33,2)<br />

Resultado da equivalência patrimonial(i) 48,0 (2,9) 26,2 (159,0) 48,5 32,0 (33,2) 303,4<br />

Em 31 de dezembro de 2005<br />

Descrição CRBS Arosuco Agrega Hohneck Labatt ApS<br />

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />

Ações ordinárias/cotas 765.961 0,3 6.510 602.468 1.000.017<br />

Ações preferenciais - - - - -<br />

Total de ações/cotas 765.961 0,3 6.510 602.468 1.000.017<br />

Percentual de participação direta no capital social<br />

Em relação às ações preferenciais - - - -<br />

Em relação às ações ordinárias/cotas 99,65 99,7 50,0 50,7 100,0<br />

Em relação ao total de ações/cotas 99,65 99,7 50,0 50,7 100,0<br />

Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas:<br />

Patrimônio líquido ajustado 177,3 373,2 0,1 1.165,4 14.132,0<br />

Investimento 176,6 343,5 - 590,7 14.131,8<br />

Lucro (prejuízo) líquido ajustado (7,9) 273,2 (3,8) (80,2) (291,9)<br />

Resultado da equivalência patrimonial (i) (9,2) 380,4 (1,9) (30,1) (291,9)<br />

O saldo de investimentos em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> contempla provisão para lucros não realizados em controladas, no montante de R$ 43,9 (R$ 44,5 em 31 de<br />

dezembro de 2005).<br />

O resultado da equivalência patrimonial reconhecido pela AmBev durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, inclui os resultados de R$ 743,4 e R$ 56,1<br />

das controladas incorporadas CBB e IBA-Sudeste, respectivamente.<br />

D) PRINCIPAIS PARTICIPAçõES INDIRETAS RELEVANTES Em CONTROLADAS :<br />

Em 31 de dezembro de 2005<br />

Descrição Dahlen BSA Pepsi Anep Fratelli<br />

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />

Ações ordinárias/cotas 480 31.595 77.084 669.019 299<br />

Ações preferenciais - - - - 143<br />

Total de ações/cotas 480 31.595 77.084 669.019 442<br />

Percentual de participação direta no capital social<br />

Em relação às ações ordinárias/cotas 100,0 100,0 99,5 100,0 71,9<br />

Em relação ao total de ações/cotas 100,0 100,0 99,5 100,0 77,8<br />

Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas:<br />

Patrimônio líquido ajustado 31,6 10,3 242,7 395,6 401,7<br />

Investimento 31,6 10,3 241,4 395,6 312,6<br />

Lucro líquido ajustado 4,7 - 14,5 71,6 28,2<br />

Resultado da equivalência patrimonial (i) 3,1 - 1,2 22,3 18,7<br />

Maltaria Lambic Miranda<br />

Em 31 de dezembro de 2005<br />

Descrição Pampa Eagle Holding Correa Skol Total<br />

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />

Ações ordinárias/cotas 1.439.147 27 8 13.641 37 91<br />

Ações preferenciais - - - - -<br />

Total de ações/cotas 1.439.147 278 13.641 37 91<br />

Percentual de participação direta no capital social<br />

Em relação às ações ordinárias/cotas 60,0 99,96 87,33 100,0 99,96<br />

Em relação ao total de ações/cotas 60,0 99,96 87,33 100,0 99,96<br />

Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas:<br />

Patrimônio líquido ajustado 196,9 2.376,1 250,0 11,5 687,0<br />

Investimento 102,3 2.375,2 218,4 11,5 686,8 19.628,3<br />

Lucro (prejuízo) líquido ajustado 23,3 (284,4) (4,8) 6,9 (24,3)<br />

Resultado da equivalência patrimonial (i) 7,2 (55,8) (5,1) 6,8 (16,6) 29,1<br />

(i) O resultado da equivalência patrimonial reconhecido pela AmBev durante o exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, está impactado por ganhos de incentivos fiscais, no montante total de R$ 160,0<br />

(R$112,9 em 31 de dezembro de 2005).<br />

106 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 107<br />

Total de participação<br />

indireta (%)<br />

Denominação <strong>2006</strong> 2005<br />

Exterior<br />

Quinsa 91,18 59,22<br />

jalua Spain S.L. 100,0 100,0<br />

monthiers 100,0 100,0<br />

Aspen 100,0 100,0<br />

7. imoBiliZAdo<br />

A) COmPOSIçãO DO ImOBILIZADO<br />

Controladora<br />

<strong>2006</strong> 2005<br />

Depreciação Valor Valor Taxas anuais de<br />

Custo acumulada Residual Residual deprecia ção (i)-%<br />

Terrenos 92,0 - 92,0 92,0 -<br />

Prédios e construções 1.286,1 (696,3) 589,8 607,5 4,0<br />

máquinas e equipamentos 3.832,4 (3.255,2) 577,2 584,0 10,0<br />

Bens móveis de uso externo 1.213,6 (594,2) 619,4 547,1 10,0<br />

Outros bens e intangíveis 1.128,9 (767,4) 361,5 481,5 19,9 (ii)<br />

Imobilizado em andamento 371,7 - 371,7 162,1<br />

TOTAL 7.924,7 (5.313,1) 2.611,6 2.474,2


A Companhia e suas controladas mantêm bens imóveis destinados à venda, em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, no valor residual de R$ 82,9 na Controladora e R$ 86,0 no<br />

Consolidado (R$ 101,3 e R$ 104,5, respectivamente, em 31 de dezembro de 2005), que estão classificados no realizável a longo prazo, já deduzido da provisão para perda<br />

potencial na realização, no montante de R$ 48,2 na Controladora e R$ 50,4 no Consolidado (R$ 65,1 e R$ 66,3, respectivamente, em 31 de dezembro de 2005).<br />

B) BENS DADOS Em GARANTIA<br />

Em razão de empréstimos bancários assumidos pela Companhia e suas controladas, em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> existem bens móveis e imóveis, cujo saldo líquido<br />

contábil, no montante de R$ 454,3 (R$ 538,9 em 31 de dezembro de 2005), que foram conferidos como garantias de empréstimos bancários. Tal restrição não<br />

impacta o uso desses bens e as operações da Companhia.<br />

8. diFeRido<br />

Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005<br />

Depreciação Valor Valor Taxas anuais de<br />

Custo acumulada Residual Residual deprecia ção (i)-%<br />

Terrenos 324,8 - 324,8 309,9<br />

Prédios e construções 2.815,5 (1.391,1) 1.424,4 1.342,7 4,0<br />

máquinas e equipamentos 9.081,5 (7.028,5) 2.053,0 1.909,2 10,0<br />

Bens móveis de uso externo 2.110,7 (1.097,9) 1.012,8 913,7 10,0<br />

Outros bens e intangíveis 1.448,3 (1.018,1) 430,2 486,9 19,9 (ii)<br />

Imobilizado em andamento 478,7 - 478,7 442,2<br />

TOTAL 16.259,5 (10.535,6) 5.723,9 5.404,6<br />

(i) As taxas podem sofrer acréscimo de 50% a 100% em decorrência do número de turnos de produção no qual o bem é utilizado.<br />

(ii) Taxa média ponderada de depreciação em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> e 2005.<br />

Custo<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Gastos pré-operacionais 180,7 168,9 250,1 243,2<br />

Gastos com implantação e ampliação 48,3 48,3 53,5 53,5<br />

ágios - Rentabilidade futura (i) 811,9 811,9 811,9 811,9<br />

Outros 167,3 167,3 206,7 202,0<br />

Total do custo 1.208,2 1.196,4 1.322,2 1.310,6<br />

Amortização acumulada (854,8) (733,0) (893,1) (761,9)<br />

Diferido líquido 353,4 463,4 429,1 548,7<br />

(i) Os ágios reclassificados para o diferido são fundamentados nas projeções de resultados futuros das operações que sustentaram sua geração.<br />

9. endiVidAmento<br />

Modalidade e finalidade Vencimento Taxa Média<br />

108 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 109<br />

Em reais<br />

Controladora<br />

Circulante Longo prazo<br />

final Ponderada Moeda <strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Incentivos fiscais de ICmS Ago/2016 4,55% R$ 102,5 86,2 160,5 228,0<br />

Investimentos no permanente TjLP+<br />

Ago/2011 3,86% R$ 167,1 104,2 331,7 362,3<br />

Capital de giro 17,99% R$ - 1,4 - -<br />

Em moeda estrangeira<br />

Capital de giro 2,90% a<br />

269,6 191,8 492,2 590,3<br />

jun/<strong>2006</strong> 4,90% USD - 541,1 - -<br />

Capital de giro mar/2007 3,64% YEN 901,0 - - -<br />

Bond 2011 Dez/2011 10,50% USD 5,5 6,0 1.069,0 1.170,3<br />

Bond 2013 Set/2013 8,75% USD 32,4 35,1 1.069,0 1.170,3<br />

Investimentos no permanente jan/2011 8,75% UmBNDES 31,3 16,0 45,3 63,6<br />

970,2 598,2 2.183,3 2.404,2<br />

Total empréstimos e financiamentos 1.239,8 790,0 2.675,5 2.994,5<br />

Debêntures 2009 101,75%<br />

Debêntures 2012 102,50%<br />

jul/2009 CDI R$ 26,0 - 817,1 -<br />

jul/2012 CDI R$ 39,9 - 1.248,0 -<br />

Total Debêntures 65,9 - 2.065,1 -<br />

Endividamento Total 1.305,7 790,0 4.740,6 2.994,5<br />

Modalidade e finalidade Vencimento Taxa Média<br />

Em reais<br />

Consolidado<br />

Circulante Longo prazo<br />

final Ponderada Moeda <strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Incentivos fiscais de ICmS Ago/2016 4,55% R$ 103,6 89,5 161,9 237,3<br />

