ItinerárioRomânicoBeneditino - Rota do Românico

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Itinerário Românico Beneditino ________________________________ Assim pensando, a actividade turística cultural centrase na revitalização da identidade cultural, da preservação dos bens culturais e das suas tradições e no estimular a participação da comunidade local, tendo em conta mecanismos que garantem a sustentabilidade das actividades turísticas. Os monumentos são a expressão da cultura e da maneira de viver dos povos que tornamse num símbolo representativo de um país, localidade ou região que interferem na decisão da viagem (Cunha, 2001). Pode então dizerse que a arte, monumentos, a cultura são um factor de incremento do turismo. No Egipto, as pirâmides, na Grécia o parténon, na França a Torre Eiffel, em Barcelona a Sagrada Família, em Londres Westminster Cathedral constituem ícones motivo de visita de milhões de pessoas. Neste contexto são consideradas as cidades, vilas ou aldeias históricas que se caracterizam pela existência de um património arquitectónico específico ou que representam épocas do passado. São exemplos de aglomerados históricos as aldeias históricas de Portugal, como o caso de Castelo Rodrigo, muralhas vestígio dos nossos antepassados. Dada a importância do património histórico, a ONU, através da UNESCO, procurou encontrar medidas que o salvaguardassem, caso da “Declaração de Património da Humanidade”, que se tem revelado um instrumento para a preservação dos valores históricoculturais. Em Portugal temos alguns exemplos como o centro histórico de Guimarães, do Porto, Óbidos, Sintra, Douro Vinhateiro, que pelas suas características constituem atracções turísticas únicas. Muito para além do património existente propriamente dito é imprescindível a sua preservação. Nesse sentido a “Carta de Veneza”, aprovada pelo Congresso Internacional dos Arquitectos e Técnicos de Monumentos Históricos estabelece princípios a seguir para a preservação dos monumentos. Desde a conservação e restauro do monumento que deve salvaguardar as características básicas e a sua integridade que compreende também a envolvente em que está inserido, passando pela atribuição a estes de uma função útil à sociedade (caso das Pousadas de Portugal em monumentos recuperados para alojamento). Para tal, toda e qualquer intervenção patrimonial deve ser desenvolvida a nível local, com a participação activa de todos os agentes locais. O turismo cultural como elemento de atracção produz actividades motivadoras para os turistas expressas no: 9
Itinerário Românico Beneditino ________________________________ Artesanato; Idioma; Gastronomia; Tradição; Arte e Música (concertos, teatro, pintura); História da região (monumentos, património cultural e natural); Tipos de trabalho que os habitantes desenvolvem; Religião com as suas manifestações habituais (ex.: festas e romarias); Vestimentas (ex.: trajes típicos) 1.1 TURISMO E PATRIMÓNIO Segundo a acepção clássica, o conceito de património referese ao legado que herdamos do passado e que é transmitido às gerações futuras. (Moreira, 1996) Tendo em conta estas características, não podemos entender o património apenas como vestígios tangíveis do património histórico, mas aliado aos costumes da região. Assim sendo o património cultural compreenderá então todos aqueles elementos que fundam a identidade de um grupo e que o diferenciam dos demais. (Moreira, 1996) Actualmente o património representa para a sociedade uma verdadeira necessidade, uma forma de recuperação do passado que se tornou culto popular. A exploração turística dos recursos patrimoniais trás alguns benefícios para as comunidades locais: Revitalização das economias locais; Criação de emprego; Benefícios económicos para ajuda na recuperação e preservação do património (Moreira, 1996). Para além destes benefícios Izquierdo et all, (2004) refere a melhoria da qualidade de vida da população, desenvolvimento de oportunidades de negócio, atracções de programas Europeus de desenvolvimento local, entrada de divisas, recuperação de actividades artesanais e tradicionais e financiamento para projectos de conservação. 10
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