Relatório Anual 2006 - Investidores - Ambev
Relatório Anual 2006 - Investidores - Ambev
Relatório Anual 2006 - Investidores - Ambev
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Somos a maior indústria privada de bens de consumo do Brasil e a maior<br />
cervejaria da América Latina, atuando em 14 países nas três Américas.<br />
Nossos resultados são crescentes, com sólida ampliação de lucros e geração<br />
de caixa, baseados em práticas de gestão que asseguram a eficiência<br />
e sustentabilidade de nossos negócios.<br />
Apesar de sermos uma Companhia relativamente jovem, criada em 1999,<br />
reunimos a experiência centenária das cervejarias Brahma e Antarctica,<br />
que se uniram para crescer e expandir as fronteiras de atuação. Desde<br />
2004 também estamos presentes no Canadá, onde adquirimos o controle<br />
da cervejaria Labatt. E em <strong>2006</strong>, concluímos a aquisição do controle<br />
da Quinsa, operação iniciada em 2002 com a participação no capital<br />
da empresa, que atua no Cone Sul.<br />
Temos o maior portfólio de bebidas no Brasil, com marcas consagradas nos<br />
segmentos de cerveja (como Skol, Brahma, Antarctica e Bohemia), refrigerantes<br />
(em que se destacam o Guaraná Antarctica, produzido a partir de frutos<br />
cultivados na Região Amazônica, a Pepsi-Cola e a H2OH!) além do isotônico<br />
Gatorade, os chás Lipton e a água Fratelli Vita. Somos também líderes de<br />
mercado na Argentina, com a Quilmes Cristal, na Bolívia (Paceña), no Paraguai<br />
(Brahma) e no Uruguai (Patrícia). Em <strong>2006</strong>, 30,8% de nosso EBITDA foi obtido<br />
nas operações da América Latina Hispânica (HILA) e da América do Norte.<br />
Sumário<br />
4. Destaques<br />
6. Mensagem aos acionistas<br />
10. Mapa das operações<br />
12. Marcas<br />
16. Inovação<br />
20. Cerveja Brasil<br />
24. Refrigerantes e Nanc Brasil<br />
28. América Latina Hispânica (HILA)<br />
32. América do Norte<br />
36. Alavancas estratégicas<br />
Execução<br />
Distribuição<br />
Eficiência em custos<br />
Disciplina financeira<br />
Cultura<br />
46. Gente AmBev<br />
52. Responsabilidade Social<br />
60. Responsabilidade Ambiental<br />
64. Governança Corporativa<br />
69. Ações como investimento<br />
70. Reconhecimento e Premiações<br />
72. Equipe em <strong>2006</strong><br />
74 . Demonstrações Financeiras
Destaques PRINCIPAIS<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Maltaria Navegantes - Rio Grande do Sul<br />
Receita Líquida (R$ milhões)<br />
4 Destaques<br />
7.325<br />
8.684<br />
12.007<br />
15.959<br />
17.614<br />
2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />
2,0<br />
1,5<br />
1,0<br />
0,5<br />
0,0<br />
1.510<br />
1.412<br />
1.162<br />
1.546<br />
2.806<br />
2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />
INDICADORES<br />
2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong> Variação %<br />
<strong>2006</strong>x2005<br />
Demonstração de Resultados<br />
Receita Líquida (R$ milhões) 7.325 8.684 12.007 15.959 17.614 10,4%<br />
Lucro Bruto (R$ milhões) 3.984 4.640 7.226 10.216 11.665 14,2%<br />
Despesas Gerais e Administrativas (R$ milhões) 1.933 2.334 3.611 5.174 5.409 4,5%<br />
EBIT (R$ milhões) 2.051 2.306 3.615 5.043 6.256 24,1%<br />
Lucro Líquido (R$ milhões)<br />
Balanço Patrimonial<br />
1.510 1.412 1.162 1.546 2.806 81,5%<br />
Ativo Total (R$ milhões) 12.381 14.830 33.017 33.493 35.645 6,4%<br />
Caixa e Equivalentes (R$ milhões) 3.505 2.534 1.505 1.096 1.539 40,4%<br />
Dívida Total (R$ milhões) 4.487 5.980 7.811 7.204 9.567 32,8%<br />
Patrimônio Líquido (R$ milhões)<br />
Fluxo de Caixa e Rentabilidade<br />
4.130 4.363 16.976 19.867 19.268 -3,0%<br />
EBITDA (R$ milhões) 2.710 3.072 4.537 6.305 7.445 18,1%<br />
Margem EBITDA (%) 37,0% 35,4% 37,8% 39,5% 42,3% 2,8 p.p.<br />
Investimentos de Capital (R$ milhões) 545 862 1.274 1.370 1.425 4,0%<br />
Retorno sobre o Patrimônio (%)<br />
Dados por Ação (R$/ mil ações)<br />
36,6% 32,7% 10,8% 7,8% 14,6% 6,8 p.p.<br />
Valor Patrimonial (*) 107,94 115,07 258,97 304,03 302,39 -0,5%<br />
Lucro por Ação (*) 39,48 37,23 17,72 23,65 44,04 86,2%<br />
Dividendos (ON) 12,40 23,14 20,86 23,07 19,76 -14,3%<br />
Dividendos (PN) 13,64 25,45 22,95 25,38 21,59 -14,9%<br />
Payout dividendos<br />
Capitalização<br />
35,01% 71% 114,0% 109,0% 54,5% -58 p.p.<br />
Capitalização de Mercado (R$ milhões) 19.686 26.392 40.424 53.646 64.109 19,5%<br />
Dívida Líquida (R$ milhões) 982 3.447 6.305 6.107 7.802 27,8%<br />
Participações Minoritárias (R$ milhões) 79 196 219 123 223 81,6%<br />
Ações em Circulação (mil) (*) 38.258 37.913 65.553 65.346 63.719 -2,5%<br />
ADRs Equivalentes (mil) (*) 382,6 379,1 655,5 653,5 637,2 -2,5%<br />
(*) Valores ajustados pela bonificação de ações realizada em 31/05/2005<br />
Lucro Líquido (R$ milhões) EBTIDA e margem Composição da Receita Líquida (%)<br />
8<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
37,0%<br />
2.710<br />
2002<br />
EBITDA (R$ milhões)<br />
Margem EBITDA<br />
35,4%<br />
3.072<br />
37,8%<br />
4.537<br />
39,5%<br />
6.305<br />
42,3%<br />
7.445<br />
2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />
Cerveja Brasil<br />
51,3%<br />
América do Norte<br />
22,1%<br />
RefrigeNanc<br />
10,3%<br />
HILA (2)<br />
15,7%<br />
Malte e subprodutos<br />
Brasil<br />
0,6%<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 5
1 - Carlos Brito<br />
Co-presidente do Conselho<br />
de Administração<br />
2 - Victorio Carlos De Marchi<br />
Co-presidente do Conselho<br />
de Administração<br />
6 Mensagem aos Acionistas<br />
1 2<br />
Mensagem<br />
aos acionistas<br />
Crescimento contínuo e sustentável<br />
Apresentamos sólidos resultados em <strong>2006</strong>. O desempenho do ano<br />
mostrou nossa capacidade de crescer de forma sustentável em diferentes<br />
cenários de mercado e ganhar eficiências em ambientes competitivos,<br />
cumprindo nossa vocação de genuína Companhia das Américas. Nossa<br />
receita líquida consolidada atingiu R$ 17.613,7 milhões, 10,4% acima<br />
do ano anterior, enquanto o EBITDA e o lucro líquido evoluíram em ritmo<br />
ainda mais acelerado: 18,1% e 81,5%, para R$ 7.444,6 milhões<br />
e R$ 2.806,3 milhões, respectivamente.<br />
81,5%<br />
Crescimento do lucro líquido<br />
A combinação de nossas alavancas<br />
de crescimento explica o sucesso do<br />
desempenho de <strong>2006</strong>. Aproveitamos<br />
oportunidades de mercado com o apoio<br />
de inovação e reforço de nossas<br />
marcas, paixão pela execução,<br />
eficiência em custos, disciplina<br />
financeira e gente motivada para<br />
permanentemente superar resultados.
Temos o compromisso<br />
de dedicar esforços<br />
e criatividade para<br />
assegurar a<br />
sustentabilidade<br />
do crescimento dos<br />
nossos negócios<br />
e a criação de valor<br />
para os acionistas,<br />
pois sabemos que<br />
estar bem no presente<br />
é estar no futuro<br />
8 Mensagem aos Acionistas<br />
Obtivemos excelentes resultados nas principais operações: mais 20,0%<br />
de EBITDA em Cerveja Brasil, 7,4% na América do Norte, em dólares<br />
canadenses, e 23,6% na Quinsa, em dólares americanos, excluindo<br />
o efeito do aumento de participação da AmBev na Quinsa. A divisão<br />
Refrigerantes e Nanc (não-Alcoólicos e não-Carbonatados) Brasil foi<br />
outro destaque, com margem EBITDA de 33,6% assim como as vendas de<br />
refrigerantes de Quinsa, com volumes 25,5% maiores. No ano, os impostos<br />
indiretos gerados pela Companhia no Brasil chegaram a R$ 8,1 bilhões.<br />
A combinação de nossas alavancas de crescimento explica o sucesso que<br />
obtivemos no ano. O reforço de nossas marcas, a rigidez na execução dos<br />
planos de marketing, vendas e distribuição, o investimento em inovação,<br />
a eficiência em custos, a disciplina financeira e a motivação de nossa<br />
Gente foram fundamentais em todas as operações.<br />
No Brasil, nossa maior unidade, fizemos da Copa do Mundo de Futebol<br />
um segundo verão e ampliamos os volumes. Aproveitamos essa<br />
oportunidade para capitalizar novas ocasiões de consumo durante<br />
os jogos, reforçar nossas marcas e intensificar o relacionamento com<br />
os pontos-de-venda e os consumidores e promover o consumo responsável<br />
de nossos produtos. Traçamos nosso plano um ano antes do início dos jogos,<br />
com a integração de estratégias de marketing, vendas e industrial,<br />
e um profundo trabalho de inteligência de mercado. Com uma ação<br />
focada, investimos no lançamento de edições limitadas de produtos<br />
inovadores – como Brahma Bier e Guaraná Seleção – e em criativas<br />
campanhas e promoções, aproveitando para enfatizar também nossa<br />
condição de patrocinador oficial da Seleção Brasileira.<br />
Concentramos inovações em produtos do segmento premium. Exemplos<br />
são o Chopp Brahma Black, além das tecnologias agregadas à Skol<br />
Geladona e ao rótulo termossensível, como forma de abrir novos espaços<br />
e adicionar valor para nossas marcas. No segmento mainstream o<br />
destaque foi a Skol Lemon, como parte da estratégia de ampliar o<br />
consumo per capita. No segmento de Refrigerantes, lançamos o produto<br />
de maior sucesso dos últimos 15 anos no País: a H2OH!, que une os<br />
conceitos de sabor, refrescância e saúde.<br />
No Canadá, o rígido controle de custos e a aplicação das melhores práticas<br />
de produção fabril permitiram um expressivo crescimento de geração<br />
de caixa e rentabilidade. Entre as marcas, destaque para o sucesso do<br />
lançamento da Brahma, que complementa nosso portfólio de produtos<br />
na região. O desafio da operação permanece: a combinação de uma indústria<br />
madura e intensa competição de preços requer muita disciplina no controle<br />
de custos, de forma a permitir maiores investimentos em nossas marcas<br />
e obter um crescimento sustentável no longo prazo.<br />
O bom momento econômico dos países da região da Quinsa impulsionou<br />
o consumo e soubemos aproveitar essa oportunidade com ganhos de<br />
eficiência. Durante o ano, concluímos a aquisição do controle da empresa,<br />
prevista no acordo celebrado em 2002, ampliando de 56,72% para<br />
91,18% nossa participação no capital social da cervejaria. O valor<br />
do pagamento, de R$ 2,6 bilhões, foi coberto em parte com nossa<br />
geração de caixa recorde e parte com a emissão local de debêntures<br />
não-conversíveis, no valor de R$ 2,1 bilhões.<br />
Nossas operações no norte da América Latina, que chamamos de HILA-ex,<br />
registraram incremento de volumes, mas os resultados ainda foram<br />
insatisfatórios. Fizemos grandes investimentos nos últimos três anos,<br />
ainda em fase de maturação, e estamos construindo uma base sólida<br />
para atingir melhor rentabilidade.<br />
Os resultados do ano confirmam que o planejamento cuidadoso e a disciplina<br />
na execução definitivamente fazem a diferença no nosso negócio. Por isso,<br />
reforçamos nosso compromisso de dedicar esforços e criatividade para<br />
garantir que nossa capacidade de crescer e criar valor para os acionistas<br />
e demais stakeholders seja contínua e sustentável.<br />
Carlos Brito<br />
Co-presidente do Conselho de Administração<br />
Victorio Carlos De Marchi<br />
Co-presidente do Conselho de Administração<br />
18,1%<br />
Crescimento do EBITDA<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 9
Guatemala<br />
EL Salvador<br />
Nicaragua<br />
Mapa das<br />
operações<br />
10 Mapa das operações<br />
Equador<br />
Peru<br />
Republica Dominicana<br />
Bolívia<br />
Paraguai<br />
Chile<br />
Canada<br />
Venezuela<br />
Uruguai<br />
Argentina<br />
Brasil<br />
América do Norte – representa as<br />
operações da canadense Labatt Brewing<br />
Company Limited (“Labatt”)<br />
Receita líquida: R$ 3.888 milhões<br />
EBITDA: R$ 1.500 milhões<br />
Margem EBITDA: 38,6%<br />
Mercado de cerveja no Canadá:<br />
22,2 milhões HL<br />
Total vendido no mercado doméstico:<br />
9,1 milhões H L<br />
Exportações para os EUA: 1,8 milhão HL<br />
Brasil – compreende (i) Cerveja Brasil; (ii)<br />
Refrigerantes e Nanc (Não-Alcóolicos e Não-<br />
Carbonatados) e (iii) vendas de Malte e<br />
Subprodutos<br />
Receita líquida: R$ 10.963 milhões<br />
EBITDA: R$ 5.154 milhões<br />
Margem EBITDA: 47,0%<br />
Mercado de cerveja: 103,6 milhões HL<br />
Total vendido de cerveja: 65,7 milhões HL<br />
Total vendido de refrigerantes: 22,1 milhões HL<br />
América Latina Hispânica (HILA)<br />
– compreende (i) a participação da AmBev em<br />
Quilmes Industrial, Quinsa, S.A. (“Quinsa”) e (ii)<br />
as operações na HILA-ex (cervejarias controladas<br />
pela AmBev no norte da América Latina)<br />
Receita líquida: R$ 2.762 milhões<br />
EBITDA: R$ 791 milhões<br />
Margem EBITDA: 28,6%<br />
Mercado de cerveja: 68,3 milhões HL<br />
Total vendido de cerveja: 21,4 milhões HL<br />
Total vendido de refrigerantes: 14,3 milhões HL<br />
Argentina<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 15,9<br />
Consumo per capita (litros) 41,8<br />
Capacidade instalada cerveja (mm HL) 14,1<br />
Capacidade instalada refrig. (mm HL) 18,3<br />
Bolivia<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 2,7<br />
Consumo per capita (litros) 29,0<br />
Capacidade instalada cerveja (mm HL) 3,6<br />
Brasil<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 103,6<br />
Consumo per capita (litros) 56,4<br />
Capacidade instalada cerveja (mm HL) 100,6<br />
Capacidade instalada refrig. (mm HL) 39,8<br />
Canadá<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 22,5<br />
Consumo per capita (litros) 69,3<br />
Capacidade instalada cerveja (mm HL) 13,1<br />
Chile<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 5,4<br />
Consumo per capita (litros) 32,9<br />
Capacidade instalada cerveja (mm HL) 1,1<br />
Equador<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 4,1<br />
Consumo per capita (litros) 30,8<br />
Capacidade instalada cerveja (mm HL) 1,0<br />
El Salvador<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 0,9<br />
Consumo per capita (litros) 12,9<br />
Capacidade instalada (mm HL) -<br />
Guatemala<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 2,0<br />
Consumo per capita (litros) 15,3<br />
Capacidade instalada cerveja (mm HL) 1,4<br />
Nicarágua<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 0,6<br />
Consumo per capita (litros) 10,6<br />
Capacidade instalada (mm HL) -<br />
Paraguai<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 2,1<br />
Consumo per capita (litros) 33,4<br />
Capacidade instalada cerveja (mm HL) 2,4<br />
Peru<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 6,9<br />
Consumo per capita (litros) 24,4<br />
Capacidade instalada cerveja (mm HL) 1,0<br />
Capacidade instalada refrig. (mm HL) 3,5<br />
República Dominicana<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 3,1<br />
Consumo per capita (litros) 34,3<br />
Capacidade instalada cerveja (mm HL) 1,0<br />
Capacidade instalada refrig. (mm HL) 3,2<br />
Uruguai<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 0,7<br />
Consumo per capita (litros) 21,3<br />
Capacidade instalada cerveja (mm HL) 1,3<br />
Capacidade instalada refrig. (mm HL) 0,7<br />
Venezuela<br />
Mercado de cerveja (mm HL) 23,9<br />
Consumo per capita (litros) 89,1<br />
Capacidade instalada cerveja (mm HL) 3,2<br />
Fonte: AmBev (capacidades) e Euromonitor<br />
(estimativas de mercado e consumo per capita).<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 11
12 Marcas<br />
Marcas<br />
Um portfólio grande e diversificado, com permanente inovação, permite<br />
oferecermos produtos para diferentes perfis de consumidores e ocasiões<br />
de consumo. São cervejas, refrigerantes, isotônicos, chás prontos para<br />
beber e água mineral, para satisfazer todas as preferências. Investimos<br />
também no desenvolvimento contínuo das nossas marcas, com campanhas<br />
criativas e instigantes, para mantê-las sempre presentes na lembrança dos<br />
consumidores. Buscamos consistência de crescimento, com posicionamentos<br />
que estreitem os vínculos com os consumidores e fortaleçam o valor<br />
de nossas marcas.<br />
Três de nossas cervejas são líderes no mercado brasileiro e estão entre<br />
as mais vendidas do mundo: Skol, na terceira posição; Brahma,<br />
na quinta; e Antarctica, na 20ª. A Quilmes é a mais consumida<br />
na Argentina e a Labatt Blue é a cerveja canadense com maior destaque<br />
internacional. Além disso, temos o refrigerante Guaraná Antarctica,<br />
bebida refrescante e leve produzida a partir do fruto da Amazônia.<br />
Ele conquistou, com seu sabor único, posição entre os mais consumidos<br />
do mundo. Nossas principais marcas, por categoria de produto, são:<br />
Cervejas<br />
SKOL – Líder do mercado brasileiro, leve e identificada com um público jovem, tem a inovação como um de seus<br />
principais atributos. Foi a primeira cerveja em lata do País, introduziu o conceito long neck e trouxe muitas novidades<br />
em <strong>2006</strong>, como a Skol Geladona (embalagem que conserva o líquido gelado por mais tempo) e a Skol Lemon,<br />
inaugurando a categoria de cerveja com compostos de frutas.<br />
BRAHMA – Marca que é sinônimo de reunião de amigos, identificada com futebol e Carnaval, é produzida desde<br />
1888. Além do Brasil, está presente também no Paraguai, como a principal marca, e em mais de 30 países das<br />
Américas e da Europa. Em <strong>2006</strong> recebeu uma versão especial para a Copa do Mundo de Futebol, a Brahma Bier, do<br />
tipo helles, com base em receita alemã, e inovou com o Chopp Brahma Black, de cremosidade extra e visual de<br />
cascata quando colocado no copo.<br />
ANTARCTICA – Clássica cerveja pilsen, fabricada desde 1885, combina tradição e qualidade, destacando-se por aroma,<br />
sabor e amargor suaves. Consolidou sua posição no mercado brasileiro com a campanha e o clube da BOA –<br />
Bebebores Oficiais de Antarctica, que conta com uma grande legião de associados.<br />
BOHEMIA – Primeira cerveja do Brasil, produzida desde 1853, é líder no segmento premium. Além do tipo pilsen,<br />
tem outras versões: de trigo (Bohemia Weiss) e dos tipos schwarzbier (Bohemia Escura) e abadia (Bohemia Confraria).<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 13
14 Marcas<br />
ORIGINAL – Bebida de sabor marcante, comercializada no segmento<br />
premium. Criada em 1906, conserva até hoje sua fórmula e o rótulo<br />
em papel monolúcido originais. É produzida em pequenos lotes,<br />
destinados a quem sabe apreciar e valorizar uma cerveja tradicional<br />
e de qualidade superior.<br />
SERRAMALTE E POLAR – Marcas com distribuição concentrada no Sul<br />
do Brasil. São cervejas de aroma, sabor e amargor suaves, que conquistaram<br />
consumidores fiéis nos mercados regionais.<br />
LIBER E KRONENBIER – Não-alcóolicas, ampliam as ocasiões de consumo.<br />
A Liber é produzida com tecnologia inédita na América Latina, que inclui<br />
o uso de equipamentos especiais para a retirada total do álcool da bebida.<br />
CARACU – Cerveja preta, do tipo stout, originária da Irlanda. É produzida<br />
desde 1899 e se caracteriza por seu sabor encorpado e sua energia.<br />
Como não é filtrada, é mais nutritiva, contém levedura e proteínas.<br />
QUILMES – Cerveja mais vendida na Argentina, é produzida em mais<br />
de 15 versões, com destaque para a Quilmes Cristal. Lançada em 1888,<br />
a marca é uma homenagem ao antigo nome indígena da localidade<br />
onde a fábrica foi instalada.<br />
PILSEN E PATRÍCIA – Referências de cerveja no mercado uruguaio, são<br />
encorpadas, fortes e de sabor levemente amargo.<br />
BRAHVA – Comercializada nos países da América Central, mantém as mesmas<br />
características de sabor, brilho, transparência e pureza da Brahma. O nome<br />
da marca foi definido em pesquisas com consumidores da região.<br />
LABATT BLUE – Cerveja canadense mais vendida no mundo. Lançada<br />
em 1951 com Labatt Pilsener, foi batizada como Blue pelos fãs do time<br />
de futebol Winnipeg Blue Bombers.<br />
KOKANEE – Marca com forte presença na Columbia Britânica (Canadá),<br />
é produzida na região das montanhas Kootenays. Com uma mistura de lúpulo<br />
do Noroeste do Pacífico, tem um sabor suave, limpo e com ligeiro gosto de lúpulo.<br />
ALEXANDER KEITH’S – A mais popular cerveja da Nova Escócia (Canadá),<br />
faz uma mistura equilibrada de lúpulo norte-americano e lúpulo amargo,<br />
para produzir um singular sabor de malte e de lúpulo ligeiramente floral<br />
e adocicado.<br />
STELLA ARTOIS – Marca internacional da InBev, cerveja superpremium,<br />
lançada na Bélgica em 1366, e fabricada também no Brasil e na Argentina.<br />
Refrigerantes<br />
GUARANÁ ANTARCTICA – Segundo refrigerante mais vendido no Brasil, tem<br />
um sabor único do fruto do guaraná cultivado na Amazônia.<br />
PEPSI-COLA – Somos o segundo maior engarrafador da PepsiCo no mundo,<br />
com produção e distribuição em vários países da América do Sul e Central,<br />
em uma linha que inclui a tradicional Pepsi-Cola, a Pepsi-Twist, de sabor<br />
cola com limão, a Pepsi X, primeiro refrigerante energético do mundo,<br />
e a Pepsi Max, com máximo sabor e sem açúcar.<br />
H2OH! – Lançada em <strong>2006</strong> no Brasil, a bebida, que já era sucesso<br />
na Argentina, tem sabor suave de limão, é levemente gaseificada<br />
e não contém açúcar. Foi desenvolvida em parceria com a PepsiCo.<br />
Ainda produzimos a Sukita, de sabor laranja, a Soda Limonada<br />
e a Tônica Antarctica.<br />
Isotônicos<br />
GATORADE – Bebida isotônica esportiva mais vendida do mundo, também<br />
é resultado da aliança com a PepsiCo.<br />
Chás<br />
LIPTON ICED TEA – Líder mundial do segmento de chás prontos<br />
para beber, é produzido sob franquia no Brasil.<br />
Água<br />
FRATELLI VITA – A leveza é uma de suas principais características, devido<br />
ao baixo teor de sais dissolvidos.<br />
Buscamos consistência<br />
de crescimento,<br />
com posicionamentos<br />
que estreitem<br />
os vínculos<br />
com os consumidores<br />
e fortaleçam o valor<br />
de nossas marcas.<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 15
16 Inovação<br />
Inovação<br />
Inovação é uma das diretrizes do nosso negócio. Permite trazer novidades<br />
aos consumidores, endereçar necessidades ainda não atendidas, ampliar<br />
ocasiões de consumo e adicionar valor ao portfólio de produtos.<br />
Nesse processo, em <strong>2006</strong>, aplicamos novas tecnologias, além de<br />
aproveitarmos o acesso ao know-how de nossa parceira PepsiCo. Com<br />
isso, introduzimos produtos inéditos no mercado brasileiro, atingindo<br />
alguns de nossos principais objetivos: agregar valor às nossas marcas,<br />
endereçar o segmento premium e desenvolver novos segmentos de<br />
consumo (aumento de per capita).<br />
Pautamos nossos negócios pela<br />
inovação, o que nos leva a oferecer<br />
sempre novidades que satisfaçam<br />
os consumidores, ampliem as ocasiões<br />
de consumo, desenvolvam outros<br />
segmentos de mercado, enderecem<br />
necessidades não atendidas e,<br />
ao mesmo tempo, agreguem valor<br />
às nossas marcas.
Edições limitadas de<br />
novos produtos<br />
marcaram nossa ação<br />
na Copa do Mundo<br />
de Futebol, com<br />
produtos inovadores<br />
e embalagens que<br />
marcaram nossa<br />
identidade como<br />
patrocinador oficial<br />
da Seleção Brasileira<br />
18 Inovação<br />
SKOL LEMON – Inaugurou uma categoria inédita de cerveja no Brasil,<br />
com compostos de frutas. Une refrescância e leveza, atributos valorizados<br />
pelos consumidores principalmente em ocasiões de consumo diurnas.<br />
Segue uma forte tendência mundial, como a primeira iniciativa permanente<br />
na diversificação do segmento mainstream em décadas.<br />
SKOL GELADONA – Lata que conserva a cerveja gelada por muito mais tempo,<br />
graças a uma tecnologia de isolante térmico inédita no Brasil que impede<br />
a passagem do calor externo para o líquido. Utiliza a tecnologia Cool2GoTM*, desenvolvida e patenteada pela DuPont.<br />
CHOPP BRAHMA BLACK – Tipo lager escura, com características inéditas:<br />
cremosidade extra e visual de cascata quando colocado no copo. O efeito<br />
é resultado do processo de fabricação especial, em que gás carbônico<br />
e nitrogênio são adicionados ao líquido. Fruto de dois anos de pesquisas,<br />
sua introdução no mercado superpremium foi acompanhada de adaptações<br />
técnicas das chopeiras dos pontos-de-venda e da produção de copos<br />
exclusivos, em que a geometria diferenciada salienta o visual cascata<br />
e mantém o líquido na temperatura ideal.<br />
BRAHMA BIER – Cerveja do tipo helles, desenvolvida com base em receitas<br />
alemãs, foi lançada em edição limitada para o período da Copa do Mundo.<br />
Ligeiramente mais encorpada e com uma coloração mais dourada,<br />
foi desenvolvida para manter as características das cervejas daquele<br />
país e se enquadrar ao paladar brasileiro. Foram utilizados lúpulos nobres<br />
cultivados na Alemanha e República Tcheca, além de um fermento trazido<br />
especialmente da Alemanha.<br />
BOHEMIA CONFRARIA – Edição limitada da primeira cerveja tipo abadia<br />
do Brasil, inspirada nas receitas e nos registros históricos dos mosteiros belgas.<br />
As garrafas são produzidas de forma quase artesanal, proporcionando<br />
um efeito visual de cerâmica, o que faz com que cada unidade seja<br />
exclusiva. A primeira edição foi produzida em 2005 e, atendendo a pedidos<br />
dos consumidores, foi repetida em <strong>2006</strong>.<br />
H2OH! – Bebida sabor limão, sem açúcar e levemente gaseificada, lançada<br />
em parceria com a Pepsi. Aproveita a tendência mundial de saudabilidade,<br />
com consumo indicado para qualquer hora do dia e em qualquer lugar.<br />
É também opção para quem segue programas de controle alimentar<br />
ou busca uma hidratação diária correta e gostosa.<br />
PEPSI MAX – Lançada na Argentina, no Uruguai e no Estado do Rio Grande<br />
do Sul, é uma versão da tradicional cola com o máximo de sabor e zero<br />
caloria. É dirigida a consumidores jovens, que buscam um produto<br />
sem açúcar, mas que não seja classificado como light.<br />
RÓTULO TERMOSSENSÍVEL – Novidade da Skol para o verão, o rótulo<br />
vem com uma seta transparente que vai se tornando azul a partir dos 4°C<br />
e mostra quando a cerveja está na temperatura ideal para o consumo.<br />
EMBALAGENS – Além de novos produtos também foram desenvolvidas<br />
embalagens inovadoras. Um exemplo em <strong>2006</strong><br />
foi Skol Redondaço, pack com 28 latas e alça para manuseio,<br />
colocado no mercado especialmente para a Copa do Mundo<br />
e na medida certa para os torcedores assistirem aos jogos com<br />
os amigos. A Skol Big Neck, garrafa com boca mais larga e<br />
tampa com rosca, lançada inicialmente em São Paulo, foi<br />
estendida para outras regiões do Brasil. Em refrigerantes,<br />
introduzimos as garrafas PET de 1,5 litro e estendemos<br />
para várias regiões a embalagem de 2,5 litros.<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 19
1 Fonte: Euromonitor<br />
20 Cerveja Brasil<br />
Cerveja<br />
Brasil<br />
Com consumo estimado de 103,6 milhões de hectolitros de cerveja em <strong>2006</strong>,<br />
o Brasil é o terceiro maior mercado mundial de cervejas em termos de volume1 .<br />
No ano, nossa operação de cerveja no Brasil contribuiu com 51,3% da<br />
receita líquida consolidada e 60,2% do EBITDA consolidado, que totalizou<br />
R$ 4.478,6 milhões, evolução de 20,0% comparativamente a 2005.<br />
Somos líderes de mercado, com participação de 69,3% em dezembro de<br />
<strong>2006</strong> e média anual de 68,8%, segundo pesquisa da ACNielsen. Em um<br />
ambiente cada vez mais competitivo, mostramos agilidade para garantir<br />
participação, apoiados em um consistente trabalho de inteligência de<br />
mercado. Tivemos mais um ano de sólidos resultados, com crescimento<br />
de 5,1% em volume de vendas, que, alcançou 65,7 milhões de hectolitros.<br />
Esse aumento reflete o bom desempenho de nossas marcas mainstream<br />
e premium, impulsionado por forte investimento em inovação, planejamento<br />
integrado entre as áreas de marketing e comercial e conhecimento de<br />
características regionais de mercado.<br />
51,3%<br />
Participação da unidade Cerveja Brasil<br />
na receita líquida total<br />
No Brasil – nossa principal operação –<br />
mantemos a liderança, com participação<br />
média de 68,8% em <strong>2006</strong>. Esse<br />
desempenho se deve, entre outros<br />
valores, à nossa agilidade em atuar<br />
em ambientes competitivos e a um<br />
consistente e contínuo trabalho de<br />
inteligência de mercado, que se<br />
refletiram em sólidos resultados no ano.
Evolução da rede Quiosque Brahma<br />
(nº de unidades)<br />
80<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
6<br />
22 Cerveja Brasil<br />
26<br />
60<br />
2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />
O trabalho em torno das nossas marcas teve dois principais momentos<br />
durante o ano: no primeiro semestre, a Copa do Mundo, e, no segundo,<br />
a ênfase em marcas premium.<br />
Fizemos da Copa do Mundo da Alemanha nosso segundo verão, com<br />
o envolvimento de todo o time AmBev no planejamento de ações já<br />
um ano antes do início da competição. Combinamos inovação, comunicação,<br />
trade marketing e promoções. Os lançamentos incluíram a Brahma Bier,<br />
uma edição limitada de cerveja do tipo helles, desenvolvida com base<br />
em receitas alemãs, e a Skol Redondaço, um pack com 28 latas para os<br />
torcedores reunirem amigos durante a torcida dos jogos. A comunicação<br />
com mensagens relevantes e envolventes, potencializadas por um meticuloso<br />
plano de mídia, assegurou à Brahma a posição de marca mais relacionada<br />
à Copa, de acordo com pesquisa Datafolha. Além disso, ao lado da Skol<br />
e do refrigerante Guaraná Antarctica, a Brahma foi também Top 3 em<br />
campanha preferida. Como promoção, lançamos copos colecionáveis de<br />
Brahma Chopp. Ronaldo, um dos principais jogadores de futebol do Brasil,<br />
liderou nossa campanha de consumo responsável que antecedeu à Copa.<br />
Também fortalecemos nossa relação com os clientes, para destacar ainda<br />
mais as ocasiões relacionadas aos jogos. Isso incluiu desde decoração<br />
e suporte para a compra de TVs para transmissão dos jogos até<br />
telemarketing ativo, como prevenção à quebra de estoques.<br />
Investimos para desenvolver o segmento premium, que atualmente<br />
representa aproximadamente 6% do nosso volume de cervejas no Brasil,<br />
e apresentou crescimento de dois dígitos anuais nos últimos dois anos.<br />
Nossas marcas são as mais vendidas na categoria, com destaque para<br />
Bohemia e Original. Além de novos produtos, como a segunda edição<br />
da Bohemia Confraria (tipo abadia, inspirada em receita de mosteiros<br />
belgas), lançada em dez estados, e do chope escuro Brahma Black (mais<br />
cremoso e com efeito especial ao ser servido no copo), expandimos<br />
a distribuição de Stella Artois para novas regiões do País.<br />
Outras ações incluem o Boteco Bohemia, em que consumidores elegem<br />
o melhor petisco servido em bares de São Paulo para o acompanhamento<br />
da cerveja, e o Circuito Original, uma série de pocket shows promovidos<br />
pela marca em bares de São Paulo e do Rio de Janeiro. Mantivemos<br />
também outras estratégias consagradas para ampliar o consumo per capita<br />
em novas ocasiões de consumo. Exemplos são a rede Quiosque Chopp<br />
Brahma – uma franquia para instalação em locais como corredores de<br />
shoppings, aeroportos e rodoviárias, que chegou a 80 unidades no final<br />
do ano, – e o Chopp Brahma Express, serviço de entrega em domicílio<br />
da bebida e do equipamento, que já conta com sete lojas no Brasil.<br />
Mais uma frente envolve estratégias de exposição de marca em promoções<br />
de grande dimensão, como o Skol Beats, maior evento de música eletrônica<br />
da América Latina, e o Camarote da Brahma, que reúne celebridades nacionais<br />
e internacionais no Carnaval do Rio de Janeiro. Fizemos da Copa<br />
do Mundo o nosso<br />
segundo verão. Ações<br />
planejadas desde<br />
um ano antes do início<br />
da competição<br />
na Alemanha<br />
envolveram inovações<br />
em produtos,<br />
campanhas<br />
e promoções,<br />
assegurando maiores<br />
vendas e a preferência<br />
do consumidor<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 23
24 Refrigenanc Brasil<br />
Refrigerantes<br />
e Nanc Brasil<br />
A combinação de melhoria no trabalho de campo para a execução<br />
no ponto-de-venda, da inovação e do reforço de comunicação de nossas<br />
marcas proporcionou mais um ano de crescimento para as operações<br />
de Refrigerantes e Nanc (não-alcóolicos e não-carbonatados) no Brasil.<br />
Os volumes foram ampliados em 9,0%, atingindo 17,0% de participação<br />
média no mercado brasileiro de refrigerantes em <strong>2006</strong>, de acordo<br />
com estimativa da AC Nielsen. E nos firmamos como a operação<br />
de refrigerante mais eficiente do mundo, com margem EBITDA de 33,6%<br />
(31,4% em 2005).<br />
9%<br />
Crescimento de volume<br />
de Refrigerantes e Nanc<br />
As operações de refrigerantes<br />
voltaram a apresentar crescimento<br />
e atingiram 17,0% de participação<br />
média no mercado nacional em <strong>2006</strong>,<br />
segundo a AC Nielsen. Um dos<br />
destaques do ano foi o lançamento<br />
da H2OH!, uma alternativa saudável<br />
e refrescante que conquistou<br />
os consumidores.
