ItinerárioRomânicoBeneditino - Rota do Românico

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Itinerário Românico Beneditino ________________________________ 4.2.1.3 Mosteiro de Pombeiro Envolvente: O mosteiro encontrase na freguesia de Pombeiro de Ribavizela, inserido num núcleo rural isolado de cultivo agrícola. Caracterização histórica: A construção primitiva do mosteiro data entre 1059 em que terá sido fundado um Mosteiro Beneditino por D. Gomes Aciegas, protegido de D. Gomes de Cela Nova, patriarca dos Sousas, família da nobreza com influências em todo o vale do Sousa. Em 1112 o Mosteiro é coutado por D. Teresa. No século XVI realizaram várias obras, mas as grandes alterações à construção inicial acontece durante a dinastia Filipina. Extintas as ordens religiosas em 1834, o mosteiro foi pilhado e alienado. Arquitectura: Do período românico apenas restam os 2 absidiolos, o portal principal de 4 arquivoltas e a estrutura das 3 naves. A estrutura das 3 naves revela a importância desta casa no contexto medieval do país. Estas estão divididas em 3 tramos. Os pilares cruciformes que hoje estão com a pedra desnudada foram picados para no barroco estarem envolvidos por talha dourada. A cabeceira foi totalmente transformada na época barroca. A fachada ainda conserva características do românico com um nartex profundo com abóbada abatida. Da fachada destacamse as 2 torres, à maneira borgonhesa, acentuando o carácter basilical, e a enorme rosácea já no período transição para o gótico. Quanto às dependências monásticas o claustro primitivo era mais profundo que o actual, este remodelado no inicio do século XIX. Imagem n.º 3 – Mosteiro de Pombeiro Foto: Vitória 43
Itinerário Românico Beneditino ________________________________ Escultura: A escultura românica propriamente dita é visível nas arquivoltas e capitéis do portal de entrada. Temas como o castigo dos pecadores nas arquivoltas e motivos fitomórficos nos capitéis com influências na escultura bracarense. Em termos conclusivos podemos afirmar que este mosteiro tem uma relevância histórica para a região, casa associada à grande família da nobreza os Sousas. O claustro encontrase com trabalhos de escavação dos quais foram descobertas 2 estruturas de fundição de sinos. Para este mosteiro que tanta importância teve em outros tempos é visível a necessidade de uma intervenção e valorização que lhe devolva a dignidade e o torne com mais condições para visitas. 4.2.1. 4 – Mosteiro de Paço de Sousa Envolvente: Inserido num parque cuidado, com jardins e bancos de repouso, junto do qual está o cemitério, envolvido por área habitacional. Á entrada no junto ao cemitério uma torre. Caracterização histórica: Antes do actual mosteiro, obra consagrada pelo Bispo D Pedro de Braga em 1088, existia uma villa romana, com um mosteiro de carácter familiar, que foi construído por D. Troicosendo Galendiz em 956. Ao que tudo indica esse mosteiro foi destruído na vaga do Almansor, tal como o de Cête. A fortuna do mosteiro aumenta quando Egas Moniz, tutor de Afonso Henriques, lega metade da sua fortuna pessoal, deixando expresso que após a sua morte pretendia ficar aí sepultado acompanhado da sua esposa. A sua morte ocorre em 1146 e em 1166 o mosteiro passa para a “gerência” dos Beneditinos Cluniacenses. Paço de Sousa tornase um pólo de dinamização do rito no Vale do Sousa sendo uma casa geradora de outras fundações como por exemplo Cête. Em 1927, na sequência de um grande incêndio, ainda visível na cor e rachas de algumas paredes, foi restaurado. Arquitectura: Igreja de planta basilical composta por 3 naves, sendo a central mais alta, com 4 tramos e transepto não saliente. A separar a nave central das laterais arcos quebrados assentes nas colunas que se agrupam em pilares cruciformes. Esta disposição condiciona os crentes para uma visão obliqua com o objectivo de os direccionar para o ponto que interessa. A abside comprida e rectangular, objecto de ampliação, cuja maioria dos elementos datam século XVIII, é constituída por 3 capelas e 2 absidíolos evoluindo para quarto de esfera no semicírculo final. No cruzeiro, de salientar a existência de uma torre lanterna. Escultura: No exterior o portal axial de 5 arquivoltas em arco apontado, rodeado por um friso com motivos geométricos, com capitéis de temas fitomórficos. Sobre as mísulas um bovídeo e uma cabeça humana. Tímpano ladeado por 2 círculos onde estão esculpidos 2 bustos humanos 44
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