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A Pera Belle Helene Varal do Brasil fevereiro de 2013 Origem: Essa deliciosa mistura que envolve peras, calda de chocolate quente, amêndoas grelhadas e sorvete de baunilha, foi criada em 1864 em homenagem à cantora Hortense Schneider, intérprete da ópera de Offenbach La Belle Hélène. Uma deliciosa opção de sobremesa sensual que brinca com os contrastes entre quente e frio, texturas crocantes e cremosas. Ingredientes peras açúcar baunilha água chocolate amargo creme de leite sorvete de baunilha Preparo: Basta cozinhar por 20 minutos, as peras descascadas e inteiras em calda preparada com água, açúcar e baunilha. Em seguida, prepare a calda de chocolate com barras de chocolate amargo derretido com creme de leite. Colocar as peras em uma vasilha, cobrir com a calda e servir com sorvete de baunilha. No último momento acrescente as amêndoas grelhadas. Fonte: http://gcnreceitas.wordpress.com/ Fontes: http://thecookieshop.wordpress.com www.conexaoparis.com.br www.cantinhovegetariano.com.br www.varaldobrasil.com 102
"Eu acordei bem tarde, e o primeiro e-mail que eu leio me propõe pensar “mulher, um universo”. MULHER, UM UNIVERSO Por Julieta Falavina Meu primeiro impulso é pensar porque não ser humano um universo? Depois é analisar porque continua sendo tão difícil para mim pensar mulher como um universo. Ainda me é tão difícil, eu sei por quê, eu sou mulher, eu sou ser humano. E por eu ter estudado antropologia, biologia, literatura, feminismo, política, etc, tudo isso vem carregado de tantas ideologias. Por ter viajado tanto e voluntariado mundo a fora e eu querer tanto um mundo menos desigual e ao mesmo plural. Porque eu sentir que ideologias vem muito na superfície buscar atenuar desigualdade que existe no mundo ( em escalas variadas) mas muitas vezes acabam nos roubando da pluralidade do mundo. Da beleza da diversidade. Da particularidade que todos temos por uma coisa ou outra. Quando será que o Universo feminino ficou tão duro assim? Tao politizado. Penso tudo isso mesmo antes de sair da cama, então, me vem a cabeça uma frase que eu ouvi ontem a noite de um artista, num bar em São Paulo. Um homem que eu imagino sensível. Não crendo habitar o planeta machista. Resolvo tomar um banho enquanto penso a frase. O homem me diz num bar duas frases: A primeira é uma pergunta “ Você é Balzaquiana ?” Concordo tenho 31 anos, há dois anos sou uma mulher Balzaquiana. Isso não me ofende. Ainda que eu não seja a mulher de 30 anos de Balzac isso me faz e faz a ele perceber que temos repertorio comum e que eu não sou uma “mulher qualquer”. A segunda frase é “ Você é bonita, e tem canela grossa. Se eu fosse senhor de engenho te compraria para colocar na casa grande e não no engenho. Mulheres de canela grossa são boas de cama, mas são preguiçosas” Varal do Brasil fevereiro de 2013 Sou pega de surpresa por essa frase. Nunca vou a bares desse tipo. Não moro no Brasil há tempo demais para imaginar isso acontecendo em qualquer lugar outro que ali. Não me ofende. É-me tão raro que eu tento contextualizar como eu posso. Contextualizo no intelectual. Pergunto a ele se de fato se dizia isso no passado se havia uma teoria mesmo referindo se a isso. Faço isso por curiosidade, mas também por um certo desconcerto de ser explicitamente desejada, e ter sido colocado assim em duas frases... “eu quero saber se você tem meu repertorio. No entanto, eu quero você na minha cama.” Nada disso eu coloco em palavras na hora. Eu fico no território que eu conheço: o intelectual. Não quero entrar no domínio do sexual. Como se aquilo não se referi se a mim. Como se eu ser uma mulher não fizesse alguma diferença. Como se eu ser mulher bonita e ele ser homem ali não fosse a particularidade mais presente. Que mais definisse o mundo que entravamos. Mudo de mesa e começo uma conversa com outros homens. No plano do humano. Volto para casa e acordo hoje para pensar o Universo Mulher. Saio da cama, pensando o que vou escrever. Entro no banho e me lembro que uma vez posei nua para um pintor russo na Inglaterra. Fazia mestrado na época, meus pais ficaram perplexos e eu fui por curiosidade. (Segue) www.varaldobrasil.com 103
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