33,6%<br />
Margem EBITDA<br />
do segmento<br />
26 Refrigenanc Brasil<br />
Um destaque do ano foi o lançamento da H2OH!, uma bebida levemente<br />
gaseificada, com zero açúcar, fonte de vitaminas B e suco natural de limão,<br />
que em apenas quatro meses conquistou importante participação<br />
nos mercados onde está presente. Consideramos esse o maior sucesso<br />
dos últimos 15 anos no Brasil, resultado de um correto posicionamento<br />
de mercado, direcionado a consumidores que procuram alternativas de<br />
bebidas saudáveis e refrescantes. O produto foi desenvolvido em parceria<br />
com a Pepsi e lançado no Brasil em setembro de <strong>2006</strong>.<br />
Outro lançamento de <strong>2006</strong> foi o Guaraná Antarctica Seleção, com edição<br />
limitada para a Copa do Mundo. A marca, patrocinadora oficial da Seleção<br />
Brasileira de Futebol, combinou o sabor do fruto da Amazônia com<br />
um toque de frutas, diferenciando-se ainda pela coloração rosada.<br />
As embalagens também entraram no clima da Copa, com design especial<br />
e uso de cores fortes e vibrantes. As latas e os rótulos trouxeram traços<br />
nas cores do Brasil e a garrafa PET de 2 litros foi produzida na cor<br />
verde perolizada.<br />
A Copa do Mundo ainda motivou duas promoções, chamadas Vista a Camisa<br />
e Amor a Camisa. Na primeira, o consumidor trocava tampinhas,<br />
mais uma quantia em dinheiro, por camisetas exclusivas do Guaraná<br />
Antarctica alusivas à Copa ou por adesivos especiais para customizar<br />
as camisetas. Na segunda, as camisetas eram inspiradas nos<br />
uniformes da Seleção de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002.<br />
Toda a ação teve o reforço de campanhas publicitárias,<br />
que colocaram o Guaraná Antarctica entre as três marcas<br />
mais lembradas pelo consumidor, de acordo com pesquisa<br />
Datafolha (as outras duas também eram marcas da AmBev:<br />
as cervejas Brahma e Skol).<br />
Mais um destaque do ano foi Gatorade, com sabores inéditos e nova<br />
embalagem plástica – que facilita o consumo em um maior número<br />
de locais. Um exemplo é o Gatorade Cool Blue, de sabor framboesa,<br />
cor azul e visual grafitado na garrafa. Os volumes do isotônico cresceram<br />
22,6% no ano, reflexo ainda da nova comunicação da marca,<br />
com a identificação de oportunidades de consumo para qualquer pessoa<br />
que faz atividade física, independentemente da intensidade. A bebida<br />
também entrou no clima da Copa do Mundo, com o lançamento<br />
de uma garrafa especial colorida e rótulo com a imagem dos jogadores<br />
Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos.<br />
Com Pepsi, segundo sabor cola do País, garantimos o bom desempenho<br />
da marca, com volumes 11,4% maiores, e apostamos no slogan Arrisque<br />
Mais, Viva Mais, que resume o posicionamento de produtos inovadores<br />
e direcionados para os consumidores mais jovens.<br />
Aproveitamos cada vez mais a sinergia com a operação de cerveja na<br />
distribuição e execução e buscamos oportunidades para crescimento<br />
de volumes e fortalecimento de nossas marcas .<br />
22,6%<br />
Aumento do volume<br />
de Gatorade<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 27
28 América Latina Hispânica (HILA)<br />
América Latina<br />
Hispânica (HILA)<br />
Atuamos em 12 países das Américas do Sul e Central e do Caribe, por<br />
meio de duas operações: Quinsa, que abrange cinco países do Cone Sul –<br />
Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile –, e HILA-ex, com Venezuela,<br />
Peru, Equador, Guatemala, República Dominicana, Nicarágua e El Salvador.<br />
Em <strong>2006</strong>, a receita da HILA atingiu R$ 2.762 milhões, 32,8% acima do ano<br />
anterior, combinando forte crescimento em Quinsa e recuo na HILA-ex,<br />
influenciado por um ambiente extremamente competitivo. Na Quinsa<br />
registramos incremento de volumes (9,8% em cerveja e 25,5%<br />
em refrigerantes) e de 23,6% do EBITDA em dólares, que desconsidera<br />
o aumento de participação da AmBev na Quinsa, com receita por hectolitro,<br />
em dólares, 6,2% superior à de 2005. Na HILA-ex, apesar do aumento<br />
de 3,2% do volume, a receita decresceu 2,9%.<br />
6,2%<br />
Aumento da receita por<br />
hectolitro na Quinsa<br />
As operações Quinsa e HILA-ex<br />
atingiram receita líquida de R$ 2.762<br />
bilhões no ano, 32,8% mais<br />
do que no período anterior.<br />
Na Quinsa, por meio da qual atuamos<br />
em cinco países do Cone Sul,<br />
ampliamos o volume de produção<br />
em 9,8% em cerveja e 25,5%<br />
em refrigerante.
No norte da América<br />
Latina (HILA-ex)<br />
registramos aumento<br />
de volume de 3,2%<br />
em comparação<br />
ao período anterior.<br />
Um dos destaques<br />
foi a venda de cervejas<br />
no Peru, reforçada<br />
pelo lançamento<br />
de produtos como<br />
a Brahma Beats.<br />
30 América Latina Hispânica (HILA)<br />
Quinsa<br />
Tivemos um crescimento importante na região de Quinsa, com maiores<br />
volumes, receitas e geração de caixa. O desempenho reflete o bom<br />
momento econômico vivenciado por esses países e a troca de melhores<br />
práticas de AmBev, que levou a execução para um nível mais alto<br />
de eficiência. O trabalho de marketing e de inovação, tanto em cerveja<br />
quanto em refrigerante, também ajudou a fazer que a Quinsa ampliasse<br />
volumes e garantisse uma participação de 11,5% no EBITDA consolidado.<br />
Refrigerantes representaram a maior história de sucesso em <strong>2006</strong>,<br />
com volumes crescentes no Uruguai e na Argentina, países onde somos<br />
franqueados da PepsiCo. O desempenho foi impulsionado por lançamentos<br />
de produtos como Pepsi Max – refrigerante com sabor intenso e zero<br />
caloria – e 7UP Free, intenso trabalho de posicionamento de marcas,<br />
novas embalagens e eficiência na distribuição. Reflete ainda a aceitação<br />
de H2OH!, água carbonatada com sabor limão lançada no ano anterior,<br />
e de Gatorade, isotônico que tem na Argentina um dos principais<br />
mercados mundiais.<br />
A BOLÍVIA foi outro destaque do ano. Temos uma marca sólida e líder<br />
no país, que é a Paceña, premium, além da Huari e de fortes marcas<br />
regionais, que refletem uma característica local: hábitos e preferências<br />
diferem de acordo com a altitude em que estão localizadas as cidades<br />
(400 metros, 2,2 mil metros e 3 a 4 mil metros). Cada região tem uma marca<br />
na preferência dos consumidores, sendo a Paceña uma referência nacional.<br />
Esse trabalho de marcas foi o principal responsável pelo impulso de vendas<br />
registrado durante o ano.<br />
Na ARGENTINA, enquanto a Quilmes Cristal manteve a posição de líder<br />
absoluta do mercado, a Stella Artois, com lançamento consolidado<br />
durante o ano, conquistou importante participação no segmento<br />
superpremium. E avançamos também com o lançamento da Quilmes Stout.<br />
No CHILE, o lançamento da Brahma ajudou a melhorar a nossa posição<br />
de segundo colocado no mercado local. A marca foi introduzida<br />
sem afetar o desempenho de outras cervejas que comercializamos no país,<br />
como Baltica e Becker.<br />
A Brahma também apresenta um desempenho excepcional no PARAGUAI,<br />
onde detém a maior participação de mercado da marca no mundo.<br />
No URUGUAI, o crescimento foi assegurado pelas marcas Pilsen e Patrícia.<br />
Os principais investimentos durante o ano foram concentrados na Argentina,<br />
com a duplicação da capacidade da maltaria e ampliação de fábricas,<br />
para compensar a venda da unidade de Luján, como parte do compromisso<br />
assumido com o órgão regulador quando adquirimos nossa participação<br />
no capital social da Quinsa.<br />
HILA-ex<br />
Com o apoio do lançamento de produtos, as operações no norte da América<br />
Latina (HILA-ex) registraram crescimento de volume de 3,2% em relação<br />
a 2005, com destaque para vendas de cerveja no Peru e de refrigerantes<br />
na República Dominicana. Mas ainda representam um desafio para<br />
a ampliação de margens e resultados.<br />
No Peru, onde começamos a operar em 2005, o desempenho teve<br />
a contribuição de produtos inéditos no mercado local, como a Brahma<br />
Beats. Com 5,2% de álcool, a cerveja diferencia-se pelo sabor marcante<br />
e pela embalagem, com desenho exclusivo e vidro transparente. A mesma<br />
garrafa, inspirada na Skol Beats brasileira, também envasa a Brahva Beats,<br />
versão de nossa principal marca na Guatemala, lançada naquele país<br />
durante o ano.<br />
Nossas operações na região são bastante recentes. Com exceção<br />
da Venezuela, onde estamos presentes desde 1994, passamos a atuar<br />
nesses países apenas a partir de 2003. Naquele ano, adquirimos fábricas<br />
de refrigerantes e demos início à construção de uma cervejaria no Peru,<br />
anunciamos parceria com a CabCorp – principal engarrafadora Pepsi<br />
da América Central – , para construir uma cervejaria na Guatemala,<br />
e compramos a Cerveceria SurAmericana, no Equador. No ano seguinte<br />
nos associamos à Embotelladora Dominicana, para atuar na República<br />
Dominicana e Nicarágua.<br />
Reforçamos em <strong>2006</strong> a introdução de melhores práticas que constituem<br />
nossas alavancas de crescimento, como gerenciamento de receitas e custos,<br />
distribuição e execução de nos pontos-de-venda e disciplina financeira.<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 31
32 América do Norte<br />
América<br />
do Norte<br />
Ganhos de eficiência nas fábricas e na execução nos pontos-de-venda,<br />
associados à disciplina de custos, permitiram que a operação da Labatt,<br />
no Canadá, superasse todas as metas do ano, em custos, volumes<br />
e geração de caixa. As vendas cresceram 0,7%, percentual considerável<br />
em um mercado maduro e competitivo, e o EBITDA encerrou o ano<br />
em R$ 1.499,6 milhões, 4,6% acima de 2005 (em dólares canadenses,<br />
o EBITDA cresceu 7,4%), com margem 38,6%.<br />
Esse desempenho só tem sido possível pela adoção de melhores práticas,<br />
com metas agressivas em todas as áreas, disciplina financeira, conscientização<br />
de custos e gerenciamento de rotinas.<br />
0,7%<br />
Crescimento das vendas<br />
A operação de Labatt, no Canadá,<br />
superou todas as metas do ano,<br />
em custos, volumes e geração de caixa.<br />
Esse desempenho se deve a ganhos<br />
de eficiência, com a adoção<br />
de melhores práticas, disciplina<br />
financeira, gerenciamento adequado<br />
de rotinas e manutenção de lideranças<br />
que direcionam o foco em resultados.
O custo por hectolitro<br />
de cerveja, em<br />
dólares canadenses,<br />
foi reduzido em<br />
5,9%, graças a<br />
ganhos de eficiência<br />
fabril e nas compras<br />
de matérias-primas<br />
34 América do Norte<br />
No final do ano, introduzimos um programa comercial que sistematiza<br />
o processo de vendas. Também nossas cinco fábricas foram certificadas<br />
pelo sistema de excelência fabril, que foi fundamental nos resultados de<br />
<strong>2006</strong>. Graças à escala da AmBev, ainda ganhamos eficiência em compras<br />
de matérias-primas e insumos e reduzimos despesas gerais e administrativas<br />
por contar com o apoio do Centro de Serviços Compartilhados.<br />
A introdução da Brahma foi bastante positiva, com vendas superiores<br />
às inicialmente planejadas. A marca complementa nosso portfólio<br />
de produtos, com uma cerveja em embalagem transparente.<br />
O segundo caso de sucesso foi Bud Light, produzida sob licença<br />
da Anheuser-Bush. Concentramos nossos esforços na marca, que patrocina<br />
a liga profissional de hóquei, o esporte mais popular do Canadá, e obtivemos<br />
crescimento de mais de 40% no volume em relação ao ano anterior.<br />
O patrocínio ao hóquei também faz parte da estratégia da Labatt Blue,<br />
a marca mais tradicional do mercado, que apóia as ligas amadoras em todo<br />
o país e promove competições em lagos cobertos de gelo.<br />
Regionalmente, tivemos um ganho expressivo de market share na província<br />
de Alberta, aproveitando o grande crescimento do mercado local<br />
proporcionado pela alta dos preços do petróleo.<br />
Nossa estratégia na América do Norte é ampliar os ganhos de eficiência<br />
e fortalecer as marcas, em que se destacam Budweiser, Bud Light,<br />
Kokanee, Keith, Labatt Blue, Brahma e a marca global da InBev, Stella<br />
Artois. Identificamos oportunidades especialmente nos segmentos light,<br />
premium e importados. Esse é um mercado forte e estável, com forte<br />
geração de caixa e grande potencial de criação de valor.
36 Alavancas Estratégicas<br />
Alavancas<br />
Estratégicas<br />
Apoiamos o crescimento sustentável de nossos negócios em um processo<br />
que combina as melhores marcas, práticas de gestão e pessoas.<br />
Isso se traduz em disciplina financeira, conscientização de custos, paixão<br />
pela execução, gerenciamento de portfólio. O nosso foco está em resultados,<br />
que são expressos tanto em criação de valor como em satisfação<br />
dos consumidores, o que garante a perpetuidade de nossa Companhia.<br />
80%<br />
dos funcionários<br />
da Companhia vão<br />
às ruas com o programa<br />
Gente que Vende.<br />
Nosso foco em resultados está<br />
expresso em todas as etapas<br />
de trabalho, a começar pelo<br />
planejamento integrado de<br />
marketing e vendas, que privilegia<br />
a atuação alinhada à realidade de<br />
cada mercado. Com o envolvimento<br />
de todos os profissionais, criamos<br />
valor, satisfazemos os consumidores<br />
e asseguramos nossa perpetuidade.
Com disciplina e boas<br />
práticas de gestão,<br />
mantemos equipes<br />
motivadas para fazer<br />
com que nossos<br />
produtos conquistem<br />
os consumidores<br />
38 Alavancas Estratégicas<br />
Execução<br />
Somos apaixonados pelo nosso negócio e mostramos isso em todas as etapas<br />
de trabalho. Com muita disciplina e ferramentas próprias de gestão,<br />
atuamos para que nossos produtos conquistem o consumidor no pontode-venda.<br />
Fazemos um planejamento integrado de marketing e vendas,<br />
para atuação de acordo com a realidade de cada mercado. E a execução<br />
envolve toda a Companhia. Uma vez por ano, 80% dos funcionários,<br />
inclusive diretores, participam do programa Gente que Vende e vão às ruas<br />
visitar o trabalho de comercialização de nossas marcas e promover<br />
o consumo responsável de nossos produtos. Em <strong>2006</strong>, foram distribuídos<br />
cartazetes cujo objetivo era conscientizar a população sobre os riscos<br />
de beber e dirigir.<br />
Nossas equipes de venda começam o dia de trabalho com uma reunião<br />
de motivação, que incentiva e debate um detalhado plano de trabalho.<br />
Há uma rotina a ser seguida em cada ponto-de-venda, que é visitado<br />
em média uma vez e meia por semana. Os vendedores devem checar<br />
exposição e organização dos produtos, cartazes e outros materiais de<br />
divulgação, etc. Por meio de palmtops, eles têm acesso a uma base de dados<br />
sobre cada cliente (histórico de pedidos, tipos de embalagens, etc.),<br />
o que permite apresentar uma proposta sob medida. Além disso, instalamos<br />
em alguns pontos-de-venda refrigeradores especialmente desenvolvidos<br />
para manter a cerveja na temperatura ideal para o consumo (-5ºC).<br />
Temos como objetivo manter um relacionamento próximo e sólido com<br />
os nossos clientes e apoiamos o desenvolvimento do seu negócio.<br />
Os pontos-de-venda contam também com meios de comunicação, como<br />
revistas e programas de TV, dirigidos diretamente aos donos e funcionários<br />
dos bares, prestando serviços como dicas de treinamento, capacitação<br />
e práticas para aumentar as vendas e conquistar consumidores.<br />
Distribuição<br />
Nosso crescimento é resultado também de uma distribuição eficiente,<br />
com ganhos de escala e economia de custos. Em nossas regiões de atuação,<br />
mantemos uma estrutura tanto de distribuição direta como por uma rede<br />
terceirizada, com revendedores exclusivos.<br />
Os Centros de Distribuição Direta normalmente atuam nas grandes<br />
cidades e no atendimento ao auto-serviço, com a oferta do portfólio<br />
completo de cervejas e refrigerantes e conseqüentes ganhos de custos<br />
e execução. Com as revendas, contamos com o apoio de empresas<br />
com conhecimento de mercados locais, o que permite levar nossas<br />
marcas às localidades mais distantes de cada país.<br />
Programa de<br />
Excelência estimula<br />
o aperfeiçoamento<br />
dos distribuidores<br />
e reconhece com o<br />
título de Embaixadores<br />
aqueles que se<br />
destacam por três<br />
anos consecutivos<br />
Embaixadores - Programa de Excelência AmBev <strong>2006</strong><br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 39
Reaproveitamento de resíduos<br />
industriais<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
94,9 95,8 96,5 96,8<br />
2002<br />
2003<br />
2004<br />
40 Alavancas Estratégicas<br />
2005<br />
98,1<br />
<strong>2006</strong><br />
Estimulamos também o constante aperfeiçoamento de nossos<br />
revendedores por meio do Programa de Excelência AmBev, que estabelece<br />
padrões de desempenho e estimula a troca de informações sobre as melhores<br />
práticas. Os distribuidores que atingem a excelência por três anos<br />
consecutivos recebem o título de Embaixadores.<br />
Todo o trabalho conta com o suporte de uma logística desenhada<br />
para atender de forma mais rápida e eficiente a todos os mercados.<br />
Usamos diferentes modais de transporte – rodovias, ferrovias e hidrovias –<br />
e contamos com um exclusivo sistema de roteirização, que torna mais ágil<br />
os processos de venda e entrega.<br />
Eficiência em custos<br />
Gestão de custos é uma verdadeira obsessão para nós. Todas as nossas<br />
unidades adotam o Orçamento Base Zero (OBZ), que estimula o<br />
comprometimento com o controle de despesas e custos. A cada ano são<br />
estabelecidas metas desafiadoras, que não mantêm qualquer relação com<br />
gastos realizados em períodos anteriores. Cada equipe é responsável pelo<br />
próprio orçamento e cada centro de custos tem um dono, sendo o alcance<br />
das metas recompensado com o sistema de remuneração variável.<br />
Esse espírito é disseminado pela Companhia. O Programa de Excelência<br />
Fabril identifica, divulga e premia as melhores práticas de todas<br />
as unidades. Com isso, conseguimos elevar a produtividade e reduzir<br />
o consumo e o desperdício de matérias-primas.<br />
Dessa forma, nos tornamos referência mundial em eficiência de custos.<br />
A cada ano reduzimos, por exemplo, o consumo de água por unidade<br />
produzida. De 5,36 litros, em 2002, chegamos a 4,30 litros em <strong>2006</strong>.<br />
Em várias fábricas, a proporção é inferior ao benchmark da indústria<br />
(3,75 litros), chegando a 3,49 litros na unidade de Curitiba (PR).<br />
Reaproveitamos também de forma crescente os resíduos sólidos gerados<br />
no processo industrial, chegando a 98,1% no ano. Subprodutos, como<br />
bagaço de malte, fermento residual da fabricação da cerveja, polpa<br />
do rótulo das garrafas, etc., transformaram-se também em um negócio.<br />
Em <strong>2006</strong>, as vendas de resíduos industriais totalizaram receita de<br />
R$ 59,3 milhões.<br />
Tanto o menor consumo de água como a utilização de combustíveis<br />
alternativos, como biomassa (casca de arroz, serragem e madeira)<br />
e biogás também fortalecem o nosso compromisso com o cuidado ambiental.<br />
Faz parte ainda de nossa estratégia produzir parte dos insumos que<br />
consumimos. Temos cinco maltarias (duas na Argentina, duas no Uruguai<br />
e uma no Brasil); uma fábrica de rolhas metálicas e uma unidade de<br />
pré-formas de garrafas PET, ambas em Manaus, no Brasil; uma fábrica<br />
de garrafas de vidro, no Paraguai, além de quatro unidades de adjuntos<br />
sólidos (grits de milho, em Guarulhos e Cuiabá; flakes de milho, em<br />
Sergipe; e milho degerminado, em Corrientes). Em 2007 temos planos<br />
para construir uma fábrica de vidro no Brasil.<br />
Capturamos economias expressivas em compras de matérias-primas<br />
e insumos, pela vantagem de negociações globais, e em custos gerais<br />
e administrativos, com o Centro de Serviços Compartilhados AmBev,<br />
que centraliza macroprocessos (como contabilidade, contas a pagar<br />
e a receber). Hoje mantemos duas estruturas com diversos funcionários<br />
fluentes em pelo menos dois idiomas, que atendem a todas as operações,<br />
uma em Ontário, no Canadá, e outra em Jaguariúna, no Brasil.<br />
Nossas unidades<br />
são comprometidas<br />
com o controle<br />
de custos e gastos<br />
e recompensadas<br />
pelos esforços<br />
por meio do sistema<br />
de remuneração<br />
variável<br />
98,1%<br />
Reaproveitamento<br />
de resíduos no ano<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 41
4000<br />
3000<br />
2000<br />
1000<br />
Investimos<br />
no crescimento,<br />
ao mesmo tempo<br />
em que apresentamos<br />
resultados sustentáveis<br />
e distribuímos<br />
dividendos atrativos<br />
para os acionistas<br />
0<br />
62%<br />
292<br />
2000<br />
114%<br />
Dividendos (R$ milhões)<br />
109%<br />
Payout<br />
(% lucro líquido)<br />
43%<br />
337<br />
32%<br />
502<br />
998<br />
42 Alavancas Estratégicas<br />
71%<br />
1.692 55%<br />
122*<br />
1.327<br />
1.408<br />
2001 2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />
(*) Valor relativo ao ano fiscal de <strong>2006</strong>, pago em 2007<br />
120%<br />
100%<br />
80%<br />
60%<br />
40%<br />
20%<br />
0%<br />
Disciplina financeira<br />
Na gestão financeira, nosso principal foco em <strong>2006</strong> foi o caixa<br />
da Companhia, que passou a receber atenção tão intensa quanto<br />
a dispensada ao controle de despesas. Transferimos todos os aprendizados<br />
de OBZ, a exemplo de conceitos como dono de pacote, visibilidade<br />
e acompanhamento de custos, para a gestão de caixa, com detalhamento<br />
muito maior sobre contas a receber, contas a pagar e estoques. Essa<br />
prioridade também foi importante na divisão HILA-ex, após três anos<br />
de expansão, com a construção fábricas e o refinanciamento das dívidas<br />
dessas unidades, em 2005, com taxas muito mais competitivas.<br />
Com essa estratégia, valorizamos também nossas ações em Bolsas<br />
de Valores, como uma Companhia que investe no crescimento, ao mesmo<br />
tempo em que apresenta resultados e paga dividendos atrativos. Todo<br />
caixa que não é investido no negócio é distribuído ao acionista, em forma<br />
de dividendos (incluindo Juros sobre Capital Próprio) e recompra de ações.<br />
Graças a esse foco, tivemos mais um ano de geração de caixa recorde,<br />
possibilitando retornar R$ 3,6 bilhões aos acionistas – sendo R$ 1,8 bilhão<br />
em recompra de ações, aproximadamente R$ 400 milhões em dividendos<br />
referentes ao exercício de 2005 (pagos em <strong>2006</strong>) e R$ 1,4 bilhão<br />
de dividendos referentes ao exercício de <strong>2006</strong>.<br />
Visando ao pagamento da segunda etapa de aquisição do controle de<br />
Quinsa, emitimos debêntures não-conversíveis no valor de R$ 2,1 bilhões.<br />
Foi a primeira vez que realizamos esse tipo de operação, aproveitando<br />
o bom momento para a captação de recursos no mercado de capitais<br />
local. A emissão foi dividida em duas séries, com vencimentos em três<br />
e seis anos e remunerações trimestrais. A primeira série terá vencimento<br />
em 1º de julho de 2009 e remuneração trimestral de 101,75% da variação<br />
do CDI. Já a segunda, com vencimento em 1º de julho de 2012, pagará<br />
102,5% da taxa CDI trimestralmente.<br />
As condições dessa operação refletem nossa sólida estrutura de capital.<br />
Somos uma Companhia reconhecida pelas agências de rating Standard & Poors<br />
e Fitch na categoria de Grau de Investimento, o que possibilita a captação<br />
de recursos no mercado local e internacional a custos competitivos.<br />
Cultura<br />
Temos uma cultura única e própria, que reflete como fazemos as coisas<br />
e o nosso jeito de ser. Ela é a soma de aspirações, valores, crenças,<br />
práticas e princípios gerenciais e orienta nossas ações e nosso comportamento.<br />
Essa cultura está presente no dia-a-dia dos negócios e diferencia<br />
a Gente AmBev.<br />
Nossa Missão é criar vínculos fortes e duradouros com nossos consumidores<br />
por meio de marcas e experiências que unem as pessoas. Queremos ser<br />
reconhecidos como a melhor Companhia de bebidas do mundo. Por isso,<br />
entendemos que o crescimento sustentável e lucrativo depende de nossa<br />
capacidade de conquistar a fidelidade dos consumidores às nossas marcas.<br />
Acreditamos que as nossas oportunidades são tão grandes quanto<br />
os nossos sonhos. E o nosso sonho é ser a Melhor. Isso significa ser a mais<br />
eficiente, ter as melhores marcas e os melhores produtos, ser o melhor<br />
parceiro de nossos clientes e ter as pessoas mais comprometidas e mais<br />
capazes do mercado mundial.<br />
Nossos Valores são nossos princípios de conduta:<br />
Nossos consumidores em primeiro lugar – Os consumidores são a razão<br />
de tudo o que fazemos e somos parceiros de nossos clientes e revendedores<br />
para servi-los com qualidade superior.<br />
Nossa Gente faz a diferença – Atraímos, desenvolvemos e mantemos<br />
as melhores pessoas, investimos no desenvolvimento de nossa Gente,<br />
apoiamos o aprendizado contínuo e valorizamos o sucesso.<br />
Fazemos as coisas acontecerem – Sonhamos grande. Definimos metas<br />
desafiadoras e perseguimos altas performances. Somos focados<br />
em resultados. Trabalhamos duro e com entusiasmo. Usamos o tanque<br />
de reserva. Agimos como donos e somos reconhecidos como tal.<br />
Atuamos como líderes – Lideramos pelo exemplo pessoal. Queremos<br />
vencer respeitando a ética. Adotamos tolerância zero para manter viva<br />
a nossa cultura e consideramos a nossa diversidade uma fortaleza.<br />
Estamos presentes onde as coisas acontecem, junto à nossa Gente,<br />
aos nossos clientes e aos nossos consumidores. Gastamos sola de sapato,<br />
para conhecer os detalhes do nosso negócio.<br />
Graças ao<br />
direcionamento<br />
do foco também<br />
no caixa<br />
da Companhia,<br />
alcançamos recorde<br />
de geração de caixa<br />
em <strong>2006</strong><br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 43
Nossos negócios<br />
e comportamento<br />
são conduzidos por<br />
uma cultura<br />
que enfatiza crenças<br />
e princípios de gestão<br />
e valoriza<br />
a nossa Gente<br />
44 Alavancas Estratégicas<br />
Nossas Competências refletem a capacidade que temos para cumprir<br />
nossa Visão e Missão:<br />
Desafiamo-nos a alcançar resultados extraordinários – Devemos ter coragem,<br />
propor metas desafiadoras, procurando continuamente novas maneiras<br />
de abrir caminhos, fazer crescer nosso negócio e atingir desempenho<br />
excepcional, sem comprometer a qualidade e a nossa integridade.<br />
Conhecemos a fundo o nosso negócio – Aplicamos o nosso conhecimento<br />
sobre os negócios, a indústria e a Companhia, para criar valor para<br />
os nossos investidores.<br />
Construímos fortes relacionamentos e equipes – Nossa habilidade<br />
para trabalhar em equipe e o fato de confiarmos e nos respeitarmos<br />
mutuamente, bem como de maximizar todos os recursos disponíveis,<br />
é chave para o nosso sucesso.<br />
Atingimos as nossas metas do Jeito AmBev: simples, focado e disciplinado<br />
– Seremos recompensados por simplificar o nosso negócio, por focar<br />
nossas energias e recursos nas maiores prioridades da Companhia e por<br />
construir uma cultura de disciplina.<br />
Pensamos e agimos como donos – Devemos demonstrar paixão<br />
e responsabilidade, tomando decisões e agindo em prol dos interesses<br />
de longo prazo da Companhia, como se fossem nossos. Atuamos<br />
para que o nosso investimento – nossa Companhia – tenha valor<br />
crescente e sustentável.<br />
Demonstramos liderança e desenvolvemos as melhores pessoas – Devemos<br />
liderar efetivamente nossa Companhia em meio às mudanças, para alcançar<br />
resultados extraordinários, além de identificar e desenvolver os nossos<br />
futuros líderes. Ter as pessoas certas, nos lugares certos, fazendo as coisas<br />
certas, fará a maior diferença na nossa jornada de Maior para Melhor.<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 45
46 Gente <strong>Ambev</strong><br />
Gente<br />
AmBev<br />
Nossa Gente faz a diferença, porque na AmBev as pessoas trabalham<br />
e defendem o trabalho que realizaram, são proativas, empreendedoras,<br />
tomam decisões e assumem responsabilidades. Com a nossa cultura<br />
de dono, estimulamos os profissionais a darem o melhor de si e trabalhamos<br />
para formar as melhores pessoas, que crescem na velocidade do seu talento<br />
e são remuneradas na mesma proporção. Por isso, consideramos que a nossa<br />
maior competência é recrutar, formar, motivar e manter os melhores<br />
profissionais do mercado.<br />
35 mil<br />
Número total de funcionários<br />
Nosso empenho para formar<br />
as melhores pessoas e remunerá-las<br />
na proporção de seus resultados<br />
cria um time comprometido com<br />
o trabalho e os negócios. Nossos<br />
profissionais compartilham o desejo<br />
de sermos reconhecidos como<br />
a melhor Companhia de bebidas<br />
do mundo
Estimulamos a crença<br />
de que não há limites<br />
para o crescimento,<br />
em um ambiente<br />
informal que<br />
possibilita a contínua<br />
troca de informações.<br />
48 Gente <strong>Ambev</strong><br />
Gente AmBev (mil funcionários)<br />
Brasil 20,1<br />
HILA-ex 4,6<br />
Quinsa 7,3<br />
América do Norte 3,1<br />
TOTAL 35,1<br />
Nossa Gente faz a diferença, porque na AmBev as pessoas trabalham<br />
e defendem o trabalho que realizaram, são proativas, empreendedoras,<br />
tomam decisões e assumem responsabilidades. Com a nossa cultura<br />
de dono, estimulamos os profissionais a darem o melhor de si e trabalhamos<br />
para formar as melhores pessoas, que crescem na velocidade do seu talento<br />
e são remuneradas na mesma proporção. Por isso, nos concentramos<br />
em recrutar, formar, motivar e manter os melhores profissionais do mercado.<br />
No final de <strong>2006</strong>, éramos aproximadamente 35 mil pessoas, sendo 20 mil<br />
apenas no Brasil. Nossa média de idade é de 32 anos, e ao mesmo tempo<br />
reunimos um grupo de mais de 3 mil profissionais com mais de dez anos de<br />
AmBev, seja trabalhando anteriormente na Brahma ou na Antarctica, que<br />
cresceram e se desenvolveram conosco e hoje ocupam importantes posições<br />
dentro da Companhia.<br />
Somos pessoas identificadas com a nossa cultura e responsáveis pela sua<br />
manutenção e divulgação, cultivando um jeito informal de nos relacionar.<br />
Não há salas nem paredes separando as diferentes áreas da AmBev,<br />
o que estimula a troca de informações de uma maneira ampla.<br />
Cada um de nós sabe que não há limites para o crescimento profissional.<br />
Como uma empresa de atuação internacional, oferecemos oportunidades<br />
de carreira, em diferentes áreas de atuação e diversos países.<br />
O desenvolvimento de carreira entre nós é bastante rápido, inferior<br />
à média de mercado. Um trainee, por exemplo, pode atingir cargo<br />
gerencial logo após seu treinamento, em dez meses. Para o público<br />
interno, mantemos o Programa Sucessores, com o objetivo de identificar<br />
potenciais de crescimento nas várias áreas. E é responsabilidade de cada<br />
funcionário treinar e capacitar sucessores.<br />
O reconhecimento pelo alcance de metas e objetivos se dá por meio de<br />
remuneração variável para todos os funcionários, por meio de um sistema<br />
que incentiva a excelência das operações, a colaboração e o trabalho em<br />
equipe. Em <strong>2006</strong>, mais de 20% dos profissionais no Brasil foram promovidos.<br />
Pessoas de desempenho excepcional e alto potencial de crescimento têm<br />
acesso ao Plano de Aquisição de Ações.<br />
Desenvolvimento<br />
Para nós, o aprendizado é um processo contínuo. Mantemos um processo<br />
de avaliação semestral, seguido de um plano de desenvolvimento para<br />
ajudar nossos profissionais a crescer, identificando competências que<br />
devem ser complementadas. O investimento em treinamento e capacitação<br />
somou R$ 18 milhões em <strong>2006</strong>, envolvendo cerca de 5,8 mil funcionários<br />
somente no Brasil.<br />
Na coordenação desse processo contamos com a Universidade AmBev,<br />
que promove cursos especiais para diferentes cargos e funções e com bolsas<br />
de graduação e pós-graduação concedidas pela Fundação Antonio e Helena<br />
Zerrenner (FAHZ), acionista pertencente ao bloco de controladores<br />
da Companhia. Temos também a TV AmBev, transmitida por satélite,<br />
que une as funções de veículo de comunicação e de transmissão<br />
de conhecimento.<br />
Mantemos ainda um MBA AmBev, que tem o objetivo de dar uma visão<br />
ampla sobre os negócios da Companhia e os mercados de atuação, e já<br />
formou 274 profissionais desde 1995, quando foi criado na antiga Brahma.<br />
Trainees e talentos<br />
Programas Trainee e Talentos<br />
Luiz Fernando<br />
Edmond, diretorgeral<br />
para a América<br />
Latina, participou<br />
da primeira turma<br />
de trainees<br />
da AmBev,<br />
no programa criado<br />
em 1990.<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 49
50 Gente <strong>Ambev</strong><br />
Mais de 500 pessoas já foram formadas pelo Programa Trainee, criado<br />
em 1990 pela Brahma e que é a principal porta de entrada da Companhia.<br />
Cerca de 80% dos participantes ocupam hoje cargos gerenciais, sendo<br />
que 28% desempenham funções seniores e 16 são diretores – a exemplo<br />
do diretor-geral para a América Latina, Luiz Fernando Edmond, que integrou<br />
a primeira turma de trainees. O programa tem duração de dez meses,<br />
sem número definido de vagas – contratamos todos os candidatos<br />
com perfil adequado.<br />
Em <strong>2006</strong>, recebemos cerca de 30 mil inscrições na América Latina,<br />
onde selecionamos 31 jovens para compor o quadro da Companhia.<br />
Para jovens que se inscreveram como trainees, participaram das últimas<br />
etapas do processo, mas não foram selecionados, criamos o Programa<br />
Talentos. Com duração de três meses, é uma oportunidade de lapidar<br />
esses profissionais e identificar potenciais de crescimento. Durante o ano,<br />
selecionamos 60 talentos, que ingressaram na AmBev em janeiro de 2007.<br />
Portadores de deficiência<br />
Lançamos, o programa de contratação de pessoas com deficiência que<br />
proporcionou o preenchimento de diversas vagas na Companhia. Em todas<br />
as unidades o processo é acompanhado de treinamento e capacitação<br />
dos profissionais e de conscientização das equipes para o estímulo<br />
à diversidade e inclusão social. No momento da seleção, os portadores<br />
de deficiência recebem tratamento idêntico ao dos demais candidatos,<br />
pois o critério decisivo é atender às exigências específicas da posição<br />
a ser ocupada.<br />
Programa Vida Legal<br />
Para nós, motivação combina com saúde. Por isso intensificamos ações<br />
para promover o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida da Gente<br />
AmBev e de seus familiares. O instrumento é o Programa Vida Legal,<br />
com foco na promoção de saúde, prevenção de doenças e acompanhamento<br />
de funcionários e familiares no tratamento de doenças crônicas.<br />
O programa é mantido pela Fundação Antonio e Helena Zerrenner,<br />
que destinou R$ 1.4 milhão em <strong>2006</strong>.<br />
Todas as ações propõem interatividade com os usuários e têm o apoio<br />
de um veículo próprio, o jornal Mais Vida Legal. Matérias são acompanhadas<br />
de questionários e quem responde corretamente ganha brindes do programa.<br />
Também são premiados os profissionais que atingem as metas do programa<br />
de monitoramento (pressão arterial, níveis glicêmicos, perda de peso, etc.).<br />
Promovemos a saúde<br />
e a melhoria<br />
da qualidade de vida<br />
de nossos profissionais<br />
por entender<br />
que o bem-estar<br />
está diretamente<br />
relacionado<br />
à motivação<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 51
52 Responsabilidade Social<br />
Responsabilidade<br />
Social<br />
O nosso compromisso com a sustentabilidade – dos negócios, das regiões<br />
onde mantemos unidades e da sociedade – se revela pela atuação<br />
equilibrada nas dimensões econômica, social e ambiental. Buscamos<br />
permanentemente a rentabilidade, por meio de uma gestão transparente<br />
e eficaz, que assegura custos competitivos e grande penetração de mercado.<br />
Paralelamente, investimos em projetos e ações que incentivam o consumo<br />
responsável dos nossos produtos e têm como foco a educação. Mantemos<br />
ainda um sistema de gestão ambiental que procura reduzir o impacto de nossa<br />
atuação, com indicadores de ecoeficiência que devem ser perseguidos<br />
por todas as áreas.<br />
20 mil<br />
Número de bafômetros<br />
doados desde o início<br />
do Programa<br />
Combinamos harmoniosamente<br />
a busca de rentabilidade com ações<br />
sociais que têm como principal<br />
diretriz o consumo responsável<br />
de nossos produtos e com práticas<br />
ambientais que reduzam o impacto<br />
de nossas operações. Dessa forma,<br />
reafirmamos o compromisso com<br />
a sustentabilidade e contribuímos<br />
para a melhoria da qualidade de vida<br />
das regiões nas quais operamos<br />
Como falar sobre o uso de álcool com seus filhos,<br />
tema do programa Gente do Bem de <strong>2006</strong>.