Investimentos no permanente TjLP+<br />

Ago/2011 3,86% R$ 167,1 104,2 331,7 362,3<br />

Capital de giro/conta garantida jun/2011 15,88% R$ 63,8 1,4 619,5 -<br />

Em moeda estrangeira<br />

334,5 195,1 1.113,1 599,6<br />

Capital de giro Out/2011 5,46% USD 118,2 673,7 94,1 103,0<br />

Capital de giro mar/2007 3,64% YEN 901,0 - - -<br />

Capital de giro Out/2011 BA+0,45% CAD 16,0 4,8 605,8 1.408,2<br />

Capital de giro jan/2007 7,50% ARS 37,8 27,9 - -<br />

Capital de giro mai/2007 6,50% UYU 10,9 - - -<br />

Capital de giro Set/2008 8,94% VEB 57,9 30,8 87,5 117,4<br />

Capital de giro jan/2008 10,62% DOP 80,6 51,0 10,0 32,4<br />

Capital de giro Ago/2011 7,40% GTQ 19,5 27,5 44,8 37,8<br />

Capital de giro Out/2010 6,75% PEN 49,3 28,8 183,9 158,6<br />

Capital de giro mai/2007 7,50% BOB 22,7 - - -<br />

Bond 2011 Dez/2011 10,50% USD 5,5 6,0 1.069,0 1.170,3<br />

Bond 2013 Set/2013 8,75% USD 32,4 35,1 1.069,0 1.170,3<br />

Financiamento de importação Out/2011 6,03% USD 41,9 4,6 8,1 58,1<br />

Investimentos no permanente mar/2012 9,04% USD 149,5 70,5 379,3 341,3<br />

Investimentos no permanente Dez/2012 10,75% DOP - - 62,0 -<br />

Investimentos no permanente Ago/2008 10,64% ARS 106,3 - 19,4 -<br />

Investimentos no permanente jan/2011 8,75% UmBNDES 31,3 16,0 45,4 63,5<br />

Notes – Série A jul/2008 6,56% USD - - 345,1 379,2<br />

Notes – Série B jul/2008 6,07% CAD - - 91,8 100,6<br />

Sênior Notes - BRI Dez/2011 7,50% CAD - - 163,0 178,6<br />

Outros jun/2008 5,57% USD 18,9 37,6 0,3 75,3<br />

Outros Ago/2008 9,48% ARS 4,5 - 5,3 -<br />

1.704,2 1.014,3 4.283,8 5.394,6<br />

Total empréstimos e financiamentos 2.038,7 1.209,4 5.396,9 5.994,2<br />

Debêntures 2009 101,75%<br />

Debêntures 2012 102,50%<br />

jul/2009 CDI R$ 25,9 - 817,1 -<br />

jul/2012 CDI R$ 40,0 - 1.248,0 -<br />

65,9 - 2.065,1 -<br />

Endividamento Total 2.104,6 1.209,4 7.462,0 5.994,2<br />

Abreviaturas utilizadas:<br />

• SD - Dólar Norte americano; • CAD - Dólar Canadense; • YEN - Iêne japonês; • ARS - Peso Argentino; • BOB - Peso Boliviano; • VEB - Bolívar Venezuelano; • DOP - Peso Dominicano; • GTQ - Quetzales<br />

(Guatemala); • PEN - Novo Sol Peruano; • UYU - Peso Uruguaio; • TjLP - Taxa de juros a Longo Prazo – correspondente a 6,85% a.a. em 31.12.06; • ICmS - Imposto sobre Circulação de mercadorias e Serviços; •<br />

CDI - Certificado de Depósito Interbancário – correspondente a 13,17%a.a em 31.12.06; • BA – Bankers Acceptance; • UmBNDES - Taxa incidente sobre financiamentos do BNDES atrelados a Cesta de moedas


A) GARANTIAS<br />

Os empréstimos e financiamentos tomados para ampliação, construção de fábricas e aquisição de equipamentos estão garantidos por hipoteca dos imóveis das<br />

fábricas e alienação fiduciária de equipamentos (Nota 7 (b).<br />

As subsidiárias da AmBev, com exceção das operações na América do Norte, possuem contratos de dívidas e compras de matérias primas garantidas por avais ou<br />

fianças da AmBev.<br />

B) VENCImENTOS<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, os financiamentos ao longo prazo vencem conforme demonstrado a seguir:<br />

2008 851,2<br />

2009 992,3<br />

2010 216,4<br />

2011 2.564,0<br />

2012 em diante 2.838,1<br />

C) INCENTIVOS FISCAIS DE ICmS<br />

Passivo circulante<br />

7.462,0<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Financiamentos 102,5 86,2 103,6 89,5<br />

Diferimento de impostos sobre vendas 16,5 19,4 16,5 19,4<br />

Exigível a longo prazo<br />

Financiamentos 160,5 228,0 161,9 237,3<br />

Diferimento de impostos sobre vendas 405,7 352,6 405,7 352,6<br />

Os financiamentos referem-se a programas oferecidos por determinados Estados, pelos quais o pagamento de uma porcentagem do ICmS devido, é financiado<br />

pelo agente financeiro ligado ao Estado, em média por um período de seis anos a partir da data do vencimento original do ICmS.<br />

Os valores restantes referem-se a diferimento financiado do ICmS devido, por prazos de até doze anos, como parte de programas de incentivo à indústria. As<br />

porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo do programa ou variar regressivamente, desde 75% no primeiro ano a 40% no último ano, sendo os valores<br />

diferidos indexados parcialmente por 60% até 80% de um índice geral de preços. A parcela do diferimento de imposto sobre vendas está classificada no<br />

passivo circulante, na rubrica “Demais tributos e contribuições a recolher”.<br />

D) EmISSãO DE DíVIDA NO mERCADO INTERNACIONAL<br />

Em setembro de 2003, a Companhia efetuou emissão de títulos de dívida externa (“Bond 2013”) no montante equivalente a US$ 500 milhões, com a incidência de<br />

juros de 8,75% ao ano, amortizaveis semestralmente a partir de março de 2004, e vencimento final em setembro de 2013. A Companhia registrou o Bond 2013<br />

em 10 de agosto de 2004 na Securities and Exchange Commission - SEC, conforme o U.S. Securities Act de 1933 e suas alterações subseqüentes. Além disso, o<br />

Bond 2013 foi registrado na Bolsa de Valores de Luxemburgo para liquidação através da Depository Trust Company (“DTC”), Euroclear e Clearstream.<br />

Em dezembro de 2001, a Companhia efetuou emissão de títulos de dívida externa (“Bond 2011”) no montante equivalente a US$ 500 milhões, com a incidência<br />

de juros de 10,5% ao ano, amortizaveis semestralmente desde junho de 2002, e com vencimento final em dezembro de 2011. A Companhia registrou o Bond<br />

2011 em 4 de outubro de 2002 na Securities and Exchange Commission - SEC.<br />

E) LABATT CANADá<br />

(i) Capital de giro<br />

Em 12 de outubro de 2005, foi realizado um empréstimo sindicalizado de CAD$ 1,2 bilhões, dos quais CAD$ 700 milhões a termo e CAD$ 500 milhões de<br />

crédito rotativo, com data de vencimento em 12 de outubro de 2010, e com juros à taxa “bankers acceptance” mais a margem aplicável cujo teto é de 0,75%<br />

ao ano. A taxa média “bankers acceptance” sobre a dívida em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> era 4,346% ao ano e a margem aplicável era de 0,45% ao ano<br />

(3,106% e 0,35% respectivamente em 31 de dezembro de 2005). Em 5 de outubro de <strong>2006</strong> a data da operação foi extendida para 13 de outubro de 2011.<br />

(ii) Senior notes<br />

Em 23 de julho de 1998, a Labatt Canadá firmou um contrato para empréstimo de US$ 162 milhões, representado por Notas Bancárias da Série A (“Notes – Série<br />

A”), e de CAD$ 50 milhões, em Notas Bancárias da Série B (“Notes – Série B”), tomado de um grupo de investidores institucionais. As Notas estão sujeitas às<br />

seguintes taxas fixas de juros: (a) 6,56% ao ano, sobre a parte em dólares norte-americanos; e (b) 6,07% ao ano, sobre a parte em dólares canadenses. As Notas<br />

têm vencimento em 23 de julho de 2008.<br />

Em 15 de junho de 2001, a Brewers Retail Inc (“BRI”), empresa consolidada proporcionalmente pela Labatt Canadá, firmou um contrato para empréstimo de CAD$<br />

200 milhões, através de Senior Notes (“Senior Notes – BRI”), com um grupo de investidores institucionais. As Senior Notes estão sujeitas a taxas fixas de juros de<br />

