ItinerárioRomânicoBeneditino - Rota do Românico
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Itinerário <strong>Românico</strong> Beneditino<br />
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No caso português especificamente, o turismo cultural surge como uma alternativa à forte<br />
exploração da vertente turismo sol e praia no litoral permitin<strong>do</strong> uma deslocalização <strong>do</strong><br />
turismo para o interior e distribuição equitativa <strong>do</strong>s benefícios.<br />
Não podemos negar que o relacionamento entre património e turismo se instalou<br />
definitivamente. Há porém que estabelecer regras de convivência entre ambos numa<br />
perspectiva de rentabilização económica e de desenvolvimento social. O desafio que se coloca<br />
no turismo é o de utilizar os recursos patrimoniais numa perspectiva de desenvolvimento<br />
sustentável, assente em critérios de qualidade, para que os seus benefícios resultem numa<br />
efectiva melhoria da qualidade de vida <strong>do</strong>s cidadãos, tanto daqueles que o praticam como<br />
daqueles que o acolhem.<br />
Contu<strong>do</strong> há um perigo latente. O turismo pode produzir um efeito negativo sobre as<br />
comunidades em que se desenvolve. O 1º efeito prendese com o crescimento de infra<br />
estruturas que arquitectónicamente não se coadunam com o espaço e o sobrecarregam à<br />
medida que as visitas aumentam exceden<strong>do</strong> a capacidade de carga. Um número excessivo de<br />
turistas e um uso demasia<strong>do</strong> intensivo pode gerar a destruição total ou parcial <strong>do</strong> património.<br />
No entanto e como vimos em alguns casos não é só o turismo o causa<strong>do</strong>r desses males. O<br />
crescimento demográfico, desordenamento urbanístico e a especulação imobiliária contribuem<br />
muito para a desvirtualização <strong>do</strong>s espaços (Izquier<strong>do</strong> et. all, 2004).<br />
Izquier<strong>do</strong> et all (2004) define um conjunto de princípios que visam o desenvolvimento<br />
económico sustentável <strong>do</strong>s projectos turísticos ten<strong>do</strong> em conta os recursos culturais e naturais<br />
e o seu uso racional:<br />
Preservação <strong>do</strong> património e da identidade cultural;<br />
Participação <strong>do</strong>s locais no desenvolvimento económico local;<br />
Melhoria das condições de vida <strong>do</strong>s locais, por exemplo dan<strong>do</strong>lhe perspectivas<br />
de criação de emprego, formação profissional;<br />
Planeamentos segun<strong>do</strong> critérios rigorosos que não tenham em conta apenas a<br />
procura.<br />
Não podemos esquecer que a massificação <strong>do</strong> turismo o atingir o limite da capacidade de<br />
carga que o espaço suporta pode originar o fim desse produto. É cada vez mais necessário a<br />
existência de projectos de ordenamento territorial que evitem a destruição de monumentos ou<br />
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