54 Responsabilidade Social<br />
Por essas práticas, fomos reconhecidos em <strong>2006</strong> como empresa-modelo<br />
pelo Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa, no Brasil, e recebemos,<br />
no Peru, o Prêmio Nacional para a Produção mais limpa e para<br />
a Ecoeficiência <strong>2006</strong> (“A la Producción más Limpia y a la Ecoeficiencia<br />
<strong>2006</strong>”), concedido pelo governo peruano, com o apoio do Banco Mundial.<br />
Consumo Responsável<br />
Sintonizado com nossas atividades-fim, o Programa AmBev de Consumo<br />
Responsável, pioneiro no Brasil, Equador e Peru, é desenvolvido desde<br />
2001 e tem contribuído de forma significativa para a conscientização<br />
da sociedade a respeito dos riscos de combinar bebida com direção<br />
e da necessidade de se cumprir a lei que proíbe a venda de bebidas<br />
alcoólicas a menores. Em <strong>2006</strong>, várias ações foram promovidas nesse sentido.<br />
Durante o Carnaval, doamos 2,5 mil bafômetros descartáveis ao governo<br />
municipal de São Paulo e 2,5 mil para a Coordenação Sul/Sudeste<br />
do Programa de Redução de Acidentes no Trânsito (Pare), no Rio de<br />
Janeiro. Até <strong>2006</strong>, a Companhia doou mais de 20 mil bafômetros nos<br />
Estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e para<br />
o Distrito Federal. Além disso, divulgamos amplamente dicas de consumo<br />
responsável entre os freqüentadores dos aeroportos de São Paulo, Rio<br />
de Janeiro, Salvador (BA) e Recife (PE). Na capital de Pernambuco, assim<br />
como em Olinda (PE), promovemos jogos de memória interativos com<br />
mensagens como É mais divertido ir e voltar e Vou de carona.<br />
Já em Salvador os foliões receberam uma tatuagem provisória<br />
do boomerangue – símbolo da campanha – para se lembrar da importância<br />
de beber moderadamente.<br />
Além disso, em todos os eventos que promovemos ou patrocinamos –<br />
incluindo os regionais, como a Festa do Peão de Barretos (SP) – foram<br />
transmitidas mensagens de consumo responsável. Alguns deles incluíram<br />
a realização de testes para possibilitar que os consumidores examinassem<br />
se estavam em condições de dirigir, oferecendo como alternativa coletivos<br />
para transporte até estações de metrô e terminais urbanos de ônibus.<br />
Em vários eventos, também firmamos parceria com cooperativas de táxis,<br />
para que os consumidores pudessem ir para casa em segurança.<br />
Nossa preocupação com o consumo responsável foi contemplada ainda<br />
no Skol Beats, maior evento de música eletrônica do mundo, do qual<br />
participaram cerca de 60 mil pessoas na edição de <strong>2006</strong>. Além de manter<br />
promotores para orientar o público sobre o tema e sugerir transportes<br />
alternativos, organizamos um jogo virtual educacional para conscientizar<br />
o público sobre os riscos de beber e dirigir e reforçamos a fiscalização,<br />
de forma a assegurar que menores de idade não entrassem no evento.<br />
Os pontos-de-venda também são envolvidos nas iniciativas. Cerca de<br />
350 mil estabelecimentos participam da campanha Peça o RG, que estimula<br />
os proprietários e funcionários a conferir a idade dos consumidores antes<br />
de vender bebidas a eles.<br />
Projeto Maués<br />
Até 2013, investiremos mais de R$ 61 milhões para apoiar o desenvolvimento<br />
econômico, social, cultural e ambiental da Região Amazônica. Esses<br />
recursos estão sendo utilizados tanto para o aumento da produtividade<br />
do guaraná quanto para o fomento de programas que criam rendas<br />
complementares para os produtores da região. O pilar é o Projeto Maués,<br />
que prevê a renovação e ampliação dos guaranazais, o fornecimento de mudas<br />
e o apoio a alternativas de renda para os produtores, como o plantio<br />
de outras frutas, cana-de-açúcar e mandioca, bem como atividades<br />
de avicultura, ovinocultura e meliponicultura.<br />
Essas ações ganharam reforço em 2003, com a adesão da AmBev ao projeto<br />
Zona Franca Verde, desenvolvido pelo governo do Estado. Entre outras<br />
iniciativas, apoiamos a criação de uma cooperativa de costura e de uma<br />
fábrica de produtos têxteis e financiamos 1,3 mil casas populares na zona<br />
rural. Assumimos ainda a responsabilidade pela criação e manutenção<br />
de 12 pólos agrícolas, para a orientação dos produtores sobre a adoção<br />
das melhores técnicas de cultivo do guaraná.<br />
Parte dessas iniciativas é desenvolvida na Fazenda Santa Helena,<br />
de propriedade da Companhia, onde está localizado o maior banco<br />
genético de guaraná do mundo. Cerca de metade da área da propriedade<br />
– que possui 1.070 hectares – é destinada ao cultivo da fruta,<br />
feito com respeito à fauna e flora da região.<br />
Promovemos várias<br />
iniciativas que<br />
possibilitam aos<br />
moradores da<br />
Região Amazônia<br />
fortalecerem as<br />
atividades<br />
econômicas e<br />
ampliar renda e<br />
auto-estima.<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 55
Artesanato exposto no Espaço Reciclarte, em peças<br />
feitas a partir de latas de alumínio e garrafas PET<br />
56 Responsabilidade Social<br />
Reciclagem<br />
Nosso empenho em intensificar a conscientização para a preservação<br />
ambiental e a busca de novas oportunidades de trabalho e fontes de<br />
renda para as comunidades se traduz também no programa Reciclagem<br />
Solidária – Cooperativas. Ele consiste na oferta de prensas hidráulicas<br />
e promoção de cursos e oficinas de reciclagem aos catadores de resíduos<br />
organizados em cooperativas em todo o Brasil. A idéia é minimizar<br />
os problemas estruturais da atividade, exercida hoje no País por mais<br />
de 80 mil pessoas, organizadas em 2,5 mil cooperativas.<br />
Essa mesma preocupação norteia os eventos patrocinados pela<br />
Companhia. Tanto que, ao final do Skol Beats, 14 toneladas de materiais<br />
recicláveis foram coletadas e doadas à cooperativa de reciclagem Vira Lata.<br />
A AmBev também apóia o maior centro de centro de informações sobre<br />
reciclagem e meio ambiente da América Latina, a Recicloteca, fundada<br />
em 1991 pela ONG Ecomarapendi e patrocinada pela AmBev desde 1993.<br />
Localizada no Rio de Janeiro, promove oficinas, workshops e cursos de<br />
capacitação profissional, além de agregar o Espaço Reciclarte, destinado<br />
à exposição de peças feitas a partir de material reciclado. Em <strong>2006</strong>,<br />
recebeu o título Sala Verde concedido pelo Ministério do Meio Ambiente,<br />
que reconhece com essa chancela as instituições que contribuem para<br />
democratizar o acesso do público a publicações e materiais sobre<br />
meio ambiente.<br />
A reciclagem também é tema de campanhas ao longo do ano, muitas<br />
das quais envolvem a Gente AmBev. Para comemorar o Dia Internacional<br />
do Meio Ambiente, incentivamos todas as unidades a envolverem seus<br />
funcionários e familiares em ações sob o slogan Recicle Você Também.<br />
Elas incluíram palestras, concursos, mutirão de recolhimento de lixo em locais<br />
públicos, peças teatrais e oficinas de reciclagens, entre outras.<br />
Gente do Bem<br />
Em <strong>2006</strong> a AmBev abriu as portas de suas unidades para orientar<br />
funcionários e comunidade sobre o uso adequado de bebida, no evento<br />
Gente do Bem, que acontece no dia 31 de agosto. Junto com os 19 mil<br />
funcionários da empresa e os cerca de 25 mil funcionários das revendas<br />
em todo o país, a diretoria da AmBev recebeu representantes de prefeituras,<br />
escolas, ONGs e comunidades. Em todo o Brasil, mais de 45 mil pessoas<br />
assistiram a um vídeo entitulado Como falar sobre o uso de álcool com<br />
seus filhos, baseado no guia de mesmo nome lançado pelo Centro de<br />
Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), ONG apoiada pela AmBev.<br />
O guia tem sido distribuído em escolas públicas e privadas do Estado de<br />
São Paulo, por meio de visitas feitas pelos profissionais da entidade.<br />
Com o Gente do Bem, a proposta da Companhia foi disseminar o conteúdo<br />
do material para todo o Brasil. Os representantes das escolas presentes<br />
no evento ganharam, além da cartilha, uma cópia do vídeo.<br />
Educação<br />
Desde 2004, quando foi criado pelo Governo do Estado da Bahia, o projeto<br />
Faz Universitário conta com o nosso apoio. Ele tem por objetivo combater<br />
a exclusão social por meio do oferecimento de bolsas de estudo e recursos<br />
financeiros que possibilitam a jovens carentes ter acesso ao ensino superior.<br />
Investimos anualmente na iniciativa cerca de R$ 600 mil, o que já levou<br />
100 jovens a ingressarem em universidades e faculdades de Salvador,<br />
Vitória da Conquista, Feira de Santana e outros 16 municípios do interior<br />
da Bahia.<br />
Também em conjunto com o governo estadual, participamos do Programa<br />
Alfa e Beto de Alfabetização, desenvolvido em Sergipe, no qual investimos,<br />
em 2005 e <strong>2006</strong>, R$ 1 milhão, recurso que tornou viável a aquisição de livros<br />
e materiais escolares por 5 mil alunos do ensino fundamental matriculados<br />
na rede pública.<br />
Além disso, desde 1995 adquirimos os cartões de Natal da Companhia<br />
da entidade Ação Comunitária Brasil, que atende a população de baixa<br />
renda na Grande São Paulo com ações sociais e educacionais.<br />
Por meio de parcerias<br />
com governos<br />
estaduais, atuamos<br />
no combate à<br />
exclusão social,<br />
com programas<br />
de alfabetização<br />
e acesso ao ensino<br />
superior.<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 57
58 Responsabilidade Social<br />
Fundação Antônio e Helena Zerrenner<br />
Instituição nacional de beneficência que compõe o grupo controlador da<br />
AmBev, a Fundação Antonio e Helena Zerrenner (FAHZ) investiu, em <strong>2006</strong>,<br />
cerca de R$ 83 milhões em benefícios aos colaboradores da Companhia<br />
e a seus dependentes, que hoje somam mais de 53 mil beneficiários em<br />
todo o Brasil, compreendendo a concessão de plano de saúde com<br />
assistência médica, hospitalar e odontológica, fornecimento de material<br />
escolar para 12.382 alunos e distribuição de 21.059 cestas e 12.899<br />
brinquedos de Natal. Também concedeu, em <strong>2006</strong>, mais de 1,3 mil bolsas<br />
de estudos aos empregados da AmBev, tanto em cursos de graduação<br />
quanto pós-graduação, visando aprimorar cada vez mais a qualidade da<br />
Gente AmBev. Em São Paulo, mantém o Hospital Santa Helena, com 244<br />
leitos, 12 salas cirúrgicas, 59 leitos de UTI e Centro Médico com 40<br />
especialidades.<br />
A instituição mantém ainda a Escola Técnica Walter Belian, em São Paulo,<br />
que oferece para filhos de empregados da AmBev e à comunidade<br />
os ensinos fundamental e médio e cursos técnicos gratuitos de Artes<br />
Gráficas, Informática Industrial e Análises Químicas Industriais, em<br />
parceria com a Escola Senai-Fundação Zerrenner. Em <strong>2006</strong>, a FAHZ<br />
investiu na escola R$7,3 milhões, o que possibilitou o atendimento<br />
de cerca de mil estudantes.<br />
Fundação Gol de Letra<br />
A AmBev também apóia a Fundação Gol de Letra, uma organização sem<br />
fins lucrativos da sociedade civil que foi criada pelos ex-jogadores Raí de<br />
Oliveira e Leonardo Nascimento de Araújo. Instalou-se na cidade de São<br />
Paulo em agosto de 1998, em Niterói (RJ) em setembro de 2001 e desde<br />
2005 desenvolve projetos sociais e educacionais no bairro do Caju,<br />
na cidade do Rio de Janeiro.<br />
A Fundação Gol de Letra é reconhecida pela Unesco como modelo<br />
mundial no apoio a crianças menos assistidas. A AmBev colabora com<br />
dois projetos em São Paulo: Nossas Histórias e Formação de Mediadores<br />
e Monitores de Biblioteca e Brinquedoteca.<br />
Nossas Histórias – Desenvolve uma ação interdisciplinar entre as áreas<br />
de leitura e escrita, artes plásticas e informática, promovendo o<br />
desenvolvimento de atitudes pautadas em valores sociais positivos,<br />
estimulando a autonomia para a resolução de conflitos e a convivência<br />
em grupos. O projeto atende crianças de 7 a 14 anos e prevê ações<br />
socioeducativas com as famílias envolvidas.<br />
Programa de Biblioteca Comunitária e de Formação de Jovens – Possui<br />
três focos de ação: estimular o hábito pela leitura; preparar os jovens<br />
para atuarem como mediadores de biblioteca e brinquedoteca;<br />
e oferecer atendimento à população local em um espaço educativo<br />
da Biblioteca Comunitária.<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 59
60 Responsabilidade Ambiental<br />
Responsabilidade<br />
Ambiental<br />
Mantemos desde 1997 uma Política Ambiental, que combina crescimento<br />
econômico com redução dos impactos ambientais de nossas atividades. Ela<br />
contempla o cumprimento da legislação ambiental; a adoção de tecnologias,<br />
insumos e processos que reduzam as interferências no meio ambiente;<br />
a manutenção de uma equipe empenhada em promover a melhoria<br />
contínua do desempenho ambiental da Companhia; a promoção e o apoio<br />
de iniciativas de educação ambiental direcionadas a clientes, fornecedores<br />
e comunidade; e o monitoramento de cada fase do processo produtivo.<br />
Em todas as unidades atuam comissões multidisciplinares de meio ambiente,<br />
responsáveis pelo treinamento da Gente AmBev e acompanhamento<br />
dos principais indicadores de ecoeficiência, como consumo de água,<br />
utilização de fontes renováveis de energia e reaproveitamento de subprodutos.<br />
O uso racional de recursos naturais fortalece o nosso compromisso<br />
com o cuidado ambiental.<br />
19,8%<br />
Redução de água para a produção<br />
de 1 litro de cerveja, entre 2002 e <strong>2006</strong><br />
Nossa Política Ambiental reúne várias<br />
diretrizes que buscam aliar<br />
crescimento à redução dos impactos<br />
de nossas operações. Ela norteia<br />
todas as unidades, onde são mantidas<br />
comissões multidisciplinares para treinar<br />
todos os profissionais e aplicar<br />
e acompanhar o andamento dos nossos<br />
indicadores de ecoeficiência.
Consumo de água<br />
(litro / litro de cerveja)<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
5,36<br />
2002<br />
4,88<br />
2003<br />
4,37<br />
2004<br />
62 Responsabilidade Ambiental<br />
4,21<br />
2005<br />
4,30<br />
<strong>2006</strong><br />
Consumo de energia elétrica (Kwh/HI)<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
9,35<br />
2002<br />
9,13<br />
2003<br />
8,76<br />
2004<br />
9,10<br />
2005<br />
8,80<br />
<strong>2006</strong><br />
Em nossas atividades de vendas nos preocupamos em reduzir os níveis<br />
de emissões atmosféricas. Nos grandes centros urbanos, nossas frotas<br />
de automóveis passaram a utilizar gás natural como combustível no lugar<br />
de gasolina, iniciativa que alia economia de custos e cuidados com<br />
o meio ambiente.<br />
Consumo de água<br />
Estabelecemos e respeitamos, em todas as fábricas, os Mandamentos da Água,<br />
documento que descreve os procedimentos-padrão referentes ao consumo<br />
sustentável do recurso, sua redução progressiva e reutilização, por meio<br />
de iniciativas em duas frentes: treinamento e conscientização e aplicação<br />
de tecnologias, processos e instalações.<br />
Sob essa diretriz, reduzimos continuamente o uso de água nos processos<br />
industriais e, conseqüentemente, produzimos cada vez menos esgoto.<br />
Em <strong>2006</strong>, usamos em média 4,30 litros de água para produzir um litro<br />
de cerveja, volume 19,8% menor do que o de 2002. Nesse ganho,<br />
destacaram-se as unidades de Curitiba (PR), Brasília (DF), Camaçari (BA)<br />
e Agudos (SP), que utilizaram, para a produção de um litro de cerveja,<br />
3,49, 3,63, 3,69 e 3,70 litros de água, respectivamente. Com esse consumo,<br />
superaram o benchmark conhecido na indústria cervejeira mundial<br />
de 3,75 litros.<br />
Fontes renováveis de energia<br />
Desde 2003 procuramos diversificar nossa matriz energética, com a busca<br />
de fontes renováveis, como forma de reduzir os impactos ambientais<br />
provocados por nossas atividades e as emissões de dióxido de carbono<br />
(CO2). Utilizamos, nas fábricas de Agudos (SP), Lages (SC), Teresina (PI)<br />
e Cuiabá (MT), biomassa de madeira triturada de eucalipto e pinus<br />
de reflorestamento e fibra de coco e casca de arroz como combustível<br />
nas caldeiras para a geração de energia térmica. Em Corrientes,<br />
na Argentina, usamos serragem como biomassa e em várias unidades<br />
a fonte de energia passou a ser o gás natural. Assim, obtivemos economia<br />
de 29,5 mil toneladas de óleo, o que também contribui para a redução<br />
da emissão de gases causadores do efeito estufa.<br />
Com o apoio de novos projetos, conseguimos em <strong>2006</strong> uma redução<br />
adicional de cerca de 38 mil toneladas em emissões de gás carbônico.<br />
Esse resultado se soma à diminuição de 94.146 toneladas que já<br />
fora registrada em 2005, totalizando em dois anos aproximadamente<br />
130 mil toneladas.<br />
Outro destaque do ano foi a substituição de 2 milhões de metros cúbicos<br />
de gás, nas fábricas de Jacareí (SP), Jaguariúna (SP), Jundiaí (SP), Guarulhos<br />
(SP) e Juatuba (MG), por biogás, gerado por processo de tratamento<br />
anaeróbico de efluentes nas próprias instalações da AmBev.<br />
Reaproveitamento de resíduos<br />
Além de adotarmos medidas para reduzir a quantidade de resíduos sólidos<br />
nas unidades, também buscamos recuperá-los, reusá-los e reciclá-los.<br />
Tanto que, em <strong>2006</strong>, em toda a Companhia, foram recuperados 98,1%<br />
do material na forma de subprodutos. Em 12 fábricas, 99% dos resíduos<br />
foram reaproveitados.<br />
A cada ano, maximizamos a utilização de matérias-primas no processo<br />
produtivo, com o objetivo de evitar o desperdício de recursos naturais<br />
e melhorar a produtividade. Na comparação com 2002, conseguimos<br />
reduzir em 36% a perda de extrato – composto de açúcares fermentáveis<br />
derivados dos cereais adotados na produção de cerveja –, num exemplo<br />
claro de combate ao desperdício. Entre outras ações, promovemos<br />
o adequado manejo desses insumos.<br />
Mantemos Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEIs) em 95%<br />
das unidades. Elas têm capacidade para tratar 200 mil de metros cúbicos<br />
de efluentes e uma carga orgânica diária de 324 mil quilos de DQO<br />
(Demanda Química de Oxigênio).<br />
Indicadores de Desempenho Ambiental<br />
2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />
Consumo de energia por unidade produzida (kwh/litro) 123,18 113,8 108,7 109,1 107,8<br />
Megajoules por hectolitro produzido<br />
Consumo de água por unidade (cerveja e refrigerante) 5,36 4,88 4,37 4,21 4,30<br />
produzida (m 3 /litro)<br />
Consumo de combustíveis fósseis – Emissões de CO 2 8,22 7,89 6,85 6,62<br />
(kg de CO 2 por hectolitro)*<br />
Taxa de reciclagem e reúso de materiais no processo 94,9% 95,8% 96,5% 96,75% 98,1%<br />
Receita com a venda de resíduos sólidos (R$ milhões)* 26,1 30,5 41 50,9 59,3<br />
(*) Até 2005, apenas Brasil; <strong>2006</strong> inclui HILA-ex.<br />
Reaproveitamento de resíduos<br />
industriais<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
94,9 95,8 96,5 96,8<br />
98,1<br />
2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />
(*) Até 2005, apenas Brasil; <strong>2006</strong> inclui HILA-ex.<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 63
64 Governança Corporativa<br />
Governança<br />
Corporativa<br />
Nossa estrutura de governança corporativa segue os mais altos padrões<br />
globais. A relação entre a Companhia e os acionistas tem como pilares a<br />
comunicação transparente, a garantia das melhores práticas em processos<br />
decisórios e uma gestão focada no alinhamento de objetivos. Nesse<br />
sentido, o ano de <strong>2006</strong> marcou mais um passo no contínuo processo de<br />
aperfeiçoamento dos controles internos que permitiram a adequação às<br />
exigências da Lei Sarbanes-Oxley (SOX).<br />
A comunicação transparente<br />
com os acionistas, a adoção<br />
das melhores práticas nas tomadas<br />
de decisão e o foco no alinhamento<br />
de objetivos são valores impressos<br />
em nosso modelo de governança<br />
corporativa. Em <strong>2006</strong>, ele foi ainda<br />
mais qualificado com a conclusão<br />
dos processos de adequação<br />
à Lei Sarbanes-Oxley.
66 Governança Corporativa<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO – Formado por nove membros efetivos<br />
e dois suplentes, todos com mandato até 2008, o Conselho de Administração<br />
(CA) define as estratégias gerais que garantem sucesso tanto em objetivos<br />
de longo prazo quanto em estratégias para assegurar a competitividade<br />
em curto prazo. Eleitos em Assembléia Geral, com mandato de três anos,<br />
permitida a reeleição, os conselheiros têm como atribuição, entre outras,<br />
a escolha dos diretores executivos. Uma de suas importantes funções<br />
é garantir que os valores, a ética e a cultura da AmBev sejam praticados<br />
e disseminados entre todos os colaboradores da Companhia. Nenhum<br />
dos membros do CA é diretor-executivo, de forma a garantir maior<br />
independência e autonomia entre dois dos principais órgãos da AmBev.<br />
Além disso, o CA é assessorado por órgãos específicos, responsáveis pela<br />
análise detalhada de matérias de sua competência.<br />
A Assembléia Geral realizada no dia 20 de abril de <strong>2006</strong> elegeu os três<br />
membros do Conselho Fiscal (CF), sendo um deles representante dos<br />
acionistas minoritários. Conforme previsão legal, o mandato dos membros<br />
do CF é de um ano, vencível na Assembléia Geral Ordinária subseqüente.<br />
A isenção do Conselho Fiscal, que em nosso caso também acumula<br />
as responsabilidades do Comitê de Auditoria, nos termos da SOX,<br />
é garantida pela eleição de membros independentes, que desempenham<br />
suas funções com ampla autonomia.<br />
COMITÊ DE OPERAÇÕES, GENTE E GESTÃO: Entre suas atribuições estão<br />
a análise, a sugestão e o monitoramento de metas anuais de desempenho<br />
e seus orçamentos necessários; e o acompanhamento de todas as ações<br />
da Companhia por meio da análise de resultados, desenvolvimentos<br />
mercadológicos e benchmarking interno e externo permanente.<br />
COMITÊ DE COMPLIANCE: assessora o CA na análise e monitoração dos<br />
controles internos e perfil fiscal da Companhia, além de garantir o<br />
cumprimento dos dispositivos legais e estatutários nas operações com<br />
partes relacionadas.<br />
COMITÊ DE FINANÇAS: sua atuação de apoio ao CA abrange a análise de<br />
monitoramento do plano anual de investimentos, oportunidades de<br />
crescimento, estrutura de capital, fluxo de caixa, gestão de risco<br />
financeiro e política de tesouraria.<br />
Sintonia nos objetivos<br />
Os principais executivos da AmBev são profissionais experientes que<br />
atuam na Companhia há aproximadamente dez anos, em média.<br />
Periodicamente, procura-se fazer uma rotatividade de funções,<br />
permitindo que as lideranças tenham uma ampla e efetiva vivência<br />
de todas as áreas do nosso negócio. Outra garantia de que os executivos<br />
e demais colaboradores tenham uma atuação alinhada com as expectativas<br />
dos acionistas é a remuneração variável. Vinculados ao cumprimento<br />
de metas desafiadoras e ao desempenho da Companhia, os funcionários<br />
são elegíveis a um bônus anual. Além disso, também é oferecido um<br />
programa de opções aos principais executivos, o que favorece a manutenção<br />
de um relacionamento de longo prazo e o maior comprometimento com<br />
interesses, metas e valores da Companhia.<br />
Acordo de acionistas<br />
O bloco controlador da AmBev, formado pela InBev e pela FAHZ, detinha,<br />
em março de 2007, 89,1% do capital votante e 66,3% do capital total.<br />
As ações negociadas no mercado correspondem a 10,8% do capital<br />
votante e 32,6 % do capital total.<br />
Adotamos a<br />
rotatividade de funções<br />
e a remuneração<br />
variável, para que<br />
as lideranças vivenciem<br />
experiências em todas<br />
as áreas de negócios<br />
e cumpram metas<br />
desafiadoras.<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 67
Mantemos diversos<br />
canais de comunicação<br />
com os investidores,<br />
para mantê-los<br />
alinhados com<br />
as diretrizes<br />
e os fundamentos<br />
dos nossos negócios.<br />
Auditoria externa<br />
Composição Acionária AmBev (1)<br />
CAPITAL SOCIAL: R$5.716.086.764,25 representado por 64.458.212.043 ações escriturais, sendo 34.501.039.428 ordinárias e 29.957.172.615 preferenciais<br />
DISCRIMINAÇÃO ORDINÁRIAS % PREFERENCIAIS % T O T A L %<br />
Interbrew International B.V. (2) 22.290.478.034 64,61 10.091.856.494 33,69 32.382.334.528 50,24<br />
Fundação Antonio 5.522.991.293 16,00 763 0,00 5.522.992.056 8,57<br />
e Helena Zerrenner INB<br />
AmBrew S/A (2) 2.910.987.990 8,44 1.601.281.469 5,35 4.512.269.486 7,00<br />
InBev Participações Societárias Ltda (2) 0 0,0000 296.900.000 0,99 296.900.000 0,46<br />
TOTAL BLOCO CONTROLADOR 30.724.457.317 89,06 11.990.038.753 40,0 42.714.496.070 66,3<br />
Instituto AmBev de Previdência Privada 1.919.034 0,0056 9.595.170 0,0320 11.514.204 0,0179<br />
Outros 1.888.214 0,0055 9.441.075 0,0315 11.329.289 0,018<br />
Mercado 3.738.080.368 10,83 17.243.972.731 57,56 20.982.053.099 32,55<br />
TOTAL AÇÕES EM TESOURARIA 34.694.495 0,10067 704.124.886 2,3505 738.819.381 1,1462<br />
TOTAL GERAL 34.501.039.428 100,00 29.957.172.615 100,00 64.458.212.043 100,00<br />
(1) Posição em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (2) Controladas por InBev S.A. / N.V.<br />
As demonstrações financeiras referentes ao ano de <strong>2006</strong> foram auditadas<br />
pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. A empresa<br />
é responsável pela auditoria da Companhia de 2004 até <strong>2006</strong>,<br />
em conformidade com as disposições normativas em vigor.<br />
Relações com <strong>Investidores</strong><br />
A relação aberta e franca com os investidores é um dos pontos importantes<br />
em nossa estrutura de governança corporativa. Acreditamos que esse<br />
diálogo é um importante meio de criar valor para o acionista. Análises<br />
detalhadas, relatórios e teleconferências trimestrais permitem que<br />
os proprietários de ações tenham uma clara visão das diretrizes e dos<br />
fundamentos dos nossos negócios. O canal de Relação com <strong>Investidores</strong><br />
na Internet apresenta, entre outras informações relevantes, nossos<br />
relatórios anuais de acordo com a normas da Comissão de Valores<br />
Mobiliários (IAN) e Security Exchenge Comission (20-F), atas de reuniões<br />
do Conselho Administrativo realizadas em <strong>2006</strong>, assim como das<br />
Assembléias Ordinárias e Extraordinárias.<br />
Ações como<br />
Investimento<br />
68 Governança Corporativa <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 69<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Valor de mercado (R$ milhões)<br />
19.686<br />
2002<br />
26.392<br />
2003<br />
40.424<br />
2004<br />
53.646<br />
2005<br />
64.109<br />
<strong>2006</strong><br />
Nossas ações são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (códigos<br />
AMBV3 e AMBV4) e, como American Depositary Receipts (ADRs), na New<br />
York Stock Exchange – NYSE (código ABV). O desempenho mostra<br />
crescimento sustentado, com evolução de 224,7% no valor de mercado<br />
nos últimos cinco anos, encerrando <strong>2006</strong> com uma capitalização de<br />
R$ 64,1 bilhões (R$ 53,6 bilhões em 2005).<br />
Na Bovespa, as ações preferenciais apresentaram valorização de 17,4%<br />
em <strong>2006</strong>, enquanto o Ibovespa registrou alta de 32,7%, e encerraram<br />
o ano cotadas a R$ 1.053,99. Os papéis estiveram presentes em 100%<br />
dos pregões, com um total de 111.728 negócios, que envolveram 7,6 bilhões<br />
de ações e volume financeiro de R$ 7,1bilhões.<br />
Na NYSE, a variação dos ADRs atingiu 28,25% para as ações preferenciais<br />
(ABV) e 34,25% para as ordinárias (ABVc), com respectivas cotações<br />
de US$ 48,80 e US$43,90, ante alta de 16,29% do índice Dow Jones.<br />
O volume negociado atingiu US$ 6,2 milhões.<br />
350%<br />
250%<br />
150%<br />
50%<br />
-50%<br />
250%<br />
150%<br />
100%<br />
50%<br />
0%<br />
-50%<br />
AMBV4 X Ibovespa<br />
AMBV4 Ibovespa AMBV3<br />
2001 2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong><br />
ABV X Dow Jones<br />
ABV Dow Jones ABVc<br />
2001 2002 2003 2004 2005 <strong>2006</strong>
70 Premiações<br />
Reconhecimento<br />
e Premiações<br />
Durante o ano, recebemos algumas premiações que representam o<br />
reconhecimento à nossa atuação direcionada ao crescimento sustentável<br />
dos negócios.<br />
GUIA EXAME DE BOA CIDADANIA <strong>2006</strong> – Fomos escolhidos como<br />
empresa-modelo pelo Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa, que tem<br />
como objetivo disseminar e estimular melhores práticas de responsabilidade<br />
social. A Companhia foi premiada por promover o consumo responsável<br />
de bebidas e atuar com indicadores de ecoeficiência. Recebemos ainda o<br />
Prêmio Destaque Meio Ambiente pelo Sistema de Gestão Ambiental, que<br />
tem como focos principais a reciclagem de resíduos, o uso de fontes<br />
alternativas de energia e a redução no consumo de água na fabricação de<br />
bebida. Também recebemos menção honrosa pelo patrocínio à ONG<br />
Recicloteca e pelo Programa Acidente Zero (PAZ).<br />
PRÊMIO EXAME MELHORES E MAIORES - <strong>2006</strong> – A AmBev também<br />
obteve excelente classificação no ranking Melhores e Maiores <strong>2006</strong><br />
da revista Exame. Destaque para As maiores (1º lugar) – classificação<br />
das empresas por receita operacional bruta em milhões de dólares – setor<br />
alimentos, bebidas e fumo; Empresas que mais criaram riquezas (5º lugar);<br />
Mais pagaram impostos (5º lugar); Maiores empregadores (17º lugar)<br />
e 100 maiores de capital aberto por valor de mercado (5º lugar).<br />
EXCELÊNCIA DE SERVIÇOS AO CLIENTE – Vencemos o Prêmio Consumidor<br />
Moderno de Excelência de Serviços ao Cliente, na categoria bebidas,<br />
concedido pela revista Consumidor Moderno, que tem o objetivo de<br />
identificar e difundir as melhores práticas em serviços no Brasil e<br />
reconhecer empresas que privilegiam a excelência no atendimento aos<br />
clientes e mantêm alto índice de satisfação e fidelidade.<br />
PRÊMIO A LA PRODUCCIÓN MÁS LIMPIA Y A LA ECOEFICIENCIA – No Peru,<br />
o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conam), com apoio do Banco<br />
Mundial, concedeu à nossa unidade local o reconhecimento como<br />
destaque na aplicação de projetos ecoeficientes.<br />
PRÊMIO AGÊNCIA ESTADO/ECONOMÁTICA – Conquistamos a terceira<br />
posição no ranking Agência Estado Empresas de 2005, feito em parceria<br />
com a Economática. O prêmio foi concedido a partir da análise de sete<br />
critérios relacionados às expectativas dos acionistas.<br />
VALOR GRANDES GRUPOS – Ficamos em oitavo lugar no ranking dos 200<br />
Maiores grupos empresariais do País. A indicação foi feita pela publicação<br />
especial Valor Grandes Grupos, do jornal Valor Econômico, que apresenta a<br />
estrutura societária dos maiores grupos em atividade no Brasil.<br />
EMPRESAS MAIS ADMIRADAS – Nos classificamos em oitavo lugar no<br />
ranking preparado pela revista Carta Capital, a partir de entrevistas com<br />