7,5% ao ano e têm vencimento em 15 de junho de 2011.<br />

F) CLáUSULAS CONTRATUAIS<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, a Companhia e suas controladas encontram-se adimplentes quanto aos índices de endividamento e liquidez compromissados em<br />

decorrência da obtenção dos empréstimos.<br />

110 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 111<br />

G) DEBêNTURES<br />

Em 1º de julho de <strong>2006</strong>, a Companhia efetuou emissão de duas séries de debêntures simples e não conversíveis em ações sendo a primeira série (“Debênture<br />

2009”) no montante equivalente a R$ 817,1, com a incidência de juros 101,75% do CDI ao ano, amortizados trimestralmente a partir de 1º. de outubro de <strong>2006</strong>,<br />

e vencimento final em julho de 2009 e a segunda série (“Debênture 2012”) no montante equivalente a R$ 1.248,0, com incidência de juros de 102,50% do CDI ao<br />

ano, amortizados trimestralmente a partir de 1º. de outubro de <strong>2006</strong>, e vencimento final em julho de 2012.<br />

Os recursos obtidos com a emissão das Debêntures foram utilizados para pagamento da aquisição das ações de titularidade da BAC de emissão da Quinsa,<br />

conforme Nota 1 (b) (i).<br />

10. outRos pAssiVos<br />

Passivo circulante<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Depósitos para vasilhames (i) - - 67,7 79,1<br />

Provisão para reestruturação (ii) - - 41,0 106,5<br />

Provisão para desempedimento de área 12,2 48,5 12,2 48,5<br />

Provisão para contingência de imposto de renda (Nota 11 (f)) - - 122,4 124,5<br />

Contas a pagar de marketing 194,2 151,7 204,1 151,7<br />

Resultado liq. dif. de operações forward e swap “commodities” 9,7 0,3 9,7 41,2<br />

Provisão para pagamento de royalties - - 33,5 33,9<br />

Contas a pagar por recompra de ações 3,3 74,2 3,3 74,4<br />

Demais contas a pagar 138,5 101,8 258,6 239,0<br />

Exigível a longo prazo<br />

357,9 376,5 752,5 898,8<br />

Provisão para benefícios de assistência médica e outros (Nota 12 (b)) 87,4 84,4 326,6 584,6<br />

Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 16 (c)) 22,8 26,7 131,4 94,6<br />

Resultado líquido diferido de operações de swap de dívida - - 88,4 95,9<br />

Provisão para reestruturação (ii) - 22,4 -<br />

Demais contas a pagar 0,4 0,5 60,2 50,7<br />

110,6 111,6 629,0 825,8<br />

(i) Esses depósitos são efetuados pelos pontos de venda no Canadá, no momento da venda da cerveja, como forma de garantia pelos vasilhames, e devolvidos quando tais vasilhames são retornados.<br />

(ii) A Labatt Canadá, durante os anos de 2004 e 2005, anunciou o fechamento de duas plantas e, também, uma reestruturação da força de trabalho com o objetivo de reduzir custo fixo de pessoal em 20%.<br />

Em decorrência deste processo, a Companhia ainda mantém em seu balanço consolidado o montante de R$ 63,4 equivalente a CAD$ 34,6 (R$ 106,5 equivalente a CAD$ 52,9 em dezembro de 2005).<br />

11. ContinGÊnCiAs – ConsolidAdo<br />

Consolidação Atualização<br />

Saldo em Integral monetária Saldo em<br />

31.12.2005 Adições Reversões Pagamentos de Quinsa e cambial 31.12.<strong>2006</strong><br />

PIS e COFINS 394,5 1,1 (316,0) (4,6) - 23,7 98,7<br />

ICmS e IPI 221,4 62,2 (52,2) (54,5) - 11,2 188,1<br />

IRPj e CSLL 73,1 5,7 (6,6) (5,2) - 0,5 67,5<br />

Processos trabalhistas 278,4 114,2 (76,5) (72,9) 4,7 (2,4) 245,5<br />

Distribuidores e revendores 43,7 28,3 (16,2) (11,5) 3,4 (1,9) 45,8<br />

Outros 117,1 178,4 (30,2) (119,5) 11,5 (6,3) 151,0<br />

Total Contingências 1.128,2 389,9 (497,7) (268,2) 19,6 24,8 796,6<br />

Depósitos judiciais (91,1) (63,7) 32,6 2,1 - (13,2) (133,3)<br />

Total Contigências, líquidas 1.037,1 326,2 (465,1) (266,1) 19,6 11,6 663,3<br />

Abreviaturas utilizadas:<br />

• IRPj – Imposto de Renda da Pessoa jurídica; • CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; • PIS – Programa de Integração Social; • COFINS – Cotribuição para o Financiamento da Seguridade Social; •<br />

IPI – Imposto sobre Produto Industrializado, e • ICmS – Imposto sobre Circulação de mercadorias e Serviços.


Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, a Companhia e suas controladas mantinham ainda em andamento outros processos, cuja materialização, na avaliação dos<br />

consultores jurídicos, é possível de perda, mas não provável, no valor aproximado de R$ 5.877,0 (R$ 4.557,0 em 31 de dezembro de 2005), para as quais a<br />

administração da Companhia, suportada pela opinião de seus consultores jurídicos, entende não ser necessária a constituição de provisão para eventual perda.<br />

Durante 2004 e 2005, a Companhia e suas controladas receberam autuações, relacionadas com o entendimento das autoridades fiscais acerca da legislação<br />

brasileira que trata da tributação no Brasil de lucros obtidos por controladas ou coligadas estabelecidas fora do país.<br />

Baseada na opinião de seus consultores externos, a Administração da Companhia entende que tais autuações foram efetuadas com base em uma análise<br />

equivocada da legislação acima referida porque, dentre outros pontos: (i) considera hipótese de disponibilização que não existia na legislação vigente no período<br />

referente à autuação; (ii) desconsidera a existência de tratado para evitar dupla tributação, firmado entre Brasil e Espanha; e (iii) por equívoco na apuração dos<br />

valores supostamente devidos.<br />

A Companhia baseada na opinião de seus consultores externos não efetuou provisionamento em relação a essas autuações fiscais, as quais totalizam R$ 4.131,6.<br />

Considerando esses fatores, bem como o fato do assunto em questão ainda não ter sido objeto de apreciação em última instância por parte do Poder judiciário,<br />

a Companhia, baseada na opinião de seus consultores legais, considerou que o montante de R$ 2.804,4, envolve uma probabilidade de perda como possível,<br />

enquanto que o montante de R$ 1.327,2 representa probabilidade remota de perda.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, a Companhia e suas controladas não possuem contingências de natureza ativa cuja probabilidade de ganho seja provável para serem<br />

divulgadas.<br />

Natureza dos principais passivos associados a questionamentos fiscais e provisões para contingências:<br />

A) PIS E COFINS<br />

A Companhia e suas controladas propuseram ações específicas com a finalidade de garantir o direito de recolhimento de PIS e COFINS sobre o faturamento,<br />

desonerando-a do recolhimento dessa contribuição sobre outras receitas nos termos previstos da Lei 9.718/98. Algumas ações foram julgadas de forma definitiva<br />

pelo Supremo Tribunal Federal e as provisões relativas a estes processos já solucionados, no montante de R$ 316,0 foram revertidas em <strong>2006</strong>.<br />

Com o advento da Lei no. 10.637, de 31 de dezembro de 2002, que estabeleceu novas regras para a apuração do PIS, com efeitos a partir de 1° de dezembro de 2002, a<br />

Companhia e suas controladas passaram a proceder ao recolhimento dessa contribuição sobre outras receitas nos moldes previstos na legislação em vigor.<br />

Considerando-se a promulgação da Lei 10.833/03 de 29 de dezembro de 2003, que estabeleceu novas regras para a apuração da COFINS, com efeitos a partir de<br />

1° de fevereiro de 2004, a Companhia e suas controladas passaram a recolher a referida contribuição nos moldes previstos na legislação em vigor.<br />

B) ImPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIçãO SOCIAL SOBRE O LUCRO LíQUIDO<br />

A provisão decorre substancialmente da tomada de dedutibilidade dos juros sobre capital próprio na base da contribuição social sobre o lucro de 1996.<br />

C) PROCESSOS TRABALHISTAS<br />

Provisão relacionada a reclamações formalizadas por ex-empregados pleiteando complemento de remuneração. Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, os depósitos judiciais<br />

vinculados aos processos trabalhistas efetuados pela Companhia e suas controladas, atualizados monetariamente conforme índices oficiais, totalizam R$ 195,9 dos<br />

quais R$ 113,8 são referentes a processos cuja perda é provável (R$ 151,2 totalizam os depósitos em 31 de dezembro de 2005).<br />

D) PROCESSOS DE DISTRIBUIDORES E REVENDEDORES<br />

São decorrentes, principalmente, de rescisões de contratos com certos distribuidores.<br />

E) OUTRAS PROVISõES<br />

Decorrem de processos relacionados, substancialmente, a questões ligadas ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, a produtos e a fornecedores.<br />

