O processo de produção de cerveja e bebidas em geral não é exatamente uma nova tecnologia. Os cervejeiros têm praticado esta arte por aproximadamente 6 mil anos e as vinícolas têm uma história igualmente tão antiga. Mesmo as bebidas gasosas mais comuns têm mais de um século de história. Mas os tempos mudam. Um novo milênio traz novas exigências e estas, por sua vez, precisam de adaptação 10 Março 2005
Este é o estágio em que a produção de cerveja e bebidas se encontra no momento – lutando para se adaptar às mudanças dos tempos, do mercado e do panorama de produção. Aqueles que, um dia, foram mercados locais, agora são globais. Os consumidores querem – e podem ter – cerveja, vinho e refrigerantes de qualquer lugar do mundo. A concorrência é intensa e, em resposta, uma onda agressiva de consolidação atingiu este setor industrial. De acordo com analistas industriais da ARC, as 10 maiores cervejarias do mundo produzem 50% da cerveja consumida. As grandes cadeias de comércio, com fortes exigências de controle de estoque e custo e regras rígidas de entrega, têm forçado os fabricantes de bebidas a atualizar e otimizar toda a cadeia de fornecimento. Enquanto isso, os consumidores estão exigindo, cada vez mais, diferentes tipos de bebidas. Os fabricantes de bebidas devem ser capazes de trocar receitas em um piscar de olhos para acompanhar as mudanças desejadas pelos consumidores. Além disso, há a demanda por maior qualidade e consistência do produto, regulamentações de segurança mais rígidas e maior exigência por maiores e melhores recursos de rastreabilidade e localização de produtos em quase todos os mercados. Somem-se a isso a infraestrutura antiga de uma planta e um quadro de funcionários às vésperas da aposentadoria, e você tem um setor industrial que enfrenta o desafio de reinventar-se de uma hora para outra. Agilidade, segurança e economia Estes são três fatores sempre presentes no chão-de-fábrica. “As empresas estão trabalhando duro para obter sinergias em seus negócios", afirmou Mike Jamieson, líder global do setor de bebidas para a <strong>Rockwell</strong> <strong>Automation</strong>. “Além disso, já estão aprimorando os sistemas de enterprise resource planning (ERP), potencializando a cadeia de fornecimento e a organização da distribuição. Devido a todas as aquisições, os fabricantes estão descobrindo que têm tecnologias antigas e, de repente, necessitam torná-las mais flexíveis." Jamieson também aponta “o efeito Wal-Mart.” A exigência deste revendedor para que seus 100 principais fornecedores usem a tecnologia RFID até o final de 2005 trouxe preocupações como faixas de freqüência e o impacto de líquidos (presentes nos produtos de consumo) no sinal de transmissão. A maior preocupação de todas é se o RFID é ou não o precursor de uma tendência em direção do reabastecimento direto e imediato controlado pelo fornecedor, o que significa "que o comerciante não pagará pelo produto até que ele esteja pronto para a entrega," disse Jamieson. A marca é muito im<strong>port</strong>ante nos mercados de bebidas e cervejas, <strong>port</strong>anto, estabelecer a qualidade e a consistência do produto também é fundamental. Além disso, se ter a reputação em risco não for um incentivo suficiente, os produtores de bebidas têm uma motivação extra, na forma de regulamentações, para melhorar as informações comerciais e de troca. A Lei de Bioterrorismo da UE Título 18 para a HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Point) estabelecida pela FDA; as regulamentações estão forçando os fabricantes de bebidas a fornecer a genealogia clara e detalhada de seus produtos. Finalmente, há o lema que todos os fabricantes de todos os setores industriais devem repetir diariamente: mantenha os custos baixos. Em suma, o produtor de bebidas do século 21 "deve ser flexível e muito ágil," afirmou Jamieson. “O que um CEO do mercado de bebidas deve fazer constantemente é proteger a consistência de sua marca, certificar-se de que sua cadeia de fornecimento seja ágil e eficiente, de forma que ele possa vencer os concorrentes, e que tudo isso seja feito de forma que os custos possam ser rigorosamente controlados." Don Lovell, arquiteto de soluções da <strong>Rockwell</strong> <strong>Automation</strong>, acrescenta: “As principais diretrizes dos negócios atualmente são mão-de-obra, gerenciamento de gastos, receitas flexíveis e uso da energia." Os fabricantes de bebidas estão procurando por soluções que abordem estas questões. Novas parcerias Para os executivos do setor de bebidas e cervejas, estes fatores podem ser difíceis de ser superados, mas eles também podem representar o<strong>port</strong>unidades para novas maneiras de trabalhar. Segundo Lovell, os líderes do mercado em cervejas e bebidas estão "estabelecendo parcerias com empresas que podem fornecer uma ampla oferta de produtos e serviços. Eles estão procurando por uma plataforma que possa ser estendida por toda a planta ou verticalmente, do chão-de-fábrica ao nível corporativo. A <strong>Rockwell</strong> <strong>Automation</strong> é uma das duas empresas que podem fazer isso." No momento, a maioria das empresas está optando, primeiro, pela integração vertical, afirmou Lovell, por duas razões. “Uma é o ROI. A segunda é que, geralmente, há vários equipamentos instalados que você não quer mudar de uma vez. Se o mundo fosse linear e você pudesse ter todos os produtos de um único fornecedor horizontalmente, ou seja, todos num mesmo nível ou setor da empresa, talvez você pudesse fazer isso funcionar. O que acontece é que, para colocar na parte vertical, você precisa de um fornecedor como a <strong>Rockwell</strong> <strong>Automation</strong>, que tem os recursos para conectar vários tipos de sensores e outros produtos dos concorrentes." A <strong>Rockwell</strong> <strong>Automation</strong> oferece a seus clientes uma linha integrada de produtos e serviços que su<strong>port</strong>am quatro principais propostas de valores: otimizar a produção, melhorar o tempo de operação, reduzir o tempo de resposta para o mercado e conduzir a conformidade com as regulamentações. Para apoiar estas propostas, a empresa deve ter não apenas uma ampla variedade de produtos mas, também, experiência e capacitação comprovadas. “A visão da <strong>Rockwell</strong> <strong>Automation</strong> não é realmente um produto específico,” afirma Lovell. “Há um componente de produto, mas muito disso é experiência e base de conhecimento. Na cervejaria South African Breweries (SAB), da África do Sul, implementamos soluções em um CLP e IHM de um concorrente, mas foi o conhecimento para desenvolver o software que o cliente realmente comprou. Fazemos muitas perguntas pertinentes sobre como os clientes operam suas cervejarias. Perguntamos, "Por que estão fazendo isso? Você já pensou nisso?" O RSBatch e o RSTracker também permitem que as cervejarias troquem e gerenciem receitas de cervejas, além de rastrear os produtos sem ter um engenheiro de automação envolvido no processo, contribuindo, assim, para a economia de tempo e dinheiro Março 2005 11