mais de mil empresários e executivos que apontaram as empresas líderes<br />
em 28 setores econômicos. No prêmio de mesmo nome, do jornal DCI,<br />
também fomos eleitos como a Empresa Mais Admirada de <strong>2006</strong>,<br />
na categoria Bebidas. A premiação da Carta Capital levou em conta<br />
a opinião de 1.224 executivos de 48 setores da economia, enquanto<br />
o prêmio do DCI é resultado de pesquisa realizada com 3.865 executivos<br />
das principais empresas do País, por meio de questionários que abordavam<br />
questões como investimentos, comércio exterior e publicidade.<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 71
72 Equipe em <strong>2006</strong><br />
1<br />
2<br />
3 4 5<br />
6 7 8<br />
9 10 11<br />
12 13 14<br />
Equipe em<br />
<strong>2006</strong><br />
Nossa Gente reúne jovens talentos<br />
e profissionais com longa experiência<br />
no mercado de cervejas e refrigerantes,<br />
alinhados com a cultura de resultados<br />
e que dão o melhor de si para<br />
a permanente superação de metas<br />
e o crescimento sustentável dos negócios.<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />
CO-PRESIDENTES E CONSELHEIROS<br />
1. Victório Carlos De Marchi<br />
2. Carlos Alves de Brito<br />
MEMBROS DO CONSELHO<br />
Marcel Herrmann Telles<br />
Carlos Alberto da Veiga Sicupira<br />
José Heitor Attilio Gracioso<br />
Roberto Herbster Gusmão<br />
Vicente Falconi Campos<br />
Luis Felipe Pedreira Dutra Leite<br />
Johan M.J.J. Van Biesbroeck<br />
CONSELHEIROS SUPLENTES<br />
Jorge Paulo Lemann<br />
Roberto Moses Thompson Motta<br />
CONSELHO FISCAL<br />
MEMBROS DO CONSELHO<br />
Alcides Lopes Tápias<br />
Álvaro Antônio Cardoso de Souza<br />
Aloisio Macário Ferreira de Souza<br />
CONSELHEIROS SUPLENTES<br />
Ary Waddington<br />
Emmanuel Sotelino Schifferle<br />
Nilson José Bulgueroni<br />
DIRETORIA<br />
3. Luiz Fernando Edmond<br />
Diretor-geral para a América<br />
Latina<br />
4. Miguel Nuno Patrício<br />
Diretor-geral para a América do<br />
Norte<br />
5. Jorge Rocha<br />
Diretor para a América Latina<br />
Hispânica<br />
6. João Castro Neves<br />
Diretor Financeiro e de Relações<br />
com os <strong>Investidores</strong><br />
7. Bernardo Pinto Paiva<br />
Diretor de Vendas<br />
8. Carlos Eduardo Lisboa<br />
Diretor de Marketing<br />
9. Cláudio Braz Ferro<br />
Diretor Industrial<br />
10. Francisco de Sá Neto<br />
Diretor de Refrigerantes<br />
11. Milton Seligman<br />
Diretor para Assuntos Corporativos<br />
12. Pedro de Abreu Mariani<br />
Diretor Jurídico<br />
13. Olivier Lambrecht<br />
Diretor de Gente e Gestão<br />
14. Jean-Yves Rotte-Geoffroy<br />
Diretor de TI e Serviços Compartilhados<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 73
Demonstrações<br />
Financeiras<br />
Sumário<br />
76. <strong>Relatório</strong> da Administração<br />
88. Parecer dos Auditores Independentes<br />
89. Parecer do Conselho Fiscal<br />
90. Balanço Patrimonial<br />
92. Demonstração dos Resultados<br />
93. Demonstração das mutações<br />
do Patrimônio Líquido<br />
94. Demonstrações das Origens<br />
e Aplicações de Recursos<br />
96. Informação Suplementar – Fluxo de Caixa<br />
98. Notas Explicativas<br />
122. Informações aos <strong>Investidores</strong>
<strong>Relatório</strong> da<br />
Administração<br />
Visão GeRAl dA CompAnhiA de BeBidAs dAs AméRiCAs – AmBeV<br />
Com operações em 14 países pelas três Américas, a AmBev é a quinta maior cervejaria do mundo e a líder do mercado latino americano. As operações da<br />
Companhia consistem na produção e comercialização de cervejas, refrigerantes, outras bebidas não alcoólicas e malte, dividindo-se em três unidades de negócio:<br />
• Operações Brasil, representada pelas vendas de (i) cerveja (“Cerveja Brasil”); (ii) refrigerantes e bebidas não alcoólicas e não carbonatadas (“RefrigeNanc”); e (iii)<br />
malte e sub-produtos;<br />
• América Latina Hispânica (HILA), representada pela participação da AmBev em Quinsa (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai), bem como pelas<br />
operações da Companhia no norte da América Latina (El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua, Peru, República Dominicana e Venezuela); essas últimas<br />
operações, agrupadas, são designadas por HILA-ex (HILA excluindo Quinsa); e<br />
• América do Norte, representada pela operações da Labatt Brewing Company Limited (“Labatt”), incluindo vendas domésticas de cerveja no Canadá e<br />
exportações para os Estados Unidos (“EUA”).<br />
As principais marcas da AmBev incluem Skol (a terceira cerveja mais consumida no mundo), Brahma, Antarctica, Bohemia, Original, Quilmes, Labatt Blue, Brahva<br />
e Guaraná Antarctica. Além disso, a AmBev é a maior engarrafadora da PepsiCo fora dos EUA. Através de um acordo de “franchising”, a Companhia vende e<br />
distribui os produtos Pepsi no Brasil e em outros países da América Latina, incluindo Pepsi, Lipton Ice Tea e o isotônico Gatorade.<br />
O risco de crédito da AmBev como emissor de dívida em moeda nacional e estrangeira detém a classificação de grau de investimento segundo a Standard and<br />
Poor’s e a Fitch Ratings.<br />
CONjUNTURA ECONômICA<br />
A renda disponível dos consumidores vem crescendo nos últimos anos no Brasil, principal mercado consumidor da AmBev. Este crescimento é um dos fatores que<br />
contribuiu para o crescimento de volumes em Cerveja Brasil (+5,1%) e RefrigeNanc (+9,0%).<br />
No Canadá, o segundo maior mercado da AmBev, a economia também vem apresentando bom desempenho, especialmente no Oeste, aonde os altos preços do<br />
petróleo vêm sustentando um ritmo de crescimento forte ao mercado local.<br />
Na Argentina, terceiro maior mercado da AmBev, mais uma vez o crescimento verificado foi forte. O volume da Quinsa, cuja principal operação é na Argentina,<br />
cresceu 15,1% em <strong>2006</strong>.<br />
INVESTImENTOS<br />
No ano de <strong>2006</strong> a AmBev investiu R$ 1.425,7 milhões em ampliação das linhas de produção, compra de ativos de giro e em uma fábrica de garrafas, a qual<br />
estimamos iniciar produção no segundo semestre de 2007.<br />
INVESTImENTOS Em CONTROLADAS<br />
Em <strong>2006</strong> a AmBev aumentou sua participação na Quinsa, de 56,72% para 91,18%. O montante desembolsado nessa operação foi R$ 2.738,8 milhões<br />
(equivalente a US$1,25 bilhão). A operação reforça o compromisso da AmBev com o crescimento dos mercados Argentino, Uruguaio, Paraguaio, Boliviano e<br />
Chileno.<br />
DIRETORIA FINANCEIRA E DE RELAçõES COm INVESTIDORES<br />
Em 2007 Graham Staley assumiu a diretoria financeira e de relações com investidores da AmBev, em substituição a joão Castro Neves, que foi nomeado diretor<br />
geral da Quinsa. Graham Staley foi Diretor Financeiro da Labatt USA entre 2000 e 2004, e entre 2005 e <strong>2006</strong> diretor financeiro da Labatt Brewing Company<br />
Limited.<br />
76 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 77<br />
mEIO AmBIENTE<br />
A AmBev desenvolve suas atividades econômicas de maneira ecoeficiente, reciclando os resíduos da produção e minimizando o impacto sobre a natureza de modo<br />
a preservar nossos recursos naturais. Ao mesmo tempo em que busca uma maior competitividade na produção de bebidas, utiliza tecnologias, matérias-primas e<br />
processos para minimizar o impacto ambiental. Para tanto, estabelece indicadores de ecoeficiência que são sistematicamente monitorados. Somos referência no<br />
uso racional de água, com unidades que superaram em <strong>2006</strong> o benchmark mundial de 3,75 litros de água por cada litro de cerveja produzido, que já era nosso.<br />
Destacaram-se as unidades de Curitiba (PR), Brasília (DF), Camaçari (BA) e Agudos (SP), que utilizaram, para a produção de um litro de cerveja, 3,49, 3,63, 3,69 e<br />
3,70 litros de água, respectivamente.<br />
Patrocinamos o maior centro de Reciclagem da América Latina e reaproveitamos mais de 98% dos resíduos industriais na forma de subprodutos, o que gerou, em<br />
<strong>2006</strong>, uma receita de R$ 59,3 milhões*.<br />
Essas métricas demonstram o compromisso da AmBev com a gestão dos recursos ambientais. Como resultado deste trabalho, recebemos o título de Empresa-modelo<br />
pelo Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa por promover o consumo responsável de bebida e atuar com indicadores de ecoeficiência. Ainda, o Governo do Peru,<br />
com apoio do Banco mundial, concedeu à unidade local da AmBev o prêmio “A la Producción más Limpia y a la Ecoeficiencia <strong>2006</strong>”.<br />
* Este número é referente somente às operações no Brasil e Hila-ex.<br />
RECURSOS HUmANOS<br />
A AmBev chegou ao final de <strong>2006</strong> com 35,1 mil funcionários: 20,1 mil no Brasil; 3,1 mil no Canadá; 7,3 mil nas unidades da Quinsa e 4,6 mil na Hila-ex (que inclui<br />
Equador, Peru, Guatemala, Venezuela e República Dominicana).<br />
A AmBev investe permanentemente no desenvolvimento de seus recursos humanos. Em <strong>2006</strong>, a Universidade AmBev (UA) realizou treinamentos específicos<br />
(técnicos, comportamentais, idiomas, etc) para mais de 5.700 funcionários e distribuidores, totalizando mais de 35.000 horas de treinamento. Os funcionários<br />
ainda contam com os investimentos da Fundação Antonio e Helena Zerrener (FAHZ) em bolsas de estudo de graduação e pós-graduação.<br />
A FAHZ também oferece o programa Vida Legal, que estimula hábitos saudáveis, ações preventivas de saúde e tratamento de doenças crônicas.<br />
Em <strong>2006</strong>, obtivemos também um grande avanço no índices de acidentes com afastamento, que ficaram 30% abaixo dos registrados em 2005, o que representa<br />
uma evolução de 78% desde 2000.<br />
DIVIDENDOS E AçõES<br />
O estatuto social da AmBev prevê dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual da companhia, conforme estabelecido nos<br />
princípios contábeis da legislação societária brasileira, incluindo as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio. No ano calendário de <strong>2006</strong>, foram<br />
distribuídos R$1.790,8 bilhões em dividendos, incluindo juros sobre Capital Próprio.<br />
Em <strong>2006</strong>, foram negociados aproximadamente R$ 7,1 bilhões de ações PN, R$1,3 bilhões de ações ON. As ações fecharam o ano de <strong>2006</strong> cotadas a R$943,00<br />
(AmBV3) e R$ 1.053,99 (AmBV4).<br />
destAques FinAnCeiRos <strong>2006</strong><br />
As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em base consolidada e em milhares de Reais, de acordo<br />
com a Legislação Societária; as comparações referem-se ao ano de 2005.<br />
• O EBITDA consolidado da AmBev atingiu R$7.444,6 milhões no ano, crescendo 18,1%.<br />
• A participação da AmBev no mercado de cervejas brasileiro em <strong>2006</strong>, segundo a ACNielsen, foi de 68,8% (2005: 68,3%). O volume do segmento Cerveja Brasil<br />
cresceu 5,1%, e a receita por hectolitro atingiu R$137,8.<br />
• A margem de EBITDA do segmento RefrigeNanc alcançou 33,6%, crescendo 230 pontos base e mantendo a AmBev como um benchmark para a indústria. O<br />
EBITDA registrado para o segmento foi de R$607,7 milhões, 17,4% acima de 2005.<br />
• A divisão HILA registrou EBITDA de R$791,2 milhões, refletindo o forte crescimento de Quinsa.<br />
• A Labatt contribuiu com um EBITDA de R$1.499,6 milhões
Destaques Financeiros – AmBev Consolidado %<br />
R$ milhões <strong>2006</strong> 2005 Variação<br />
Volume de Vendas (000 hl) 134.366 125.313 7,2%<br />
Receita Líquida por Hectolitro (R$/hl) 137,4 139,4 -1,4%<br />
Receita líquida 17.613,7 15.958,6 10,4%<br />
Lucro bruto 11.665,0 10.216,2 14,2%<br />
margem lucro Bruto 66,2% 64,0% 220 bps<br />
EBIT 6.256,3 5.042,6 24,1%<br />
margem EBIT 35,5% 31,6% 390 bps<br />
EBITDA 7.444,6 6.305,1 18,1%<br />
margem EBITDA 42,3% 39,5% 280 bps<br />
Lucro líquido 2.806,3 1.545,7 81,5%<br />
margem lucro líquido 15,9% 9,7% 620 bps<br />
Número de ações em circulação (milhões) 63.719,4 65.346,2 -2,5%<br />
LPA (R$/000 ações) 44,04 23,65 86,2%<br />
LPA excl. amortização de ágio (R$/000 ações) 64,18 44,21 45,2%<br />
Notas:<br />
(1) O cálculo por ação é baseado nas ações em circulação (total de ações existentes, menos ações em tesouraria).<br />
(2) Os somatórios podem não conferir devido a arredondamentos.<br />
destAques FinAnCeiRos poR seGmento de neGóCios<br />
A tabela abaixo apresenta os destaques financeiros consolidados por segmento de negócios. Os resultados apresentados referem-se aos períodos de doze meses<br />
findos em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> e 2005.<br />
Destaques Financeiros Brasil HILA América do Norte Total<br />
R$ milhões <strong>2006</strong> 2005 % Var. <strong>2006</strong> 2005 % Var. <strong>2006</strong> 2005 % Var. <strong>2006</strong> 2005 % Var.<br />
Volume (‘000 hl) 87.727 82.743 6,0% 35.676 31.679 12,6% 10.963 10.891,6 0,7% 134.366 125.313 7,2%<br />
Receita Líquida 10.963,1 9.902,8 10,7% 2.762,4 2.080,3 32,8% 3.888,2 3.975,5 -2,2% 17.613,7 15.958,6 10,4%<br />
CPV (3.492,2) (3.488,9) 0,1% (1.266,2) (953,1) 32,9% (1.190,2) (1.300,3) -8,5% (5.948,7) (5.742,3) 3,6%<br />
Lucro Bruto 7.470,9 6.413,9 16,5% 1.496,2 1.127,1 32,7% 2.697,9 2.675,2 0,9% 11.665,0 10.216,2 14,2%<br />
margem Bruta 68,1% 64,8% 340 bps 54,2% 54,2% 0 bps 69,4% 67,3% 210 bps 66,2% 64,0% 220 bps<br />
SG&A Total (3.038,3) (2.942,2) 3,3% (955,6) (764,7) 25,0% (1.414,8) (1.466,7) -3,5% (5.408,7) (5.173,7) 4,5%<br />
% da Receita Líq. -27,7% -29,7% 200 bps -34,6% -36,8% 220 bps -36,4% -36,9% 50 bps -30,7% -32,4% 170 bps<br />
EBIT 4.432,5 3.471,7 27,7% 540,6 362,4 49,2% 1.283,1 1.208,5 6,2% 6.256,3 5.042,6 24,1%<br />
margem de EBIT 40,4% 35,1% 540 bps 19,6% 17,4% 210 bps 33,0% 30,4% 260 bps 35,5% 31,6% 390 bps<br />
EBITDA 5.153,7 4.319,0 19,3% 791,2 553,0 43,1% 1.499,6 1.433,1 4,6% 7.444,6 6.305,1 18,1%<br />
margem de EBITDA 47,0% 43,6% 340 bps 28,6% 26,6% 210 bps 38,6% 36,0% 250 bps 42,3% 39,5% 280 bps<br />
OPERAçõES BRASIL<br />
Resultado Brasil Cerveja RefrigeNanc Malte e Suprodutos Total<br />
R$ milhões <strong>2006</strong> 2005 % Var. <strong>2006</strong> 2005 % Var. <strong>2006</strong> 2005 % Var. <strong>2006</strong> 2005 % Var.<br />
Volume (‘000 hl) 65.655 62.486 5,1% 22.072 20.257 9,0% n.a n.a n.a 87.727 82.743 6,0%<br />
Receita Líquida 9.045,0 8.119,1 11,4% 1.806,4 1.648,7 9,6% 111,6 135,0 -17,3% 10.963,1 9.902,8 10,7%<br />
Receita Líquida/hl 137,8 129,9 6,0% 81,8 81,4 0,6% n.a n.a n.a 125,0 119,7 4,4%<br />
CPV (2.573,6) (2.575,3) -0,1% (877,8) (851,7) 3,1% (40,8) (61,9) -34,1% (3.492,2) (3.488,9) 0,1%<br />
CPV/hl (39,2) (41,2) -4,9% (39,8) (42,0) -5,4% n.a n.a n.a (39,8) (42,2) -5,6%<br />
Lucro Bruto 6.471,5 5.543,8 16,7% 928,5 797,0 16,5% 70,9 73,1 -3,1% 7.470,9 6.413,9 16,5%<br />
margem Bruta 71,5% 68,3% 330 bps 51,4% 48,3% 310 bps 63,5% 54,2% 930 bps 68,1% 64,8% 340 bps<br />
SG&A excl. deprec. e amort. (2.126,9) (1.961,3) 8,4% (343,2) (306,3) 12,0% (3,4) (3,1) 10,1% (2.473,5) (2.270,7) 8,9%<br />
Deprec. E amort. SG&A (422,8) (507,7) -16,7% (142,1) (163,8) -13,3% 0,0 0,0 n.a. (564,9) (671,6) -15,9%<br />
SG&A Total (2.549,7) (2.469,0) 3,3% (485,2) (470,1) 3,2% (3,4) (3,1) 10,1% (3.038,3) (2.942,2) 3,3%<br />
% da Receita Líq. 28,2% 30,4% -220 bps 26,9% 28,5% -170 bps 3,1% 2,3% 80 bps 27,7% 29,7% -200 bps<br />
EBIT 3.921,8 3.074,8 27,5% 443,3 326,8 35,6% 67,4 70,0 -3,7% 4.432,5 3.471,7 27,7%<br />
margem de EBIT 43,4% 37,9% 550 bps 24,5% 19,8% 470 bps 60,4% 51,9% 850 bps 40,4% 35,1% 540 bps<br />
EBITDA 4.478,6 3.731,4 20,0% 607,7 517,6 17,4% 67,4 70,0 -3,7% 5.153,7 4.319,0 19,3%<br />
margem de EBITDA 49,5% 46,0% 360 bps 33,6% 31,4% 230 bps 60,4% 51,9% 850 bps 47,0% 43,6% 340 bps<br />
Análise do desempenho FinAnCeiRo em <strong>2006</strong><br />
78 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 79<br />
RECEITA LíQUIDA<br />
A receita líquida aumentou 10,4% em <strong>2006</strong>, atingindo R$17.613,7 milhões. O quadro a seguir ilustra a contribuição de cada unidade de negócios para a receita<br />
líquida consolidada da AmBev.<br />
Receita Líquida <strong>2006</strong> 2005 %Variação<br />
R$ milhões % Total R$ milhões % Total<br />
Brasil 10.963,1 62,2% 9.902,8 62,1% 10,7%<br />
Cerveja Brasil 9.045,0 51,4% 8.119,1 50,9% 11,4%<br />
RefrigeNanc Brasil 1.806,4 10,3% 1.648,7 10,3% 9,6%<br />
malte e Subprodutos 111,6 0,6% 135,0 0,8% -17,3%<br />
HILA 2.762,4 15,7% 2.080,3 13,0% 32,8%<br />
Quinsa 2.004,3 11,4% 1.299,9 8,1% 54,2%<br />
Cerveja 1.471,1 8,4% 971,8 6,1% 51,4%<br />
Refrigerantes 533,2 3,0% 328,0 2,1% 62,5%<br />
HILA-ex 758,1 4,3% 780,4 4,9% -2,9%<br />
Cerveja 458,6 2,6% 469,2 2,9% -2,3%<br />
Refrigerantes 299,5 1,7% 311,2 2,0% -3,7%<br />
América do Norte 3.888,2 22,1% 3.975,5 24,9% -2,2%<br />
Consolidado 17.613,7 100,0% 15.958,6 100,0% 10,4%<br />
Operações Brasil<br />
A receita líquida gerada pela principal unidade de negócios da AmBev, representada por nossas operações de cerveja, refrigerantes e bebidas não carbonatadas no<br />
Brasil, cresceu 10,7%, chegando a R$10.963,1 milhões. O desempenho de cada operação é apresentado a seguir.<br />
Cerveja<br />
A receita líquida proveniente das vendas de cerveja no Brasil em <strong>2006</strong> subiu 11,4%, acumulando R$9.045,0 milhões. Os principais elementos que contribuíram<br />
para esse crescimento foram:<br />
- Crescimento de 5,1% no volume venda, refletindo (i) a maior participação de mercado da AmBev (<strong>2006</strong>: 68,8%; 2005: 68,3%); e (ii) o crescimento do mercado.<br />
- Crescimento de 6,0% da receita por hectolitro, a qual chegou a R$137,8. Esse aumento foi conseqüência (i) do reposicionamento geral de preços realizado no<br />
mês de dezembro de 2005; (ii) crescimento do segmento premium, com destaque para as marcas Bohemia (+19,7%) e Original (+38,3%) ; e (iii) da expansão das<br />
vendas feitas pela estrutura de distribuição direta da AmBev.<br />
RefrigeNanc<br />
A receita líquida gerada pela operação de RefrigeNanc em <strong>2006</strong> cresceu 9,6%, atingindo R$1.806,4 milhões. Os principais elementos que contribuíram para esse<br />
crescimento foram:<br />
- Crescimento de 9.0% no volume de venda, refletindo (i) a manutenção da participação da AmBev no mercado de refrigerantes (<strong>2006</strong>: 17,0%; 2005: 17.0%); e<br />
(ii) o crescimento desse mercado.<br />
- Aumento de 0,6% da receita por hectolitro, a qual chegou a R$81,8. Esse aumento foi impactado (i) positivamente pelo reposicionamento de preços<br />
implementados ao longo de <strong>2006</strong>; e (ii) negativamente pela maior participação de embalagens de maior volume.<br />
Malte e Sub-produtos<br />
A venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou uma redução de receita de 17,3%, acumulando R$111,6 milhões.<br />
América Latina Hispânica (HILA)<br />
As operações da AmBev na América Latina registraram em <strong>2006</strong> um aumento de receita de 32,8%, atingindo R$2.762,4 milhões. A análise mais detalhada desse<br />
desempenho é apresentada a seguir.<br />
Quinsa<br />
A participação da AmBev na Quinsa, cervejaria líder nos países do Cone Sul, contribuiu R$2.004,3 milhões para a receita consolidada da companhia, representando<br />
um crescimento de 54,2%. Os principais elementos que contribuíram para o aumento da receita foram:<br />
- Crescimento de volume de cerveja e de refrigerantes de 9,8% e 25,5% respectivamente; o volume consolidado cresceu 15,1%.<br />
- Crescimento em dólares americanos de 6,2% na receita por hectolitro, atingindo US$40,5.
- Aumento do porcentual de consolidação do resultado da Quinsa (dez/06: 100,0%; dez/05:59,2%), em virtude da maior participação da AmBev em Quinsa<br />
(dez/06: 91,8%; dez/05: 59,2%)<br />
HILA-ex<br />
As operações da AmBev no norte da América Latina apresentaram uma redução da receita em <strong>2006</strong> de 2,9%, acumulando R$758,1 milhões. Os principais<br />
elementos que contribuíram para a redução da receita foram (i) crescimento de volume de 3,2% (ii) queda de 5,9% da receita por hectolitro, resultante do<br />
acirramento do mercado competitivo e apreciação do Real frente as demais moedas das operações da HILA-ex.<br />
América do Norte<br />
As operações Labatt na América do Norte contribuíram com R$3.888,2 milhões para a receita consolidada da AmBev, uma redução de 2,2%. Esse resultado é<br />
explicado por:<br />
- Aumento do volume de vendas da Labatt no mercado canadense de 0,6%.<br />
- Aumento na exportação da Labatt para os EUA de 0,8%.<br />
- Crescimento de 0,6% na receita por hectolitro das vendas domésticas, em dólares canadenses<br />
- Queda de 4,6% na receita por hectolitro nas vendas para exportação, em dólares canadenses<br />
- Apreciação do Real frente ao dólar canadense. Em dólares canadenses, a receita líquida cresceu 0,9% para CAD$2.020,1 milhões.<br />
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS<br />
O custo dos produtos vendidos da AmBev em <strong>2006</strong> cresceu 3,6%, acumulando R$5.948,7 milhões. O quadro a seguir ilustra a contribuição de cada unidade de<br />
negócios para o custo dos produtos vendidos consolidado da AmBev.<br />
CPV <strong>2006</strong> 2005 % Variação<br />
R$ milhões % Total % Rec. Líq. R$ milhões % Total % Rec. Líq.<br />
Brasil (3.492,2) 58,7% 31,9% (3.488,9) 60,8% 35,2% 0,1%<br />
Cerveja Brasil (2.573,6) 43,3% 28,5% (2.575,3) 44,8% 31,7% -0,1%<br />
RefrigeNanc Brasil (877,8) 14,8% 48,6% (851,7) 14,8% 51,7% 3,1%<br />
malte e Subprodutos (40,8) 0,7% 36,5% (61,9) 1,1% 45,8% -34,1%<br />
HILA (1.266,2) 21,3% 45,8% (953,1) 16,6% 45,8% 32,9%<br />
Quinsa (808,8) 13,6% 40,4% (536,7) 9,3% 41,3% 50,7%<br />
Cerveja (464,5) 7,8% 31,6% (321,4) 5,6% 33,1% 44,5%<br />
Refrigerantes (344,3) 5,8% 64,6% (215,3) 3,7% 65,6% 59,9%<br />
HILA-ex (457,4) 7,7% 60,3% (416,4) 7,3% 53,4% 9,8%<br />
Cerveja (255,2) 4,3% 55,6% (236,0) 4,1% 50,3% 8,1%<br />
Refrigerantes (202,2) 3,4% 67,5% (180,5) 3,1% 58,0% 12,1%<br />
América do Norte (1.190,2) 20,0% 30,6% (1.300,3) 22,6% 32,7% -8,5%<br />
Consolidado (5.948,7) 100,0% 33,8% (5.742,3) 100,0% 36,0% 3,6%<br />
Brasil<br />
O custo dos produtos vendidos na unidade de negócios Brasil acumulou R$3.492,2 milhões, crescendo 0,1%.<br />
Cerveja<br />
O custo dos produtos vendidos da operação de venda de cerveja no Brasil diminuiu 0,1%, chegando a R$2.573,6 milhões. O custo dos produtos vendidos por<br />
hectolitro apresentou uma queda de 4,9%, somando R$39,2. Os principais fatores contribuindo para esta redução foram (i) menor taxa de cambio para compra<br />
de insumos, derivada da política de hedge; (ii) a maior diluição de custos fixos, viabilizada pelo crescimento do volume de venda; e (iii) os ganhos de produtividade<br />
resultantes do contínuo programa de excelência fabril da AmBev que levaram à queda observada no custo unitário de produção.<br />
RefrigeNanc<br />
O custo dos produtos vendidos da operação de RefrigeNanc no Brasil subiu 3,1%, chegando a R$877,8 milhões. O custo dos produtos vendidos por hectolitro<br />
decresceu 5,4%, contabilizando R$39,8. Similar ao caso da operação de cerveja, os ganhos de eficiência fabril, assim como a maior diluição dos custos fixos de<br />
produção, e os ganhos com hedge foram os principais responsáveis pelo resultado.<br />
Malte e Sub-produtos<br />
A venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou uma redução do custo dos produtos vendidos de 34,1%, acumulando R$40,8 milhões.<br />
América Latina Hispânica (HILA)<br />
O custo dos produtos vendidos da unidade de negócios HILA aumentou 32,9%, atingindo R$1.266,2 milhões. A análise mais detalhada da evolução do custo é<br />
apresentada a seguir.<br />
80 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 81<br />
Quinsa<br />
A consolidação em AmBev do custo dos produtos vendidos da Quinsa acumulou em <strong>2006</strong> R$808,8 milhões, representando um crescimento de 50,7%. Os<br />
principais efeitos que explicam esse aumento são:<br />
- Aumento de 15,1% no volume vendido, atingindo 28,782 milhões de hectolitros.<br />
- Aumento do porcentual de consolidação do resultado da Quinsa (dez/06: 100,0%; dez/05:59,2%), em virtude da maior participação da AmBev em Quinsa<br />
(dez/06: 91,8%; dez/05: 59,2%)<br />
HILA-ex<br />
O custo dos produtos vendidos nas operações da AmBev no norte da América Latina cresceu 9,8%, chegando a R$457,4 milhões. O principal efeito que explica<br />
esse aumento é o crescimento de 3,2% no volume vendido, o qual atingiu 6,894 milhões de hectolitros.<br />
América do Norte<br />
O custo dos produtos vendidos da Labatt no ano de <strong>2006</strong> contabilizou R$ 1.190,2 milhões. Em moeda local, o custo dos produtos vendidos apresentou queda de<br />
5,3%. O principal fator que contribuiu para tal redução foi a queda de 5.9% nos custos unitários de produção.<br />
LUCRO BRUTO<br />
A AmBev alcançou em <strong>2006</strong> um lucro bruto de R$11.665,0 milhões, representando um crescimento de 14,2%. O quadro a seguir ilustra a contribuição de cada<br />
unidade de negócios para o lucro bruto consolidado da AmBev.<br />
Lucro Bruto <strong>2006</strong> 2005 % Variação<br />
R$ milhões % Total % Rec. Líq. R$ milhões % Total % Rec. Líq.<br />
Brasil 7.470,9 64,0% 68,1% 6.413,9 62,8% 64,8% 16,5%<br />
Cerveja Brasil 6.471,5 55,5% 71,5% 5.543,8 54,3% 68,3% 16,7%<br />
RefrigeNanc Brasil 928,5 8,0% 51,4% 797,0 7,8% 48,3% 16,5%<br />
malte e Subprodutos 70,9 0,6% 63,5% 73,1 0,7% 54,2% -3,1%<br />
HILA 1.496,2 12,8% 54,2% 1.127,1 11,0% 54,2% 32,7%<br />
Quinsa 1.195,5 10,2% 59,6% 763,2 7,5% 58,7% 56,6%<br />
Cerveja 1.006,6 8,6% 68,4% 650,4 6,4% 66,9% 54,8%<br />
Refrigerantes 188,9 1,6% 35,4% 112,8 1,1% 34,4% 67,5%<br />
HILA-ex 300,7 2,6% 39,7% 364,0 3,6% 46,6% -17,4%<br />
Cerveja 203,4 1,7% 44,4% 233,2 2,3% 49,7% -12,8%<br />
Refrigerantes 97,3 0,8% 32,5% 130,7 1,3% 42,0% -25,6%<br />
América do Norte 2.697,9 23,1% 69,4% 2.675,2 26,2% 67,3% 0,9%<br />
Consolidado 11.665,0 100,0% 66,2% 10.216,2 100,0% 64,0% 14,2%<br />
DESPESAS COm VENDAS, GERAIS E ADmINISTRATIVAS<br />
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da AmBev totalizaram R$5.408,7 milhões em <strong>2006</strong>, crescendo 4,5%. A análise da evolução dessas despesas em<br />
cada unidade de negócios é exposta a seguir.<br />
Brasil<br />
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas no Brasil somaram R$3.038,3 milhões em <strong>2006</strong>, aumentando 3,3%.<br />
Cerveja<br />
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas atingiram R$2.549,7 milhões, crescendo 3,3%. Os principais elementos que geraram o crescimento de tais<br />
despesas operacionais foram:<br />
- O crescimento do volume de vendas da estrutura de distribuição direta da AmBev.<br />
- menores despesas com amortização de ativos diferidos, principalmente em decorrência da mudança da forma de contabilização da incorporação da InBev Brasil<br />
em <strong>2006</strong>.
RefrigeNanc<br />
Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas para RefrigeNanc acumularam R$485,2 milhões, aumentando 3,2%. Os principais elementos que geraram o<br />
crescimento de tais despesas operacionais foram:<br />
- O crescimento do volume de vendas da estrutura de distribuição direta da AmBev.<br />
- menores despesas com amortização de ativos diferidos, principalmente em decorrência da mudança da forma de contabilização da incorporação da InBev Brasil<br />
em <strong>2006</strong>.<br />
Malte e Sub-produtos<br />
A venda de malte e sub-produtos gerou despesas de Vendas, Gerais e Administrativas de R$ 3,4 milhões em <strong>2006</strong>, crescendo 10,1%.<br />
América Latina Hispânica (HILA)<br />
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da unidade de negócios HILA somaram R$955,6 milhões, aumentando 25,0%. A análise mais detalhada da<br />
evolução dessas despesas é apresentada a seguir.<br />
Quinsa<br />
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas consolidadas em AmBev em função de sua participação na Quinsa acumularam R$485,0 milhões, crescendo<br />
49,5%. Esse aumento é explicado em sua maior parte pelo aumento do porcentual de consolidação dos resultados de Quinsa (dez/06: 100,0%; dez/05: 59,2%),<br />
em virtude da maior participação da AmBev em Quinsa (dez/06: 91,8%; dez/05: 59,2%)<br />
HILA-ex<br />
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas das operações da AmBev no norte da América Latina somaram R$470,6 milhões, crescendo 6,9%.<br />
América do Norte<br />
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da Labatt somaram R$1.414,8 milhões. Em moeda local as despesas mantiveram-se estáveis quando comparadas<br />
a 2005.<br />
RESULTADO OPERACIONAL ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS, PROVISõES E CONTINGêNCIAS, E OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS<br />
A Companhia apresentou forte desempenho operacional em <strong>2006</strong>, evidenciando não somente o expressivo crescimento orgânico de suas vendas mas também<br />
ganhos adicionais de eficiência que se traduziram em expansão de margens para além dos níveis já exemplares da Companhia.<br />
Em <strong>2006</strong> a AmBev registrou um crescimento de EBIT 1 de 24,1% para R$6.256,3 milhões. A margem de EBIT sobre a receita líquida atingiu 35,5%, 390 pontos<br />
base maior do que em 2005.<br />
O EBITDA 2 da Companhia alcançou R$7.444,6 milhões, um aumento de 18,1%. A margem de EBITDA sobre a receita líquida foi de 42,3%, 280 pontos base<br />
maior do que em 2005.<br />
Os quadros a seguir apresentam os dados de EBIT e EBITDA para cada unidade de negócios.<br />
EBIT <strong>2006</strong> 2005 % Variação<br />
EBITDA <strong>2006</strong> 2005 % Variação<br />
R$ milhões % Total Margem R$ milhões % Total Margem<br />
Brasil 5.153,7 69,2% 47,0% 4.319,0 68,5% 43,6% 19,3%<br />
Cerveja Brasil 4.478,6 60,2% 49,5% 3.731,4 59,2% 46,0% 20,0%<br />
RefrigeNanc Brasil 607,7 8,2% 33,6% 517,6 8,2% 31,4% 17,4%<br />
malte e Subprodutos 67,4 0,9% 60,4% 70,0 1,1% 51,9% -3,7%<br />
HILA 791,2 10,6% 28,6% 553,0 8,8% 26,6% 43,1%<br />
Quinsa 855,1 11,5% 42,7% 549,4 8,7% 42,3% 55,6%<br />
Cerveja 768,2 10,3% 52,2% 496,7 7,9% 51,1% 54,7%<br />
Refrigerantes 86,9 1,2% 16,3% 52,7 0,8% 16,1% 64,9%<br />
HILA-ex (63,9) -0,9% -8,4% 3,7 0,1% 0,5% n.s.<br />
Cerveja (55,1) -0,7% -12,0% (2,8) 0,0% -0,6% n.s.<br />
Refrigerantes (8,7) -0,1% -2,9% 6,4 0,1% 2,1% n.s.<br />
América do Norte 1.499,6 20,1% 38,6% 1.433,1 22,7% 36,0% 4,6%<br />
Consolidado 7.444,6 100,0% 42,3% 6.305,1 100,0% 39,5% 18,1%<br />
1 Sigla em inglês para Earnings Before Interest and Taxes , equivalente ao resultado operacional antes das receitas e despesas financeiras, provisões e contingências, e outras receitas e<br />
82 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 83<br />
despesas operacionais.<br />
R$ milhões % Total Margem R$ milhões % Total Margem<br />
Brasil 4.432,5 70,8% 40,4% 3.471,7 68,8% 35,1% 27,7%<br />
Cerveja Brasil 3.921,8 62,7% 43,4% 3.074,8 61,0% 37,9% 27,5%<br />
RefrigeNanc Brasil 443,3 7,1% 24,5% 326,8 6,5% 19,8% 35,6%<br />
malte e Subprodutos 67,4 1,1% 60,4% 70,0 1,4% 51,9% -3,7%<br />
HILA 540,6 8,6% 19,6% 362,4 7,2% 17,4% 49,2%<br />
Quinsa 710,5 11,4% 35,4% 438,8 8,7% 33,8% 61,9%<br />
Cerveja 649,2 10,4% 44,1% 404,5 8,0% 41,6% 60,5%<br />
Refrigerantes 61,3 1,0% 11,5% 34,3 0,7% 10,5% 78,6%<br />
HILA-ex (169,9) -2,7% -22,4% (76,4) -1,5% -9,8% 122,5%<br />
Cerveja (121,3) -1,9% -26,5% (46,8) -0,9% -10,0% 159,3%<br />
Refrigerantes (48,6) -0,8% -16,2% (29,6) -0,6% -9,5% 64,2%<br />
América do Norte 1.283,1 20,5% 33,0% 1.208,5 24,0% 30,4% 6,2%<br />
Consolidado 6.256,3 100,0% 35,5% 5.042,6 100,0% 31,6% 24,1%<br />
2 Sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), equivalente ao EBIT antes das despesas com depreciação e amortização.