F) LABATT CANADá<br />

Alguns produtores de cerveja e bebidas alcóolicas dos Estados Unidos, Canadá e Europa, foram envolvidos em ações coletivas de perdas e danos impetradas sob a<br />

alegação de marketing de bebidas alcóolicas para consumidores menores de idade. A Labatt Canadá foi envolvida em três dessas ações, e para duas dessas ações<br />

foi excluída do pólo passivo. A Labatt continuará vigorosamente defendendo essas ações, sendo que nesse momento não é possível estimar a probabilidade de<br />

perda ou estimar o seu montante.<br />

A Labatt foi autuada pelo Governo Canadense em relação à taxa de juros utilizada em certos contratos com partes relacionadas que existiram no passado. O<br />

montante total da autuação pode chegar a CAD$ 200,0, equivalente a R$ 367,2 em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (R$ 402,4 em 31 de dezembro de 2005).<br />

Caso a Labatt seja obrigada a pagar esses valores, a AmBev será integralmente reembolsada, pela antiga controladora da Labatt, InBev. O saldo da provisão registrada na<br />

Labatt é CAD$ 66,7, equivalente a R$ 122,4 em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (CAD$ 61,9, equivalente a R$ 124,6 em 31 de dezembro de 2005), classificada como “provisão<br />

para contingência de imposto de renda”, em Outros Passivos. A AmBev tem registrado um contas a receber da InBev no montante de R$ 183,2, equivalente a CAD$ 88,8<br />

em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (R$ 173,0 equivalente a CAD$ 86,0 em 31 de dezembro de 2005) registrado na rubrica “Demais contas a receber”.<br />

12. pRoGRAmAs soCiAis<br />

A) INSTITUTO AmBEV DE PREVIDêNCIA PRIVADA (“IAPP”)<br />

A AmBev e suas controladas no Brasil têm dois planos de benefícios previdenciários: um no modelo de contribuição definida (aberto a novas adesões) e outro no<br />

modelo de benefício definido (fechado para novas adesões desde maio de 1998), existindo a possibilidade de migração do plano de benefício definido para o de<br />

contribuição definida. Esses planos são custeados pelos participantes e pela patrocinadora, e são administrados pelo IAPP, cujo objetivo principal é complementar os<br />

benefícios de aposentadoria de seus empregados e administradores. No exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, a Companhia e suas controladas contribuíram<br />

com R$ 5,7 (R$ 4,8, em 31 de dezembro de 2005) ao IAPP.<br />

Com base no relatório do atuário independente, a posição dos planos do IAPP em 31 de dezembro é a seguinte:<br />

<strong>2006</strong> 2005<br />

Valor justo dos ativos 857,7 725,5<br />

Valor presente da obrigação atuarial (555,3) (485,2)<br />

Superávit de ativos – IAPP 302,4 240,3<br />

O superávit de ativos do IAPP está reconhecido contabilmente pela Companhia em suas demonstrações financeiras consolidadas no montante de R$ 17,0<br />

(R$ 20,0 em 31 de dezembro de 2005), na conta “Outros ativos”, valor estimado como o limite máximo da sua utilização futura, considerando também as<br />

restrições legais que impedem o retorno de eventual superávit atuarial remanescente no momento do encerramento do IAPP, e para o qual não houve o uso por<br />

meio do pagamento de benefícios previdenciários.<br />

B) BENEFíCIOS DE ASSISTêNCIA mÉDICA E OUTROS PROVIDOS DIRETAmENTE PELA COmPANHIA E CONTROLADAS<br />

A Companhia e suas controladas provêem, diretamente, benefícios de assistência médica, reembolso de gastos com medicamentos e outros para aposentados,<br />

não sendo concedido tal benefícios para novas aposentadorias. Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, os saldos de R$ 87,4 e de R$ 326,6 da Controladora e<br />

Consolidado (R$ 84,4 e R$ 584,6, respectivamente, em 31 de dezembro de 2005), estão reconhecidos nas demonstrações financeiras da Companhia na conta<br />

“Outros passivos”, no exigível a longo prazo nos seguinte montantes:<br />

Plano de Benefício<br />

Pensão Pós-Aposentadoria<br />

Labatt Labatt AmBev Total<br />

Valor presente da obrigação atuarial 2.040,5 248,4 146,1 2.435,0<br />

Valor justo dos ativos (1.641,5) - - (1.641,5)<br />

Déficit do plano 399,0 248,4 146,1 793,5<br />

Ajustes atuariais não amortizados (365,1) (89,4) (58,7) (513,2)<br />

Sub-total 33,9 159,0 87,4 280,3<br />

Plano de distribuidores (i) - - - 46,3<br />

Total 33,9 159,0 87,4 326,6<br />

(i) A obrigação referente ao plano de distribuidores representa a participação pró-rata da Labatt Canadá sobre as obrigações desses planos que serão<br />

custeados pela Labatt Canadá através da alocação de custos de serviços dessas afiliadas.<br />

movimentação da provisão para benefícios de assistência médica e outros, conforme relatório do atuário independente:<br />

AmBev Labatt Total<br />

Saldo em 31 de dezembro de 2005 84,4 500,2 584,6<br />

Encargos financeiros/despesas incorridas 13,7 67,4 81,1<br />

Variação cambial - (43,7) (43,7)<br />

Ajuste atuarial - (12,5) (12,5)<br />

Pagamento de benefícios (10,7) (272,2) (282,9)<br />

Saldo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> 87,4 239,2 326,6<br />

C) FUNDAçãO ANTôNIO E HELENA ZERRENNER INSTITUIçãO NACIONAL DE BENEFICêNCIA - FUNDAçãO ZERRENNER<br />

Entre as principais finalidades da Fundação Zerrenner está a de proporcionar a funcionários e administradores das patrocinadoras assistência médico-hospitalar<br />

e odontológica, auxiliar em cursos profissionalizantes e superiores, manter estabelecimentos para auxílio e assistência a idosos, entre outros, por meio de ações<br />

diretas ou mediante convênios de auxílios financeiros a quaisquer entidades.<br />

A movimentação do passivo atuarial da Fundação Zerrenner, conforme relatório do atuário independente, foi a seguinte:<br />

Saldo em 31 de dezembro de 2005 193,6<br />

Encargos financeiros incorridos 44,0<br />

Pagamento de benefícios (21,8)<br />

Saldo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> 215,8<br />

112 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 113


O passivo atuarial referente aos benefícios providos pela Fundação Zerrenner em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> foi integralmente compensado por<br />

seus ativos na mesma data, e o excesso de saldo de ativos não foi reconhecido pela Companhia em suas demonstrações financeiras em virtude da<br />

possibilidade de destinação de seu uso para outros fins que não exclusivamente relativos ao pagamento de benefícios.<br />

D) PREmISSAS ATUARIAIS<br />

As premissas de médio e de longo prazos, adotadas pelo atuário independente nos cálculos de obrigação atuarial foram as seguintes:<br />

Percentual anual (em termos nominais)<br />

AmBev Labatt<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Taxa de desconto 10,8 10,8 5,0 5,0<br />

Taxa de retorno esperado dos ativos 13,9 14,9 7,4 8,0<br />

Crescimento do componente de remuneração 7,1 7,2 3,0 3,0<br />

Crescimento dos custos dos serviços médicos 6,5 7,2 2,5 -<br />

13. pAtRimÔnio lÍquido<br />

A) CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO E INTEGRALIZADO<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, o capital social da Companhia, no montante de R$ 5.716,1 (R$ 5.691,4 em 31 de dezembro de 2005), estava<br />

representado por 64.458.212 mil ações (65.876.074 mil ações em 31 de dezembro de 2005), sendo 34.501.039 mil ações ordinárias e 29.957.173<br />

mil ações preferenciais (34.499.423 mil e 31.376.651 mil, respectivamente em 31 de dezembro de 2005), todas nominativas e sem valor nominal.<br />

Em 11 de outubro de <strong>2006</strong>, a Companhia aumentou seu capital no montante R$ 1,9, mediante a capitalização da conta reserva de incentivo fiscal<br />

– Reinvestimento de Imposto de Renda, referente aos anos-calendário 1991 e 1992, conforme facultado pelo artigo 19 da Lei número 8.167/91.<br />

Dessa forma o capital da Companhia passou de R$ 5.714,2 para R$ 5.716,1.<br />

Em 8 de agosto de <strong>2006</strong>, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$ 3,4, mediante a emissão de 3.655 mil ações ordinárias e 717 mil<br />

ações preferenciais, subscritas em dinheiro por acionistas minoritários.<br />

Em 27 de junho de <strong>2006</strong>, a Companhia aumentou seu capital em 11.515 mil ações ordinárias e 5.275 mil ações preferenciais, no montante de R$ 13,5,<br />

integralizadas mediante a capitalização parcial do beneficio fiscal auferido pela Companhia com a amortização parcial de reserva especial de ágio no<br />

exercício de 2005.<br />

Em 20 de abril de <strong>2006</strong>, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$ 5,9, correspondente à capitalização de 30% de benefício fiscal<br />

auferido pela Companhia, com a amortização parcial da reserva especial de ágio no exercício de 2005, sem a emissão de novas ações.<br />