CONTINGêNCIAS TRIBUTáRIAS, TRABALHISTAS E OUTRAS<br />
Provisões líquidas para contingências e outras contabilizaram ganho de R$111,8milhões. É importante ressaltar a reversão de R$316,0 milhões referentes a<br />
processos tributários de PIS e COFINS.<br />
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS<br />
O saldo líquido de outras receitas e despesas operacionais em <strong>2006</strong> representou uma perda de R$955,1 milhões, 11,2% mais baixa em relação à perda registrada<br />
em 2005. O detalhamento dos principais lançamentos é apresentado a seguir.<br />
- Ganho de R$165,4 milhões referentes a acréscimos patrimoniais decorrente de incentivos fiscais concedidos a controladas da AmBev no Brasil.<br />
- Ganho de R$79,4 milhões derivado da variação cambial em controladas no exterior.<br />
- Ganho de R$39,9 milhões referentes a deságio sobre crédito incentivo fiscal (ICmS).<br />
- Ganho de R$24,0 milhões referentes a recuperação no Brasil de créditos de impostos de PIS e COFINS.<br />
- Despesa de R$971,4 milhões decorrentes da amortização de ágio referente ao investimento da AmBev na Labatt.<br />
- Despesa de R$103,3 milhões decorrentes da amortização de ágio referente à investimentos da AmBev na Quinsa.<br />
- Despesa de R$85,5 milhões decorrentes da amortização de ágio referente à investimentos da Quinsa na América Latina.<br />
- Despesa de R$122,7 milhões decorrentes de outras amortizações de ágio.<br />
RESULTADO FINANCEIRO<br />
O resultado financeiro da companhia em <strong>2006</strong> foi negativo em R$1.078,3 milhões, comparado a uma perda em 2005 de R$1.086,7 milhões. A tabela abaixo<br />
destaca os principais lançamentos do resultado financeiro da companhia:<br />
Detalhamento do Resultado Financeiro<br />
R$ milhões <strong>2006</strong> 2005<br />
Receita Financeira<br />
Receitas financeiras sobre equivalentes a caixa 111,1 91,4<br />
Variação cambial sobre aplicações financeiras (15,5) (36,7)<br />
Resultado sobre Plano de Ações 10,0 13,3<br />
juros e variação cambial sobre mútuos 0,1<br />
Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e depósitos judiciais 29,8 6,6<br />
Outras 33,0 20,5<br />
Total 168,4 95,3<br />
Despesa Financeira<br />
Encargos financeiros sobre dívidas em reais 191,5 122,4<br />
juros e variação cambial sobre mútuos 1,8 5,7<br />
Encargos financeiros sobre dívidas em moeda estrangeira 485,1 456,0<br />
Variação cambial sobre financiamentos (254,7) (308,5)<br />
Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos 585,1 625,8<br />
Impostos sobre transações financeiras 131,8 141,9<br />
Encargos financeiros sobre contingências e outros 59,9 77,6<br />
Outras 46,3 61,0<br />
Total 1.246,7 1.182,0<br />
Resultado Financeiro (1.078,3) (1.086,7)<br />
A Companhia ressalta que, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, os passivos referentes a operações de swaps e derivativos devem ser<br />
contabilizados por meio da curva de juros estabelecida em seus respectivos contratos; já os ativos referentes a esses mesmos tipos de operações devem ser<br />
contabilizados no menor valor entre o valor de mercado e curva mencionada.<br />
O endividamento total da Companhia aumentou R$2.363,0 milhões em comparação com 2005, enquanto seu montante de caixa e equivalentes aumentou<br />
R$668,8 milhões.<br />
Conseqüentemente, houve um aumento de R$1.694,3 milhões na dívida líquida da AmBev. A Companhia estima que a razão entre sua dívida líquida e o EBITDA<br />
acumulado dos últimos 12 meses seja de 1,0x.<br />
A tabela a seguir detalha o perfil da dívida consolidada da AmBev:<br />
4T06 4T06 4T06<br />
Detalhamento da Dívida Curto Longo<br />
R$ milhões Prazo Prazo Total<br />
moeda Local 400,4 3.178,3 3.578,7<br />
moeda Estrangeira 1.704,2 4.283,7 5.987,9<br />
Dívida Consolidada 2.104,6 7.462,0 9.566,6<br />
Caixa e equivalentes, Títulos e Valores mobiliários 1.765,0<br />
Dívida Líquida 7.801,6<br />
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS NãO OPERACIONAIS<br />
O saldo líquido de outras receitas e despesas não operacionais resultou em <strong>2006</strong> em uma perda de R$28,8 milhões, comparada a uma perda em 2005 de<br />
84 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 85<br />
R$234,3 milhões.<br />
O principal motivo da diferença são dois lançamentos realizados em 2005, os quais não se verificaram em <strong>2006</strong>:<br />
- Prejuízo de R$ 158,2 milhões referentes a provisão constituída para fechamento da cervejaria da Labatt em Toronto. Os itens provisionados foram os seguintes:<br />
(i) perda do imobilizado (R$46,7 milhões); (ii) complemento de provisão de benefícios a empregados (R$69,9 milhões); e (iii) custo de demissão de<br />
funcionários (R$ 41,6 milhões).<br />
- Perda de R$ 65,6 milhões referente ao investimento da AmBev em Quinsa, decorrente das recompras de suas próprias ações no mercado realizadas pela Quinsa<br />
ao longo do ano de 2005.<br />
ImPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIçãO SOCIAL<br />
O resultado líquido de imposto de renda e contribuição social em <strong>2006</strong> foi uma despesa de R$1.315,2 milhões. À alíquota nominal de 34%, a provisão para<br />
imposto de renda e contribuição social teria sido de R$1.398,4 milhões. A conciliação da provisão efetiva com a provisão à alíquota nominal é apresentada no<br />
quadro a seguir:<br />
Imposto de Renda <strong>2006</strong><br />
R$ milhões<br />
Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social 4.307,3<br />
Participações estatutárias e contribuições (194,4)<br />
Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e das participações estatutárias e contribuições 4.112,8<br />
Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%) (1.398,4)<br />
Ajustes para obtenção da alíquota efetiva:<br />
juros sobre capital próprio 500,9<br />
Resultado de controladas no exterior não sujeitas a tributação 4,2<br />
Ganhos patrimoniais em controladas 62,1<br />
Amortização de ágio - parcela não dedutível (355,0)<br />
Retenção de impostos (68,3)<br />
Variação cambial sobre investimentos no exterior (43,8)<br />
Adições e exclusões permanentes e outros (17,1)<br />
Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro (1.315,2)<br />
Alíquota efetiva de IR e contribuição social 32,0%<br />
Ajuste Benefício Fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil<br />
Benefício fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil 350,8<br />
Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro excluindo efeito do benefício fiscal (964,4)<br />
Alíquota efetiva de IR e contribuição social ajustada por benefício fiscal 25,6%
PARTICIPAçõES DE EmPREGADOS E ADmINISTRADORES<br />
A despesa decorrente da provisão a título de participação nos lucros aos empregados e administradores foi de R$194,4 milhões em <strong>2006</strong>. Este valor faz parte<br />
da política de remuneração variável da Companhia, segundo a qual mais de 20.000 empregados têm uma parte significativa de sua remuneração sujeita ao<br />
cumprimento de agressivas metas de performance.<br />
Em 2005 a participação dos empregados e administradores nos lucros da Companhia foi de R$202,8 milhões.<br />
PARTICIPAçõES mINORITáRIAS<br />
As participações minoritárias em subsidiárias da AmBev acumularam em <strong>2006</strong> prejuízo de R$ 8,7 milhões.<br />
LUCRO LíQUIDO<br />
O lucro líquido alcançado pela AmBev em <strong>2006</strong> foi de R$ 2.806,3 milhões, um aumento de 81,5% comparado ao de 2005. O lucro por lote de 1.000 ações foi de<br />
R$44,04, representando um crescimento de 86,2%.<br />
RECONCILIAçãO LUCRO LíQUIDO AO EBITDA<br />
O EBITDA e o EBIT são medidas utilizada pela Administração da Companhia para demonstrar a performance da Companhia.<br />
O EBITDA é calculado excluindo-se do lucro líquido do exercício os seguintes efeitos: (i) Provisão do IR/Contribuição Social; (ii) Provisão para Participação de<br />
Empregados e Administradores, (iii) Resultado das participações minoritárias, (iv) Receitas (despesas) não operacionais, (v) Resultado financeiro líquido, (vi) Resultado<br />
da equivalência patrimonial, (vii) Outras Receitas (despesas) Operacionais, (viii) Provisões líquidas, e (ix) Despesas de depreciações e amortizações. O EBIT é o EBITDA<br />
subtraído das depreciações e amortizações.<br />
O EBITDA e o EBIT não são medidas contábeis utilizadas nas práticas contábeis adotadas no Brasil ou nos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados<br />
Unidos da América (US GAAP), não representando o fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como sendo uma alternativa ao lucro<br />
líquido na qualidade de indicador do desempenho operacional ou como uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. Nossa definição de<br />
EBITDA e EBIT pode não ser comparável ao EBITDA e EBIT ou EBITDA ajustado conforme definido por outras companhias.<br />
Reconciliação Lucro Líquido - EBITDA <strong>2006</strong> 2005<br />
Lucro Líquido 2.806,3 1.545,7<br />
Provisão IR/Contribuição Social 1.315,3 845,1<br />
Provisão Part. de Empr. e Administradores 194,4 202,8<br />
Participações minoritárias (8,7) (16,8)<br />
Lucro Antes de Impostos 4.307,3 2.576,8<br />
Receitas (Despesas) Não Operacionais 28,8 234,3<br />
Resultado Financeiro Líquido 1.078,3 1.086,7<br />
Equivalência Patrimonial (1,4) (2,0)<br />
Outras Receitas (Despesas) Operacionais 955,1 1.075,3<br />
Provisões, Líquidas (111,8) 71,5<br />
EBIT 6.256,3 5.042,6<br />
Depreciações e Amortizações 1.188,4 1.262,6<br />
EBITDA 7.444,6 6.305,1<br />
86 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 87<br />
DIVIDENDOS<br />
A distribuição de resultado aos acionistas referentes ao resultado de <strong>2006</strong>, representando a soma de dividendos e juros sobre o capital próprio, foi de R$1.473,1<br />
milhões. O valor distribuído representa 52,5% do lucro líquido reportado.<br />
Adicionalmente à distribuição de lucros, a companhia devolveu a seus acionistas R$1.762,3 milhões através de seu programa de recompra de ações, perfazendo um<br />
pay out total de R$3.235,4 milhões.<br />
RELACIONAmENTO COm AUDITORES INDEPENDENTES<br />
A política de atuação junto aos nossos auditores independentes na prestação de serviços não relacionados à auditoria externa se substancia nos princípios que<br />
preservam a independência do auditor.<br />
Estes princípios compreendem:<br />
(a) o auditor não deve auditar seu próprio trabalho;<br />
(b) o auditor não deve exercer funções gerenciais e<br />
(c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente.<br />
Adotamos políticas e procedimentos de pré-aprovação segundo os quais todos os serviços de auditoria e outros serviços prestados por auditores externos<br />
contratados devem ser aprovados pelo Conselho Fiscal, o qual executa as obrigações de um comitê de auditoria para os propósitos da Lei Sarbanes-Oxley de<br />
2002, em conformidade com a Regra 10A-3(c). O Conselho Fiscal adota uma lista de serviços e limites de valor para a contratação de cada auditor externo, de<br />
acordo com os termos incluídos em uma Lista Básica, por sua vez aprovada pelo Conselho de Administração. Qualquer serviço constante dessa lista é considerado<br />
“pré-aprovado”. Trimestralmente, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal recebem, do Diretor Financeiro, um relatório resumido sobre o progresso dos<br />
serviços prestados pré-aprovados e os honorários correspondentes devidamente autorizados. Quaisquer serviços não apresentados nessa Lista Básica requerem uma<br />
opinião anterior favorável de nosso Conselho Fiscal e a aprovação de nosso Conselho de Administração. Nossa política contém também uma lista de serviços que<br />
não podem ser prestados por nossos auditores externos.
parecer dos Auditores<br />
independentes<br />
Aos Administradores e Acionistas<br />
Companhia de Bebidas das Américas – AmBev<br />
São Paulo – SP<br />
1. Examinamos os balanços patrimoniais, individual (controladora) e consolidado, da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”) e controladas<br />
em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos<br />
correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião<br />
sobre essas demonstrações financeiras.<br />
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a<br />
relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos das Companhias; (b) a constatação, com base em testes, das evidências<br />
e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas<br />
adotadas pela Administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.<br />
3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo (1) representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial<br />
e financeira, controladora e consolidado, da Companhia de Bebidas das Américas – AmBev e controladas em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, o resultado de suas<br />
operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas<br />
contábeis adotadas no Brasil.<br />
4. Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de emitir parecer sobre as demonstrações financeiras básicas referidas no primeiro parágrafo, tomadas em<br />
conjunto. As demonstrações consolidadas do fluxo de caixa, que estão sendo apresentadas para propiciar informações suplementares sobre a Companhia, não são<br />
requeridas como parte integrante das demonstrações financeiras básicas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações consolidadas<br />
do fluxo de caixa foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos no parágrafo 2 e, em nossa, essas demonstrações suplementares estão<br />
adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras básicas referentes aos exercícios findos em 31 de<br />
dezembro de <strong>2006</strong> e de 2005, tomadas em conjunto.<br />
5. Anteriormente examinamos os balanços patrimoniais, individual (controladora) e consolidado, da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”)<br />
e controladas em 31 de dezembro de 2005 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos<br />
correspondentes aos exercícios findos naquelas e emitimos parecer sem ressalva datado de 13 de fevereiro de <strong>2006</strong>. As demonstrações financeiras da controlada<br />
Labatt Brewing Company Limited, referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, a qual apresenta, passivo a descoberto de R$ 1.217 milhões, ativos<br />
totais de R$ 2.459 milhões, equivalente a 7,3% dos ativos totais da Companhia, receita líquida no montante de R$ 3.967 milhões, equivalente a 24,9% da receita<br />
líquida de vendas consolidadas e lucro líquido no montante de R$ 467 milhões, equivalente a 30,2% do lucro líquido da Companhia, foram examinadas por outros<br />
auditores independentes, e a nossa opinião, no que se refere aos valores dos ativos e passivos dessa controlada e do resultado por ela gerada, está baseada no<br />
parecer desses outros auditores.<br />
São Paulo, 26 de fevereiro de 2007<br />
DELOITTE TOUCHE TOHmATSU Altair Tadeu Rossato<br />
Auditores Independentes Contador<br />
CRC 2 SP 011609/O-8 CRC 1 SP 182515/O-5<br />
parecer do<br />
Conselho Fiscal<br />
O Conselho Fiscal da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”), em conformidade com as atribuições dispostas no Estatuto Social da<br />
Companhia, em seu Regimento Interno e nos incisos do art. 163 da Lei nº 6.404/76, examinou: (i) o parecer emitido sem ressalvas pela DELOITTE TOUCHE<br />
TOHmATSU AUDITORES INDEPENDENTES, e (ii) o relato sobre o desempenho da Companhia realizado pelo Gerente de Relações com <strong>Investidores</strong>, na presença do<br />
Diretor Financeiro e de Relações com <strong>Investidores</strong> e do Diretor Geral para América Latina. Com base nos documentos examinados e nos esclarecimentos prestados,<br />
os membros do Conselho Fiscal, abaixo assinados, opinaram pela aprovação em Assembléia Geral do <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> da Administração e das Demonstrações<br />
Financeiras encerradas em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>.<br />
São Paulo, 28 de fevereiro de 2007.<br />
Alcides Lopes Tápias<br />
álvaro Antonio Cardoso de Souza<br />
Aloisio macário Ferreira de Souza<br />
88 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 89<br />
Ary Waddington<br />
(Suplente)<br />
Emanuel Sotelino Schifferle<br />
(Suplente)<br />
Nilson josé Bulgueroni<br />
(Suplente)
Balanço<br />
patrimonial<br />
levantado em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> e de 2005 - (expresso em milhões de reais)<br />
Controladora Consolidado<br />
ATIVO <strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
CIRCULANTE<br />
Caixa e equivalentes 601,7 384,4 1.538,9 837,3<br />
Títulos e valores mobiliários - 52,7 226,1 259,0<br />
Contas a receber de clientes 848,6 705,1 1.542,7 1.331,8<br />
Estoques 589,9 557,5 1.363,9 1.178,1<br />
Impostos a recuperar 419,2 180,1 687,7 545,5<br />
Imposto de renda e contribuição social diferidos 550,5 502,3 610,0 543,4<br />
Dividendos e/ou juros sobre Capital Próprio 27,6 - 2,7 -<br />
Outros 431,0 378,7 845,4 779,6<br />
TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 3.468,5 2.760,8 6.817,4 5.474,7<br />
NÃO CIRCULANTE<br />
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO<br />
Créditos com pessoas ligadas / controladas 864,6 857,8 - -<br />
Depósitos compulsórios e judiciais 332,2 321,6 437,2 431,4<br />
Venda financiada de ações 72,6 114,0 72,8 114,7<br />
Imposto de renda e contribuição social diferidos 2.851,1 3.363,9 3.566,7 4.183,5<br />
Imóveis destinados à venda 82,9 101,3 86,0 104,5<br />
Outros 308,9 245,7 486,0 376,1<br />
TOTAL REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 4.512,3 5.004,3 4.648,7 5.210,2<br />
PERMANENTE<br />
Investimentos<br />
Participação em sociedades controladas diretas e coligadas, incluíndo ágio e deságio, líquida 21.203,7 19.634,0 17.990,4 16.727,1<br />
Outros investimentos 11,4 11,4 35,6 36,5<br />
Imobilizado 2.611,6 2.474,2 5.723,9 5.404,6<br />
Diferido 353,4 463,4 429,1 548,7<br />
TOTAL DO ATIVO PERMANENTE 24.180,1 22.583,0 24.179,0 22.716,9<br />
TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 28.692,4 27.587,3 28.827,7 27.927,1<br />
TOTAL DO ATIVO 32.160,9 30.348,1 35.645,1 33.401,8<br />
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />
Controladora Consolidado<br />
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO <strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
90 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 91<br />
CIRCULANTE<br />
Fornecedores 620,4 471,9 1.387,4 1.065,4<br />
Financiamentos 1.239,8 790,0 2.038,7 1.209,4<br />
Debêntures 65,9 - 65,9 -<br />
Salários, participações e encargos sociais a pagar 261,0 265,6 480,3 447,7<br />
Dividendos a pagar 106,8 23,1 109,0 25,9<br />
Imposto de renda e contribuição social a pagar 113,8 1,1 366,3 244,5<br />
Demais tributos e contribuições a recolher 704,2 599,4 1.239,0 1.030,8<br />
Contas a pagar a partes relacionadas 2.424,5 1.886,1 - -<br />
Perda sobre derivativos não realizados 379,6 165,0 405,3 129,8<br />
Outros 357,9 376,5 752,5 898,8<br />
TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 6.273,9 4.578,7 6.844,4 5.052,3<br />
NÃO CIRCULANTE<br />
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO<br />
Financiamentos 2.675,5 2.994,5 5.396,9 5.994,2<br />
Debêntures 2.065,1 - 2.065,1 -<br />
Diferimento de impostos sobre vendas 405,7 352,6 405,7 352,6<br />
Passivos associados a questionamentos fiscais e provisão para contingências 504,2 816,1 663,3 1.037,1<br />
Contas a pagar partes relacionadas 705,5 1.474,6 - -<br />
Outros 110,6 111,6 629,0 825,8<br />
TOTAL DO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 6.466,6 5.749,4 9.160,0 8.209,7<br />
Resultado de Exercícios Futuros 152,3 152,7 149,9 149,9<br />
TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE 6.618,9 5.902,1 9.309,9 8.359,6<br />
Participação dos acionistas minoritários - - 222,7 122,6<br />
PATRIMÔNIO LÍQUIDO<br />
Capital social realizado 5.716,1 5.691,4 5.716,1 5.691,4<br />
Reserva de capital 12.870,6 13.889,5 12.870,6 13.889,5<br />
Reservas de lucro<br />
Legal 208,8 208,8 208,8 208,8<br />
Estatutária 1.413,3 471,0 1.413,3 471,0<br />
Ações em tesouraria (940,7) (393,4) (940,7) (393,4)<br />
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 19.268,1 19.867,3 19.268,1 19.867,3<br />
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 32.160,9 30.348,1 35.645,1 33.401,8<br />
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
demonstrações<br />
dos Resultados<br />
pARA os eXeRCÍCios Findos em 31 de deZemBRo de <strong>2006</strong> e de 2005<br />
(expressas em milhões de reais - exceto quanto ao lucro líquido por lote de mil ações do capital social)<br />
RECEITA BRUTA<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Vendas de produtos 22.452,1 12.213,3 32.487,8 28.878,7<br />
DEDUÇÕES DE VENDAS<br />
Impostos sobre vendas, descontos e devoluções (12.072,8) (6.417,3) (14.874,1) (12.920,1)<br />
RECEITA LÍQUIDA 10.379,3 5.796,0 17.613,7 15.958,6<br />
Custo dos produtos vendidos (3.848,9) (2.371,2) (5.948,7) (5.742,4)<br />
LUCRO BRUTO 6.530,4 3.424,8 11.665,0 10.216,2<br />
(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS<br />
Com vendas (1.775,1) (1.021,8) (3.866,7) (3.499,9)<br />
Administrativas (459,0) (259,7) (775,5) (802,0)<br />
Contingências tributárias, trabalhistas e outras 92,0 (69,2) 111,8 (71,5)<br />
Honorários da diretoria e do conselho de administração 4,2 (19,3) 4,3 (28,6)<br />
Depreciação e amortização (549,5) (312,1) (770,8) (667,9)<br />
Receitas financeiras 189,5 98,8 168,4 95,3<br />
Despesas financeiras (953,5) (992,7) (1.246,7) (1.182,0)<br />
Equivalência patrimonial 303,4 828,6 1,4 2,0<br />
Outras operacionais, líquidas (61,9) 16,1 (955,1) (1.075,4)<br />
(3.209,9) (1.731,3) (7.328,9) (7.230,0)<br />
LUCRO OPERACIONAL 3.320,5 1.693,5 4.336,1 2.986,2<br />
Receitas (despesas) não operacionais, líquidas 6,8 (26,0) (28,8) (234,3)<br />
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 3.327,3 1.667,5 4.307,3 2.751,9<br />
Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social sobre o lucro líquido 63,6 - (688,8) (757,1)<br />
Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social diferidos (460,4) (6,5) (626,5) (263,1)<br />
LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS E CONTRIBUIÇÕES 2.930,5 1.661,0 2.992,0 1.731,7<br />
Participações estatutárias e contribuições aos empregados e administradores (124,2) (115,3) (194,4) (202,8)<br />
LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS 2.806,3 1.545,7 2.797,6 1.528,9<br />
Participação dos acionistas minoritários - - 8,7 16,8<br />
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 2.806,3 1.545,7 2.806,3 1.545,7<br />
Quantidade total de ações do capital social no fim do exercício (em milhares) 64.458,2 65.876,1<br />
Lucro líquido por lote de mil ações do capital social total no fim do exercício, em reais - R$ 43,54 23,46<br />
Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício, excluídas as<br />
ações em tesouraria, em reais - R$ 44,04 23,65<br />
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.<br />
demonstrações das mutações do<br />
patrimônio líquido da Controladora<br />
pARA os eXeRCÍCios Findos em 31 de deZemBRo de <strong>2006</strong> e de 2005 - (expressas em milhões de reais)<br />
92 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 93<br />
Capital<br />
social Reserva<br />
Reservas de lucros<br />
subscrito e Reservas estatutária Reserva Ações em Lucros<br />
integralizado de Capital Investimentos Legal tesouraria acumulados Total<br />
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 4.742,8 12.859,4 225,0 208,8 (935,0) - 17.101,0<br />
Exercício de opções do plano de ações -<br />
Aumento de capital por captalização de reservas 948,6 (948,6) -<br />
Incorporação InBev 2.883,3 2.883,3<br />
Recompra de ações - (437,3) (437,3)<br />
Incorporações de ações em tesouraria da CBB - (81,7) (81,7)<br />
Cancelamento de ações em tesouraria (868,1) 868,1 -<br />
Transferência de reservas para plano acionistas (94,4) - 192,5 98,1<br />
Subvenção para investimentos e incentivos fiscais 57,9 57,9<br />
Lucro líquido do exercício 1.545,7 1.545,7<br />
Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício: -<br />
Reserva estatutária 246,0 (246,0) -<br />
Antecipação de dividendos na forma de jCP (744,0) (744,0)<br />
Dividendos antecipados (556,2) (556,2)<br />
Dividendos e jCP Prescritos 0,5 0,5<br />
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 5.691,4 13.889,5 471,0 208,8 (393,4) - 19.867,3<br />
Exercício de opções do plano de ações 3,4 (3,4) -<br />
Aumento de capital por captalização de reservas 21,3 (21,3) -<br />
Adiantamento para futuro aumento de capital relacionado com o plano 3,4 3,4<br />
Recompra de ações (1.762,3) (1.762,3)<br />
Cancelamento de ações em tesouraria (1.046,2) 1.046,2 -<br />
Transferência de reservas para plano acionistas (67,2) 168,8 101,6<br />
Subvenção para investimentos e incentivos fiscais 115,8 115,8<br />
Lucro líquido do exercício 2.806,3 2.806,3<br />
Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício: -<br />
Reserva estatutária 1.333,2 (1.333,2) -<br />
Antecipação de dividendos na forma de jCP (1.473,1) (1.473,1)<br />
Dividendos complementares 2005 (390,9) (390,9)<br />
EM 31 DE DEZEMBRO DE <strong>2006</strong> 5.716,1 12.870,6 1.413,3 208,8 (940,7) - 19.268,1<br />
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
demonstrações das origens e<br />
Aplicações de Recursos<br />
pARA os eXeRCÍCios Findos em 31 de deZemBRo de <strong>2006</strong> e de 2005 - (expressas em milhões de reais)<br />
ORIGENS DOS RECURSOS<br />
Das operações sociais<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Lucro líquido do exercício 2.806,3 1.545,7 2.806,3 1.545,7<br />
Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante<br />
Equivalência patrimonial (303,4) (828,6) (1,4) (2,0)<br />
Imposto de renda e contribuição social diferidos 460,4 6,5 626,5 263,1<br />
Deságio na liquidação de incentivos fiscais (39,9) (28,3) (39,9) (28,3)<br />
ágio amortizado, líquido de deságio realizado 107,5 52,7 1.283,0 1.343,0<br />
Depreciação e amortização 685,6 397,5 1.188,4 1.087,5<br />
Contingências tributárias, trabalhistas e outras (92,0) 69,2 (111,8) 71,5<br />
Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 31,7 25,8 36,7 52,7<br />
Provisão para perdas sobre ativos permanentes (6,3) 19,1 8,7 116,8<br />
Encargos financeiros e variações sobre plano de ações (9,8) (12,8) (10,0) (13,3)<br />
Variação cambial e encargos sobre financiamentos de longo prazo (341,3) (89,7) (470,3) (501,2)<br />
Perda (ganho) de participação em controladas 0,7 3,3 (6,1) 64,8<br />
Participação dos acionistas minoritários - - (8,7) (16,8)<br />
Variação cambial sobre controladas no exterior 17,9 2,9 (79,4) 289,3<br />
Valor residual do imobilizado e investimentos alienados 127,6 69,1 288,6 150,4<br />
Restituição de capital pela controlada 297,8 836,8 - -<br />
Dividendos recebidos e a receber 1.060,9 693,2 - -<br />
Dos acionistas<br />
4.803,7 2.762,4 5.510,6 4.423,2<br />
Venda financiada de ações 51,3 65,6 78,5 73,3<br />
Alienação de ações em tesouraria 105,3 64,3 105,3 132,5<br />
De terceiros<br />
Variações no realizável a longo prazo<br />
Despesas antecipadas - - - 12,0<br />
Outros impostos e taxas a recuperar 62,4 666,5 66,6 543,4<br />
Outras contas a receber - 26,9 - 78,5<br />
Variações no exigível a longo prazo<br />
Debêntures 2.065,1 - 2.065,1 -<br />
Financiamentos - 144,9 - 2.233,7<br />
Incentivos fiscais 115,5 105,0 268,4 115,5<br />
Contas a pagar de sociedades ligadas - 1.989,4 - -<br />
Outros 3,2 5,4 4,3 0,5<br />
TOTAL DAS ORIGENS 7.206,5 5.830,4 8.098,8 7.612,6<br />
APLICAÇÃO DE RECURSOS<br />
Variações no realizável a longo prazo<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Depósitos compulsórios e judiciais 46,8 106,8 61,4 72,2<br />
Contas a receber de sociedades ligadas - - - 8,2<br />
Outros impostos e taxas a recuperar 31,8 - - 8,3<br />
Despesas antecipadas 20,9 7,9 20,9 -<br />
Outros 17,3 - 36,9 4,3<br />
Variações no exigível a longo prazo<br />
Financiamentos 667,9 - 185,9 -<br />
Diferimento de impostos - 1,3 - -<br />
Demais contas a pagar - - 176,6 30,0<br />
Contingências tributárias, trabalhistas e outras 215,9 267,3 264,3 224,1<br />
94 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 95<br />
No ativo permanente<br />
Investimentos, inclusive ágios e deságios 2.742,3 - 2.731,0 190,4<br />
Imobilizado 812,9 328,6 1.425,7 1.169,4<br />
Diferido 11,9 91,6 18,7 265,4<br />
Em transações de capital<br />
Recompra de ações 1.762,3 438,0 1.762,3 438,0<br />
Dividendos propostos e pagos 1.864,0 1.299,6 1.864,0 1.299,6<br />
CCL de controlada incorporada - 1.480,7 - -<br />
CCL de controladora incorporada - 2,3 - -<br />
Variação no capital de minoritários - - 0,5 88,3<br />
TOTAL DAS APLICAÇÕES 8.194,0 4.024,1 8.548,2 3.798,2<br />
AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (987,5) 1.806,3 (449,4) 3.814,4<br />
VARIAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTE<br />
Ativo circulante<br />
No fim do exercício 3.468,5 2.760,8 6.817,4 5.474,7<br />
No início do exercício 2.760,8 783,5 5.474,7 5.379,7<br />
Passivo circulante<br />
707,7 1.977,3 1.342,7 95,0<br />
No fim do exercício 6.273,9 4.578,7 6.844,4 5.052,3<br />
No início do exercício 4.578,7 4.407,7 5.052,3 8.771,7<br />
1.695,2 171,0 1.792,1 (3.719,4)<br />
AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (987,5) 1.806,3 (449,4) 3.814,4<br />
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
informação suplementar -<br />
Fluxo de Caixa<br />
pARA os eXeRCÍCios Findos em 31 de deZemBRo de <strong>2006</strong> e de 2005 - (expressas em milhões de reais)<br />
ATIVIDADES OPERACIONAIS<br />
<strong>2006</strong> 2005<br />
Lucro líquido do exercício 2.806,3 1.545,7<br />
Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes<br />
Depreciação e amortização 1.188,4 1.087,5<br />
Contingências tributárias, trabalhistas e outras (111,8) 71,5<br />
Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 36,7 52,7<br />
Deságio na liquidação de incentivos fiscais (39,9) (28,3)<br />
Provisão para perdas em estoques e ativos permanentes 11,8 58,6<br />
Provisão para reestruturação 18,8 114,9<br />
Reversão de provisão para perdas sobre investimentos (22,0) -<br />
Encargos financeiros e variações sobre impostos e contribuições 1,4 5,2<br />
Perda na alienação de bens do permanente 163,4 102,5<br />
juros e variações sobre plano de ações (10,0) (13,3)<br />
Variação cambial e encargos sobre financiamentos 424,2 281,0<br />
Variação cambial e ganhos não realizados sobre ativos financeiros 13,4 -<br />
Redução de imposto de renda e contribuição social diferidos 626,5 263,1<br />
Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o caixa (116,7) (67,6)<br />
ágio amortizado, líquido de deságio realizado 1.283,0 1.343,0<br />
Participação de acionistas minoritários (8,7) (16,8)<br />
Equivalência patrimonial (1,4) (2,0)<br />
Perdas não realizadas sobre derivativos 221,6 (239,5)<br />
Recuperação de crédito extemporâneo (24,0) -<br />
Perda de participação em controladas (5,5) 64,8<br />
Redução (aumento) nas contas do ativo<br />
Contas a receber de clientes (166,2) (246,9)<br />
Impostos a recuperar (14,5) 87,1<br />
Demais contas a receber e outros (169,3) 106,1<br />
Estoques (142,8) 93,2<br />
Depósitos judiciais (63,2) (130,0)<br />
Aumento (redução) nas contas do passivo<br />
Fornecedores 286,8 1,1<br />
Salários, participações e encargos sociais 20,7 118,0<br />
Imposto de renda, contribuição social e demais impostos 36,9 (383,1)<br />
Desembolsos vinculados à provisão contingencial (268,2) (101,6)<br />
Demais tributos e contribuições a recolher 93,7 71,1<br />
Outros (84,1) (88,4)<br />
GERAÇÃO DE CAIXA PROVENIENTE DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 5.985,3 4.149,6<br />
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO<br />
96 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 97<br />
<strong>2006</strong> 2005<br />
Aplicações financeiras, com vencimento acima de 90 dias 180,6 (52,4)<br />
Títulos e depósitos em garantia 0,1 (15,4)<br />
Alienação de investimentos - 1,0<br />
Aquisição de investimentos (2.639,2) (97,3)<br />
Alienação de bens do imobilizado 117,6 49,6<br />
Aquisição de bens do imobilizado (1.425,7) (1.369,5)<br />
Dispêndios na formação do diferido (18,7) (47,8)<br />
Recompra de ações próprias por coligada - (87,5)<br />
UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (3.785,3) (1.619,3)<br />
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO<br />
Financiamentos<br />
Captação 9.344,8 8.917,5<br />
Amortização (7.386,4) (9.361,1)<br />
Variação no capital de minoritários 53,0 (40,7)<br />
Aumento de capital 3,4 -<br />
Venda financiada de ações 72,5 53,8<br />
Recompra de ações (1.765,1) (363,1)<br />
Pagamento de dividendos (1.790,8) (2.272,0)<br />
Prêmio de recompra de ações - 91,7<br />
UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (1.468,6) (2.973,9)<br />
EFEITO DE VARIAÇÃO CAMBIAL SOBRE O CAIXA (29,8) (10,0)<br />
AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES 701,6 (453,7)<br />
Saldo inicial de caixa e equivalentes 837,3 1.291,0<br />
Saldo final de caixa e equivalentes 1.538,9 837,3<br />
AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES 701,6 (453,7)<br />
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
notas explicativas<br />
(Valores expressos em milhões de reais - R$, exceto quando indicado de outro modo)<br />
1. ConteXto opeRACionAl<br />
A) CONSIDERAçõES GERAIS<br />
A Companhia de Bebidas das Américas – AmBev (referida como “Companhia” ou “AmBev” ou “Controladora”), com sede em São Paulo, tem por objetivo,<br />
diretamente ou mediante participação em outras sociedades, no Brasil e em outros países nas Américas, produzir e comercializar cervejas, chopes, refrigerantes,<br />
outras bebidas não alcoólicas e malte.<br />
A Companhia mantém contrato de “franchising” com a PepsiCo International, Inc. (“PepsiCo”) para engarrafar, vender e distribuir os produtos Pepsi no Brasil e em<br />
outros países da América Latina, incluindo o Lipton Ice Tea e o isotônico Gatorade.<br />
A Companhia mantém, contrato de licenciamento com a Anheuser-Busch Inc. através da sua subsidiária Labatt Canadá, para produzir, engarrafar, vender e<br />
distribuir os produtos Budweiser no Canadá. Além disso, a Companhia produz e distribui Stella Artois sob licença da Interbrew International B.V. (“InBev”) no Brasil<br />
e no Canadá e, por meio de licença concedida à InBev, distribui Brahma nos Estados Unidos e em determinados países da Europa, ásia e áfrica.<br />
A Companhia tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA e na Bolsa de Valores de Nova Iorque – NYSE, na forma de Recibos de<br />
Depósitos Americanos – ADRs.<br />
B) PRINCIPAIS EVENTOS OCORRIDOS Em <strong>2006</strong> E Em 2005<br />
i. Aquisição do controle de Quilmes Industrial S.A. (“Quinsa”)<br />
Como parte do acordo de compra de ações da Quinsa fechado em janeiro de 2003, os outros controladores em conjunto da Quinsa, Beverage Associates Corp.<br />
(“BAC”), tinham o direito de permutar suas 373,5 milhões de ações classe A da Quinsa por ações da AmBev, em períodos especificados em cada ano a partir de<br />
abril de 2003, ou a qualquer momento em que houvesse mudança na estrutura de controle da AmBev. A AmBev também tinha o direito de determinar a permuta<br />
de ações classe A da Quinsa por ações da AmBev a partir do fim de 2010.<br />
Em 13 de abril de <strong>2006</strong>, a Companhia anunciou que celebrou acordo por meio do qual a BAC vende a totalidade de suas ações em Quinsa para a AmBev.<br />
Em 8 de agosto de <strong>2006</strong>, a Companhia finalizou a operação com a BAC, anunciada em 13 de abril de <strong>2006</strong>, adquirindo a totalidade das ações da Beverage<br />
Associates Holding LTD. (“BAH”), adquirida pela AmBev pelo montante total de R$ 2.738,8 equivalente a US$ 1,25 bilhão, resultando em um ágio no montante de<br />
R$ 2.331,1. Com o fechamento da operação , a participação da AmBev no capital social da Quinsa passou de 59,77% para 91,18%.<br />
Esse acordo representa a última etapa da operação iniciada em maio de 2002, por meio da qual a AmBev adquiriu uma participação inicial em Quinsa. Nessa<br />
operação ambas as partes acordaram que o preço de compra seria pago em dinheiro e que as referidas opções não mais serão exercidas.<br />
ii. Aliança com o Grupo Romero<br />
Em 9 de março de <strong>2006</strong>, a Companhia anunciou aliança com o grupo empresarial Romero, firmada por meio de acordo de alienação de 25% do capital social de<br />
sua controlada indireta Compañia Cervecera AmBev Perú S.A.C. (“AmBev Perú”) para a Ransa Comercial S.A., empresa integrante do Grupo Romero. Em 14 de<br />
julho de <strong>2006</strong>, a Companhia fechou a transação pelo montante de R$ 8,2.<br />
O acordo de compra e venda de ações determinou que o fechamento da operação estaria condicionado à restruturação societária da AmBev Perú e à assinatura<br />
de um acordo de acionistas. O acordo de acionistas firmado previa a outorga, por parte da AmBev, de uma opção adicional de compra em favor do Grupo Romero<br />
referente a 5% do capital social da AmBev Perú.<br />
Em 22 de setembro de <strong>2006</strong> a opção de compra de 5% do capital social foi exercida pelo montante de R$ 1,6, passando a participação do Grupo Romero no<br />
capital social da AmBev Perú de 25% para 30%.<br />
iii. Incorporação da controladora InBev Holding Brasil S.A. (“InBev Brasil”)<br />
Em 28 de julho de 2005, em Assembléia Geral Extraordinária, os acionistas da Companhia aprovaram operação de incorporação de sua controladora InBev Brasil,<br />
com o objetivo de simplificar a estrutura societária da qual fazem parte a InBev Brasil, a AmBev e suas controladas, propiciando benefícios financeiros para a<br />
AmBev, e conseqüentemente, para seus acionistas e para os acionistas da InBev Brasil. Os principais aspectos relacionados à incorporação foram:<br />
a) O ágio originalmente registrado pela InBev Brasil e atribuído à expectativa de resultados futuros da AmBev, no montante total de R$ 8.510,1, passa a ser, após a<br />
Incorporação, fiscalmente amortizado em até dez anos pela AmBev, nos termos da legislação tributária vigente e sem impacto no seu fluxo de dividendos.<br />
b) A InBev Brasil, em atendimento à Instrução CVm nº 349, constituiu provisão, anteriormente à sua incorporação pela AmBev, no montante de R$ 5.616,7,<br />
correspondente à diferença entre o valor do ágio e do benefício fiscal decorrente da sua amortização, de forma que a AmBev incorporou somente o ativo<br />
correspondente ao benefício fiscal decorrente do fato da amortização do ágio a ser dedutível para fins fiscais. A referida provisão vem sendo revertida na mesma<br />
proporção em que o ágio é amortizado pela AmBev, não afetando, portanto, o resultado de suas operações.<br />
c) A reserva especial de ágio que foi constituída na AmBev, como resultado dessa incorporação, será, ao término de cada exercício fiscal e na medida em que<br />
o benefício fiscal a ser auferido pela AmBev, em decorrência da amortização do ágio, representar uma efetiva diminuição dos tributos por ela pagos, objeto<br />
de capitalização na AmBev, em proveito da InBev NV/AS, acionistas da InBev Brasil, sem prejuízo do direito de preferência assegurado aos demais acionistas da<br />
AmBev na subscrição do aumento de capital resultante de tal capitalização. Entretanto, os acionistas da InBev Brasil obrigam-se a capitalizar apenas 70% (setenta<br />
por cento) do valor da reserva especial de ágio que lhe couber ao término de cada exercício fiscal. O saldo não capitalizado da reserva será, quando possível e<br />
observado o interesse da AmBev, utilizado para distribuição aos seus acionistas, a título de dividendos ou juros sobre o capital próprio.<br />
iv. Incorporação da controlada Companhia Brasileira de Bebidas (“CBB”)<br />
Os acionistas da Companhia aprovaram, em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de maio de 2005, a incorporação da controlada CBB. A referida<br />
incorporação teve por objetivo a simplificação da estrutura societária da qual fazem parte a AmBev e suas controladas, bem como permitir que o valor de R$<br />
702,8 do ágio originalmente registrado na AmBev, oriundo da aquisição das ações da CBB, atribuído à expectativa de rentabilidade futura, passe a ser, após a<br />
incorporação, fiscalmente amortizado em até dez anos, nos termos da legislação tributária.<br />
A partir de 1º de julho de 2005, o resultado das operações da AmBev passa a incorporar as atividades operacionais anteriormente detidas e registradas diretamente<br />
na CBB. Como as demonstrações financeiras da CBB já eram consolidadas, a referida incorporação, pela AmBev, dos ativos e passivos da CBB, avaliados a valor<br />
contábil, não resultou em efeitos nas demonstrações financeiras consolidadas. No entanto, nas demonstrações financeiras individuais, essa incorporação resultou<br />
em mudanças significativas, prejudicando a comparação entre o resultado auferido em <strong>2006</strong> com o do ano anterior.<br />
Os ativos e passivos incorporados pela AmBev em 31 de maio de 2005, estão apresentados a seguir:<br />
98 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 99<br />
Saldo incorporado<br />
Ativo circulante 1.882,4<br />
Realizável a longo prazo 2.209,1<br />
Investimentos 312,9<br />
Imobilizado 2.436,5<br />
Diferido 451,0<br />
Total do ativo 7.291,9<br />
Passivo circulante (3.363,1)<br />
Exigível a longo prazo (3.857,7)<br />
Resultado de exercícios futuros (152,8)<br />
Ações em tesouraria 81,7<br />
Total do passivo (7.291,9)<br />
O efeito devedor total dos ativos líquidos da CBB incorporados pela AmBev, foi R$ 81,6. Esse montante é composto pelo valor de R$ 0,004, referente as ações da<br />
AmBev atribuídas aos acionistas minoritários da CBB, mais o valor de R$ 81,6, que se refere às ações preferenciais de emissão da AmBev, que eram detidas pela CBB<br />
e, como resultado da incorporação, passaram a ser classificadas no patrimônio líquido da Companhia, na figura de “ações em tesouraria”. Referida classificação é<br />
consistente com o tratamento anteriormente dispensado a essas ações, nas demonstrações financeiras consolidadas.<br />
2. ApResentAÇão dAs demonstRAÇÕes FinAnCeiRAs e pRinCipAis<br />
pRátiCAs ContáBeis<br />
As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas expedidas<br />
pela Comissão de Valores mobiliários – CVm. Essas demonstrações financeiras incorporam as alterações trazidas pelos seguintes normativos contábeis: (i) Normas<br />
e Procedimentos de Contabilidade (“NPC”) nr. 27 – Apresentação e Divulgações, emitido pelo Instituto dos Auditores independentes do Brasil – Ibracon, em 03<br />
de outubro de 2005, aprovada pela Deliberação CVm nr. 488, naquela mesma data; e (ii) NPC nr. 22 – Provisões, Passivos, Contingências Passivas e Contingências<br />
Ativas, emitido pelo Ibracon, em 03 de outubro de 2005, aprovada pela Deliberação CVm nr. 489, naquela mesma data.
A) ESTImATIVAS CONTáBEIS<br />
Na elaboração das demonstrações financeiras, é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. Sendo assim, nas<br />
demonstrações financeiras são incluídas várias estimativas referentes à vida útil do ativo imobilizado, às provisões necessárias para passivos contingentes, para calcular<br />
projeções para determinar a recuperação de saldos do imobilizado, diferido e imposto de renda, bem como à determinação de provisão para imposto de renda, as<br />
quais, apesar de refletirem a melhor estimativa possível por parte da administração da Companhia, podem apresentar variações em relação aos valores reais.<br />
A administração da Companhia revisa periodicamente essas estimativas e é de opinião que não deverão existir diferenças significativas.<br />
B) APURAçãO DO RESULTADO<br />
As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência de exercícios.<br />
As receitas de vendas e os respectivos custos são registrados na entrega dos produtos aos clientes.<br />
C) ATIVOS CIRCULANTE E REALIZáVEL A LONGO PRAZO<br />
O caixa e equivalentes a caixa, representado por valores de liquidez imediata e com vencimento original de até 90 dias, está apresentado ao custo de aquisição,<br />
mais rendimentos incorridos até a data do balanço e ajustados, quando aplicável, ao seu equivalente valor de mercado.<br />
As aplicações financeiras, substancialmente representadas por títulos e valores mobiliários, títulos governamentais e certificados de depósito bancário, inclusive<br />
denominados em moeda estrangeira, são apresentados ao valor de custo, adicionando, quando aplicável, os rendimentos auferidos “pro rata temporis”; quando<br />
necessário, é constituída provisão para redução aos valores de mercado. Adicionalmente, as cotas de fundos de investimentos são avaliadas a valor de mercado, e<br />
quando aplicável constituída provisão com o objetivo de diferir os rendimentos não realizados de natureza variável.<br />
O saldo consolidado de aplicações financeiras, em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, inclui depósitos em conta-corrente e aplicações financeiras, concedidos a título de<br />
garantia vinculada com a emissão de títulos da dívida externa de controladas, no montante de R$ 34,6 (R$ 16,3 apenas no Consolidado em 31 de dezembro de 2005).<br />
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente pela administração para cobrir as perdas prováveis na realização<br />
dos créditos e totaliza R$ 134,0 na Controladora e R$ 185,6 no Consolidado em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (R$ 125,9 e R$ 169,7, respectivamente, em 31 de<br />
dezembro de 2005).<br />
Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou da produção, ajustados, quando necessário, por provisão para redução aos valores de realização.<br />
Os demais ativos circulantes e realizável a longo prazo são apresentados ao valor de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos até a data do<br />
encerramento do exercício. Se necessário, é constituída provisão para redução aos valores de mercado.<br />
D) PERmANENTE<br />
Os investimentos em controladas e em controladas em conjunto são avaliados pelo método da equivalência patrimonial e, em sua primeira avaliação, as práticas<br />
contábeis adotadas são uniformizadas àquelas adotadas pela Companhia. O valor contábil desses investimentos inclui desdobramento dos custos de aquisição em<br />
valor patrimonial, ágio ou deságio.<br />
O ágio em investimentos, fundamentado na mais-valia do imobilizado, é amortizado com base na expectativa de vida útil do imobilizado da controlada,<br />
enquanto que o ágio (deságio) atribuído à expectativa de resultados futuros é amortizado no prazo de cinco a dez anos e registrado na rubrica “Outras despesas<br />
operacionais”. O deságio em investimento, atribuído a razões econômicas diversas, somente será amortizado na eventual alienação ou baixa do investimento.<br />
O imobilizado é demonstrado a custo e inclui os juros incorridos no financiamento durante a fase de construção de certos ativos assim qualificados. Os gastos com<br />
manutenção e reparos, quando incorridos, são registrados em contas de despesas. As perdas com a quebra de garrafas e garrafeiras durante a produção são incluídas<br />
nos custos dos produtos vendidos. Outras perdas na realização do ativo imobilizado são tempestivamente avaliadas pela administração da Companhia e, quando<br />
aplicável, uma provisão é constituída para fazer face a tais riscos. A depreciação é calculada pelo método linear, considerando a vida útil-econômica dos ativos, às taxas<br />
anuais mencionadas na Nota 7.<br />
O ativo diferido é composto principalmente por gastos incorridos durante a fase pré-operacional, ágio na aquisição de controladas incorporadas pela Companhia e<br />
gastos com implantação e ampliação (Nota 8). A amortização do diferido é calculada pelo método linear, no prazo máximo de até dez anos, a partir do início das<br />
atividades operacionais, quando relacionado a gastos na fase pré-operacional e a partir do mês seguinte ao da aquisição, quando referente a ágio.<br />
E) CONVERSãO DAS DEmONSTRAçõES FINANCEIRAS DAS CONTROLADAS SEDIADAS NO ExTERIOR<br />
As operações de malte localizadas na Argentina e Uruguai têm como moeda funcional o dólar dos Estados Unidos, pois suas receitas e seus fluxos de caixa estão<br />
atrelados substancialmente a essa moeda. As demonstrações financeiras das controladas sediadas no exterior são elaboradas com base na moeda local como a<br />
funcional, isto é, a moeda principal do sistema econômico em que a entidade opera.<br />
Os ativos, passivos e patrimônio líquido das controladas no exterior são convertidos em reais às taxas de câmbio vigentes na data das demonstrações financeiras.<br />
Por sua vez, as contas do resultado são convertidas e mantidas em reais às taxas médias de câmbio do período.<br />
A diferença entre o resultado líquido apurado às taxas de câmbio vigentes na data das demonstrações financeiras e aquele apurado às taxas médias de câmbio do<br />
período é registrada na conta “Outras receitas operacionais”.<br />
F) PASSIVOS CIRCULANTE E ExIGíVEL A LONGO PRAZO<br />
São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data<br />
de encerramento das demonstrações financeiras.<br />
G) OPERAçõES COm DERIVATIVOS DE mOEDAS E jUROS – ITENS FINANCEIROS<br />
A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar “hedge” da sua exposição consolidada de riscos de moedas e juros. Dessa forma, em<br />
atendimento às normas da CVm, as operações “não designadas contabilmente” são mensuradas ao menor valor entre o seu valor de custo, apurado com base nas<br />
condições contratuais entre a Companhia e terceiros (“curva do papel”), e o seu valor de mercado, e registradas contabilmente nas contas “Ganho sobre derivativo<br />
não realizado” ou “Perda sobre derivativos não realizada”. Para as operações designadas como hedge, a contabilização é efetuada com base no custo amortizado.<br />
Os valores nominais das operações de “forward” e “swap” de moedas e juros não são registrados no balanço patrimonial.<br />
H) OPERAçõES COm DERIVATIVOS DE mOEDAS E COmmODITIES – ITENS OPERACIONAIS<br />
A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar “hedge” de sua exposição consolidada de custos de matérias-primas a serem adquiridas<br />
e despesas operacionais cujos preços estejam atrelados a oscilação de preços de moedas e commodities.<br />
Os resultados líquidos desses instrumentos derivativos, designados contabilmente como objeto de “hedge”, são mensurados ao valor de mercado, diferidos e<br />
contabilizados no balanço patrimonial da Companhia em “Outros ativos e passivos”, e reconhecidos no resultado quando o objeto de hedge for reconhecido em<br />
resultado. No caso de matérias-primas, o reconhecimento em resultado acontece quando houver a venda do produto na conta “Custo dos produtos vendidos”, no<br />
caso de despesas, o resultado será reconhecido no momento em que a despesa for reconhecida em resultado na conta de despesas operacionais.<br />
I) PROVISãO PARA CONTINGêNCIAS E PASSIVOS ASSOCIADOS A QUESTIONAmENTOS FISCAIS<br />
A provisão para contingências é estabelecida por valores atualizados monetariamente, referentes a questões trabalhistas, tributárias, cíveis e comerciais em<br />
discussão nas instâncias administrativas e judiciais, com base nas estimativas de perdas estabelecidas pelos consultores jurídicos externos da Companhia e suas<br />
controladas, para os casos em que essas perdas são consideradas prováveis.<br />
As reduções de impostos, obtidas com base em decisões judiciais resultantes de ações movidas pela Companhia e suas controladas contra as autoridades tributárias, caso<br />
lançadas ao resultado, são objeto de provisionamento até que sejam asseguradas por decisão em última instância em favor da Companhia e suas controladas.<br />
j) SUBVENçãO PARA INVESTImENTOS<br />
A Companhia e suas controladas têm determinados programas de incentivos fiscais estaduais na forma de diferimento do pagamento de impostos, com reduções<br />
parciais ou totais destes. Em alguns Estados, os prazos de carência e as reduções não são condicionais.<br />
Todavia, quando existentes, as condições referem-se a fatos sob controle da Companhia. O benefício relativo à redução no pagamento desses impostos é<br />
tratado como reserva para subvenção de investimentos e registrado no patrimônio líquido das controladas, com base no regime de competência de registro<br />
desses impostos, ou no momento em que as controladas cumprem com as principais obrigações fixadas nos programas estaduais, para ter o benefício<br />
concedido. Nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia esse benefício é registrado como “Outras receitas operacionais” e totalizou R$ 165,3<br />
em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (R$ 151,8 em 31 de dezembro de 2005).<br />
k) ImPOSTO SOBRE A RENDA E CONTRIBUIçãO SOCIAL SOBRE O LUCRO LíQUIDO<br />
O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido são calculados às alíquotas estabelecidas na legislação aplicável. O encargo referente ao imposto<br />
de renda e a contribuição social é registrado em regime de competência de exercícios, com a adição do imposto de renda diferido calculado sobre as diferenças<br />
temporárias entre as bases contábeis e tributáveis de ativos e passivos.<br />
Registra-se também o imposto de renda diferido ativo correspondente ao benefício tributário futuro sobre prejuízos fiscais e bases negativas de cálculo de<br />
contribuição social para as controladas em que haja expectativa de realização provável desses benefícios, no prazo máximo de dez anos, com base em projeções de<br />
resultados futuros, descontados ao seu valor presente.<br />
L) ATIVOS E PASSIVOS ATUARIAIS RELACIONADOS A BENEFíCIOS A EmPREGADOS<br />
A Companhia e suas controladas reconhecem os ativos e passivos atuariais relacionados a benefícios a empregados de acordo com os critérios previstos na<br />
Deliberação CVm n° 371, de 13 de dezembro de 2000.<br />
Os ganhos e as perdas atuariais são reconhecidos em montante excedente ao maior valor entre (a) 10% do valor presente da obrigação atuarial e (b) 10% do valor<br />
justo dos ativos do plano, amortizado pelo tempo de serviço médio futuro dos participantes do plano.<br />
100 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 101
m) DEmONSTRAçõES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS - CONTROLADAS<br />
Para as controladas, foi consolidada a totalidade de seus ativos, passivos e resultados, com destaque para as participações dos acionistas minoritários no patrimônio<br />
líquido e no resultado dos períodos.<br />
Na consolidação, os investimentos nas controladas e a parcela correspondente de seus patrimônios líquidos, os saldos ativos e passivos e receitas e despesas,<br />
decorrentes de transações praticadas entre as empresas consolidadas foram eliminados. Adicionalmente, exclui-se a parcela dos resultados não realizados<br />
decorrente de compras de insumos e produtos de controladas e coligadas, que ainda permaneceram no saldo dos estoques no fim de cada período, assim como de<br />
outras transações entre controladas da Companhia.<br />
As demonstrações financeiras consolidadas abrangem, em datas-base de fechamento coincidentes, as demonstrações financeiras das controladas, direta ou<br />
indiretamente.<br />
N) DEmONSTRAçõES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS PROPORCIONALmENTE<br />
Desde agosto de <strong>2006</strong>, a Companhia passou a consolidar integralmente as demonstrações financeiras da Quinsa que até então eram consolidadas<br />
proporcionalmente (Nota 1(b)(i)).<br />
Apresentamos os ativos líquidos da Agrega Inteligência em Compras Ltda. (“Agrega”) e da Ice Tea do Brasil Ltda. (“ITB”), consolidados proporcionalmente nas<br />
demonstrações financeiras da Companhia, como segue:<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong><br />
Agrega ITB Total<br />
Ativo circulante 1,9 0,4 2,3<br />
Ativo realizável a longo prazo - 4,8 4,8<br />
Ativo permanente 0,4 0,9 1,3<br />
Passivo circulante (2,2) 0,1 (2,1)<br />
Passivo exigível a longo prazo - (12,0) (12,0)<br />
Total ativos (passivos) líquidos 0,1 (5,8) (5,7)<br />
Percentual de participação - % 50,0 50,0<br />
Em 31 de dezembro de 2005<br />
Quinsa Agrega ITB Total<br />
Ativo circulante 523,8 1,4 0,4 525,6<br />
Ativo realizável a longo prazo 115,1 - 5,1 120,2<br />
Ativo permanente 1.180,0 0,4 0,9 1.181,3<br />
Passivo circulante (531,6) (1,8) - (533,4)<br />
Passivo exigível a longo prazo (477,8) - (11,1) (488,9)<br />
Participação minoritários (103,7) - - (103,7)<br />
Total ativos (passivos) líquidos 705,9 - (4,7) 701,1<br />
Percentual de participação - % 59,2 50,0 50,0<br />
Os resultados da Quinsa, da Agrega e da ITB, consolidados proporcionalmente nas demonstrações financeiras da Companhia, são como segue:<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong><br />
Quinsa (i) Agrega ITB Total<br />
Receita líquida 492,6 1,3 - 493,9<br />
Custo dos produtos e serviços vendidos (211,9) - - (211,9)<br />
Lucro bruto 280,7 1,3 - 282,0<br />
Despesas operacionais (174,1) (3,4) (1,8) (179,3)<br />
Lucro (prejuízo) operacional 106,6 (2,1) (1,8) 102,7<br />
Resultado não operacional 1,2 - - 1,2<br />
Provisão para imposto de renda (40,4) 0,6 (39,8)<br />
Participação minoritários (15,3) - - (15,3)<br />
Lucro (prejuízo) do exercício 52,1 (2,1) (1,2) 48,8<br />
Em 31 de dezembro de 2005<br />
Quinsa (i) Agrega ITB Total<br />
Receita líquida 1.299,9 1,2 - 1.301,1<br />
Custo dos produtos e serviços vendidos (536,7) - - (536,7)<br />
Lucro bruto 763,2 1,2 - 764,4<br />
Despesas operacionais (457,7) (3,1) (1,0) (461,8)<br />
Lucro (prejuízo) operacional 305,5 (1,9) (1,0) 302,6<br />
Resultado não operacional (9,0) - - (9,0)<br />
Provisão para imposto de renda (113,8) - 0,4 (113,4)<br />
Participações minoritárias (59,1) - - (59,1)<br />
Lucro (prejuízo) do exercício 123,6 (1,9) (0,6) 121,1<br />
(i) Resultado proporcional consolidado até Agosto de <strong>2006</strong> (Nota 1 (b) (i)).<br />
O) TRANSAçõES COm PARTES RELACIONADAS<br />
As transações com partes relacionadas são realizadas em condições usuais de mercado e envolvem, entre outras operações, a compra e a venda de<br />
matérias-primas como malte, concentrados, rótulos, rolhas e produtos acabados diversos.<br />
Os contratos de mútuos firmados entre as controladas da Companhia no Brasil têm prazo de vencimento indeterminado e sofrem incidência de encargos<br />
financeiros de mercado, exceto por alguns contratos com controladas onde a Companhia detém a totalidade do capital, sobre os quais não incidem encargos.<br />
Os contratos envolvendo as controladas da Companhia sediadas no exterior são geralmente atualizados monetariamente pela variação do dólar norte-<br />
americano, acrescidos de juros de até 10% ao ano.<br />
P) RECLASSIFICAçõES<br />
Nas demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, apresentadas para fins de comparação, foram efetuadas determinadas<br />
reclassificações para adequá-las às Deliberações CVm nrs. 488 e 489, além disso, outras reclassificações foram feitas com o objetivo de melhorar a apresentação de<br />
determinados valores e transações e manter a comparabilidade entre os períodos. As seguintes reclassificações foram feitas pela Companhia: (i) Apresentação do grupo<br />
“Não Circulante” no ativo e no passivo; (ii) Apresentação da conta “Intangível”, classificada no grupo “Não Circulante”; (iii) na Nota 15 (d) entre receitas e despesas<br />
financeiras; (iv) de Ativo Diferido, o saldo do ágio sobre incorporação da InBev Brasil e sua respectiva provisão para realização, para Imposto de Renda e Contribuição<br />
Social diferidos em curto e longo prazos. No resultado, de amortizações e depreciações para resultado de imposto de renda e contribuição social corrente a parcela<br />
relativa a realização do ágio e da provisão da incorporação da InBev Brasil; (v) Reclassificação dos depósitos judiciais, anteriormente classificados no ativo, para o<br />
passivo, como redutor da conta “provisão para contingências”, nas situações onde seja aplicável.<br />
3. estoques<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Produtos acabados 143,6 143,2 319,2 322,2<br />
Produtos em elaboração 45,6 46,1 69,6 67,8<br />
matérias-primas 235,9 231,0 618,7 515,1<br />
materiais de produção 110,4 96,4 235,6 186,6<br />
Almoxarifado e outros 63,9 56,8 136,6 113,7<br />
Provisão para perdas (9,5) (16,0) (15,8) (27,3)<br />
4. tRAnsAÇÕes Com pARtes RelACionAdAs<br />
Principais transações com partes relacionadas estão demonstradas conforme tabelas abaixo:<br />
589,9 557,5 1.363,9 1.178,1<br />
Saldos Transações<br />
102 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 103<br />
<strong>2006</strong><br />
Resultado<br />
Contas Contas Contratos Vendas financeiro<br />
Empresas a receber a pagar de mútuos líquidas líquido<br />
AmBev 791,5 (1.678,2) (1.378,7) 398,3 (76,6)<br />
Fratelli 4,0 (6,0) 149,9 21,6 (17,0)<br />
jalua Spain S.L. - - (87,3) - 46,1<br />
monthiers S.A. 1.437,1 - 1.495,3 - (36,7)<br />
Arosuco 8,6 (0,3) 470,5 549,1 0,3<br />
Dunvegan S.A. 131,2 (1,1) (422,1) - 88,6<br />
Cympay 76,8 (0,1) 1,5 98,1 0,2<br />
maltería Uruguai 33,3 (34,1) - 135,3 -<br />
malteria Pampa S.A. 12,0 (0,1) 0,4 118,7 -<br />
CRBS S.A 122,7 - (22,3) - -<br />
CACN 0,3 (14,6) 81,0 74,6 (1,7)<br />
Eagle - (868,1) (1,8) - -<br />
Aspen - - (143,4) - 0,7<br />
Labatt Canadá (i) 1,1 (10,1) - - -<br />
Outras nacionais 8,0 (6,6) (114,9) 1,5 (1,8)<br />
Outras internacionais 4,3 (7,6) (24,2) 14,8 (1,0)<br />
TOTAL 2.630,9 (2.626,9) 3,9 1.412,0 1,1
5. outRos AtiVos<br />
Saldos Transações<br />
2005<br />
Resultado<br />
Contas Contas Contratos Vendas financeiro<br />
Empresas a receber a pagar de mútuos líquidas líquido<br />
AmBev 804,3 (1.748,0) (1.559,2) 366,7 (324,2)<br />
CBB (iii) - - - 113,8 108,4<br />
Fratelli (ii) - (11,2) 133,3 6,7 (6,1)<br />
IBA – Sudeste (ii) - - - 44,5 399,0<br />
jalua Spain S.L. - - (40,8) - (51,3)<br />
monthiers S.A. 1,526,2 - 1.421,9 - (68,6)<br />
Arosuco 4,5 - 384,5 511,6 -<br />
Dunvegan S.A. 216,6 - (417,5) - 36,3<br />
Cympay 0,5 - 16,8 98,2 0,4<br />
malteria Pampa S.A. 8,3 - - 145,5 -<br />
maltería Uruguai S.A. 1,2 - - 98,0 -<br />
Aspen - - (153,1) - 5,7<br />
CACN - (34,1) 25,7 77,4 0,1<br />
Eagle - (868,1) - - -<br />
CRBS S.A. 122,7 - - - -<br />
Labatt Canadá (i) - - 0,5 - -<br />
Outras nacionais 63,4 (9,2) 233,3 1,3 2,9<br />
Outras internacionais 2,8 (68,1) (60,9) 0,1 (2,9)<br />
TOTAL 2.750,5 (2.738,7) (15,5) 1.463,8 99,7<br />
(i) Labatt Canadá mantém contrato de prestação de serviços com InBev através dos quais são reembolsados os serviços prestados ou despesas incorridas<br />
em benefício da outra parte. Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, a Labatt Canadá mantém saldo de contas a receber no montante de R$ 38,1 (R$ 6,6 em 31<br />
de dezembro de 2005) e saldo de contas a pagar, no montante de R$ 7,5 (R$ 3,5 em 31 de dezembro de 2005).<br />
(ii) Em 30 de novembro de 2005, a Fratelli incorporou a IBA-Sudeste.<br />
(iii) Conforme mencionado na Nota 1(b)(iv), a CBB foi incorporada pela AmBev em 31 de maio de 2005.<br />
Denominações utilizadas:<br />
• Indústria de Bebidas Antarctica do Sudeste S.A. (“IBA Sudeste”)<br />
• Compañia Brahma Venezuela S.A. (“CACN”)<br />
• Eagle Distribuidora de Bebidas S/A (“Eagle”)<br />
• Arosuco Aromas e Sucos Ltda. (“Arosuco”)<br />
• Cervecería y maltería Paysandú - Cympay (“Cympay”)<br />
• Aspen Equities Corporation (“Aspen”)<br />
• Fratelli Vita Bebidas S.A. (“Fratelli”)<br />
Ativo circulante<br />
Resultado líquido diferido de operações de “forward”, “swap” e<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
“commodities” (Nota 15(b)(ii)) 37,3 75,6 66,9 75,6<br />
Reembolso de despesas com propaganda 65,2 42,5 88,4 45,6<br />
Despesas antecipadas 270,2 233,5 316,8 296,0<br />
Adiantamentos a fornecedores e outros 0,3 0,3 22,8 23,1<br />
Contas a receber partes relacionadas - 13,7 185,4 265,4<br />
Demais contas a receber 58,0 13,1 165,1 73,9<br />
Realizável a longo prazo<br />
431,0 378,7 845,4 779,6<br />
Aplicações financeiras de longo prazo - - 1,7 69,4<br />
Outros impostos e taxas a recuperar 140,0 108,2 158,9 130,8<br />
Despesas antecipadas 132,9 112,0 134,3 126,6<br />
Superávit de ativos - Instituto AmBev (Nota 12(a)) 17,0 20,0 17,0 20,0<br />
Outras contas com partes relacionadas - - 97,4 4,7<br />
Demais contas a receber 19,0 5,5 76,7 24,6<br />
308,9 245,7 486,0 376,1<br />
6. pARtiCipAÇão em ContRolAdAs diRetAs<br />
A) mOVImENTAçãO DA PARTICIPAçãO Em CONTROLADAS DIRETAS, INCLUINDO áGIO E DESáGIO<br />
104 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 105<br />
Participação<br />
em controladas Ágio Total<br />
Saldo em 31 de dezembro de 2004 19.825,2 234,1 20.059,3<br />
Dividendos recebidos e a receber Arosuco (531,9) - (531,9)<br />
Equivalência patrimonial (v) 828,6 - 828,6<br />
Variação cambial em controlada no exterior (2,9) - (2,9)<br />
Amortização do ágio - (52,7) (52,7)<br />
Participações diretas detidas pela incorporada CBB (Nota 1 (b)(iv)) 477,0 (166,8) 310,2<br />
Provisão para perdas sobre investimentos (8,9) - (8,9)<br />
Restituição de capital de controlada (iv) (836,8) - (836,8)<br />
Alienação de ações em tesouraria 33,7 - 33,7<br />
Perda de participação em controlada (3,3) - (3,3)<br />
Dividendos antecipados IBA Sudeste (iii) (161,3) - (161,3)<br />
Saldo em 31 de dezembro de 2005 19.619,4 14,6 19.634,0<br />
Dividendos recebidos e a receber Arosuco (350,0) - (350,0)<br />
Equivalência patrimonial (v) 303,4 - 303,4<br />
Variação cambial em controlada no exterior (17,9) - (17,9)<br />
Amortização do ágio - (107,5) (107,5)<br />
Reversão de provisão p/ perdas sobre investimentos 12,3 - 12,3<br />
Perda de participação em controlada (0,7) - (0,7)<br />
Aporte de capital 2,2 - 2,2<br />
Redução de capital (ii) (300,0) - (300,0)<br />
Dividendos recebidos (i) (710,9) - (710,9)<br />
Aquisição de Investimento (Nota 1 (b)(i)) 407,7 2.331,1 2.738,8<br />
Saldo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> 18.965,5 2.238,2 21.203,7<br />
(i) Em 02 de junho de <strong>2006</strong>, a Companhia recebeu dividendos de sua controlada Labatt ApS relativo aos resultados acumulados de sua subsidiária Labatt Canadá dos anos de 2005 e 2004.<br />
(ii) Em 01 de junho de <strong>2006</strong>, a diretoria da ANEP aprovou uma redução de capital social, no montante de R$ 300,0 por julgá-lo naquela data excessivo.<br />
(iii) Em 2 de setembro de 2005, a Diretoria da IBA Sudeste, aprovou a distribuição de dividendos, por conta dos resultados auferidos no 1º semestre de 2005, a serem imputados aos<br />
dividendos mínimos obrigatórios do exercício de 2005, no montante de R$ 210,4, cabendo à Companhia o montante de R$ 161,3 e a subsidiária ANEP o montante de R$ 46,8. A parcela<br />
dos dividendos mais redução de capital cujo benefício era da AmBev foi compensada com o saldo de mútuos a receber que a AmBev mantinha com a IBA Sudeste.<br />
(iv) Este saldo refere-se a restituição de capital pela IBA Sudeste, aprovada pelos seus acionistas em 3 de junho de 2005, no montante total de R$ 1.100,0, passando o capital social de R$ 1.302,0 para<br />
R$ 202,0, sem qualquer alteração do número de ações de emissão da controlada, sujeitando-se a redução de capital ora deliberada às condições estipuladas no art. 174 da Lei nº 6.404/76. Dessa<br />
forma, o valor da restituição foi reconhecido no patrimônio da IBA Sudeste em 31 de agosto de 2005, data do pagamento e término do prazo de prescrição para oposição dos credores.<br />
(v) Esse resultado contempla a amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá no montante de R$ 969,8 (R$ 923,5, em 31 de dezembro de 2005).<br />
B) áGIO E DESáGIO<br />
Expectativa de rentabilidade futura:<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Labatt Canadá - - 16.383,3 16.383,3<br />
QIB - - 93,4 93,4<br />
BAH 2.331,1 - 2.331,1 -<br />
Quinsa - - 1.029,8 1.029,8<br />
Cympay - - 26,6 26,6<br />
Embodom - - 224,1 224,1<br />
malteria Pampa 9,3 9,3 28,1 28,1<br />
Patí do Alferes Participações S.A. 3,4 3,4 - -<br />
Indústrias Del Atlântico - - 5,1 5,1<br />
Distribuidora Brakl 101,9 101,9 - -<br />
Distribuidora Ribeirão Preto 73,5 73,4 - -<br />
Distribuidora jaguariúna 6,6 6,7 - -<br />
Cervejaria miranda Corrêa S.A. 5,5 5,5 5,5 5,5<br />
Subsidiárias Labatt Canadá (ii) - - 3.033,3 3.323,9<br />
Subsidiárias da Quinsa (consolidadas) (iii) - - 1.025,8 622,2<br />
Total de ágio 2.531,3 200,2 24.186,1 21.742,0<br />
Amortização acumulada (i) (293,1) (185,6) (6.174,9) (4.997,2)<br />
Total de ágio, líquido da amortização 2.238,2 14,6 18.011,2 16.744,8<br />
Deságio<br />
Cerversursa - - (12,3) (14,4)<br />
Incesa (consolidada) - - (12,7) (8,2)<br />
Total de deságio - - (25,0) (22,6)<br />
Saldo líquido 2.238,2 14,6 17.986,2 16.722,2<br />
(i) O saldo da amortização acumulada referente ao ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá totaliza R$ 2.004,7 (R$ 1.034,9 em 31 de dezembro de 2005).<br />
(ii) O saldo da amortização acumulada referente aos ágios existentes na Labatt Canadá totaliza R$ 3.003,4 em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (R$ 3.289,7 em<br />
31 de dezembro de 2005).<br />
(iii) Aumento decorrente principalmente da mudança de consolidação proporcional para consolidação integral (Nota 1 (b) (i)).