B) DESTINAçõES DO LUCRO DO ExERCíCIO E CONSTITUIçãO DE RESERVAS ESTATUTáRIAS<br />

O estatuto social da Companhia prevê a seguinte destinação do lucro líquido do exercício, após as deduções previstas em lei:<br />

i. Percentual de 35,0% para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seus acionistas. Consoante determinação legal, as ações<br />

preferenciais fazem jus a um dividendo 10% superior em relação às ações ordinárias.<br />

ii. Importância não superior a 68,875% do lucro líquido, para a constituição de reserva para investimentos, com o objetivo de financiar a expansão<br />

das atividades da Companhia e de suas controladas, até mesmo para a subscrição de aumentos de capital ou a criação de empreendimentos. Essa<br />

reserva não poderá ultrapassar 80% do capital social. Atingindo esse limite, caberá à Assembléia Geral deliberar sobre o saldo, procedendo à sua<br />

distribuição aos acionistas ou ao aumento de capital.<br />

iii. Distribuição aos funcionários de até 10% do lucro líquido do exercício, com base em critérios predeterminados. Aos administradores é atribuída<br />

a participação até o limite máximo legal. A participação nos lucros está condicionada ao alcance das metas coletivas e individuais previamente<br />

fixadas pelo Conselho de Administração no início do exercício.<br />

C) DIVIDENDOS PROPOSTOS<br />

Cálculo do percentual dos dividendos aprovados pelo Conselho de Administração sobre o lucro líquido dos exercícios findos em 31 de dezembro:<br />

<strong>2006</strong> 2005<br />

Lucro líquido do exercício 2.806,3 1.545,7<br />

Reserva legal (5%) (i) - -<br />

Base de cálculo dos dividendos 2.806,3 1.545,7<br />

Dividendos antecipados - 480,9<br />

Dividendos antecipados na forma de juros sobre o capital próprio 1.473,1 219,8<br />

Dividendos complementares - 75,3<br />

Dividendos complementares na forma de juros sobre o capital próprio - 524,2<br />

Sub total 1.473,1 1.300,2<br />

Imposto de renda na fonte incidente sobre os dividendos sob a forma de juros sobre o capital próprio (220,9) (111,6)<br />

Total dos dividendos propostos – exercício atual 1.252,2 1.188,6<br />

Dividendo complementar <strong>2006</strong> – Base 2005 - 390,9<br />

Dividendos propostos total 1.252,2 1.579,5<br />

Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo - % 44,62 102,18<br />

Dividendos líquidos de imposto de renda por lote de mil ações em circulação (excluídas as ações em tesouraria) no fim do exercício – R$<br />

Ordinárias (ii) 17,77 23,07<br />

Preferenciais (ii) 19,54 25,38<br />

(i) A reserva legal deixou de ser constituída, considerando-se o disposto na legislação societária, que determina que tal reserva pode deixar de ser constituída quando, somada às reservas de<br />

capital exceder a 30% (trinta por cento) do capital social da Companhia.<br />

(ii) Dividendos por lote de mil ações em circulação (excluídas as ações em tesouraria) no fim do exercício, antes do Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF: ordinárias - R$ 20,90 e<br />

preferenciais - R$ 22,99 (ordinárias – R$ 24,70 e preferenciais – R$ 27,17 em 31 de dezembro de 2005).<br />

D) jUROS SOBRE O CAPITAL PRóPRIO<br />

As companhias têm a opção legal de atribuir aos acionistas juros calculados com base na TjLP sobre o patrimônio líquido, que são dedutíveis para fins tributários,<br />

podendo ser computados nos dividendos obrigatórios quando distribuídos. Embora registrados em conta de resultado para fins tributários, esses juros são<br />

reclassificados para o patrimônio líquido e demonstrados como dividendos para fazer refletir a essência da transação.<br />

Os juros sobre o capital próprio e dividendos não reclamados no prazo de 3 anos, a contar da data do início do pagamento, prescrevem e são revertidos a favor da<br />

Companhia (Lei no. 6.404/76, artigo 287, inciso II, item a).<br />

E) RESERVA ESPECIAL DE áGIO<br />

Conforme comentado na Nota 1 b (iii), em decorrência da incorporação da controladora InBev Brasil, em 28 de julho de 2005, foi constituída pela Companhia<br />

reserva especial de ágio, no montante de R$ 2.883,3, correspondente ao benefício futuro de amortização dos ágios incorporados. A realização dessa reserva se<br />

dará nos moldes anteriormente descritos na Nota 1 (b)(iii)(b).<br />

F) AçõES Em TESOURARIA<br />

A movimentação das ações em tesouraria da Companhia durante o exercício foram as seguintes:<br />

Quantidade de ações - lotes de mil<br />

Descrição Preferenciais Ordinárias Total R$<br />

Em 31 de dezembro de 2005 519,380 10,480 529,860 393,4<br />

Aquisições 1,791,076 68,878 1,859,954 1.762,3<br />

Cancelamentos (1,425,471) (13,554) (1,439,025) (1.046,2)<br />

Transferência plano de ações (180,860) (31,110) (211,970) (168,8)<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> 704,125 34,694 738,819 940,7<br />

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, a Companhia adquiriu no mercado 1.611.089 lotes mil ações, ao custo médio ponderado de R$ 925,76 sendo<br />

o custo mínimo de R$ 805,61 e o custo máximo de R$ 997,75.<br />

Adicionalmente, a Companhia entregou 211.970 lotes mil ações em tesouraria para os funcionários que exerceram o direito de adquirir ações pelo Plano de<br />

Ações no valor R$ 101,6. O valor de custo da baixa dessas ações totalizou R$ 168,8, apurando um prejuízo de R$ 67,2 o qual foi contabilizado contra a reserva<br />

114 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 115<br />

de capital.<br />

Em agosto de <strong>2006</strong>, a Companhia lançou novo programa de aquisição de ações ordinárias e preferenciais de sua emissão, até o montante de R$ 1.000,0, em<br />

conformidade com a Instrução CVm no. 10/80 e suas alterações posteriores. Durante os próximos 360 dias a Companhia poderá recomprar até 9,74% das ações<br />

ordinárias e 3,79% das ações preferenciais em circulação em cada classe. Este programa foi encerado em 14 de novembro de <strong>2006</strong>.<br />

Em fevereiro de <strong>2006</strong>, a Companhia lançou novo programa de aquisição de ações ordinárias e preferenciais de sua emissão, montante de R$ 500,0, em<br />

conformidade com a Instrução CVm no. 10/80 e suas alterações posteriores. Durante o período de 180 dias após a data de lançamento a Companhia poderia<br />

recomprar até 9,72% das ações ordinárias e 5,47% das ações preferenciais em circulação em cada classe. Este programa foi encerrado em 08 de agosto de <strong>2006</strong>.


14. plAno de opÇão de CompRA de AÇÕes<br />

A AmBev tem um plano de aquisição de ações pelos funcionários pré-selecionados, visando alinhar seus interesses com os dos acionistas. O Plano foi revisado<br />

na Assembléia Geral Extraordinária de 20 de abril de <strong>2006</strong>. O Plano é administrado pelo Conselho de Administração. O Conselho de Administração cria,<br />

periodicamente, programas de compra de ações, definindo seus termos e os funcionários a serem beneficiados, e estabelece o preço pelo qual as ações serão<br />

adquiridas.<br />

As opções têm prazo de carência de 5 anos e expiram, impreterivelmente, 10 anos após suas concessão. Na hipótese de término da relação de emprego, os direitos<br />

às opções de compra de ações sob determinadas condições são extintos; quanto às ações adquiridas pelo empregado, a Companhia tem o direito de recomprá-las<br />

com base nas premissas estabelecidas no Plano.<br />

Não é mais facultado aos beneficiários dos direitos de compra de ações concedidas a partir de 2003, a opção pelo financiamento das compras de ações. Em 31<br />

de dezembro de <strong>2006</strong>, o saldo em aberto dos financiamentos referente aos planos concedidos anteriormente a essa data, no consolidado, totaliza R$ 72,8. Os<br />

financiamentos são garantidos pelas ações financiadas.<br />

O resumo das movimentações das opções de compra de ações para os exercícios findos em 31 de dezembro é o seguinte:<br />

Opção de compra de ações - lotes de mil<br />

Preferenciais Ordinárias Preferenciais Ordinárias<br />

<strong>2006</strong> 2005<br />

Saldo de opções de compra de ações exercíveis no início do exercício 365.101 73.020 651.036 -<br />

movimentação ocorrida durante o exercício:<br />

Exercidas (155.553) (31.110) (257.993) (6.389)<br />

Canceladas (41.576) (8.085) (27.942) (1.227)<br />

Concedidas 69.506 - - -<br />

Bonificadas - - - 80.636<br />

Saldo de opções de compra de ações exercíveis ao final do exercício 237.478 33.825 365.101 73.020<br />

15. tesouRARiA<br />

A) CONSIDERAçõES GERAIS<br />

A Companhia e suas controladas mantêm determinados valores de caixa e equivalentes em moedas estrangeiras, assim como realizam operações de<br />

“swap” de moedas, juros e “commodities” e operações de “forward” de moeda, com o objetivo de proteger-se dos efeitos de variações das taxas<br />

de câmbio sobre a exposição consolidada em moedas estrangeiras, de flutuações em taxas de juros e das oscilações dos preços de matérias-primas,<br />

principalmente alumínio, açúcar e trigo.<br />

Os instrumentos acima mencionados são contratados com a finalidade de “hedge”, o que não impede que seus resgates possam ocorrer a qualquer<br />

momento, embora seja real a intenção de a Companhia levá-los até o vencimento da operação a ser protegida.<br />