C) INFORmAçõES SOBRE AS CONTROLADAS DIRETAS<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong><br />
Descrição CRBS Arosuco Agrega Hohneck Labatt ApS<br />
Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />
Ações ordinárias/cotas 765.961 0,3 12.155 602.468 1.000.017<br />
Ações preferenciais - - - - -<br />
Total de ações/cotas 765.961 0,3 12.155 602.468 1.000.017<br />
Percentual de participação direta no capital social<br />
Em relação às ações ordinárias/cotas 99,65 99,70 50,00 50,69 99,99<br />
Em relação ao total de ações/cotas 99,65 99,70 50,00 50,69 99,99<br />
Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas:<br />
Patrimônio líquido ajustado 179,1 457,4 0,1 1.085,3 13.279,1<br />
Investimento 178,5 424,6 - 550,2 13.278,9<br />
Lucro (prejuízo) líquido do período 1,9 294,9 (4,5) (80,1) (142,1)<br />
Resultado da equivalência patrimonial (i) 1,9 431,0 (2,2) (40,6) (142,0)<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong><br />
Descrição Dahlen BSA Pepsi ANEP Fratelli<br />
Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />
Ações ordinárias/cotas 480 31.595 77.084 669.019 215<br />
Ações preferenciais - - - - 130<br />
Total de ações/cotas 480 31.595 77.084 669.019 345<br />
Percentual de participação direta no capital social<br />
Em relação às ações ordinárias/cotas 100,0 100,0 99,50 100,0 71,86<br />
Em relação ao total de ações/cotas 100,0 100,0 99,50 100,0 77,84<br />
Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas:<br />
Patrimônio líquido ajustado 40,2 10,3 240,2 115,3 491,4<br />
Investimento 40,2 10,3 239,0 115,3 382,6<br />
Lucro(prejuízo) líquido ajustado 8,6 - (2,4) 19,8 64,0<br />
Resultado da equivalência patrimonial (i) 8,6 - (2,4) 19,8 69,7<br />
Fazenda Maltaria Lambic Miranda<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong><br />
Descrição BAH do Poço Pampa Eagle Holding Correa Skol Total<br />
Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />
Ações ordinárias/cotas 373.520 578 1.439.147 278 13.641 37 91<br />
Ações preferenciais - 389 - - - 35 -<br />
Total de ações/cotas 373.520 967 1.439.147 278 13.641 72 91<br />
Percentual de participação direta no capital social<br />
Em relação às ações ordinárias/cotas 100,0 86,4 60,0 99,96 87,10 100,0 99,96<br />
Em relação ao total de ações/cotas 100,0 91,4 60,0 99,96 87,10 100,0 99,96<br />
Informações sobre as demonstrações financeiras das<br />
controladas diretas:<br />
Patrimônio líquido ajustado 448,5 0,6 196,5 2.216,3 305,6 43,5 653,7<br />
Investimento 448,5 0,6 117,9 2.215,7 266,2 43,5 653,5 18.965,5<br />
Lucro (prejuízo) líquido ajustado 48,0 (3,2) 43,6 159,8 55,6 32,0 (33,2)<br />
Resultado da equivalência patrimonial(i) 48,0 (2,9) 26,2 (159,0) 48,5 32,0 (33,2) 303,4<br />
Em 31 de dezembro de 2005<br />
Descrição CRBS Arosuco Agrega Hohneck Labatt ApS<br />
Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />
Ações ordinárias/cotas 765.961 0,3 6.510 602.468 1.000.017<br />
Ações preferenciais - - - - -<br />
Total de ações/cotas 765.961 0,3 6.510 602.468 1.000.017<br />
Percentual de participação direta no capital social<br />
Em relação às ações preferenciais - - - -<br />
Em relação às ações ordinárias/cotas 99,65 99,7 50,0 50,7 100,0<br />
Em relação ao total de ações/cotas 99,65 99,7 50,0 50,7 100,0<br />
Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas:<br />
Patrimônio líquido ajustado 177,3 373,2 0,1 1.165,4 14.132,0<br />
Investimento 176,6 343,5 - 590,7 14.131,8<br />
Lucro (prejuízo) líquido ajustado (7,9) 273,2 (3,8) (80,2) (291,9)<br />
Resultado da equivalência patrimonial (i) (9,2) 380,4 (1,9) (30,1) (291,9)<br />
O saldo de investimentos em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> contempla provisão para lucros não realizados em controladas, no montante de R$ 43,9 (R$ 44,5 em 31 de<br />
dezembro de 2005).<br />
O resultado da equivalência patrimonial reconhecido pela AmBev durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, inclui os resultados de R$ 743,4 e R$ 56,1<br />
das controladas incorporadas CBB e IBA-Sudeste, respectivamente.<br />
D) PRINCIPAIS PARTICIPAçõES INDIRETAS RELEVANTES Em CONTROLADAS :<br />
Em 31 de dezembro de 2005<br />
Descrição Dahlen BSA Pepsi Anep Fratelli<br />
Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />
Ações ordinárias/cotas 480 31.595 77.084 669.019 299<br />
Ações preferenciais - - - - 143<br />
Total de ações/cotas 480 31.595 77.084 669.019 442<br />
Percentual de participação direta no capital social<br />
Em relação às ações ordinárias/cotas 100,0 100,0 99,5 100,0 71,9<br />
Em relação ao total de ações/cotas 100,0 100,0 99,5 100,0 77,8<br />
Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas:<br />
Patrimônio líquido ajustado 31,6 10,3 242,7 395,6 401,7<br />
Investimento 31,6 10,3 241,4 395,6 312,6<br />
Lucro líquido ajustado 4,7 - 14,5 71,6 28,2<br />
Resultado da equivalência patrimonial (i) 3,1 - 1,2 22,3 18,7<br />
Maltaria Lambic Miranda<br />
Em 31 de dezembro de 2005<br />
Descrição Pampa Eagle Holding Correa Skol Total<br />
Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares):<br />
Ações ordinárias/cotas 1.439.147 27 8 13.641 37 91<br />
Ações preferenciais - - - - -<br />
Total de ações/cotas 1.439.147 278 13.641 37 91<br />
Percentual de participação direta no capital social<br />
Em relação às ações ordinárias/cotas 60,0 99,96 87,33 100,0 99,96<br />
Em relação ao total de ações/cotas 60,0 99,96 87,33 100,0 99,96<br />
Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas:<br />
Patrimônio líquido ajustado 196,9 2.376,1 250,0 11,5 687,0<br />
Investimento 102,3 2.375,2 218,4 11,5 686,8 19.628,3<br />
Lucro (prejuízo) líquido ajustado 23,3 (284,4) (4,8) 6,9 (24,3)<br />
Resultado da equivalência patrimonial (i) 7,2 (55,8) (5,1) 6,8 (16,6) 29,1<br />
(i) O resultado da equivalência patrimonial reconhecido pela AmBev durante o exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, está impactado por ganhos de incentivos fiscais, no montante total de R$ 160,0<br />
(R$112,9 em 31 de dezembro de 2005).<br />
106 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 107<br />
Total de participação<br />
indireta (%)<br />
Denominação <strong>2006</strong> 2005<br />
Exterior<br />
Quinsa 91,18 59,22<br />
jalua Spain S.L. 100,0 100,0<br />
monthiers 100,0 100,0<br />
Aspen 100,0 100,0<br />
7. imoBiliZAdo<br />
A) COmPOSIçãO DO ImOBILIZADO<br />
Controladora<br />
<strong>2006</strong> 2005<br />
Depreciação Valor Valor Taxas anuais de<br />
Custo acumulada Residual Residual deprecia ção (i)-%<br />
Terrenos 92,0 - 92,0 92,0 -<br />
Prédios e construções 1.286,1 (696,3) 589,8 607,5 4,0<br />
máquinas e equipamentos 3.832,4 (3.255,2) 577,2 584,0 10,0<br />
Bens móveis de uso externo 1.213,6 (594,2) 619,4 547,1 10,0<br />
Outros bens e intangíveis 1.128,9 (767,4) 361,5 481,5 19,9 (ii)<br />
Imobilizado em andamento 371,7 - 371,7 162,1<br />
TOTAL 7.924,7 (5.313,1) 2.611,6 2.474,2
A Companhia e suas controladas mantêm bens imóveis destinados à venda, em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, no valor residual de R$ 82,9 na Controladora e R$ 86,0 no<br />
Consolidado (R$ 101,3 e R$ 104,5, respectivamente, em 31 de dezembro de 2005), que estão classificados no realizável a longo prazo, já deduzido da provisão para perda<br />
potencial na realização, no montante de R$ 48,2 na Controladora e R$ 50,4 no Consolidado (R$ 65,1 e R$ 66,3, respectivamente, em 31 de dezembro de 2005).<br />
B) BENS DADOS Em GARANTIA<br />
Em razão de empréstimos bancários assumidos pela Companhia e suas controladas, em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> existem bens móveis e imóveis, cujo saldo líquido<br />
contábil, no montante de R$ 454,3 (R$ 538,9 em 31 de dezembro de 2005), que foram conferidos como garantias de empréstimos bancários. Tal restrição não<br />
impacta o uso desses bens e as operações da Companhia.<br />
8. diFeRido<br />
Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005<br />
Depreciação Valor Valor Taxas anuais de<br />
Custo acumulada Residual Residual deprecia ção (i)-%<br />
Terrenos 324,8 - 324,8 309,9<br />
Prédios e construções 2.815,5 (1.391,1) 1.424,4 1.342,7 4,0<br />
máquinas e equipamentos 9.081,5 (7.028,5) 2.053,0 1.909,2 10,0<br />
Bens móveis de uso externo 2.110,7 (1.097,9) 1.012,8 913,7 10,0<br />
Outros bens e intangíveis 1.448,3 (1.018,1) 430,2 486,9 19,9 (ii)<br />
Imobilizado em andamento 478,7 - 478,7 442,2<br />
TOTAL 16.259,5 (10.535,6) 5.723,9 5.404,6<br />
(i) As taxas podem sofrer acréscimo de 50% a 100% em decorrência do número de turnos de produção no qual o bem é utilizado.<br />
(ii) Taxa média ponderada de depreciação em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> e 2005.<br />
Custo<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Gastos pré-operacionais 180,7 168,9 250,1 243,2<br />
Gastos com implantação e ampliação 48,3 48,3 53,5 53,5<br />
ágios - Rentabilidade futura (i) 811,9 811,9 811,9 811,9<br />
Outros 167,3 167,3 206,7 202,0<br />
Total do custo 1.208,2 1.196,4 1.322,2 1.310,6<br />
Amortização acumulada (854,8) (733,0) (893,1) (761,9)<br />
Diferido líquido 353,4 463,4 429,1 548,7<br />
(i) Os ágios reclassificados para o diferido são fundamentados nas projeções de resultados futuros das operações que sustentaram sua geração.<br />
9. endiVidAmento<br />
Modalidade e finalidade Vencimento Taxa Média<br />
108 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 109<br />
Em reais<br />
Controladora<br />
Circulante Longo prazo<br />
final Ponderada Moeda <strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Incentivos fiscais de ICmS Ago/2016 4,55% R$ 102,5 86,2 160,5 228,0<br />
Investimentos no permanente TjLP+<br />
Ago/2011 3,86% R$ 167,1 104,2 331,7 362,3<br />
Capital de giro 17,99% R$ - 1,4 - -<br />
Em moeda estrangeira<br />
Capital de giro 2,90% a<br />
269,6 191,8 492,2 590,3<br />
jun/<strong>2006</strong> 4,90% USD - 541,1 - -<br />
Capital de giro mar/2007 3,64% YEN 901,0 - - -<br />
Bond 2011 Dez/2011 10,50% USD 5,5 6,0 1.069,0 1.170,3<br />
Bond 2013 Set/2013 8,75% USD 32,4 35,1 1.069,0 1.170,3<br />
Investimentos no permanente jan/2011 8,75% UmBNDES 31,3 16,0 45,3 63,6<br />
970,2 598,2 2.183,3 2.404,2<br />
Total empréstimos e financiamentos 1.239,8 790,0 2.675,5 2.994,5<br />
Debêntures 2009 101,75%<br />
Debêntures 2012 102,50%<br />
jul/2009 CDI R$ 26,0 - 817,1 -<br />
jul/2012 CDI R$ 39,9 - 1.248,0 -<br />
Total Debêntures 65,9 - 2.065,1 -<br />
Endividamento Total 1.305,7 790,0 4.740,6 2.994,5<br />
Modalidade e finalidade Vencimento Taxa Média<br />
Em reais<br />
Consolidado<br />
Circulante Longo prazo<br />
final Ponderada Moeda <strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Incentivos fiscais de ICmS Ago/2016 4,55% R$ 103,6 89,5 161,9 237,3<br />
Investimentos no permanente TjLP+<br />
Ago/2011 3,86% R$ 167,1 104,2 331,7 362,3<br />
Capital de giro/conta garantida jun/2011 15,88% R$ 63,8 1,4 619,5 -<br />
Em moeda estrangeira<br />
334,5 195,1 1.113,1 599,6<br />
Capital de giro Out/2011 5,46% USD 118,2 673,7 94,1 103,0<br />
Capital de giro mar/2007 3,64% YEN 901,0 - - -<br />
Capital de giro Out/2011 BA+0,45% CAD 16,0 4,8 605,8 1.408,2<br />
Capital de giro jan/2007 7,50% ARS 37,8 27,9 - -<br />
Capital de giro mai/2007 6,50% UYU 10,9 - - -<br />
Capital de giro Set/2008 8,94% VEB 57,9 30,8 87,5 117,4<br />
Capital de giro jan/2008 10,62% DOP 80,6 51,0 10,0 32,4<br />
Capital de giro Ago/2011 7,40% GTQ 19,5 27,5 44,8 37,8<br />
Capital de giro Out/2010 6,75% PEN 49,3 28,8 183,9 158,6<br />
Capital de giro mai/2007 7,50% BOB 22,7 - - -<br />
Bond 2011 Dez/2011 10,50% USD 5,5 6,0 1.069,0 1.170,3<br />
Bond 2013 Set/2013 8,75% USD 32,4 35,1 1.069,0 1.170,3<br />
Financiamento de importação Out/2011 6,03% USD 41,9 4,6 8,1 58,1<br />
Investimentos no permanente mar/2012 9,04% USD 149,5 70,5 379,3 341,3<br />
Investimentos no permanente Dez/2012 10,75% DOP - - 62,0 -<br />
Investimentos no permanente Ago/2008 10,64% ARS 106,3 - 19,4 -<br />
Investimentos no permanente jan/2011 8,75% UmBNDES 31,3 16,0 45,4 63,5<br />
Notes – Série A jul/2008 6,56% USD - - 345,1 379,2<br />
Notes – Série B jul/2008 6,07% CAD - - 91,8 100,6<br />
Sênior Notes - BRI Dez/2011 7,50% CAD - - 163,0 178,6<br />
Outros jun/2008 5,57% USD 18,9 37,6 0,3 75,3<br />
Outros Ago/2008 9,48% ARS 4,5 - 5,3 -<br />
1.704,2 1.014,3 4.283,8 5.394,6<br />
Total empréstimos e financiamentos 2.038,7 1.209,4 5.396,9 5.994,2<br />
Debêntures 2009 101,75%<br />
Debêntures 2012 102,50%<br />
jul/2009 CDI R$ 25,9 - 817,1 -<br />
jul/2012 CDI R$ 40,0 - 1.248,0 -<br />
65,9 - 2.065,1 -<br />
Endividamento Total 2.104,6 1.209,4 7.462,0 5.994,2<br />
Abreviaturas utilizadas:<br />
• SD - Dólar Norte americano; • CAD - Dólar Canadense; • YEN - Iêne japonês; • ARS - Peso Argentino; • BOB - Peso Boliviano; • VEB - Bolívar Venezuelano; • DOP - Peso Dominicano; • GTQ - Quetzales<br />
(Guatemala); • PEN - Novo Sol Peruano; • UYU - Peso Uruguaio; • TjLP - Taxa de juros a Longo Prazo – correspondente a 6,85% a.a. em 31.12.06; • ICmS - Imposto sobre Circulação de mercadorias e Serviços; •<br />
CDI - Certificado de Depósito Interbancário – correspondente a 13,17%a.a em 31.12.06; • BA – Bankers Acceptance; • UmBNDES - Taxa incidente sobre financiamentos do BNDES atrelados a Cesta de moedas
A) GARANTIAS<br />
Os empréstimos e financiamentos tomados para ampliação, construção de fábricas e aquisição de equipamentos estão garantidos por hipoteca dos imóveis das<br />
fábricas e alienação fiduciária de equipamentos (Nota 7 (b).<br />
As subsidiárias da AmBev, com exceção das operações na América do Norte, possuem contratos de dívidas e compras de matérias primas garantidas por avais ou<br />
fianças da AmBev.<br />
B) VENCImENTOS<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, os financiamentos ao longo prazo vencem conforme demonstrado a seguir:<br />
2008 851,2<br />
2009 992,3<br />
2010 216,4<br />
2011 2.564,0<br />
2012 em diante 2.838,1<br />
C) INCENTIVOS FISCAIS DE ICmS<br />
Passivo circulante<br />
7.462,0<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Financiamentos 102,5 86,2 103,6 89,5<br />
Diferimento de impostos sobre vendas 16,5 19,4 16,5 19,4<br />
Exigível a longo prazo<br />
Financiamentos 160,5 228,0 161,9 237,3<br />
Diferimento de impostos sobre vendas 405,7 352,6 405,7 352,6<br />
Os financiamentos referem-se a programas oferecidos por determinados Estados, pelos quais o pagamento de uma porcentagem do ICmS devido, é financiado<br />
pelo agente financeiro ligado ao Estado, em média por um período de seis anos a partir da data do vencimento original do ICmS.<br />
Os valores restantes referem-se a diferimento financiado do ICmS devido, por prazos de até doze anos, como parte de programas de incentivo à indústria. As<br />
porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo do programa ou variar regressivamente, desde 75% no primeiro ano a 40% no último ano, sendo os valores<br />
diferidos indexados parcialmente por 60% até 80% de um índice geral de preços. A parcela do diferimento de imposto sobre vendas está classificada no<br />
passivo circulante, na rubrica “Demais tributos e contribuições a recolher”.<br />
D) EmISSãO DE DíVIDA NO mERCADO INTERNACIONAL<br />
Em setembro de 2003, a Companhia efetuou emissão de títulos de dívida externa (“Bond 2013”) no montante equivalente a US$ 500 milhões, com a incidência de<br />
juros de 8,75% ao ano, amortizaveis semestralmente a partir de março de 2004, e vencimento final em setembro de 2013. A Companhia registrou o Bond 2013<br />
em 10 de agosto de 2004 na Securities and Exchange Commission - SEC, conforme o U.S. Securities Act de 1933 e suas alterações subseqüentes. Além disso, o<br />
Bond 2013 foi registrado na Bolsa de Valores de Luxemburgo para liquidação através da Depository Trust Company (“DTC”), Euroclear e Clearstream.<br />
Em dezembro de 2001, a Companhia efetuou emissão de títulos de dívida externa (“Bond 2011”) no montante equivalente a US$ 500 milhões, com a incidência<br />
de juros de 10,5% ao ano, amortizaveis semestralmente desde junho de 2002, e com vencimento final em dezembro de 2011. A Companhia registrou o Bond<br />
2011 em 4 de outubro de 2002 na Securities and Exchange Commission - SEC.<br />
E) LABATT CANADá<br />
(i) Capital de giro<br />
Em 12 de outubro de 2005, foi realizado um empréstimo sindicalizado de CAD$ 1,2 bilhões, dos quais CAD$ 700 milhões a termo e CAD$ 500 milhões de<br />
crédito rotativo, com data de vencimento em 12 de outubro de 2010, e com juros à taxa “bankers acceptance” mais a margem aplicável cujo teto é de 0,75%<br />
ao ano. A taxa média “bankers acceptance” sobre a dívida em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> era 4,346% ao ano e a margem aplicável era de 0,45% ao ano<br />
(3,106% e 0,35% respectivamente em 31 de dezembro de 2005). Em 5 de outubro de <strong>2006</strong> a data da operação foi extendida para 13 de outubro de 2011.<br />
(ii) Senior notes<br />
Em 23 de julho de 1998, a Labatt Canadá firmou um contrato para empréstimo de US$ 162 milhões, representado por Notas Bancárias da Série A (“Notes – Série<br />
A”), e de CAD$ 50 milhões, em Notas Bancárias da Série B (“Notes – Série B”), tomado de um grupo de investidores institucionais. As Notas estão sujeitas às<br />
seguintes taxas fixas de juros: (a) 6,56% ao ano, sobre a parte em dólares norte-americanos; e (b) 6,07% ao ano, sobre a parte em dólares canadenses. As Notas<br />
têm vencimento em 23 de julho de 2008.<br />
Em 15 de junho de 2001, a Brewers Retail Inc (“BRI”), empresa consolidada proporcionalmente pela Labatt Canadá, firmou um contrato para empréstimo de CAD$<br />
200 milhões, através de Senior Notes (“Senior Notes – BRI”), com um grupo de investidores institucionais. As Senior Notes estão sujeitas a taxas fixas de juros de<br />
7,5% ao ano e têm vencimento em 15 de junho de 2011.<br />
F) CLáUSULAS CONTRATUAIS<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, a Companhia e suas controladas encontram-se adimplentes quanto aos índices de endividamento e liquidez compromissados em<br />
decorrência da obtenção dos empréstimos.<br />
110 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 111<br />
G) DEBêNTURES<br />
Em 1º de julho de <strong>2006</strong>, a Companhia efetuou emissão de duas séries de debêntures simples e não conversíveis em ações sendo a primeira série (“Debênture<br />
2009”) no montante equivalente a R$ 817,1, com a incidência de juros 101,75% do CDI ao ano, amortizados trimestralmente a partir de 1º. de outubro de <strong>2006</strong>,<br />
e vencimento final em julho de 2009 e a segunda série (“Debênture 2012”) no montante equivalente a R$ 1.248,0, com incidência de juros de 102,50% do CDI ao<br />
ano, amortizados trimestralmente a partir de 1º. de outubro de <strong>2006</strong>, e vencimento final em julho de 2012.<br />
Os recursos obtidos com a emissão das Debêntures foram utilizados para pagamento da aquisição das ações de titularidade da BAC de emissão da Quinsa,<br />
conforme Nota 1 (b) (i).<br />
10. outRos pAssiVos<br />
Passivo circulante<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Depósitos para vasilhames (i) - - 67,7 79,1<br />
Provisão para reestruturação (ii) - - 41,0 106,5<br />
Provisão para desempedimento de área 12,2 48,5 12,2 48,5<br />
Provisão para contingência de imposto de renda (Nota 11 (f)) - - 122,4 124,5<br />
Contas a pagar de marketing 194,2 151,7 204,1 151,7<br />
Resultado liq. dif. de operações forward e swap “commodities” 9,7 0,3 9,7 41,2<br />
Provisão para pagamento de royalties - - 33,5 33,9<br />
Contas a pagar por recompra de ações 3,3 74,2 3,3 74,4<br />
Demais contas a pagar 138,5 101,8 258,6 239,0<br />
Exigível a longo prazo<br />
357,9 376,5 752,5 898,8<br />
Provisão para benefícios de assistência médica e outros (Nota 12 (b)) 87,4 84,4 326,6 584,6<br />
Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 16 (c)) 22,8 26,7 131,4 94,6<br />
Resultado líquido diferido de operações de swap de dívida - - 88,4 95,9<br />
Provisão para reestruturação (ii) - 22,4 -<br />
Demais contas a pagar 0,4 0,5 60,2 50,7<br />
110,6 111,6 629,0 825,8<br />
(i) Esses depósitos são efetuados pelos pontos de venda no Canadá, no momento da venda da cerveja, como forma de garantia pelos vasilhames, e devolvidos quando tais vasilhames são retornados.<br />
(ii) A Labatt Canadá, durante os anos de 2004 e 2005, anunciou o fechamento de duas plantas e, também, uma reestruturação da força de trabalho com o objetivo de reduzir custo fixo de pessoal em 20%.<br />
Em decorrência deste processo, a Companhia ainda mantém em seu balanço consolidado o montante de R$ 63,4 equivalente a CAD$ 34,6 (R$ 106,5 equivalente a CAD$ 52,9 em dezembro de 2005).<br />
11. ContinGÊnCiAs – ConsolidAdo<br />
Consolidação Atualização<br />
Saldo em Integral monetária Saldo em<br />
31.12.2005 Adições Reversões Pagamentos de Quinsa e cambial 31.12.<strong>2006</strong><br />
PIS e COFINS 394,5 1,1 (316,0) (4,6) - 23,7 98,7<br />
ICmS e IPI 221,4 62,2 (52,2) (54,5) - 11,2 188,1<br />
IRPj e CSLL 73,1 5,7 (6,6) (5,2) - 0,5 67,5<br />
Processos trabalhistas 278,4 114,2 (76,5) (72,9) 4,7 (2,4) 245,5<br />
Distribuidores e revendores 43,7 28,3 (16,2) (11,5) 3,4 (1,9) 45,8<br />
Outros 117,1 178,4 (30,2) (119,5) 11,5 (6,3) 151,0<br />
Total Contingências 1.128,2 389,9 (497,7) (268,2) 19,6 24,8 796,6<br />
Depósitos judiciais (91,1) (63,7) 32,6 2,1 - (13,2) (133,3)<br />
Total Contigências, líquidas 1.037,1 326,2 (465,1) (266,1) 19,6 11,6 663,3<br />
Abreviaturas utilizadas:<br />
• IRPj – Imposto de Renda da Pessoa jurídica; • CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; • PIS – Programa de Integração Social; • COFINS – Cotribuição para o Financiamento da Seguridade Social; •<br />
IPI – Imposto sobre Produto Industrializado, e • ICmS – Imposto sobre Circulação de mercadorias e Serviços.
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, a Companhia e suas controladas mantinham ainda em andamento outros processos, cuja materialização, na avaliação dos<br />
consultores jurídicos, é possível de perda, mas não provável, no valor aproximado de R$ 5.877,0 (R$ 4.557,0 em 31 de dezembro de 2005), para as quais a<br />
administração da Companhia, suportada pela opinião de seus consultores jurídicos, entende não ser necessária a constituição de provisão para eventual perda.<br />
Durante 2004 e 2005, a Companhia e suas controladas receberam autuações, relacionadas com o entendimento das autoridades fiscais acerca da legislação<br />
brasileira que trata da tributação no Brasil de lucros obtidos por controladas ou coligadas estabelecidas fora do país.<br />
Baseada na opinião de seus consultores externos, a Administração da Companhia entende que tais autuações foram efetuadas com base em uma análise<br />
equivocada da legislação acima referida porque, dentre outros pontos: (i) considera hipótese de disponibilização que não existia na legislação vigente no período<br />
referente à autuação; (ii) desconsidera a existência de tratado para evitar dupla tributação, firmado entre Brasil e Espanha; e (iii) por equívoco na apuração dos<br />
valores supostamente devidos.<br />
A Companhia baseada na opinião de seus consultores externos não efetuou provisionamento em relação a essas autuações fiscais, as quais totalizam R$ 4.131,6.<br />
Considerando esses fatores, bem como o fato do assunto em questão ainda não ter sido objeto de apreciação em última instância por parte do Poder judiciário,<br />
a Companhia, baseada na opinião de seus consultores legais, considerou que o montante de R$ 2.804,4, envolve uma probabilidade de perda como possível,<br />
enquanto que o montante de R$ 1.327,2 representa probabilidade remota de perda.<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, a Companhia e suas controladas não possuem contingências de natureza ativa cuja probabilidade de ganho seja provável para serem<br />
divulgadas.<br />
Natureza dos principais passivos associados a questionamentos fiscais e provisões para contingências:<br />
A) PIS E COFINS<br />
A Companhia e suas controladas propuseram ações específicas com a finalidade de garantir o direito de recolhimento de PIS e COFINS sobre o faturamento,<br />
desonerando-a do recolhimento dessa contribuição sobre outras receitas nos termos previstos da Lei 9.718/98. Algumas ações foram julgadas de forma definitiva<br />
pelo Supremo Tribunal Federal e as provisões relativas a estes processos já solucionados, no montante de R$ 316,0 foram revertidas em <strong>2006</strong>.<br />
Com o advento da Lei no. 10.637, de 31 de dezembro de 2002, que estabeleceu novas regras para a apuração do PIS, com efeitos a partir de 1° de dezembro de 2002, a<br />
Companhia e suas controladas passaram a proceder ao recolhimento dessa contribuição sobre outras receitas nos moldes previstos na legislação em vigor.<br />
Considerando-se a promulgação da Lei 10.833/03 de 29 de dezembro de 2003, que estabeleceu novas regras para a apuração da COFINS, com efeitos a partir de<br />
1° de fevereiro de 2004, a Companhia e suas controladas passaram a recolher a referida contribuição nos moldes previstos na legislação em vigor.<br />
B) ImPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIçãO SOCIAL SOBRE O LUCRO LíQUIDO<br />
A provisão decorre substancialmente da tomada de dedutibilidade dos juros sobre capital próprio na base da contribuição social sobre o lucro de 1996.<br />
C) PROCESSOS TRABALHISTAS<br />
Provisão relacionada a reclamações formalizadas por ex-empregados pleiteando complemento de remuneração. Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, os depósitos judiciais<br />
vinculados aos processos trabalhistas efetuados pela Companhia e suas controladas, atualizados monetariamente conforme índices oficiais, totalizam R$ 195,9 dos<br />
quais R$ 113,8 são referentes a processos cuja perda é provável (R$ 151,2 totalizam os depósitos em 31 de dezembro de 2005).<br />
D) PROCESSOS DE DISTRIBUIDORES E REVENDEDORES<br />
São decorrentes, principalmente, de rescisões de contratos com certos distribuidores.<br />
E) OUTRAS PROVISõES<br />
Decorrem de processos relacionados, substancialmente, a questões ligadas ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, a produtos e a fornecedores.<br />
F) LABATT CANADá<br />
Alguns produtores de cerveja e bebidas alcóolicas dos Estados Unidos, Canadá e Europa, foram envolvidos em ações coletivas de perdas e danos impetradas sob a<br />
alegação de marketing de bebidas alcóolicas para consumidores menores de idade. A Labatt Canadá foi envolvida em três dessas ações, e para duas dessas ações<br />
foi excluída do pólo passivo. A Labatt continuará vigorosamente defendendo essas ações, sendo que nesse momento não é possível estimar a probabilidade de<br />
perda ou estimar o seu montante.<br />
A Labatt foi autuada pelo Governo Canadense em relação à taxa de juros utilizada em certos contratos com partes relacionadas que existiram no passado. O<br />
montante total da autuação pode chegar a CAD$ 200,0, equivalente a R$ 367,2 em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (R$ 402,4 em 31 de dezembro de 2005).<br />
Caso a Labatt seja obrigada a pagar esses valores, a AmBev será integralmente reembolsada, pela antiga controladora da Labatt, InBev. O saldo da provisão registrada na<br />
Labatt é CAD$ 66,7, equivalente a R$ 122,4 em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (CAD$ 61,9, equivalente a R$ 124,6 em 31 de dezembro de 2005), classificada como “provisão<br />
para contingência de imposto de renda”, em Outros Passivos. A AmBev tem registrado um contas a receber da InBev no montante de R$ 183,2, equivalente a CAD$ 88,8<br />
em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (R$ 173,0 equivalente a CAD$ 86,0 em 31 de dezembro de 2005) registrado na rubrica “Demais contas a receber”.<br />
12. pRoGRAmAs soCiAis<br />
A) INSTITUTO AmBEV DE PREVIDêNCIA PRIVADA (“IAPP”)<br />
A AmBev e suas controladas no Brasil têm dois planos de benefícios previdenciários: um no modelo de contribuição definida (aberto a novas adesões) e outro no<br />
modelo de benefício definido (fechado para novas adesões desde maio de 1998), existindo a possibilidade de migração do plano de benefício definido para o de<br />
contribuição definida. Esses planos são custeados pelos participantes e pela patrocinadora, e são administrados pelo IAPP, cujo objetivo principal é complementar os<br />
benefícios de aposentadoria de seus empregados e administradores. No exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, a Companhia e suas controladas contribuíram<br />
com R$ 5,7 (R$ 4,8, em 31 de dezembro de 2005) ao IAPP.<br />
Com base no relatório do atuário independente, a posição dos planos do IAPP em 31 de dezembro é a seguinte:<br />
<strong>2006</strong> 2005<br />
Valor justo dos ativos 857,7 725,5<br />
Valor presente da obrigação atuarial (555,3) (485,2)<br />
Superávit de ativos – IAPP 302,4 240,3<br />
O superávit de ativos do IAPP está reconhecido contabilmente pela Companhia em suas demonstrações financeiras consolidadas no montante de R$ 17,0<br />
(R$ 20,0 em 31 de dezembro de 2005), na conta “Outros ativos”, valor estimado como o limite máximo da sua utilização futura, considerando também as<br />
restrições legais que impedem o retorno de eventual superávit atuarial remanescente no momento do encerramento do IAPP, e para o qual não houve o uso por<br />
meio do pagamento de benefícios previdenciários.<br />
B) BENEFíCIOS DE ASSISTêNCIA mÉDICA E OUTROS PROVIDOS DIRETAmENTE PELA COmPANHIA E CONTROLADAS<br />
A Companhia e suas controladas provêem, diretamente, benefícios de assistência médica, reembolso de gastos com medicamentos e outros para aposentados,<br />
não sendo concedido tal benefícios para novas aposentadorias. Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, os saldos de R$ 87,4 e de R$ 326,6 da Controladora e<br />
Consolidado (R$ 84,4 e R$ 584,6, respectivamente, em 31 de dezembro de 2005), estão reconhecidos nas demonstrações financeiras da Companhia na conta<br />
“Outros passivos”, no exigível a longo prazo nos seguinte montantes:<br />
Plano de Benefício<br />
Pensão Pós-Aposentadoria<br />
Labatt Labatt AmBev Total<br />
Valor presente da obrigação atuarial 2.040,5 248,4 146,1 2.435,0<br />
Valor justo dos ativos (1.641,5) - - (1.641,5)<br />
Déficit do plano 399,0 248,4 146,1 793,5<br />
Ajustes atuariais não amortizados (365,1) (89,4) (58,7) (513,2)<br />
Sub-total 33,9 159,0 87,4 280,3<br />
Plano de distribuidores (i) - - - 46,3<br />
Total 33,9 159,0 87,4 326,6<br />
(i) A obrigação referente ao plano de distribuidores representa a participação pró-rata da Labatt Canadá sobre as obrigações desses planos que serão<br />
custeados pela Labatt Canadá através da alocação de custos de serviços dessas afiliadas.<br />
movimentação da provisão para benefícios de assistência médica e outros, conforme relatório do atuário independente:<br />
AmBev Labatt Total<br />
Saldo em 31 de dezembro de 2005 84,4 500,2 584,6<br />
Encargos financeiros/despesas incorridas 13,7 67,4 81,1<br />
Variação cambial - (43,7) (43,7)<br />
Ajuste atuarial - (12,5) (12,5)<br />
Pagamento de benefícios (10,7) (272,2) (282,9)<br />
Saldo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> 87,4 239,2 326,6<br />
C) FUNDAçãO ANTôNIO E HELENA ZERRENNER INSTITUIçãO NACIONAL DE BENEFICêNCIA - FUNDAçãO ZERRENNER<br />
Entre as principais finalidades da Fundação Zerrenner está a de proporcionar a funcionários e administradores das patrocinadoras assistência médico-hospitalar<br />
e odontológica, auxiliar em cursos profissionalizantes e superiores, manter estabelecimentos para auxílio e assistência a idosos, entre outros, por meio de ações<br />
diretas ou mediante convênios de auxílios financeiros a quaisquer entidades.<br />
A movimentação do passivo atuarial da Fundação Zerrenner, conforme relatório do atuário independente, foi a seguinte:<br />
Saldo em 31 de dezembro de 2005 193,6<br />
Encargos financeiros incorridos 44,0<br />
Pagamento de benefícios (21,8)<br />
Saldo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> 215,8<br />
112 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 113
O passivo atuarial referente aos benefícios providos pela Fundação Zerrenner em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> foi integralmente compensado por<br />
seus ativos na mesma data, e o excesso de saldo de ativos não foi reconhecido pela Companhia em suas demonstrações financeiras em virtude da<br />
possibilidade de destinação de seu uso para outros fins que não exclusivamente relativos ao pagamento de benefícios.<br />
D) PREmISSAS ATUARIAIS<br />
As premissas de médio e de longo prazos, adotadas pelo atuário independente nos cálculos de obrigação atuarial foram as seguintes:<br />
Percentual anual (em termos nominais)<br />
AmBev Labatt<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Taxa de desconto 10,8 10,8 5,0 5,0<br />
Taxa de retorno esperado dos ativos 13,9 14,9 7,4 8,0<br />
Crescimento do componente de remuneração 7,1 7,2 3,0 3,0<br />
Crescimento dos custos dos serviços médicos 6,5 7,2 2,5 -<br />
13. pAtRimÔnio lÍquido<br />
A) CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO E INTEGRALIZADO<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, o capital social da Companhia, no montante de R$ 5.716,1 (R$ 5.691,4 em 31 de dezembro de 2005), estava<br />
representado por 64.458.212 mil ações (65.876.074 mil ações em 31 de dezembro de 2005), sendo 34.501.039 mil ações ordinárias e 29.957.173<br />
mil ações preferenciais (34.499.423 mil e 31.376.651 mil, respectivamente em 31 de dezembro de 2005), todas nominativas e sem valor nominal.<br />
Em 11 de outubro de <strong>2006</strong>, a Companhia aumentou seu capital no montante R$ 1,9, mediante a capitalização da conta reserva de incentivo fiscal<br />
– Reinvestimento de Imposto de Renda, referente aos anos-calendário 1991 e 1992, conforme facultado pelo artigo 19 da Lei número 8.167/91.<br />
Dessa forma o capital da Companhia passou de R$ 5.714,2 para R$ 5.716,1.<br />
Em 8 de agosto de <strong>2006</strong>, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$ 3,4, mediante a emissão de 3.655 mil ações ordinárias e 717 mil<br />
ações preferenciais, subscritas em dinheiro por acionistas minoritários.<br />
Em 27 de junho de <strong>2006</strong>, a Companhia aumentou seu capital em 11.515 mil ações ordinárias e 5.275 mil ações preferenciais, no montante de R$ 13,5,<br />
integralizadas mediante a capitalização parcial do beneficio fiscal auferido pela Companhia com a amortização parcial de reserva especial de ágio no<br />
exercício de 2005.<br />
Em 20 de abril de <strong>2006</strong>, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$ 5,9, correspondente à capitalização de 30% de benefício fiscal<br />
auferido pela Companhia, com a amortização parcial da reserva especial de ágio no exercício de 2005, sem a emissão de novas ações.<br />
B) DESTINAçõES DO LUCRO DO ExERCíCIO E CONSTITUIçãO DE RESERVAS ESTATUTáRIAS<br />
O estatuto social da Companhia prevê a seguinte destinação do lucro líquido do exercício, após as deduções previstas em lei:<br />
i. Percentual de 35,0% para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seus acionistas. Consoante determinação legal, as ações<br />
preferenciais fazem jus a um dividendo 10% superior em relação às ações ordinárias.<br />
ii. Importância não superior a 68,875% do lucro líquido, para a constituição de reserva para investimentos, com o objetivo de financiar a expansão<br />
das atividades da Companhia e de suas controladas, até mesmo para a subscrição de aumentos de capital ou a criação de empreendimentos. Essa<br />
reserva não poderá ultrapassar 80% do capital social. Atingindo esse limite, caberá à Assembléia Geral deliberar sobre o saldo, procedendo à sua<br />
distribuição aos acionistas ou ao aumento de capital.<br />
iii. Distribuição aos funcionários de até 10% do lucro líquido do exercício, com base em critérios predeterminados. Aos administradores é atribuída<br />
a participação até o limite máximo legal. A participação nos lucros está condicionada ao alcance das metas coletivas e individuais previamente<br />
fixadas pelo Conselho de Administração no início do exercício.<br />
C) DIVIDENDOS PROPOSTOS<br />
Cálculo do percentual dos dividendos aprovados pelo Conselho de Administração sobre o lucro líquido dos exercícios findos em 31 de dezembro:<br />
<strong>2006</strong> 2005<br />
Lucro líquido do exercício 2.806,3 1.545,7<br />
Reserva legal (5%) (i) - -<br />
Base de cálculo dos dividendos 2.806,3 1.545,7<br />
Dividendos antecipados - 480,9<br />
Dividendos antecipados na forma de juros sobre o capital próprio 1.473,1 219,8<br />
Dividendos complementares - 75,3<br />
Dividendos complementares na forma de juros sobre o capital próprio - 524,2<br />
Sub total 1.473,1 1.300,2<br />
Imposto de renda na fonte incidente sobre os dividendos sob a forma de juros sobre o capital próprio (220,9) (111,6)<br />
Total dos dividendos propostos – exercício atual 1.252,2 1.188,6<br />
Dividendo complementar <strong>2006</strong> – Base 2005 - 390,9<br />
Dividendos propostos total 1.252,2 1.579,5<br />
Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo - % 44,62 102,18<br />
Dividendos líquidos de imposto de renda por lote de mil ações em circulação (excluídas as ações em tesouraria) no fim do exercício – R$<br />
Ordinárias (ii) 17,77 23,07<br />
Preferenciais (ii) 19,54 25,38<br />
(i) A reserva legal deixou de ser constituída, considerando-se o disposto na legislação societária, que determina que tal reserva pode deixar de ser constituída quando, somada às reservas de<br />
capital exceder a 30% (trinta por cento) do capital social da Companhia.<br />
(ii) Dividendos por lote de mil ações em circulação (excluídas as ações em tesouraria) no fim do exercício, antes do Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF: ordinárias - R$ 20,90 e<br />
preferenciais - R$ 22,99 (ordinárias – R$ 24,70 e preferenciais – R$ 27,17 em 31 de dezembro de 2005).<br />
D) jUROS SOBRE O CAPITAL PRóPRIO<br />
As companhias têm a opção legal de atribuir aos acionistas juros calculados com base na TjLP sobre o patrimônio líquido, que são dedutíveis para fins tributários,<br />
podendo ser computados nos dividendos obrigatórios quando distribuídos. Embora registrados em conta de resultado para fins tributários, esses juros são<br />
reclassificados para o patrimônio líquido e demonstrados como dividendos para fazer refletir a essência da transação.<br />
Os juros sobre o capital próprio e dividendos não reclamados no prazo de 3 anos, a contar da data do início do pagamento, prescrevem e são revertidos a favor da<br />
Companhia (Lei no. 6.404/76, artigo 287, inciso II, item a).<br />
E) RESERVA ESPECIAL DE áGIO<br />
Conforme comentado na Nota 1 b (iii), em decorrência da incorporação da controladora InBev Brasil, em 28 de julho de 2005, foi constituída pela Companhia<br />
reserva especial de ágio, no montante de R$ 2.883,3, correspondente ao benefício futuro de amortização dos ágios incorporados. A realização dessa reserva se<br />
dará nos moldes anteriormente descritos na Nota 1 (b)(iii)(b).<br />
F) AçõES Em TESOURARIA<br />
A movimentação das ações em tesouraria da Companhia durante o exercício foram as seguintes:<br />
Quantidade de ações - lotes de mil<br />
Descrição Preferenciais Ordinárias Total R$<br />
Em 31 de dezembro de 2005 519,380 10,480 529,860 393,4<br />
Aquisições 1,791,076 68,878 1,859,954 1.762,3<br />
Cancelamentos (1,425,471) (13,554) (1,439,025) (1.046,2)<br />
Transferência plano de ações (180,860) (31,110) (211,970) (168,8)<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> 704,125 34,694 738,819 940,7<br />
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, a Companhia adquiriu no mercado 1.611.089 lotes mil ações, ao custo médio ponderado de R$ 925,76 sendo<br />
o custo mínimo de R$ 805,61 e o custo máximo de R$ 997,75.<br />
Adicionalmente, a Companhia entregou 211.970 lotes mil ações em tesouraria para os funcionários que exerceram o direito de adquirir ações pelo Plano de<br />
Ações no valor R$ 101,6. O valor de custo da baixa dessas ações totalizou R$ 168,8, apurando um prejuízo de R$ 67,2 o qual foi contabilizado contra a reserva<br />
114 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 115<br />
de capital.<br />
Em agosto de <strong>2006</strong>, a Companhia lançou novo programa de aquisição de ações ordinárias e preferenciais de sua emissão, até o montante de R$ 1.000,0, em<br />
conformidade com a Instrução CVm no. 10/80 e suas alterações posteriores. Durante os próximos 360 dias a Companhia poderá recomprar até 9,74% das ações<br />
ordinárias e 3,79% das ações preferenciais em circulação em cada classe. Este programa foi encerado em 14 de novembro de <strong>2006</strong>.<br />
Em fevereiro de <strong>2006</strong>, a Companhia lançou novo programa de aquisição de ações ordinárias e preferenciais de sua emissão, montante de R$ 500,0, em<br />
conformidade com a Instrução CVm no. 10/80 e suas alterações posteriores. Durante o período de 180 dias após a data de lançamento a Companhia poderia<br />
recomprar até 9,72% das ações ordinárias e 5,47% das ações preferenciais em circulação em cada classe. Este programa foi encerrado em 08 de agosto de <strong>2006</strong>.
14. plAno de opÇão de CompRA de AÇÕes<br />
A AmBev tem um plano de aquisição de ações pelos funcionários pré-selecionados, visando alinhar seus interesses com os dos acionistas. O Plano foi revisado<br />
na Assembléia Geral Extraordinária de 20 de abril de <strong>2006</strong>. O Plano é administrado pelo Conselho de Administração. O Conselho de Administração cria,<br />
periodicamente, programas de compra de ações, definindo seus termos e os funcionários a serem beneficiados, e estabelece o preço pelo qual as ações serão<br />
adquiridas.<br />
As opções têm prazo de carência de 5 anos e expiram, impreterivelmente, 10 anos após suas concessão. Na hipótese de término da relação de emprego, os direitos<br />
às opções de compra de ações sob determinadas condições são extintos; quanto às ações adquiridas pelo empregado, a Companhia tem o direito de recomprá-las<br />
com base nas premissas estabelecidas no Plano.<br />
Não é mais facultado aos beneficiários dos direitos de compra de ações concedidas a partir de 2003, a opção pelo financiamento das compras de ações. Em 31<br />
de dezembro de <strong>2006</strong>, o saldo em aberto dos financiamentos referente aos planos concedidos anteriormente a essa data, no consolidado, totaliza R$ 72,8. Os<br />
financiamentos são garantidos pelas ações financiadas.<br />
O resumo das movimentações das opções de compra de ações para os exercícios findos em 31 de dezembro é o seguinte:<br />
Opção de compra de ações - lotes de mil<br />
Preferenciais Ordinárias Preferenciais Ordinárias<br />
<strong>2006</strong> 2005<br />
Saldo de opções de compra de ações exercíveis no início do exercício 365.101 73.020 651.036 -<br />
movimentação ocorrida durante o exercício:<br />
Exercidas (155.553) (31.110) (257.993) (6.389)<br />
Canceladas (41.576) (8.085) (27.942) (1.227)<br />
Concedidas 69.506 - - -<br />
Bonificadas - - - 80.636<br />
Saldo de opções de compra de ações exercíveis ao final do exercício 237.478 33.825 365.101 73.020<br />
15. tesouRARiA<br />
A) CONSIDERAçõES GERAIS<br />
A Companhia e suas controladas mantêm determinados valores de caixa e equivalentes em moedas estrangeiras, assim como realizam operações de<br />
“swap” de moedas, juros e “commodities” e operações de “forward” de moeda, com o objetivo de proteger-se dos efeitos de variações das taxas<br />
de câmbio sobre a exposição consolidada em moedas estrangeiras, de flutuações em taxas de juros e das oscilações dos preços de matérias-primas,<br />
principalmente alumínio, açúcar e trigo.<br />
Os instrumentos acima mencionados são contratados com a finalidade de “hedge”, o que não impede que seus resgates possam ocorrer a qualquer<br />
momento, embora seja real a intenção de a Companhia levá-los até o vencimento da operação a ser protegida.<br />
B) DERIVATIVOS<br />
A Companhia com o objetivo de minimizar riscos de exposição a certas flutuações de mercado nas taxas de câmbio, juros e em commodities, contrata operações<br />
de derivativos. Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, os montantes contratados de instrumentos financeiros de derivativos são como segue na tabela abaixo:<br />
Ativos (Passivos)<br />
Descrição <strong>2006</strong> 2005<br />
“Hedge” de moedas<br />
Reais/US$ 3.086,5 3.610,5<br />
Peso Argentino/US$ - 206,0<br />
Reais/Iêne 622,0 -<br />
Soles Peruanos/US$ 78,3 210,7<br />
Dólar canadense/US$ 249,1 240,5<br />
Dólar canadense/R$ 825,4 -<br />
“Hedge” de juros<br />
CDI x Pré (137,5) (186,3)<br />
juros Pre / BA Canadense 508,4 367,2<br />
“Hedge” de “commodities”<br />
Alumínio 314,2 119,6<br />
Açúcar 126,6 31,4<br />
Trigo (76,8) 16,1<br />
milho 2,2 -<br />
5.598,4 4.615,7<br />
i. Valor de mercado de instrumentos financeiros “Hedge” de moedas e taxa de juros<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, ganhos não realizados sobre rendimentos de natureza variável em operações de derivativos, de acordo com o previsto pela legislação<br />
societária do Brasil, foram limitados ao menor valor entre a “curva” dos instrumentos ou o respectivo valor de mercado.<br />
Caso a Companhia tivesse registrado contabilmente seus instrumentos derivativos ao valor de mercado, teria contabilizado ao resultado do exercício findo em 31<br />
de dezembro de <strong>2006</strong> um ganho adicional no montante de R$ 141,7 (R$ 44,4 em 31 de dezembro de 2005), conforme demonstrado na tabela a seguir:<br />
116 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 117<br />
Ganhos não<br />
realizados de<br />
Instrumentos financeiros Contábil Mercado natureza variável<br />
Títulos públicos 241,6 261,6 20,0<br />
“Swaps”/”forwards” (218,4) (213,0) 5,4<br />
“Foward” R$ x CAD Labatt Canadá 48,7 160,2 111,5<br />
“Cross Currency Swap” Labatt Canadá (*) (88,4) (83,5) 4,9<br />
(*) Swaps para conversão das Notas tomadas a juros fixos em dólares dos Estados Unidos para juros flutuantes em dólares canadenses.<br />
ii. “Hedge” de “commodities” e moedas<br />
(16,5) 125,3 141,8<br />
Os resultados líquidos, apurados ao valor de custo (equivalentes ao seu valor de mercado) dessas operações, com o propósito específico de minimizar a exposição<br />
da Companhia à flutuação de preços de matérias-primas denominadas em moeda estrangeira a serem adquiridas, são diferidos e reconhecidos no resultado,<br />
quando houver a venda do produto correspondente.<br />
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, foi registrado no resultado o seguinte efeito referente às operações “hedge” de moedas e “commodities”,<br />
na conta “Custos dos produtos vendidos”:<br />
Descrição Diminuição (Aumento) líquido no custo dos produtos vendidos<br />
“Hedge” de moedas (84,6)<br />
“Hedge” de alumínio (4,6)<br />
“Hedge” de açúcar (16,4)<br />
“Hedge” de Trigo e milho 0,8<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, perdas não realizadas no montante de R$ 57,2 foram diferidas, sendo R$ 66,9 em “outros ativos” e R$ 9,7 em “outros passivos”.<br />
Esta perda será reconhecida à débito do resultado da Companhia, sendo o montante de R$ 57,2 no custo dos produtos vendidos, quando houver a venda do<br />
(104,8)<br />
produto acabado correspondente e o saldo restante na despesa operacional por se tratar de “hedge” de despesa.<br />
C) PASSIVOS FINANCEIROS<br />
Os passivos financeiros da Companhia, representados principalmente pelas operações de emissão de títulos de dívida externa e financiamentos para importação,<br />
estão contabilizados a valor de custo, atualizados monetariamente às taxas iniciais dos juros contratadas, acrescidos de variações monetárias e cambiais, conforme<br />
índices de fechamento de cada período.<br />
Caso a Companhia pudesse ter adotado o critério de reconhecimento de seus passivos financeiros a valor de mercado, teria apurado uma perda adicional, antes do imposto<br />
de renda e da contribuição social, de R$ 580,9 em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> (R$ 523,4, em 31 de dezembro de 2005), conforme demonstrado na tabela a seguir:<br />
Passivo financeiro Contábil Mercado Diferença<br />
Notes – Série A (i) 345,1 350,4 (5,3)<br />
Notes – Série B (ii) 91,8 93,8 (2,0)<br />
Sênior Notes – BRI (iii) 163,0 183,7 (20,7)<br />
Financiamentos Internacionais outras moedas(iv) 2.311,1 2.311,1 -<br />
Financiamentos em Reais 948,8 1.147,3 (198,5)<br />
BNDES/ FINEP/ EGF (iv) 498,8 498,8 -<br />
Res. 63/ Compror 63 901,0 855,9 45,1<br />
Bond 2011 e Bond 2013 2.175,9 2.575,4 (399,5)<br />
Debêntures – 2009 e 2011 2.131,1 2.131,1 -<br />
(i) Notas bancárias da série A firmados pela Labatt Canadá em dólares americanos<br />
(ii) Notas bancárias da série B firmados pela Labatt Canadá em dólares canadenses<br />
9.566,6 10.147,5 (580,9)<br />
(iii) Notas de Títulos Privados firmados pela Brewers Retail Inc. (BRI) e consolidados proporcionalmente pela Labatt Canadá em dólares canadenses<br />
(iv) Empréstimos para os quais o valor contábil e o valor de mercado são similares.
O critério utilizado para apuração do valor de mercado dos títulos de dívida foi realizado com base em cotações de corretores de investimento, em cotações dos<br />
bancos que prestam serviços à AmBev e a Labatt Canadá e no valor de mercado secundário dos títulos na data-base de 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, sendo de<br />
aproximadamente 120,75 % do valor de face para o Bond 2011 e 117,13% para o Bond 2013 (124,50% e 117,50% respectivamente, em 31 de dezembro de<br />
2005) e as Notas Série A e Notas Série B da Labatt Canadá, os preços foram apurados com base no fluxo de caixa descontado a valor presente, utilizando-se taxas<br />
de mercado disponíveis para a Labatt Canadá para instrumentos similares.<br />
D) RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS<br />
Receitas financeiras<br />
Exercício findo em 31 de dezembro<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Variação cambial sobre aplicações financeiras - - (15,5) (36,7)<br />
juros sobre caixa e equivalentes 56,1 33,8 111,1 91,5<br />
Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e depósitos judiciais 24,9 3,5 29,9 6,6<br />
Resultado do plano de ações 9,8 12,8 10,0 13,3<br />
juros e variação cambial sobre mútuos 76,6 32,2 - 0,1<br />
Outras 22,1 16,5 32,9 20,5<br />
Despesas financeiras<br />
189,5 98,8 168,4 95,3<br />
Variação cambial sobre financiamentos 263,9 16,5 254,7 308,5<br />
Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos (585,8) (231,4) (585,1) (625,8)<br />
juros sobre dívidas em moeda estrangeira (267,8) (119,9) (485,1) (456,0)<br />
juros sobre dívidas em reais (190,5) (56,7) (191,5) (122,4)<br />
juros e variação cambial sobre mútuos - (464,9) (1,8) (5,7)<br />
Impostos sobre transações financeiras (99,2) (81,3) (131,8) (141,9)<br />
Encargos financeiros sobre contingências e outros (50,2) (37,3) (59,8) (77,6)<br />
Outras (23,9) (17,7) (46,3) (61,1)<br />
(953,5) (992,7) (1.246,7) (1.182,0)<br />
Resultado financeiro, líquido (764,0) (893,9) (1.078,3) (1.086,7)<br />
E) CONCENTRAçãO DE RISCO DE CRÉDITO<br />
Parte substancial das vendas da Companhia é feita a distribuidores, supermercados e varejistas, dentro de ampla rede de distribuição. O risco de<br />
crédito é reduzido em virtude da grande carteira de clientes e dos procedimentos de controle que o monitoram. Historicamente, a Companhia não<br />
registra perdas significativas nas contas a receber de clientes.<br />
A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a Companhia adotou políticas de alocação de caixa e investimentos, levando em<br />
consideração limites e avaliações de créditos de instituições financeiras, não permitindo concentração de crédito, ou seja, o risco de crédito é<br />
monitorado e minimizado pois as negociações são realizadas apenas com um seleto grupo de contrapartes altamente qualificadas. Na Labatt<br />
Canadá são firmados acordos de compensação com suas contrapartes que lhe permitem liquidar ativos e passivos financeiros derivativos em caso<br />
de inadimplência.<br />
16. imposto de RendA e ContRiBuiÇão soCiAl<br />
A) RECONCILIAçãO DA DESPESA CONSOLIDADA DO ImPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIçãO SOCIAL SOBRE O LUCRO COm SEUS VALORES NOmINAIS<br />
Exercício findo em 31 de dezembro<br />
<strong>2006</strong> 2005<br />
Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social 4.307,3 2.751,9<br />
Participações estatutárias e contribuições (194,4) (202,8)<br />
Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e da participação dos acionistas minoritários 4.112,9 2.549,1<br />
Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%) (1.398,4) (866,7)<br />
Ajustes para obtenção da alíquota efetiva decorrentes de diferenças permanentes:<br />
juros sobre capital próprio (v) 500,9 253,0<br />
Resultado de controladas no exterior não sujeitas à tributação (iii) 4,2 (174,1)<br />
Ganhos patrimoniais em controladas 62,1 51,6<br />
Amortização de ágio – parcela não dedutível (i) (355,0) (327,0)<br />
ágio rentabilidade futura – incorporação CBB (ii) - 103,4<br />
Retenção de Impostos (iv) (68,3) -<br />
Variação cambial sobre investimentos (43,7) (44,3)<br />
Adições e exclusões permanentes e outros (17,1) (16,1)<br />
Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro (1.315,3) (1.020,2)<br />
(i) A amortização de ágio indedutível, contempla os efeitos da amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá, no montante de R$ 969,8 no período findo em 31 de Dezembro de <strong>2006</strong><br />
(R$ 923,5, em 31 de Dezembro de 2005), gerando um efeito tributário, por não ser dedutível, no montante de R$ 329,7 (R$ 314,0 de Dezembro de 2005).<br />
(ii) Esse valor refere-se ao crédito tributário decorrente da dedutibilidade futura do ágio de AmBev em CBB como resultado da incorporação de CBB por AmBev (Nota 1(b)(iv)).<br />
(iii) Incluí à proteção do efeito fiscal sobre a variação cambial dos mútuos e “Fixed Rate Notes” contratados no exterior. O montante protegido é de US$ 496,6 em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, e<br />
o ganho fiscal dessa proteção no exercício foi de R$ 123,9.<br />
(iv) Sobre dividendos recebidos pagos pela Labatt ApS.<br />
(v) Os juros sobre o capital próprio, originalmente, são registrados nos livros contábeis e fiscais como receita financeira, quando declarados por controladas e coligadas, e despesa financeira,<br />
por ocasião da apropriação dos valores a pagar aos acionistas. Entretanto, para fins de preparação dessas demonstrações financeiras, utiliza-se a essência da transação e, portanto, são<br />
considerados como dividendos recebidos e pagos e não transitam pelo resultado. Conseqüentemente, nessas demonstrações, os lançamentos mencionados anteriormente são reclassificados,<br />
ou seja, os juros sobre o capital recebidos ou a receber são creditados à conta de investimentos e os juros sobre o capital pagos ou a pagar são registrados a débito de lucros acumulados.<br />
B) COmPOSIçãO DO BENEFíCIO (DESPESA) COm ImPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIçãO SOCIAL SOBRE O LUCRO LíQUIDO<br />
C) COmPOSIçãO DOS ImPOSTOS DIFERIDOS<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Corrente 63,6 - (688,8) (757,1)<br />
Diferido (460,4) (6,5) (626,5) (263,1)<br />
Total (396,8) (6,5) (1.315,3) (1.020,2)<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
118 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 119<br />
No ativo circulante<br />
Prejuízos fiscais a compensar 69,1 56,4 98,3 46,8<br />
Diferenças temporárias:<br />
ágio rentabilidade futura - incorporações 350,8 350,8 350,8 350,8<br />
Provisão para juros sobre capital próprio 22,1 - 22,1 -<br />
Provisão para reestruturação - - 26,8 46,4<br />
Provisão para participação dos empregados 54,0 43,5 57,4 47,8<br />
Provisão para despesas de marketing e vendas 4,5 51,6 54,6 51,6<br />
No realizável a longo prazo<br />
550,5 502,3 610,0 543,4<br />
Prejuízos fiscais a compensar 232,0 301,1 771,0 850,1<br />
Diferenças temporárias:<br />
Provisões não dedutíveis 248,9 342,4 307,0 422,7<br />
Provisão para perdas sobre incentivos fiscais-CSSL 3,1 3,1 7,6 7,5<br />
ágio rentabilidade futura – incorporações 2.115,7 2.466,5 2.115,7 2.466,5<br />
Provisão para benefícios de assistência médica 29,7 28,7 82,2 165,9<br />
Provisão para perdas imóveis destinados à venda 16,5 22,1 17,2 22,7<br />
Provisão para perdas de “Hedge” 130,9 116,9 130,9 116,9<br />
Provisão para perdas no recebimento de créditos 10,3 9,8 11,2 10,4<br />
Outros 63,9 73,3 123,9 120,8<br />
No exigível a longo prazo<br />
Diferenças temporárias<br />
2.851,0 3.363,9 3.566,7 4.183,5<br />
Depreciação acelerada - - 47,8 59,9<br />
Outras 22,8 26,7 83,6 34,7<br />
22,8 26,7 131,4 94,6
Com base nas projeções de geração de resultados tributáveis futuros da controladora e de controladas localizadas no Brasil e no exterior, a<br />
estimativa de recuperação do saldo ativo consolidado de imposto de renda e contribuição social diferidos sobre prejuízos fiscais, encontra-se<br />
demonstrada a seguir:<br />
Em valores nominais<br />
(milhões de reais)<br />
2008 183<br />
2009 291<br />
2010 297<br />
771<br />
O ativo registrado limita-se aos valores cuja compensação é amparada por projeções de lucros tributáveis, descontados ao seu valor presente, realizados pela<br />
Companhia até os próximos 10 anos, considerando, também, que a compensação dos prejuízos fiscais é limitada a 30% do lucro anual antes do imposto de renda,<br />
determinado de acordo com a legislação fiscal brasileira.<br />
O saldo de imposto de renda diferido ativo, em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, inclui o efeito total dos prejuízos fiscais das controladas brasileiras, que são<br />
imprescritíveis, compensáveis com lucros tributáveis futuros. Parte do benefício fiscal correspondente aos prejuízos fiscais de controladas no exterior não foi<br />
contabilizada como ativo, uma vez que a administração não está segura de que sua realização seja provável.<br />
Estima-se que o saldo referente aos impostos diferidos decorrentes das diferenças temporárias em 31 de dezembro de <strong>2006</strong> será realizado até o exercício de 2011;<br />
contudo, não é possível estimar com razoável precisão os anos em que essas diferenças temporárias serão realizadas, pois grande parte delas está sujeita a decisões<br />
judiciais sobre as quais a Companhia não detém nenhum controle, tampouco sabe prever quando haverá a decisão em última instância.<br />
As projeções de geração de resultados tributáveis futuros incluem várias estimativas referentes à performance da economia brasileira e da internacional, seleção de taxas de<br />
câmbio, volume de vendas, preços de vendas, alíquotas de impostos, entre outros, que podem apresentar variações em relação aos dados e aos valores reais.<br />
Como o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro decorre não só do lucro tributável, mas também da estrutura tributária e societária da<br />
Companhia, da existência de receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, isenções e incentivos fiscais e de diversas outras variáveis, não existe uma correlação<br />
relevante entre o lucro líquido da Companhia e o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro. Portanto, recomendamos que a evolução da<br />
utilização dos prejuízos fiscais não seja considerada um indicativo de lucros futuros da Companhia.<br />
17. CompRomissos Assumidos Com FoRneCedoRes<br />
A Companhia dispõe de contratos com determinados fornecedores para adquirir certas quantidades de materiais importantes para os processos de produção e<br />
embalagem, como plásticos para garrafas PET, alumínio, gás natural e ativo imobilizado.<br />
A Companhia tem compromissos assumidos com fornecedores para 2007, 2008 e 2009, já contratados em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, no montante aproximado de<br />
R$ 1.051,8, R$ 458,0 e R$ 229,0, respectivamente (R$ 533,4 para 2007 e R$ 3,3 para 2008 em 31 de dezembro de 2005).<br />
18. ReCeitAs (despesAs) opeRACionAis, lÍquidAs<br />
Receitas operacionais<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Ganhos e acréscimos patrimoniais de controlada - - 165,3 151,8<br />
Variação cambial em controlada no exterior - - 79,4 74,1<br />
Deságio s/crédito Incentivo Fiscal (ICmS) 39,9 28,3 39,9 28,3<br />
RReversão provisão p/perdas investimentos - - 21,9 -<br />
Recuperação de impostos 24,0 52,2 24,0 52,6<br />
Outras receitas operacionais 10,5 4,7 12,7 3,6<br />
Despesas operacionais<br />
74,4 85,2 343,2 310,4<br />
Variação cambial em controlada no exterior (17,9) (2,9) - -<br />
Amortização de ágio (107,5) (52,7) (1.283,0) (1.343,0)<br />
Impostos sobre outras receitas (4,4) (3,1) (4,4) (3,5)<br />
Outras despesas operacionais (6,5) (10,4) (10,9) (39,3)<br />
(136,3) (69,1) (1.298,3) (1.385,8)<br />
Receitas (despesas) operacionais, líquidas (61.9) 16,1 (955,1) (1.075,4)<br />
19. ReCeitAs (despesAs) não opeRACionAis, lÍquidAs<br />
Receitas não operacionais<br />
20. seGuRos<br />
Em 31 de dezembro de <strong>2006</strong>, os principais ativos da Companhia e de suas controladas, como bens do imobilizado e do estoque, estão segurados contra riscos de<br />
incêndio e diversos, com base nos respectivos valores de reposição. O valor de cobertura das apólices é superior aos valores registrados contabilmente.<br />
21. eVentos suBsequentes<br />
A) ACORDO PARA AQUISIçãO DA LAkEPORT BREWING INCOmE FUND<br />
Em 1º de fevereiro de 2007, a Companhia anunciou que sua subisidiária Labatt Canadá celebrou contrato (“Support Agreement”) com Lakeport Brewing Income<br />
Fund (“Lakeport”), por meio do qual a Labatt Canadá irá oferecer um preço de CAD$28,00 por cota (“unit”) de Lakeport, totalizando CAD$ 201,4 milhões. Um<br />
documento contendo os detalhes da oferta será enviado por correio aos detentores de cotas dentro de 21 dias.<br />
B) OFERTA PúBLICA QUINSA<br />
Em 25 de janeiro de 2007 a Companhia anunciou que a Commission de Surveillance du Secteur Financier (“CSSF”) de Luxemburgo aprovou o instrumento de<br />
oferta pública com relação a oferta pública voluntária para aquisição de até 6.872.480 ações Classe A e até 8.661.207 ações Classe B (incluindo ações da Classe<br />
B detidas na forma de American Depositay Shares (“ADS”) de emissão da sua subsidiária Quilmes, que representam as ações Classe A e Classe B em circulação<br />
(incluindo ações Classe B detidas na forma de ADSs) que não são de propriedade da AmBev ou de sua subsidiária.<br />
C) DIVIDENDOS LABATT APS<br />
Em 11 de janeiro de 2007, a diretoria da Labatt ApS aprovou a distribuição de dividendos no montante de R$ 468,3.<br />
D) PROGRAmA DE RECOmPRA DE AçõES<br />
Em 05 de fevereiro de 2007, o Conselho de Administração da Companhia aprovou um programa de recompra de ações de emissão da Companhia, para<br />
permanência em tesouraria e/ou cancelamento e eventual alienação posterior, durante os próximos 360 (trezentos e sessenta) dias, com vencimento em 31 de<br />
janeiro de 2008, até o montante conjunto de R$ 1.000,0.<br />
Controladora Consolidado<br />
<strong>2006</strong> 2005 <strong>2006</strong> 2005<br />
Ganho na alienação de investimentos - - 10,2 -<br />
Ganho de participação em investidas - - 6,1 -<br />
Ganho na alienação de bens do imobilizado - - 4,8 6,0<br />
Outras receitas não operacionais 12,8 4,1 5,6 15,5<br />
Despesas não operacionais<br />
12,8 4,1 26,7 21,5<br />
Provisão para perda sobre ativos permanentes - (19,0) (17,9) (58,7)<br />
Perda de participação em investida (0,7) (3,3) - (64,8)<br />
Perda na alienação de bens do imobilizado (4,6) (6,6) - -<br />
Perda na alienação de imóveis destinados a venda (0,3) - (0,3) -<br />
Provisão para reestruturação (i) - - (18,9) (114,9)<br />
Outras despesas não operacionais (0,4) (1,2) (18,4) (17,4)<br />
(6,0) (30,1) (55,5) (255,8)<br />
Total das despesas não operacionais, líquidas 6,8 (26,0) (28,8) (234,3)<br />
(i) Provisões decorrentes do processo de reestruturação descrito na Nota 10 (ii).<br />
120 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 121
informações aos investidores<br />
AçõES Em CIRCULAçãO (31/12/06)<br />
64.458 milhões de ações<br />
644,5 milhões de ADRs equivalentes<br />
BOLSA DE VALORES<br />
Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)<br />
Códigos: AMBV3 (ON); AMBV4 (PN)<br />
Principais índices dos quais as ações da AmBev participam:<br />
IBx e IBOVESPA<br />
Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE)<br />
Códigos: ABVc (ON); ABV (PN)<br />
Política de dividendos<br />
O estatuto social da AmBev prevê dividendos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual da companhia, conforme estabelecido nos princípios<br />
contábeis da Legislação Societária Brasileira. O dividendo obrigatório inclui as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio.<br />
As ações preferenciais terão direito à percepção de dividendos em dinheiro 10% maiores do que aqueles pagos às ações ordinárias.<br />
Dividendos declarados<br />
Lucros Gerados Data do primeiro Pgto R$/ mil ações Tipo de ação<br />
Primeiro Semestre 2002 25-nov-2002 4,37 (preferencial)<br />
3,97 (ordinária)<br />
Segundo Semestre 2002 28-fev-2003 9,27 (preferencial)<br />
8,43 (ordinária)<br />
Primeiro Semestre 2003 13-out-2003 18,70 (preferencial)<br />
17,00 (ordinária)<br />
Segundo Semestre 2003 25-mar-2004 6,75 (preferencial)<br />
6,14 (ordinária)<br />
Primeiro Semestre 2004 8-out-2004 5,80 (preferencial)<br />
5,28 (ordinária)<br />
Segundo Semestre 2004 15-fev-2005 17,15 (preferencial)<br />
15,59 (ordinária)<br />
Primeiro Semestre 2005 30-set-2005 10,69 (preferencial)<br />
9,72 (ordinária)<br />
Segundo Semestre 2005 29-dez-2005 8,36 (preferencial)<br />
7,60 (ordinária)<br />
31-mar-<strong>2006</strong> 6,32 (preferencial)<br />
5,75 (ordinária)<br />
Primeiro Semestre <strong>2006</strong> 30-jun-<strong>2006</strong> 6,08 (preferencial)<br />
5,53 (ordinária)<br />
30-out-<strong>2006</strong> 6,08 (preferencial)<br />
5,53 (ordinária)<br />
Segundo Semestre <strong>2006</strong> 28-dez-<strong>2006</strong> 7,39 (preferencial)<br />
6,72 (ordinária)<br />
30-mar-2007 2,04 (preferencial)<br />
1,85 (ordinária)<br />
Primeiro Semestre 2007 30-mar-2007 5,24 (preferencial)<br />
4,76 (ordinária)<br />
Desempenho do preço das ações<br />
% Variação % Variação<br />
31-Dez-2004 31-Dez-2005 31-Dez-<strong>2006</strong> 05 x 04 06 x 05<br />
AmBV4 (PN) - R$ 740,0 898,0 1053,99 21,4% 17,4%<br />
AmBV3 (ON) - R$ 1.368,0 752,0 943,00 -45,0% 25,4%<br />
IBOVESPA - R$ 26.196,0 33.455,94 44.473,71 27,7% 32,9%<br />
ABV (PN) - US$ 28,3 38,05 48,80 34,5% 28,3%<br />
ABVc (ON) - US$ 52,0 32,70 43,90 -37,1% 34,3%<br />
S&P 500 - US$ 1.211,9 1.248,29 1418,30 3,0% 13,6%<br />
Classificação de risco<br />
Agência Rating Rating Perspectiva<br />
Moeda Local Moeda Estrangeira<br />
Fitch BBB BBB Estável<br />
moody’s Baa1 Ba1 Estável / Positiva<br />
S&P BBB BBB Positiva<br />
Nota: em março de 2007.<br />
Atendimento aos acionistas<br />
Para encaminhar mudanças de endereço, cheques de dividendos, consolidações de contas, depósito direto de dividendos, mudanças de registro, certificados de ações perdidos,<br />
participações acionárias e plano de Investimento, Dividendos e Capital, entre em contato com:<br />
Acionistas de varejo no Brasil<br />
Nilson Casemiro<br />
Tel.: 11 2122-1402<br />
E-mail: acnilson@ambev.com.br<br />
Banco depositário no Brasil<br />
Banco Itaú<br />
Tel.: 11 5029-7780<br />
Banco depositário e agente de transferência nos EUA<br />
Bank of New York<br />
101 Barclay Street<br />
New York, NY 10286<br />
Tel.: 1 888 269-2377<br />
E-mail: adr@bankofny.com<br />
Auditores independentes em <strong>2006</strong><br />
Deloitte Touche Tohmatsu<br />
Rua Alexandre Dumas, 1.981<br />
São Paulo, SP 04717-004<br />
Brasil<br />
Tel.: 11 5185-2444<br />
AmBev – Administração central<br />
Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017 – 4º andar<br />
São Paulo, SP 04530-000<br />
Brasil<br />
Tel.: 11 2122-1200<br />
Fax: 11 2122-1526<br />
Informações adicionais<br />
Favor encaminhar solicitações de informações para:<br />
AmBev – Departamento de Relações com <strong>Investidores</strong><br />
Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017 – 4º andar<br />
São Paulo, SP 04530-000<br />
Brasil<br />
Tel.: 11 2122-1414/1415<br />
E-mail: ir@ambev.com.br<br />
Website para investidores<br />
Nosso site para investidores contém informações financeiras e operacionais adicionais<br />
sobre a companhia, bem como transcrições de teleconferências. <strong>Investidores</strong> também<br />
podem se cadastrar para receber automaticamente por e-mail comunicados, fatos<br />
relevantes e notificações sobre eventos e apresentações da companhia.<br />
www.ambev-ir.com<br />
Publicações<br />
O <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> da companhia, a Declaração de Fatos Relevantes e o Formulário 20-F<br />
estão disponíveis gratuitamente no Departamento de Relações com <strong>Investidores</strong> acima<br />
mencionado. Se você está recebendo cópias duplicadas ou não solicitadas do nosso<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong>, por favor entre em contato conosco.<br />
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122 Demonstrações Financeiras <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2006</strong> 123