B) DERIVATIVOS<br />

A Companhia com o objetivo de minimizar riscos de exposição a certas flutuações de mercado nas taxas de câmbio, juros e em commodities, contrata operações<br />

de derivativos. Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, os montantes contratados de instrumentos financeiros de derivativos são como segue na tabela abaixo:<br />

Ativos (Passivos)<br />

Descrição <strong>2006</strong> 2005<br />

“Hedge” de moedas<br />

Reais/US$ 3.086,5 3.610,5<br />

Peso Argentino/US$ - 206,0<br />

Reais/Iêne 622,0 -<br />

Soles Peruanos/US$ 78,3 210,7<br />

Dólar canadense/US$ 249,1 240,5<br />

Dólar canadense/R$ 825,4 -<br />

“Hedge” de juros<br />

CDI x Pré (137,5) (186,3)<br />

juros Pre / BA Canadense 508,4 367,2<br />

“Hedge” de “commodities”<br />

Alumínio 314,2 119,6<br />

Açúcar 126,6 31,4<br />

Trigo (76,8) 16,1<br />

milho 2,2 -<br />

5.598,4 4.615,7<br />

i. Valor de mercado de instrumentos financeiros “Hedge” de moedas e taxa de juros<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, ganhos não realizados sobre rendimentos de natureza variável em operações de derivativos, de acordo com o previsto pela legislação<br />

societária do Brasil, foram limitados ao menor valor entre a “curva” dos instrumentos ou o respectivo valor de mercado.<br />

Caso a Companhia tivesse registrado contabilmente seus instrumentos derivativos ao valor de mercado, teria contabilizado ao resultado do exercício findo em 31<br />

de dezembro de <strong>2006</strong> um ganho adicional no montante de R$ 141,7 (R$ 44,4 em 31 de dezembro de 2005), conforme demonstrado na tabela a seguir:<br />

116 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 117<br />

Ganhos não<br />

realizados de<br />

Instrumentos financeiros Contábil Mercado natureza variável<br />

Títulos públicos 241,6 261,6 20,0<br />

“Swaps”/”forwards” (218,4) (213,0) 5,4<br />

“Foward” R$ x CAD Labatt Canadá 48,7 160,2 111,5<br />

“Cross Currency Swap” Labatt Canadá (*) (88,4) (83,5) 4,9<br />

(*) Swaps para conversão das Notas tomadas a juros fixos em dólares dos Estados Unidos para juros flutuantes em dólares canadenses.<br />

ii. “Hedge” de “commodities” e moedas<br />

(16,5) 125,3 141,8<br />

Os resultados líquidos, apurados ao valor de custo (equivalentes ao seu valor de mercado) dessas operações, com o propósito específico de minimizar a exposição<br />

da Companhia à flutuação de preços de matérias-primas denominadas em moeda estrangeira a serem adquiridas, são diferidos e reconhecidos no resultado,<br />

quando houver a venda do produto correspondente.<br />

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, foi registrado no resultado o seguinte efeito referente às operações “hedge” de moedas e “commodities”,<br />

na conta “Custos dos produtos vendidos”:<br />

Descrição Diminuição (Aumento) líquido no custo dos produtos vendidos<br />

“Hedge” de moedas (84,6)<br />

“Hedge” de alumínio (4,6)<br />

“Hedge” de açúcar (16,4)<br />

“Hedge” de Trigo e milho 0,8<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, perdas não realizadas no montante de R$ 57,2 foram diferidas, sendo R$ 66,9 em “outros ativos” e R$ 9,7 em “outros passivos”.<br />

Esta perda será reconhecida à débito do resultado da Companhia, sendo o montante de R$ 57,2 no custo dos produtos vendidos, quando houver a venda do<br />

(104,8)<br />

produto acabado correspondente e o saldo restante na despesa operacional por se tratar de “hedge” de despesa.<br />

C) PASSIVOS FINANCEIROS<br />

Os passivos financeiros da Companhia, representados principalmente pelas operações de emissão de títulos de dívida externa e financiamentos para importação,<br />

estão contabilizados a valor de custo, atualizados monetariamente às taxas iniciais dos juros contratadas, acrescidos de variações monetárias e cambiais, conforme<br />

índices de fechamento de cada período.<br />

Caso a Companhia pudesse ter adotado o critério de reconhecimento de seus passivos financeiros a valor de mercado, teria apurado uma perda adicional, antes do imposto<br />

de renda e da contribuição social, de R$ 580,9 em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (R$ 523,4, em 31 de dezembro de 2005), conforme demonstrado na tabela a seguir:<br />

Passivo financeiro Contábil Mercado Diferença<br />

Notes – Série A (i) 345,1 350,4 (5,3)<br />

Notes – Série B (ii) 91,8 93,8 (2,0)<br />

Sênior Notes – BRI (iii) 163,0 183,7 (20,7)<br />

Financiamentos Internacionais outras moedas(iv) 2.311,1 2.311,1 -<br />

Financiamentos em Reais 948,8 1.147,3 (198,5)<br />

BNDES/ FINEP/ EGF (iv) 498,8 498,8 -<br />

Res. 63/ Compror 63 901,0 855,9 45,1<br />

Bond 2011 e Bond 2013 2.175,9 2.575,4 (399,5)<br />

Debêntures – 2009 e 2011 2.131,1 2.131,1 -<br />

(i) Notas bancárias da série A firmados pela Labatt Canadá em dólares americanos<br />

(ii) Notas bancárias da série B firmados pela Labatt Canadá em dólares canadenses<br />

9.566,6 10.147,5 (580,9)<br />

(iii) Notas de Títulos Privados firmados pela Brewers Retail Inc. (BRI) e consolidados proporcionalmente pela Labatt Canadá em dólares canadenses<br />

(iv) Empréstimos para os quais o valor contábil e o valor de mercado são similares.


O critério utilizado para apuração do valor de mercado dos títulos de dívida foi realizado com base em cotações de corretores de investimento, em cotações dos<br />

bancos que prestam serviços à AmBev e a Labatt Canadá e no valor de mercado secundário dos títulos na data-base de 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, sendo de<br />

aproximadamente 120,75 % do valor de face para o Bond 2011 e 117,13% para o Bond 2013 (124,50% e 117,50% respectivamente, em 31 de dezembro de<br />

2005) e as Notas Série A e Notas Série B da Labatt Canadá, os preços foram apurados com base no fluxo de caixa descontado a valor presente, utilizando-se taxas<br />

de mercado disponíveis para a Labatt Canadá para instrumentos similares.<br />

D) RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS<br />

Receitas financeiras<br />

Exercício findo em 31 de dezembro<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Variação cambial sobre aplicações financeiras - - (15,5) (36,7)<br />

juros sobre caixa e equivalentes 56,1 33,8 111,1 91,5<br />

Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e depósitos judiciais 24,9 3,5 29,9 6,6<br />

Resultado do plano de ações 9,8 12,8 10,0 13,3<br />

juros e variação cambial sobre mútuos 76,6 32,2 - 0,1<br />

Outras 22,1 16,5 32,9 20,5<br />

Despesas financeiras<br />

189,5 98,8 168,4 95,3<br />

Variação cambial sobre financiamentos 263,9 16,5 254,7 308,5<br />

Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos (585,8) (231,4) (585,1) (625,8)<br />

juros sobre dívidas em moeda estrangeira (267,8) (119,9) (485,1) (456,0)<br />

juros sobre dívidas em reais (190,5) (56,7) (191,5) (122,4)<br />

juros e variação cambial sobre mútuos - (464,9) (1,8) (5,7)<br />

Impostos sobre transações financeiras (99,2) (81,3) (131,8) (141,9)<br />

Encargos financeiros sobre contingências e outros (50,2) (37,3) (59,8) (77,6)<br />

Outras (23,9) (17,7) (46,3) (61,1)<br />

(953,5) (992,7) (1.246,7) (1.182,0)<br />

Resultado financeiro, líquido (764,0) (893,9) (1.078,3) (1.086,7)<br />

E) CONCENTRAçãO DE RISCO DE CRÉDITO<br />

Parte substancial das vendas da Companhia é feita a distribuidores, supermercados e varejistas, dentro de ampla rede de distribuição. O risco de<br />

crédito é reduzido em virtude da grande carteira de clientes e dos procedimentos de controle que o monitoram. Historicamente, a Companhia não<br />

registra perdas significativas nas contas a receber de clientes.<br />

A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a Companhia adotou políticas de alocação de caixa e investimentos, levando em<br />

consideração limites e avaliações de créditos de instituições financeiras, não permitindo concentração de crédito, ou seja, o risco de crédito é<br />

monitorado e minimizado pois as negociações são realizadas apenas com um seleto grupo de contrapartes altamente qualificadas. Na Labatt<br />

Canadá são firmados acordos de compensação com suas contrapartes que lhe permitem liquidar ativos e passivos financeiros derivativos em caso<br />

de inadimplência.<br />

16. imposto de RendA e ContRiBuiÇão soCiAl<br />

A) RECONCILIAçãO DA DESPESA CONSOLIDADA DO ImPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIçãO SOCIAL SOBRE O LUCRO COm SEUS VALORES NOmINAIS<br />

Exercício findo em 31 de dezembro<br />

<strong>2006</strong> 2005<br />

Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social 4.307,3 2.751,9<br />

Participações estatutárias e contribuições (194,4) (202,8)<br />

Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e da participação dos acionistas minoritários 4.112,9 2.549,1<br />

Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%) (1.398,4) (866,7)<br />

Ajustes para obtenção da alíquota efetiva decorrentes de diferenças permanentes:<br />

juros sobre capital próprio (v) 500,9 253,0<br />

Resultado de controladas no exterior não sujeitas à tributação (iii) 4,2 (174,1)<br />

Ganhos patrimoniais em controladas 62,1 51,6<br />

Amortização de ágio – parcela não dedutível (i) (355,0) (327,0)<br />

ágio rentabilidade futura – incorporação CBB (ii) - 103,4<br />

Retenção de Impostos (iv) (68,3) -<br />

Variação cambial sobre investimentos (43,7) (44,3)<br />

Adições e exclusões permanentes e outros (17,1) (16,1)<br />

Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro (1.315,3) (1.020,2)<br />

(i) A amortização de ágio indedutível, contempla os efeitos da amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá, no montante de R$ 969,8 no período findo em 31 de Dezembro de <strong>2006</strong><br />

(R$ 923,5, em 31 de Dezembro de 2005), gerando um efeito tributário, por não ser dedutível, no montante de R$ 329,7 (R$ 314,0 de Dezembro de 2005).<br />

(ii) Esse valor refere-se ao crédito tributário decorrente da dedutibilidade futura do ágio de AmBev em CBB como resultado da incorporação de CBB por AmBev (Nota 1(b)(iv)).<br />

(iii) Incluí à proteção do efeito fiscal sobre a variação cambial dos mútuos e “Fixed Rate Notes” contratados no exterior. O montante protegido é de US$ 496,6 em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, e<br />

o ganho fiscal dessa proteção no exercício foi de R$ 123,9.<br />

(iv) Sobre dividendos recebidos pagos pela Labatt ApS.<br />

(v) Os juros sobre o capital próprio, originalmente, são registrados nos livros contábeis e fiscais como receita financeira, quando declarados por controladas e coligadas, e despesa financeira,<br />

por ocasião da apropriação dos valores a pagar aos acionistas. Entretanto, para fins de preparação dessas demonstrações financeiras, utiliza-se a essência da transação e, portanto, são<br />

considerados como dividendos recebidos e pagos e não transitam pelo resultado. Conseqüentemente, nessas demonstrações, os lançamentos mencionados anteriormente são reclassificados,<br />

ou seja, os juros sobre o capital recebidos ou a receber são creditados à conta de investimentos e os juros sobre o capital pagos ou a pagar são registrados a débito de lucros acumulados.<br />

B) COmPOSIçãO DO BENEFíCIO (DESPESA) COm ImPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIçãO SOCIAL SOBRE O LUCRO LíQUIDO<br />

C) COmPOSIçãO DOS ImPOSTOS DIFERIDOS<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Corrente 63,6 - (688,8) (757,1)<br />

Diferido (460,4) (6,5) (626,5) (263,1)<br />

Total (396,8) (6,5) (1.315,3) (1.020,2)<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

118 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 119<br />

No ativo circulante<br />

Prejuízos fiscais a compensar 69,1 56,4 98,3 46,8<br />

Diferenças temporárias:<br />

ágio rentabilidade futura - incorporações 350,8 350,8 350,8 350,8<br />

Provisão para juros sobre capital próprio 22,1 - 22,1 -<br />

Provisão para reestruturação - - 26,8 46,4<br />

Provisão para participação dos empregados 54,0 43,5 57,4 47,8<br />

Provisão para despesas de marketing e vendas 4,5 51,6 54,6 51,6<br />

No realizável a longo prazo<br />

550,5 502,3 610,0 543,4<br />

Prejuízos fiscais a compensar 232,0 301,1 771,0 850,1<br />

Diferenças temporárias:<br />

Provisões não dedutíveis 248,9 342,4 307,0 422,7<br />

Provisão para perdas sobre incentivos fiscais-CSSL 3,1 3,1 7,6 7,5<br />

ágio rentabilidade futura – incorporações 2.115,7 2.466,5 2.115,7 2.466,5<br />

Provisão para benefícios de assistência médica 29,7 28,7 82,2 165,9<br />

Provisão para perdas imóveis destinados à venda 16,5 22,1 17,2 22,7<br />

Provisão para perdas de “Hedge” 130,9 116,9 130,9 116,9<br />

Provisão para perdas no recebimento de créditos 10,3 9,8 11,2 10,4<br />

Outros 63,9 73,3 123,9 120,8<br />

No exigível a longo prazo<br />

Diferenças temporárias<br />

2.851,0 3.363,9 3.566,7 4.183,5<br />

Depreciação acelerada - - 47,8 59,9<br />

Outras 22,8 26,7 83,6 34,7<br />

22,8 26,7 131,4 94,6


Com base nas projeções de geração de resultados tributáveis futuros da controladora e de controladas localizadas no Brasil e no exterior, a<br />

estimativa de recuperação do saldo ativo consolidado de imposto de renda e contribuição social diferidos sobre prejuízos fiscais, encontra-se<br />

demonstrada a seguir:<br />

Em valores nominais<br />

(milhões de reais)<br />

2008 183<br />

2009 291<br />

2010 297<br />

771<br />

O ativo registrado limita-se aos valores cuja compensação é amparada por projeções de lucros tributáveis, descontados ao seu valor presente, realizados pela<br />

Companhia até os próximos 10 anos, considerando, também, que a compensação dos prejuízos fiscais é limitada a 30% do lucro anual antes do imposto de renda,<br />

determinado de acordo com a legislação fiscal brasileira.<br />

O saldo de imposto de renda diferido ativo, em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, inclui o efeito total dos prejuízos fiscais das controladas brasileiras, que são<br />

imprescritíveis, compensáveis com lucros tributáveis futuros. Parte do benefício fiscal correspondente aos prejuízos fiscais de controladas no exterior não foi<br />

contabilizada como ativo, uma vez que a administração não está segura de que sua realização seja provável.<br />

Estima-se que o saldo referente aos impostos diferidos decorrentes das diferenças temporárias em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> será realizado até o exercício de 2011;<br />

contudo, não é possível estimar com razoável precisão os anos em que essas diferenças temporárias serão realizadas, pois grande parte delas está sujeita a decisões<br />

judiciais sobre as quais a Companhia não detém nenhum controle, tampouco sabe prever quando haverá a decisão em última instância.<br />

As projeções de geração de resultados tributáveis futuros incluem várias estimativas referentes à performance da economia brasileira e da internacional, seleção de taxas de<br />

câmbio, volume de vendas, preços de vendas, alíquotas de impostos, entre outros, que podem apresentar variações em relação aos dados e aos valores reais.<br />

Como o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro decorre não só do lucro tributável, mas também da estrutura tributária e societária da<br />

Companhia, da existência de receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, isenções e incentivos fiscais e de diversas outras variáveis, não existe uma correlação<br />

relevante entre o lucro líquido da Companhia e o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro. Portanto, recomendamos que a evolução da<br />

utilização dos prejuízos fiscais não seja considerada um indicativo de lucros futuros da Companhia.<br />

17. CompRomissos Assumidos Com FoRneCedoRes<br />

A Companhia dispõe de contratos com determinados fornecedores para adquirir certas quantidades de materiais importantes para os processos de produção e<br />

embalagem, como plásticos para garrafas PET, alumínio, gás natural e ativo imobilizado.<br />

A Companhia tem compromissos assumidos com fornecedores para 2007, 2008 e 2009, já contratados em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, no montante aproximado de<br />

R$ 1.051,8, R$ 458,0 e R$ 229,0, respectivamente (R$ 533,4 para 2007 e R$ 3,3 para 2008 em 31 de dezembro de 2005).<br />

18. ReCeitAs (despesAs) opeRACionAis, lÍquidAs<br />

Receitas operacionais<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Ganhos e acréscimos patrimoniais de controlada - - 165,3 151,8<br />

Variação cambial em controlada no exterior - - 79,4 74,1<br />

Deságio s/crédito Incentivo Fiscal (ICmS) 39,9 28,3 39,9 28,3<br />

RReversão provisão p/perdas investimentos - - 21,9 -<br />

Recuperação de impostos 24,0 52,2 24,0 52,6<br />

Outras receitas operacionais 10,5 4,7 12,7 3,6<br />

Despesas operacionais<br />

74,4 85,2 343,2 310,4<br />

Variação cambial em controlada no exterior (17,9) (2,9) - -<br />

Amortização de ágio (107,5) (52,7) (1.283,0) (1.343,0)<br />

Impostos sobre outras receitas (4,4) (3,1) (4,4) (3,5)<br />

Outras despesas operacionais (6,5) (10,4) (10,9) (39,3)<br />

(136,3) (69,1) (1.298,3) (1.385,8)<br />

Receitas (despesas) operacionais, líquidas (61.9) 16,1 (955,1) (1.075,4)<br />

19. ReCeitAs (despesAs) não opeRACionAis, lÍquidAs<br />

Receitas não operacionais<br />

20. seGuRos<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, os principais ativos da Companhia e de suas controladas, como bens do imobilizado e do estoque, estão segurados contra riscos de<br />

incêndio e diversos, com base nos respectivos valores de reposição. O valor de cobertura das apólices é superior aos valores registrados contabilmente.<br />

21. eVentos suBsequentes<br />

A) ACORDO PARA AQUISIçãO DA LAkEPORT BREWING INCOmE FUND<br />

Em 1º de fevereiro de 2007, a Companhia anunciou que sua subisidiária Labatt Canadá celebrou contrato (“Support Agreement”) com Lakeport Brewing Income<br />

Fund (“Lakeport”), por meio do qual a Labatt Canadá irá oferecer um preço de CAD$28,00 por cota (“unit”) de Lakeport, totalizando CAD$ 201,4 milhões. Um<br />

documento contendo os detalhes da oferta será enviado por correio aos detentores de cotas dentro de 21 dias.<br />

B) OFERTA PúBLICA QUINSA<br />

Em 25 de janeiro de 2007 a Companhia anunciou que a Commission de Surveillance du Secteur Financier (“CSSF”) de Luxemburgo aprovou o instrumento de<br />

oferta pública com relação a oferta pública voluntária para aquisição de até 6.872.480 ações Classe A e até 8.661.207 ações Classe B (incluindo ações da Classe<br />

B detidas na forma de American Depositay Shares (“ADS”) de emissão da sua subsidiária Quilmes, que representam as ações Classe A e Classe B em circulação<br />

(incluindo ações Classe B detidas na forma de ADSs) que não são de propriedade da AmBev ou de sua subsidiária.<br />

C) DIVIDENDOS LABATT APS<br />

Em 11 de janeiro de 2007, a diretoria da Labatt ApS aprovou a distribuição de dividendos no montante de R$ 468,3.<br />

D) PROGRAmA DE RECOmPRA DE AçõES<br />

Em 05 de fevereiro de 2007, o Conselho de Administração da Companhia aprovou um programa de recompra de ações de emissão da Companhia, para<br />

permanência em tesouraria e/ou cancelamento e eventual alienação posterior, durante os próximos 360 (trezentos e sessenta) dias, com vencimento em 31 de<br />

janeiro de 2008, até o montante conjunto de R$ 1.000,0.<br />

Controladora Consolidado<br />

<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />

Ganho na alienação de investimentos - - 10,2 -<br />

Ganho de participação em investidas - - 6,1 -<br />

Ganho na alienação de bens do imobilizado - - 4,8 6,0<br />

Outras receitas não operacionais 12,8 4,1 5,6 15,5<br />

Despesas não operacionais<br />

12,8 4,1 26,7 21,5<br />

Provisão para perda sobre ativos permanentes - (19,0) (17,9) (58,7)<br />

Perda de participação em investida (0,7) (3,3) - (64,8)<br />

Perda na alienação de bens do imobilizado (4,6) (6,6) - -<br />

Perda na alienação de imóveis destinados a venda (0,3) - (0,3) -<br />

Provisão para reestruturação (i) - - (18,9) (114,9)<br />

Outras despesas não operacionais (0,4) (1,2) (18,4) (17,4)<br />

(6,0) (30,1) (55,5) (255,8)<br />

Total das despesas não operacionais, líquidas 6,8 (26,0) (28,8) (234,3)<br />

(i) Provisões decorrentes do processo de reestruturação descrito na Nota 10 (ii).<br />

120 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 121


informações aos investidores<br />

AçõES Em CIRCULAçãO (31/12/06)<br />

64.458 milhões de ações<br />

644,5 milhões de ADRs equivalentes<br />

BOLSA DE VALORES<br />

Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)<br />

Códigos: AMBV3 (ON); AMBV4 (PN)<br />

Principais índices dos quais as ações da AmBev participam:<br />

IBx e IBOVESPA<br />

Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE)<br />

Códigos: ABVc (ON); ABV (PN)<br />

Política de dividendos<br />

O estatuto social da AmBev prevê dividendos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual da companhia, conforme estabelecido nos princípios<br />

contábeis da Legislação Societária Brasileira. O dividendo obrigatório inclui as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio.<br />

As ações preferenciais terão direito à percepção de dividendos em dinheiro 10% maiores do que aqueles pagos às ações ordinárias.<br />

Dividendos declarados<br />

Lucros Gerados Data do primeiro Pgto R$/ mil ações Tipo de ação<br />

Primeiro Semestre 2002 25-nov-2002 4,37 (preferencial)<br />

3,97 (ordinária)<br />

Segundo Semestre 2002 28-fev-2003 9,27 (preferencial)<br />

8,43 (ordinária)<br />

Primeiro Semestre 2003 13-out-2003 18,70 (preferencial)<br />

17,00 (ordinária)<br />

Segundo Semestre 2003 25-mar-2004 6,75 (preferencial)<br />

6,14 (ordinária)<br />

Primeiro Semestre 2004 8-out-2004 5,80 (preferencial)<br />

5,28 (ordinária)<br />

Segundo Semestre 2004 15-fev-2005 17,15 (preferencial)<br />

15,59 (ordinária)<br />

Primeiro Semestre 2005 30-set-2005 10,69 (preferencial)<br />

9,72 (ordinária)<br />

Segundo Semestre 2005 29-dez-2005 8,36 (preferencial)<br />

7,60 (ordinária)<br />

31-mar-<strong>2006</strong> 6,32 (preferencial)<br />

5,75 (ordinária)<br />

Primeiro Semestre <strong>2006</strong> 30-jun-<strong>2006</strong> 6,08 (preferencial)<br />

5,53 (ordinária)<br />

30-out-<strong>2006</strong> 6,08 (preferencial)<br />

5,53 (ordinária)<br />

Segundo Semestre <strong>2006</strong> 28-dez-<strong>2006</strong> 7,39 (preferencial)<br />

6,72 (ordinária)<br />

30-mar-2007 2,04 (preferencial)<br />

1,85 (ordinária)<br />

Primeiro Semestre 2007 30-mar-2007 5,24 (preferencial)<br />

4,76 (ordinária)<br />

Desempenho do preço das ações<br />

% Variação % Variação<br />

31-Dez-2004 31-Dez-2005 31-Dez-<strong>2006</strong> 05 x 04 06 x 05<br />

AmBV4 (PN) - R$ 740,0 898,0 1053,99 21,4% 17,4%<br />

AmBV3 (ON) - R$ 1.368,0 752,0 943,00 -45,0% 25,4%<br />

IBOVESPA - R$ 26.196,0 33.455,94 44.473,71 27,7% 32,9%<br />

ABV (PN) - US$ 28,3 38,05 48,80 34,5% 28,3%<br />

ABVc (ON) - US$ 52,0 32,70 43,90 -37,1% 34,3%<br />

S&P 500 - US$ 1.211,9 1.248,29 1418,30 3,0% 13,6%<br />

Classificação de risco<br />

Agência Rating Rating Perspectiva<br />

Moeda Local Moeda Estrangeira<br />

Fitch BBB BBB Estável<br />

moody’s Baa1 Ba1 Estável / Positiva<br />

S&P BBB BBB Positiva<br />

Nota: em março de 2007.<br />

Atendimento aos acionistas<br />

Para encaminhar mudanças de endereço, cheques de dividendos, consolidações de contas, depósito direto de dividendos, mudanças de registro, certificados de ações perdidos,<br />

participações acionárias e plano de Investimento, Dividendos e Capital, entre em contato com:<br />

Acionistas de varejo no Brasil<br />

Nilson Casemiro<br />

Tel.: 11 2122-1402<br />

E-mail: acnilson@ambev.com.br<br />

Banco depositário no Brasil<br />

Banco Itaú<br />

Tel.: 11 5029-7780<br />

Banco depositário e agente de transferência nos EUA<br />

Bank of New York<br />

101 Barclay Street<br />

New York, NY 10286<br />

Tel.: 1 888 269-2377<br />

E-mail: adr@bankofny.com<br />

Auditores independentes em <strong>2006</strong><br />

Deloitte Touche Tohmatsu<br />

Rua Alexandre Dumas, 1.981<br />

São Paulo, SP 04717-004<br />

Brasil<br />

Tel.: 11 5185-2444<br />

AmBev – Administração central<br />

Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017 – 4º andar<br />

São Paulo, SP 04530-000<br />

Brasil<br />

Tel.: 11 2122-1200<br />

Fax: 11 2122-1526<br />

Informações adicionais<br />

Favor encaminhar solicitações de informações para:<br />

AmBev – Departamento de Relações com <strong>Investidores</strong><br />

Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017 – 4º andar<br />

São Paulo, SP 04530-000<br />

Brasil<br />

Tel.: 11 2122-1414/1415<br />

E-mail: ir@ambev.com.br<br />

Website para investidores<br />

Nosso site para investidores contém informações financeiras e operacionais adicionais<br />

sobre a companhia, bem como transcrições de teleconferências. <strong>Investidores</strong> também<br />

podem se cadastrar para receber automaticamente por e-mail comunicados, fatos<br />

relevantes e notificações sobre eventos e apresentações da companhia.<br />

www.ambev-ir.com<br />

Publicações<br />

O <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> da companhia, a Declaração de Fatos Relevantes e o Formulário 20-F<br />

estão disponíveis gratuitamente no Departamento de Relações com <strong>Investidores</strong> acima<br />

mencionado. Se você está recebendo cópias duplicadas ou não solicitadas do nosso<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong>, por favor entre em contato conosco.<br />

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122 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 123

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